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RESUMO
Para o sistema de franquias (franchising), existe o potencial franqueado e o potencial franqueador. De
um ângulo está o empresário que quer promover o crescimento de sua empresa e não possui
informações precisas de como agir para transformar sua organização em uma franqueadora. De outro
ângulo, aparece o potencial franqueado, na maioria das vezes pequenos investidores que querem
organizar um negócio próprio, e vêm no sistema de franquias a sua chance para tanto. As dúvidas são
quanto ao tipo de franquia, como avaliar, como ter confiança no comprometimento do franqueador,
etc. Este artigo tem o objetivo principal de verificar que vantagens e oportunidades oferecem as
franquias para sua adesão. A pesquisa é bibliográfica, com pesquisa em autores, entre livros, artigos e
fontes eletrônicas. Também é documental e exploratória, através dos dados da Associação Brasileira
de Franquias e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Concluiu-se que a
franquia tem mais vantagens do que desvantagens. O sistema já vem formatado e com marca forte. As
franquias são vantajosas, pois elas já iniciam com um fator difícil: conhecimento do público. Elas
também dispõem de benefícios no mercado, como crédito bancário, por exemplo, com taxas de juros
competitivas e prazos alongados. Participa de conceito já testado, diminuindo os riscos. Reduz o
tempo de implantação. Além desses, ainda existe troca de experiência; economia de escala;
treinamentos/manuais, entre outros.
ABSTRACT
For the franchise system (franchising), the potential franchisee and the franchisor potential. From one
angle is the entrepreneur who wants to promote the growth of your company and does not have
accurate information on how to act to transform your organization into a franchisor. From another
angle, it appears the potential franchisee, mostly small investors who want to organize their own
business, and come in franchising your chance to do so. The questions are about the type of franchise,
how to evaluate, how to have confidence in the commitment of the franchisor, etc. This article has the
main objective to verify that offer advantages and opportunities franchises for membership. The
research is literature in research authors, including books, articles and electronic sources. It is also
documentary and exploratory, using data from the Brazilian Franchise Association and the Ministry of
Development, Industry and Foreign Trade. It was concluded that the franchise has more advantages
than disadvantages. The system is already formatted and strong brand. The franchises are
advantageous because they already start with a difficult factor: public knowledge. They also have
benefits in the market, such as bank loans, for example, with competitive interest rates and longer
terms. Participates concept already tested, reducing the risks. Reduces deployment time. Besides these,
there is still an exchange of experience; economies of scale; training / manuals, among others.
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
funcionários. São procedimentos que, por trazerem alterações, também originam novos
processos decisórios e novas primazias, pois altera a base de conhecimentos da empresa.
A gestão das organizações, atualmente, é um termo bem comentado. Torna-se visível
que empresas com boa administração alongam-se ao êxito, enquanto outras não alcançam
sucesso por falhas de gestão. São duas convergências muito analisadas nos dias de hoje.
Gestão, conforme Luft (2001, p.352), é conceituada como “ação ou efeito de gerir;
gerência; administração”. É originário do latim: gerir, que quer dizer administrar, gerenciar,
coordenar. Avaliando o conceito dessa palavra, pode-se fazer uma relação o termo
administração: do latim ad (direção, tendência para algo) e minister (pessoas), e indica o
desempenho de afazeres de direção dos temas de um grupo. É usada principalmente em áreas
com grupos dirigentes influentes, como por exemplo, no universo empresarial (administração
de empresas) e em instituições dependentes dos governos (administração pública).
Assim, de acordo com o conceito supracitado, pode-se ratificar em Luft (2001, p.40)
que “administração é a ação ou efeito de administrar; gestão de negócios; pessoal que
administra; direção; ato de conferir e ministrar”.
Aprofundamento o conceito de administração, Travassos (1979, p.84) enfatiza a
definição de Olivier Sheldan, dizendo: “É a função da indústria que se refere a determinação
da política empresarial à coordenação das finanças, à produção e distribuição, ao
estabelecimento da área da organização” .
Seguindo essa ideia, tem-se que:
Chiavenato (1979, p.80) define a ação de administrar como sendo: “prever, organizar,
comandar, coordenar e controlar”.
A palavra gestão veio a expressar de modo mais banal a interferência direta dos
administradores nos sistemas e processos empresariais. O termo empresarial tem seu sentido
ao que está “relativo à empresa ou a empresário” (LUFT, 2001, p.267). Desse modo,
administração, gestão e empresarial têm conceitos análogos, fazendo com que desse modo
suas definições se tornem interligadas.
Nas organizações, uma gestão apropriada faz uma enorme diferença, por esse motivo,
conforme Gomes (2007, p.10): “O bom relacionamento entre gestores e colaboradores é
primordial para o bom desenvolvimento das organizações”. O autor também assegura que nos
modelos contemporâneos de gestão, os líderes possuem como responsabilidade a demarcação
das metas e o incentivo à equipe, por isso não controlam tanto as tarefas; e ainda confirma que
fazer com que todo o conjunto possua o mesmo desígnio e que cada um compreenda sua
importância é o maior desafio de um administrador, que deste modo para ser visto como um
bom líder deve aprender a administrar desordens, saber ouvir, se colocar no lugar do outro,
respeitar a personalidade de cada colaborador, acatar opiniões diferentes e, principalmente,
zelar e ajudar o colaborador na procura do seu crescimento. O diálogo se apresenta como o
utensílio mais eficiente para que as metas da organização sejam alcançadas. Segundo
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Cordeiro e Ribeiro (2007, p.2), “o gestor hoje precisa estar apto a perceber, refletir, decidir e
agir em condições totalmente diferentes das de antes (passado)”.
Antigamente, satisfaziam medidas contábeis e financeiras de atuação, porque atuações
que provocavam bons resultados tendiam a ficar efetivas com o decorrer do tempo
(CORDEIRO e RIBEIRO, 2007). Atualmente, as organizações possuem a missão se
adaptarem a um bom sistema de gestão empresarial. Segundo cita Kaplan e Norton (2001,
p.340):
áreas: produtos, serviços, tecnologias, padrão de negócios para ser competitivo e atraente ao
mercado em que está alocado (CATELLI et al., 1999).
Conforme Dornelas (2008), a capacidade de candidatos a empreendedores está
obtendo espaço no panorama mundial, onde muitas atitudes são desenvolvidas, tendo como
enfoque a origem de novos empreendimentos. Para confirmar, tem-se o seguinte conceito:
Dornelas (2008) assegura que o empreendedor deve estar sempre vigilante para as
possíveis ideas de empreendimento, sendo considerado um dos itens mais significativos a
informação ou estar ligado e ter a esperteza de filtrar os dados recebidos. Pesquisas sobre
planos de negócios originam grandes probabilidades aos empreendedores, os quais podem
optar conforme seus estudos no desenvolvimento de um negócio independente ou na
implantação de um sistema de franquia. O autor conceitua:
Deste modo, uma das escolhas que está se alastrando é a franquia (franchising), que
proporciona, entre outras peculiaridades, um processo dirigido ao perfil dos empresários, quer
dizer, indivíduos com ideia de vir a ser donos do próprio negócio, porém sem as capacidades
necessárias para desenvolver uma imaginação inovadora (DORNELAS, 2008).
Assiduamente, os contratos de franquias são sedutores e motivadores aos olhos dos
empreendedores por apresentam diversas vantagens a eles em relação ao formato clássico de
empreendimento, dentre as quais se destacam sofisticados processos de marketing,
treinamentos formais, seleção de pontos comerciais de atuação, assistência gerencial contínua
por parte dos franqueadores e, sobretudo, diminuição de riscos do administrador, ao escolher
um formato de negócios onde todos os processos já foram antes submetidos a testes e os
riscos de fracasso são minimizados pela experiência da rede.
Para a ABF (2010), mesmo que as franquias já tenham um paradigma de gestão
administrativa e de produto já comprovado, isto não representa que todo franqueado de uma
rede obtenha o sucesso desejado, seguindo o manual oferecido pelo franqueador.
Em uma rede de franquia, localizam-se desempenhos bem caracterizados entre seus
franqueados, havendo operações extremamente lucrativas, como, também, operações
deficitárias, em mercados com potencial e peculiaridades muito parecidas (ABF, 2010).
Os empreendedores têm uma significativa função no desempenho de um negócio, suas
características pessoais e profissionais podem transformar o resultado e o próprio crescimento
da empresa franqueada. É importante lembrar que o ambiente onde está o negócio também
interfere na sua performance (ABF, 2010).
iniciou nos EUA, depois da guerra civil, quando a empresa de máquinas de costura Singer
constituiu uma rede de revendedores.
O sistema de franquias não é consequência de um momento de inventividade de
alguém criativo. Desenvolveu-se a partir de soluções descobertas por empresários, como
solução às dificuldades que encaravam nos seus comércios, e que vêm servindo de padrão
para outros empreendimentos. “A evolução, portanto, vem acontecendo de forma natural,
paralelamente à globalização dos negócios” (CARTILHA MDIC, 2005, p.4).
O sistema de franquias vem sempre evoluindo, então, sempre procurando melhorar e
concretizar esta relação “ganha-ganha” entre franqueadores e franqueados (CARTILHA
MDIC, 2005, p.4).
negócios completo, um formato de negócios, e o licencia para o franqueado usar em certa área
do mercado (COUGHLAN et al., 2002).
3 MÉTODO
No mesmo site, está descrito que, mesmo que a autonomia não seja integral, o
franqueado terá independência jurídica e financeira em relação ao franqueador. A instituição
do franqueado possuirá sua adequada razão social, sendo uma pessoa jurídica caracterizada, e
todas e quaisquer intervenções financeiras serão de responsabilidade particular desta empresa.
O custeamento da pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, e/ou aprimoramento
daqueles que já existem será de responsabilidade do franqueador, que os avaliará em suas
unidades antes de inseri-los na rede (SEBRAE, 2008).
Na relação franqueador/franqueado também existem certas fontes de conflitos comuns,
como:
- Ausência de conformidade a regras e padrões;
- Omissão de informações;
- Ausência de diálogo;
- Ausência do franqueador na operação;
- Ausência de comprometimento de uma das partes;
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papel, tanto na conjuntura econômica, como por sua elevada concordância por parte dos
consumidores.
Conforme dados da ABF (2013), expostos no gráfico acima, o ano de 2005 foi
marcado por desventuras como juros elevados e crise política, mas mesmo assim o setor de
franquias teve crescimento de 13% comparado ao ano de 2004, e extrapolou as perspectivas
do mercado, com um faturamento de mais de R$ 35 bilhões.
No gráfico abaixo, nota-se a evolução nas redes de franquias no país, sendo que em
2002 era de 650, e no ano de 2012 as franquias chegaram ao número de 2.426 (Figura 2).
de postura ocorre numa época em que o número e a velocidade de circulação dos dados
precisam ser maiores, como decorrência de novas tecnologias potencializadas pela Internet e
outros círculos de comunicação (OLIVEIRA e DELGADO, 2006).
O próximo gráfico mostra a evolução do número de unidades franqueadas no Brasil,
que tinha 56.000 no ano de 2002, e chegou em 2012 com um total de 104.543 (Figura 3).
4.5 FRANCHISING NO RS
RAINHA DAS NOIVAS SAUDE COPO SUCOS &SMOOTHIES SHARING ORTOD. ESPECIALIZ.
R$ 265.460,00 a R$ 375.000,00 R$ 330.000,00 a R$ 400.000,00 R$ 120.000,00 a R$ 180.000,00
Schifino (2011, p.3), diretor regional Sul da ABF, afirma que o Rio Grande do Sul
“ainda engatinha o sistema de franquias”. Em 2010, o Estado respondia por 8% do Produto
Interno Bruto (PIB) do país, com apenas 3% do faturamento de franquias brasileiras. Em
2011, o percentual era de 5%. “O gaúcho em geral é mais reticente, tende a não acreditar
nessas parcerias de negócio. Ele normalmente quer fazer o seu”.
O quadro acima mostra que a região sul possui diversas empresas investindo na
abertura de franquias, disponibilizando para empreendedores parcerias de negócio, entre o
valor de R$21.000 até R$1.049.256, em vários ramos de atividades, desde empresas
conhecidas até empresas de pouco renome no mercado regional, porém todas com o interesse
em aumentar o valor da marca, o reconhecimento, o poder de mercado e a capacidade de
produção, distribuição e atendimento.
5 CONCLUSÃO
O objetivo geral deste artigo foi verificar as vantagens e oportunidades que recebem as
pessoas físicas e jurídicas em aderir o sistema de franquias.
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REFERÊNCIAS
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