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INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIAS

CURSO: ECONOMIA, 3 ANO

DISCIPLINA: ESTRATÉGIA EMPRESARIAL

TEMA: A INTERNACIONALIZAÇÃO
EMPRESA LAM (LINHAS AÉREAS DE MOÇAMBIQUE)

DISCENTES:
Alyne Bibi Alfredo Cossa – 458986
Chaquira António Vilanculos – 545862
Marlon Mbanze – 545781
Stella Isabel Bucuane – 555507

DOCENTE: Abu Taju

Maputo, Junho de 2023


Índice
1. Introdução.............................................................................................................................3

1.1. Objectivo Geral.............................................................................................................4

2. Revisão da Literatura – Internacionalização.......................................................................5

2.1. Breve Definição..............................................................................................................5

2.2. Aspectos a Considerar no Processo de Internacionalização......................................5


2.2.1. Onde Internacionalizar?...........................................................................................5
2.2.2. Como Internacionalizar? – Modalidades de Internacionalização............................5

3. Empresa LAM – Linhas Aéreas de Moçambique................................................................7

3.1. Breve Contextualização da Empresa...........................................................................7

3.2. Para Onde é que a LAM Internacionaliza?................................................................8

3.3. Como é que a LAM Internacionaliza?........................................................................9


3.3.1. Serviços De Exportação...........................................................................................9
3.3.2. Contracto de Gestão...............................................................................................10
3.3.3. IATA.......................................................................................................................11
3.3.4. Contracto de Joint-Venture.....................................................................................12
3.3.5. Investimento Através de Acordos de Codesharing................................................12

4. Conclusão............................................................................................................................14

5. Referências Bibliográficas..................................................................................................15

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1. Introdução
A internacionalização de empresas é um processo fundamental para o crescimento e a
expansão dos negócios no cenário global. Neste trabalho em grupo, abordaremos a
internacionalização da empresa LAM (Linhas Aéreas de Moçambique), explorando os
desafios, as estratégias e as oportunidades enfrentadas por essa organização ao expandir suas
operações além das fronteiras de Moçambique.

A LAM é uma companhia aérea nacional de Moçambique e desempenha um papel crucial no


desenvolvimento econômico do país, facilitando a conectividade com outros destinos
nacionais e internacionais. No entanto, para se manter competitiva em um mercado global
cada vez mais dinâmico, a LAM reconheceu a importância de buscar oportunidades além do
mercado interno e expandir suas operações para outros países.
Ao internacionalizar seus serviços, a LAM enfrenta diversos desafios, como a concorrência
provocada por outras companhias aéreas globais, a necessidade de adaptação às diferentes
regulamentações e normas de cada país e a identificação de mercados estratégicos com
demanda crescente por serviços aéreos.

Ao longo deste trabalho em grupo, exploraremos as estratégias adotadas pela LAM para a
internacionalização, bem como as acções específicas realizadas pela empresa para enfrentar
os desafios mencionados anteriormente. Também analisaremos as oportunidades que a
expansão internacional pode trazer para a LAM, como o aumento do fluxo de turistas, a
ampliação da rede de destinos e a geração de receita adicional.

Esperamos que este trabalho em grupo proporcione uma visão abrangente da


internacionalização da empresa LAM, contribuindo para uma compreensão mais profunda
dos desafios e oportunidades associados a esse processo.

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1.1. Objectivo Geral
O objetivo geral deste trabalho é analisar e compreender o processo de internacionalização da
empresa LAM (Linhas Aéreas de Moçambique), investigando os desafios, as estratégias e as
oportunidades enfrentadas pela organização ao expandir suas operações além das fronteiras
moçambicanas. Além disso, busca-se avaliar os resultados alcançados até o momento e
fornecer recomendações para o futuro, visando contribuir para uma visão abrangente e
aprofundada da internacionalização da LAM.

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2. Revisão da Literatura – Internacionalização
2.1. Breve Definição
Segundo Adriano Freire, a Internacionalização “Consiste, na extensão das estratégias de
produto-mercado e de integração vertical duma empresa para outros países”. Nesse contexto,
a internacionalização refere-se ao processo de expansão e integração de uma empresa,
organização, produto ou serviço em mercados estrangeiros além de suas fronteiras nacionais.
Essa estratégia envolve a busca por oportunidades de negócios e a criação de uma presença
global, com o objetivo de aumentar a participação de mercado, expandir a base de clientes,
diversificar receitas e obter vantagem competitiva.

Para internacionalizar, é necessário conhecer o mercado externo e saber “onde” e “como”


internacionalizar.

2.2. Aspectos a Considerar no Processo de Internacionalização


2.2.1. Onde Internacionalizar?
A internacionalização de uma empresa é uma estratégia complexa que requer uma cuidadosa
seleção dos mercados-alvo. A escolha dos países onde a empresa irá expandir suas operações
deve ser baseada em critérios de natureza estratégica, com o objetivo de maximizar a
competitividade tanto no país de origem quanto no exterior, que são:
– Considerar os mercados externos estratégicos;
– E mercados complementares.

Em uma breve explanação, a selecção de mercados para internacionalização deve ser baseada
em critérios estratégicos. Isso inclui a identificação de mercados externos estratégicos, com
base em seu potencial de crescimento econômico, oportunidades de setores específicos e
análise da concorrência. Além disso, é importante considerar mercados complementares, nos
quais os produtos ou serviços da empresa se encaixam bem nas demandas e necessidades
locais. Ao seguir esses critérios, a empresa pode maximizar sua competitividade tanto no país
de origem quanto no exterior.

2.2.2. Como Internacionalizar? – Modalidades de Internacionalização


A internacionalização de uma empresa pode ocorrer por meio de diversas modalidades, cada
uma com suas características e abordagens específicas. Considerar essas diferentes

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modalidades é fundamental para definir a estratégia mais adequada para entrar nos mercados
estrangeiros. A seguir, são apresentadas algumas modalidades comuns de internacionalização:
1. Exportação Regular ou Ocasional: Nessa modalidade, a empresa vende seus
produtos ou serviços no exterior, seja de forma regular, estabelecendo canais de
distribuição internacionais, seja ocasionalmente, em resposta a oportunidades de
negócios pontuais. A exportação é uma forma relativamente simples de iniciar a
internacionalização, permitindo que a empresa alcance clientes em diferentes países.

2. Licenciamento da Tecnologia ou Marca: Nessa modalidade, a empresa concede


permissão a empresas estrangeiras para utilizarem sua tecnologia ou marca. Por meio
de acordos de licenciamento, a empresa recebe taxas pela utilização da sua
propriedade intelectual, sem a necessidade de estabelecer uma presença física no
mercado estrangeiro. Essa modalidade pode ser uma maneira eficaz de expandir
globalmente com baixo investimento direto.

3. Franquia: Na modalidade de franquia, a empresa concede a outras empresas o direito


de utilizar sua marca, processos de produção e receitas comerciais. A empresa
franqueadora oferece suporte, assistência e fornecimento de produtos ou matérias-
primas para as franquias, que operam de forma independente. Essa modalidade
permite à empresa expandir rapidamente em diferentes países, aproveitando o
empreendedorismo e os recursos locais dos franqueados.

4. Investimento Directo: O investimento directo envolve a criação de uma presença


física nos mercados estrangeiros por meio de joint ventures (parcerias) ou
estabelecimento de subsidiárias. Existem duas modalidades comuns de investimento
direto:
 Joint-Ventures de Distribuição e Marketing: Nessa modalidade, a empresa forma
uma parceria com uma empresa local no mercado estrangeiro, compartilhando
recursos, conhecimentos e riscos. Essa joint venture pode ser focada em atividades
de distribuição e marketing, permitindo que a empresa expanda sua presença e
alcance no mercado estrangeiro.
 Joint-Venture Integrada: Nessa modalidade, uma empresa de capitais mistos é
estabelecida no mercado estrangeiro, na qual a empresa estrangeira e a empresa

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local têm participação acionária. Essa joint venture integrada desempenha todas as
funções na cadeia operacional, incluindo produção, distribuição e marketing. Essa
abordagem permite que a empresa tenha maior controle sobre suas operações no
mercado estrangeiro e aproveite o conhecimento local e os recursos da empresa
parceira.

5. Projecto Chave-Na-Mão: Nessa modalidade, uma empresa é contratada para


construir uma instalação fabril completa no exterior. Após a conclusão da construção,
a empresa transfere a operação para uma empresa local em troca de um valor
preestabelecido. Esse tipo de projeto é comum em setores como construção civil,
engenharia e indústria.

6. Projecto BOT (Build-Operate-Transfer): Nessa modalidade, a empresa constrói


uma instalação fabril no exterior e, após alguns anos de operação bem-sucedida,
transfere-a para uma empresa local. Durante o período de operação, a empresa
também assume a responsabilidade pela gestão da instalação. O objetivo é
desenvolver a infraestrutura e transferir o conhecimento técnico e operacional para a
empresa local.

7. Contractos de Gestão: Nessa modalidade, uma empresa é contratada para gerir as


operações de uma instalação fabril ou propriedade pertencente a outra empresa no
exterior. A empresa contratada se responsabiliza por supervisionar as operações,
garantir a eficiência e a qualidade, e reportar os resultados para a empresa
proprietária. Essa modalidade é comum em casos em que a empresa proprietária
deseja terceirizar a gestão de suas operações internacionais.

Essas são apenas algumas das modalidades comuns de internacionalização. A escolha da


modalidade mais adequada dependerá dos objetivos estratégicos, recursos disponíveis,
complexidade do mercado-alvo e tolerância ao risco da empresa. É importante realizar uma
análise cuidadosa e considerar cada modalidade em relação aos benefícios, desafios e
requisitos específicos para a internacionalização bem-sucedida da empresa.

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3. Empresa LAM – Linhas Aéreas de Moçambique
Como objecto do nosso trabalho, que era identificar uma empresa moçambicana que
internacionaliza, identificamos a LAM, companhia aérea moçambicana que actua no mercado
nacional e internacional.

3.1. Breve Contextualização da Empresa


Linhas Aéreas de Moçambique, também conhecida pela sua sigla LAM, é uma companhia
aérea com sede na cidade de Maputo, Moçambique. A LAM tem como missão o transporte
por via aérea de passageiros, carga e correio nos serviços doméstico, regional e internacional,
de carácter regular e não-regular que tem como missão o transporte por via aérea de
passageiros, carga e correio nos serviços doméstico, regional e internacional, de carácter
regular e não regular, proporcionando máxima segurança, conforto adequado e qualidade que
satisfaçam os seus clientes.

Antigamente, a LAM era designada DETA (Direcção de Exploração de Transportes Aéreos),


criada pelos portugueses, e era uma empresa associada aos CFM.
Depois da sua criação, a existência como companhia caracterizou-se por um rápido
desenvolvimento, respondendo às necessidades decorrentes da ligação aos países vizinhos,
nomeadamente Eswatíni, África do Sul, Maláwi e Zimbabwé.
Após a independência do pais, estas duas empresas foram separadas, criando assim a LAM,
onde o Governo possui 91% das acções e os gestores, técnicos e trabalhadores da LAM, os
restantes 9% das ações.

A LAM, actualmente explora uma frota composta por sete aviões: dois Boeing 737-200,
um Bombardier CRJ e três Bombardier Q400a, a que se juntam dois Embraer 145, operados
pela sua subsidiária MEX–Moçambique Expresso.

3.2. Para Onde é que a LAM Internacionaliza?


A LAM, tem buscado expandir seus serviços e fortalecer sua presença internacional. Com
esse objetivo em mente, a companhia decidiu iniciar operações em diferentes destinos na
África Austral, a partir de sua base em Maputo.
Uma das rotas estratégicas implementadas pela LAM é a conexão entre Maputo e
Johannesburg, na África do Sul. Essa rota é essencial para a empresa, pois permite atender à

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crescente demanda de passageiros. Johannesburg é um centro econômico importante na
região e importante para conexões internacionais, tornando-se um destino crucial para a
LAM.
Além disso, a LAM também estendeu seus serviços para outras cidades da região. A rota
Maputo-Harare, no Zimbábwe, estabelece uma ligação crucial entre as capitais desses dois
países vizinhos. Essa conexão não apenas promove o turismo e o comércio entre as nações,
mas também facilita o deslocamento de pessoas e fortalece os laços bilaterais.

Outra rota importante adicionada pela LAM é a ligação entre Maputo e Dar-Es-Salam, na
Tanzânia. Essa rota conecta a capital moçambicana à cidade costeira tanzaniana, abrindo
portas para o turismo e o comércio entre esses dois países da África Oriental. A LAM
desempenha um papel crucial ao oferecer uma conexão direta e eficiente entre esses destinos.
A empresa aérea expandiu seus serviços também para Lusaka, capital da Zâmbia. Essa rota
cria uma conexão aérea vital entre Maputo e a Zâmbia, estimulando a cooperação econômica,
o turismo e as trocas culturais entre esses dois países africanos. A LAM se torna uma ponte
aérea fundamental ao disponibilizar voos regulares e confiáveis nessa rota.

3.3. Como é que a LAM Internacionaliza?


3.3.1. Transações: Exportação de Produtos ou Serviços no Exterior
A LAM, companhia aérea de Moçambique, adotou uma estratégia de internacionalização ao
exportar seus serviços de transporte aéreo de passageiros, carga e correio. Embora esses
produtos não sejam de propriedade exclusiva da LAM, a empresa atende à demanda dos
clientes e oferece soluções de transporte aéreo eficientes e confiáveis.
No que diz respeito ao transporte de passageiros, a LAM busca atender às necessidades dos
viajantes, oferecendo voos para destinos internacionais. Os passageiros podem desfrutar de
um serviço de qualidade, segurança e conforto durante suas viagens. Através da exportação
desses serviços, a LAM se posiciona como uma opção viável para os passageiros que
desejam viajar de e para Moçambique, conectando o país a diversas localidades ao redor do
mundo.

Além do transporte de passageiros, a LAM também exporta serviços de transporte de carga. A


empresa se dedica a atender as demandas logísticas de empresas e indústrias que necessitam
enviar mercadorias por via aérea. Através de sua rede de rotas internacionais, a LAM oferece

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soluções eficientes para o transporte de carga, permitindo que empresas moçambicanas
exportem seus produtos para diversos mercados ao redor do mundo.
Outro serviço exportado pela LAM é o transporte de correio. Com sua experiência e
infraestrutura aérea, a empresa desempenha um papel fundamental na distribuição eficiente
de correspondências e encomendas internacionais.
Através de parcerias com serviços postais e empresas de logística, a LAM assegura que o
correio seja entregue de forma rápida e confiável, facilitando a comunicação e o comércio
entre Moçambique e outros países.

Ao exportar esses serviços de transporte aéreo de passageiros, carga e correio, a LAM


contribui para o desenvolvimento econômico de Moçambique, promovendo o comércio
internacional, facilitando o turismo e fortalecendo os laços com outras nações. A empresa se
compromete em oferecer soluções personalizadas e eficientes para atender às necessidades
dos clientes, impulsionando a competitividade e a conectividade global de Moçambique.

3.3.2. Contracto de Gestão


Para expandir sua presença internacional e alcançar um público mais amplo, a LAM adotou
uma estratégia de internacionalização por meio de contratos de gestão, especificamente por
meio de contratos pontuais de prestação de serviços. Esses contratos permitem que a empresa
estabeleça parcerias temporárias com outras companhias aéreas ou empresas de gestão,
aproveitando sua experiência e conhecimento em mercados estrangeiros específicos.

Ao optar por contratos pontuais de prestação de serviços, a LAM pode aproveitar a expertise
de parceiros internacionais para otimizar suas operações em destinos específicos. Esses
contratos podem envolver áreas como gestão operacional, vendas e marketing, atendimento
ao cliente, manutenção de aeronaves e outras atividades relacionadas à aviação. Dessa forma,
a LAM pode aproveitar as competências e recursos dos parceiros para fortalecer sua presença
em mercados estrangeiros selecionados.

Essa estratégia de internacionalização por contrato de gestão permite que a LAM amplie seu
alcance global de forma eficiente, minimizando os riscos e os custos associados à expansão
direta. Através desses acordos pontuais, a empresa pode explorar oportunidades de negócios

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em novos mercados, estabelecendo conexões com outras companhias aéreas e aproveitando a
infraestrutura existente para operar voos internacionais.
Pelo que, recentemente, o Governo moçambicano anunciou a entrega da gestão das Linhas
Aéreas de Moçambique (LAM), para uma gestão internacional vistando assegurar uma nova
dinâmica e salvar a companhia de bandeira da actual situação de crise.

Depois de vários episódios de avarias constantes, incertezas recorrentes nos voos e uma
tesouraria com dívidas na ordem de 300 milhões de dólares, o Executivo encomendou dois
estudos separados que aconselharam a dar um novo rumo à companhia, em que estes estudos
mostram que a marca LAM é valiosa e o mercado onde opera também tem muito potencial ,
contudo, era necessário intervencionar, de modo a dar uma nova dinâmica, como tem
explicado o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala.

De acordo com a decisão, a gestão está a cargo de uma equipa mista, liderada por uma
companhia internacional que, juntamente com alguns membros da actual equipa nacional, vai
trabalhar para que, em seis meses, a empresa seja financeiramente estabilizada, permitindo,
então, uma decisão definitiva, que pode mesmo ser a sua privatização, ou seja, a empresa
precisa de reestruturação, realinhamento e estabilização das contas, para permitir que haja
depois, uma melhor decisão.

O novo gestor da empresa LAM é a Fly Modern Ark, uma empresa de capitais sul-africanos
que vai entrar com novas aeronaves, num contracto de seis a doze meses.
A dívida da LAM estava avaliada em mais de 300 milhões de USD, pelo que, recentemente,
através da empresa FMA, a posição de endividamento reduziu em 47,3 milhões de USD,
deixando assim de ser insolvente, usando a medida de suspensão das condições de crédito na
venda de bilhetes. Significando que a empresa não oferece mais opções de crédito ou
parcelamento para os clientes que desejam adquirir bilhetes aéreos da LAM. Em vez disso, a
venda dos bilhetes é realizada apenas mediante pagamento integral no momento da compra.
Isso significa que, com a suspensão das condições de crédito, mais clientes optaram por fazer
compras imediatas e pagar integralmente pelos bilhetes no momento da reserva ou da
compra, o que resultou em um aumento significativo na receita da companhia aérea, em um
aumento de 15% na receita da LAM proveniente das vendas de bilhetes.

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3.3.3. IATA – International Air Transport Association
A LAM utiliza também a IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo, em inglês)
como uma plataforma para internacionalizar seus serviços. A IATA é uma organização global
que representa e apoia a indústria da aviação, promovendo padrões de segurança, eficiência e
cooperação entre as companhias aéreas.
Ao se associar à IATA, a LAM se beneficia de uma ampla gama de recursos e oportunidades
de negócios. Através da participação em programas e iniciativas da IATA, a empresa pode
melhorar sua eficiência operacional, aprimorar a qualidade de seus serviços e acessar uma
rede global de companhias aéreas parceiras.

A IATA oferece uma variedade de serviços e soluções para as companhias aéreas membros,
incluindo padrões de segurança, treinamento de pessoal, facilitação de viagens, tarifas aéreas,
serviços de marketing e muito mais. Ao aderir a esses padrões e programas, a LAM pode
demonstrar seu compromisso com a excelência operacional e a qualidade do serviço,
ganhando reconhecimento internacional e a confiança dos passageiros.

A IATA oferece às companhias aéreas membros a oportunidade de se conectar a uma ampla


rede global de parceiros e rotas. Isso permite que a LAM estabeleça acordos de codeshare,
parcerias estratégicas e alianças com outras companhias aéreas ao redor do mundo,
expandindo assim sua presença internacional. Além disso, a participação da LAM na IATA
também abre portas para parcerias estratégicas e colaborações com outras companhias aéreas
em todo o mundo. Através da interconexão com as redes e rotas das companhias aéreas
membros da IATA, a LAM pode oferecer uma maior conectividade aos seus passageiros,
expandindo sua presença internacional e explorando novos mercados.

3.3.4. Contracto de Joint-Venture de Distribuição e Marketing


A National Aviation Services (NAS), uma empresa em rápido crescimento no fornecimento
de serviços de aviação nos mercados emergentes, estabeleceu um acordo de joint venture (JV)
com a LAM. Essa parceria visa fornecer serviços de gestão para as Salas Flamingo
localizadas em Moçambique.
As Salas Flamingo são espaços exclusivos e dedicados a passageiros de classe executiva,
membros de programas de fidelidade ou passageiros com acesso pago. Essas salas
proporcionam uma experiência de espera agradável e confortável, oferecendo uma variedade

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de comodidades, como assentos confortáveis, áreas de descanso, Wi-Fi, alimentação, bebidas,
banheiros privativos, entre outros serviços personalizados.

Com o acordo de joint venture entre a NAS e a LAM, a NAS trará sua experiência e
conhecimento na gestão de salas VIP para elevar o padrão das Salas Flamingo em
Moçambique. Através dessa colaboração, a LAM e a NAS pretendem melhorar ainda mais a
experiência dos passageiros, oferecendo serviços de alta qualidade e personalizados em um
ambiente exclusivo.
A NAS é reconhecida por sua experiência em operar e gerenciar serviços de aviação,
incluindo salas VIP, em diversos mercados emergentes ao redor do mundo. Sua parceria com
a LAM em Moçambique demonstra o compromisso em elevar os serviços oferecidos pela
companhia aérea nacional e tornar a experiência de viagem ainda mais agradável para os
passageiros.

Essa joint venture permitirá que a LAM e a NAS compartilhem recursos, conhecimentos e
melhores práticas para aprimorar a gestão das Salas Flamingo. Através dessa colaboração,
espera-se que os passageiros desfrutem de um ambiente mais confortável e acolhedor
enquanto aguardam seus voos, elevando assim o nível de serviços prestados pela LAM e
fortalecendo sua reputação como companhia aérea de bandeira de Moçambique.

3.3.5. Investimento Através de Acordos/Contracto de Codesharing


A LAM também adopta a estratégia de internacionalização por meio do codeshare, uma
prática comum na indústria da aviação que permite às companhias aéreas expandirem sua
rede de destinos e oferecerem maior conectividade aos seus passageiros.
O codeshare é um acordo entre duas ou mais companhias aéreas, no qual uma companhia
vende assentos em voos operados por outra companhia em seu próprio nome. Isso significa
que, embora o voo seja operado por uma empresa parceira, os passageiros têm a conveniência
de reservar e receber serviços da companhia aérea que comercializa o voo.

No contexto da LAM, a internacionalização por meio do codeshare permite que a companhia


amplie sua rede de destinos internacionais, mesmo sem operar voos diretos para esses locais.
Ao estabelecer acordos de codeshare com outras companhias aéreas, a LAM pode oferecer
aos seus passageiros uma ampla gama de opções de viagem para outros destinos.

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Essa estratégia traz benefícios tanto para a LAM quanto para seus passageiros. A companhia
aérea pode aumentar sua presença em mercados estrangeiros, estendendo sua oferta de voos
para destinos populares e atendendo à demanda dos clientes por rotas internacionais. Ao
mesmo tempo, os passageiros da LAM se beneficiam de uma maior conectividade, podendo
aproveitar a conveniência de reservar itinerários completos, incluindo voos de codeshare,
com uma única companhia aérea.

Por exemplo, a LAM pode estabelecer um acordo de codeshare com uma companhia aérea
parceira que opera voos para destinos além de sua rede atual, como cidades na Europa,
América do Norte ou Ásia. Assim, os passageiros da LAM podem reservar um voo com
partida em Moçambique, com conexão em um dos destinos da companhia parceira, e chegar
ao seu destino final de forma conveniente e integrada, apesar de não haver voos diretos da
LAM para esse local.

As Linhas Aéreas de Moçambique mantêm contracto ou acordos de Codesharing com


companhias internacionais como:
 Ethiopian Airlines;
 Fastjet;
 Kenya Airways;
 South African Airways;
 TAAG Angola Airlines;
 TAP Air Portugal.

Portanto, a internacionalização por meio do codeshare permite que a LAM expanda sua
presença global, oferecendo aos passageiros uma rede de destinos mais abrangente e uma
experiência de viagem mais fluída. Além disso, a companhia aérea pode fortalecer suas
parcerias estratégicas, compartilhar recursos e conhecimentos com outras empresas do setor,
aprimorando sua competitividade e atendendo às necessidades dos passageiros que buscam
uma ampla oferta de voos internacionais.

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4. Conclusão
Através deste trabalho, foi possível explorar a internacionalização da LAM - Linhas Aéreas
de Moçambique, uma companhia aérea que busca expandir seus serviços para além das
fronteiras do país. Utilizando estratégias como contratos de gestão, parcerias com a IATA e
joint ventures, a LAM tem como objetivo oferecer uma experiência de transporte aéreo de
qualidade, tanto para passageiros como para carga e correio.

A internacionalização da LAM é um reflexo do seu compromisso em se tornar uma empresa


globalmente reconhecida e contribuir para o desenvolvimento econômico de Moçambique.
Ao estabelecer parcerias estratégicas, a companhia aérea é capaz de expandir sua rede de
destinos, melhorar suas operações e oferecer serviços competitivos aos seus clientes.
Através de contratos pontuais de prestação de serviços, a LAM pode aproveitar a experiência
de outras companhias aéreas e empresas de gestão para optimizar suas operações em
mercados estrangeiros específicos. Ao mesmo tempo, a parceria com a IATA proporciona à
LAM acesso a uma ampla gama de recursos e oportunidades, permitindo-lhe melhorar sua
eficiência operacional e alcançar reconhecimento internacional.

Além disso, a joint venture estabelecida com a National Aviation Services (NAS) para a
gestão das Salas Flamingo em Moçambique demonstra o compromisso da LAM em
proporcionar uma experiência de viagem diferenciada para seus passageiros. Essa parceria
permitirá elevar o padrão das salas VIP, oferecendo comodidades e serviços exclusivos que
tornarão a espera dos passageiros mais agradável e confortável.

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5. Referências Bibliográficas
Livros
Freire, A. (2008). Estratégia, Sucesso em Portugal. Verbo Editora. Portugal.

Artigos de Pesquisa
Mosse, M. – Carta de Moçambique (2023). Posição da dívida da LAM reduziu em 47,3
milhões de dólares e a empresa deixa de ser insolvente.
https://cartamz.com/index.php/empresas-marcas-e-pessoas/item/13843-posicao-da-divida-da-
lam-reduziu-em-47-3-milhoes-de-dolares-e-a-empresa-deixa-de-ser-insolvente

LAM – Linhas Aéreas de Moçambique (2019). NAS e a LAM em Joint-Venture para a gestão
das salas Flamingo em todo Moçambique. https://www.lam.co.mz/pt/Sobre-a-LAM/Sala-de-
Imprensa/NAS-e-a-LAM-em-Joint-Venture-para-a-Gestao-das-Salas-Flamingo-em-todo-
Mocambique

Mapote, W. – VOA (2023). Governo cede Linhas Aéreas de Moçambique à Gestão


Internacional. https://www.voaportugues.com/a/governo-cede-linhas-aéreas-de-moçambique-
a-gestão-internacional/7039224.html

https://en.wikipedia.org/wiki/LAM_Mozambique_Airlines

https://pt.wikipedia.org/wiki/Linhas_Aéreas_de_Moçambique#Códigos_Internacionais

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