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AULA 1.

Conceito e Breve História Da Gestão no Geral

Gestão significa gerenciamento, administração, onde existe uma instituição, uma empresa, uma
entidade social de pessoas, a ser gerida ou administrada.

O objetivo é de crescimento, estabelecido pela empresa através do esforço humano organizado,


pelo grupo, com um objetivo especifico. As instituições podem ser privadas, sociedades de
economia mista, com ou sem fins lucrativos.

A gestão surgiu quando após a revolução industrial, os profissionais decidiram buscar solução
para problemas que não existiam antes, usando vários métodos de ciências, para administrar os
negócios da época o que deu inicio a ciência da administração, pois é necessário o conhecimento
e aplicação de modelos e técnicas administrativas.

A gestão é um ramo das ciências humanas porque tratam com grupo de pessoas, procurando
manter a sinergia entre elas, a estrutura da empresa e os recursos existentes.

A gestão administrativa além da técnica de administrar, ainda se utiliza de outros ramos como o
direito, a contabilidade, economia, psicologia, matemática e estatística a sociologia, a
informática entre outras. A gestão de pessoas é uma parte essencial da gestão administrativa ou
de empresas.

As funções do gestor são em princípio fixar as metas a alcançar através do planejamento, analisar
e conhecer os problemas a enfrentar, solucionar os problemas, organizar recursos financeiros,
tecnológicos, ser um comunicador, um líder, ao dirigir e motivar as pessoas, tomar decisões
precisas e avaliar, controlar o conjunto todo.

A origem latina do termo gestão dá uma boa ideia sobre o que ela significa até os dias de hoje
para pessoas que querem sucesso em suas carreiras e com suas empresas.

No latim, a palavra começou como “gestio“, associado à origem de gesto — tanto um


apontamento como o reconhecimento de algo feito. Estima-se também que o próprio termo latino
tenha vindo do verbo “gerere“, que evoluiu tanto para a criação quanto para o gerenciamento.
A transição da palavra para o meio empresarial existe desde que o modelo de empresas
particulares existe no mundo. Para entender melhor essa relação, podemos fazer uma ligação
com outra palavra que tem a mesma origem nesses radicais do latim: gestação.

A gestação é o processo de cuidar, nutrir e preparar um organismo até que ele se torne formado o
suficiente para sobreviver no mundo por conta própria. É ter o comando para dar autonomia.

Na gestão como conhecemos hoje, em suas diversas formas (que listaremos mais abaixo), esse é
o equilíbrio que grandes profissionais trazem para seus negócios. A formação de um organismo
eficiente, otimizado e que tem autonomia para operar sem que o líder precise cuidar de tudo o
tempo todo.

Essa, inclusive, é uma grande pista para quem quer se tornar um bom gestor: saber delegar.
Empreendedores que centralizam muito sua gestão acabam se tornando o gargalo da própria
empresa.

Gerir é um ato de nutrição, de cuidado. Você cria as condições para que o negócio ande com as
próprias pernas e não precise carregá-lo nas costas o tempo todo — até por que, se você alcançar
o sucesso que deseja, ele vai ficar pesado demais para isso.

Tipos De Gestão

A gestão possui um conceito geral em volta dela, mas pode tomar diversas formas na
rotina de um negócio. Ela pode significar coisas diferentes dependendo da situação ou
pode se quebrar em atuações específicas. Veja os tipos de gestão mais comuns que
todo profissional encontra e pode desenvolver em sua carreira:

 Gestão empresarial

A gestão empresarial é o guarda-chuva que engloba todas as características


necessárias para bons gestores. É o papel central que envolve administração, análise,
previsão e coordenação tanto de processos quanto de pessoas.
Apesar de ser algo natural para muitas pessoas, é interessante notar que quanto mais
dos tipos específicos de gerenciamento você tiver conhecimento, melhor será sua
performance nessa função.

Mesmo que algumas delas exijam a contratação de profissionais especializados, um


conhecimento básico de todas elas só vai fazer bem à sua carreira.

 Gestão financeira

Então vamos passar para esses tipos de gestão mais específicos dentro de um negócio,
começando pela que mais impacta na saúde de uma empresa.

A gestão financeira tem as mesmas atribuições da empresarial, porém focada no


gerenciamento de processos e registros do dinheiro relacionado ao negócio:
transações financeiras, fluxo de caixa, investimento, orçamentos, etc.

O objetivo do profissional aqui é identificar e relacionar receitas e despesas e planejar


para controlar melhor esse equilíbrio — possibilitando o máximo de fôlego para o
crescimento do negócio ao longo do tempo.

 Gestão de pessoas

A gestão de pessoas é igualmente importante para o sucesso de uma empresa. Afinal,


elas formam o núcleo produtivo e estratégico que vai possibilitar a operação para
entrega de produtos ou serviços.

Aqui entram as características importantes de liderança e empatia para bons gestores.


É preciso ter essa visão plural desde a montagem de um time com habilidades e perfis
diversos, trazendo backgrounds diferentes em sintonia para soluções criativas e
inovadoras.

Gerir pessoas é também saber delegar e dar poder aos colaboradores para que se
expressem e tomem decisões por conta própria. Ao contrário do que profissionais
mais atrasados acreditam, você não dilui o poder quando o compartilha. Você
multiplica.

 Gestão de processos

Pessoas e processos são as duas partes de uma operação empresarial que se


completam no dia a dia do negócio. Não adianta ter profissionais super capacitados,
bem preparados e criativos se a forma como eles trabalham é ineficiente e se torna um
obstáculo.

Gestores de processos focam em otimização: quanto menor o número de passos para


realizar uma tarefa, quanto menos burocracia, menos a empresa gasta em tempo e
recursos para entregar um produto ou serviço ao público.

Ou seja, a gestão de processos está diretamente ligada à qualidade da entrega e o seu


preço. Por isso esse papel vem ganhando cada vez mais importância dentro das
empresas do futuro.

 Gestão de logística

Principalmente em negócios que trabalham com produtos como o varejo, outro ponto
fundamental para o sucesso está na forma como se lida com a logística interna e
externa.

Gerir a logística envolve a estrutura de armazenamento, manuseio e transporte bem


como os processos que possibilitam essa operação.

É outra área em ascensão no mercado devido à tecnologia. Quem tem sucesso hoje
são gestores que apostam em automação de controle, rastreabilidade e uso inteligente
de espaços físicos como estoques.

 Gestão de marketing
Desde que a propaganda passou a ser utilizada em massa pelo mundo corporativo,
toda empresa precisa de um setor de marketing para ser visível ao público.

A gestão de marketing, no entanto, não se resume a criar campanhas de publicidade.


É o departamento responsável por pesquisar e conhecer o seu público, entender sua
linguagem e qual abordagem é a melhor para atingi-lo.

Ou seja, o marketing é o responsável pela gestão da relação cliente-marca. É um


aspecto cada vez mais importante para o sucesso no mercado.

 Gestão de vendas

A gestão de vendas costuma ser uma aliada próxima do marketing, já que as duas
utilizam de pools de dados semelhantes para traçar suas estratégias.

Mas, nesse caso, o foco não é tanto na mensagem, mas em quem é atingido por ela.
Um bom gerenciamento de vendas é aquele que pega as oportunidades que o
marketing cria e desenvolve estratégias para selar essa relação cliente-marca.

Além disso, é a função responsável por identificar tendências de mercado e adaptar-se


a demandas para manter o faturamento constante do negócio.

 Gestão de mudanças

A gestão de mudanças é um conceito mais recente dentro do mundo empresarial. Ela


se popularizou quando ficou claro que o mercado está exigindo cada vez mais que
organizações se adaptem constantemente a novos públicos, novos processos e novas
soluções.

Como mudanças podem gerar atritos dentro de uma empresa, profissionais nesse
gerenciamento precisam ser mediadores e planejadores.
O balanço perfeito no cargo está entre criar processos orgânicos e naturais de
adaptação sem queimar etapas na pressa de chegar antes em um determinado ponto
do mercado.

 Gestão de inovação

Outra novidade na gestão empresarial é o gestor de inovação. Como falamos no


último tópico, soluções (principalmente tecnológicas) são desses elementos que estão
surgindo e se popularizando cada vez mais rápido no ambiente corporativo.

Gestores de inovação são pessoas enxergando sempre o próximo passo. Buscam


tendências, criam modelos de teste dentro da empresa e demonstram os resultados de
cada nova tecnologia adicionada aos processos do dia a dia.

Por isso, também é importante que tenham a autonomia para experimentar, buscar
insights, criar. Pessoas criativas e empreendedoras costumam se dar bem nessa
posição.

 Gestão de projetos

Pense em vários tipos de gestão que apontamos aqui: inovação, marketing, vendas,
mudanças. O que todas elas têm em comum é que precisam de ações constantes
buscando a melhora da performance e a melhoria de indicadores para contribuir com
o crescimento da empresa.

Geralmente, essas ações se tornam projetos. Mas como incluir projetos de mudança
ao mesmo tempo que a empresa segue sua operação rotineira?

Esse é o papel de gestores de projeto. São profissionais que, a partir de objetivos


traçados e recursos disponíveis elaboram as etapas e as pessoas necessárias para
chegar ao ponto que a empresa almeja.
As principais metodologias de gestão

Como você deve ter imaginado lendo sobre todas essas formas de gestão, não existe um método
único e concreto para realizar melhor esse trabalho.

Mas existem sim várias metodologias e frameworks que entregam a base pronta desses processos
para que você adapte às suas necessidades. Veja as mais populares:

 Análise SWOT

SWOT é uma sigla para Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats. Também é conhecida
em português como matriz FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas, Ameaças).

Ela não é bem uma metodologia de projeto, mas de análise do cenário atual da empresa antes de
colocá-lo em prática. São diretrizes que te ajudam a definir como você pode fazer uma mudança
na empresa e quais desafios estão atrelados a essa decisão.

 PDCA

O PDCA (Plan, Do, Check, Act) é um método muito eficiente para gestões em constante
mudanças, bem como o controle de qualidade e melhoria em processos.

Ela cria um ciclo virtuoso de repetição, em que o gestor planeja uma mudança, executa, testa o
seu sucesso e adapta para otimizar os resultados.

 PMBOK

Ideal para gestão de projetos, o PMBOK não é exatamente uma metodologia, mas uma coletânea
de boas práticas para garantir otimização no planejamento e execução desses processos. Isso fica
claro até em sua sigla, que significa em português Guia para o Corpo de Conhecimento em
Gerenciamento de Projetos.
 Metodologia ágil

As metodologias ágeis são mais comuns na gestão de empresas tecnológicas que trabalham com
o desenvolvimento de softwares, mas pode ser bem interessante adaptá-las em outros cenários.

A ideia principal é trocar os processos completos de início, meio e fim por uma abordagem mais
iterativa: os processos são realizados para sua entrega mínima e, já em funcionamento, recebem
constante aprimoramento para alcançar o resultado esperado.

 BSC

O Balanced Scorecard se torna uma estrutura e um apoio para gestores empresariais. É um


modelo de performance organizacional que abrange em uma única tabela vários aspectos
diferentes da administração e operação da empresa.

A ideia é enxergar o balanço entre áreas diferentes, evitando que gestores foquem muito em
alguns aspectos (financeiro, vendas) e não aprimorem partes igualmente importantes como a
gestão de pessoas, o marketing e a gestão de ativos.

 GDP

O Gerenciamento por Diretrizes, ou GPD, é uma metodologia também focada na melhoria


constante de qualidade em um processo ou produto.

Assim, ele se assemelha a metodologias ágeis, mas com uma abordagem mais próxima (e que
pode até englobar) da PDCA.

Caracteriza-se pelo foco nos resultados e detalhamento de etapas de projeto, sempre deixando
espaço para ajustes de percurso ao longo do tempo.

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