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FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
Curso: Engenharia Química
Quarto ano
Gestão Empresarial
Discentes: Docente:
2. Objectivos ............................................................................................................................... 3
3. Metodologia ............................................................................................................................ 3
7. Conclusão.............................................................................................................................. 17
9. Bibliografia ........................................................................................................................... 18
1. Introdução
A economia mundial tem sido cada vez mais caracterizada por um acréscimo das trocas
internacionais. Com a crescente competição imposta pela globalização da economia e pelas
pressões dos mercados internacionais, existe uma ameaça a sobrevivência das empresas nacionais.
Assim sendo, estas devem procurar novas formas de estar no mercado global através da
internacionalização. O maior ganho que advém da internacionalização é a possibilidade de
conquista de novos mercados, que antes eram de difícil acesso. A palavra internacionalização tem
sido de grande análise tanto das PME (pequenas e médias empresas) assim como das grandes
empresas.
Com aumento da concorrência as empresas devem se tornar competitivas e, para isso, é necessário
que se faca monitorização do ambiente externo, no qual, identificam-se ameaças e oportunidades,
para um melhor posicionamento estratégico empresarial.
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2. Objectivos
2.1. Gerais
2.2.Específicos
3. Metodologia
Neste trabalho, usou-se o método de revisão bibliografia para suprir os objectivos realçados
anteriormente.
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4. Processos de internacionalização
4.1.Conceito e contextualização
A caminho da internacionalização, mais do que um desejo para a maior parte das empresas, acaba
muitas vezes por representar uma necessidade, e apresenta-se actualmente e de forma crescente,
como uma estratégia determinante na competitividade das mesmas, sendo mesmo para muitas a
condição que marca a sua sobrevivência (ALBERT, 2010). O conceito de internacionalização tem
um carácter progressivo com o tempo.
Por outro lado, Calof e Beamish (1995) definem a internacionalização como o processo de
adaptação das operações nas empresas (estratégia, estrutura e recursos) no ambiente internacional.
Stal (2010) define a internacionalização como uma oportunidade para as empresas alcançarem os
seus retornos através da actuação em mercados externos, obrigando a existência de padrões
normativos internacionais que envolvem a preparação de produtos, absorção de estratégias de
gestão e o conhecimento de novas tecnologias.
4.2.Tipos de organização
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Produção baseada em recursos naturais,
Serviços desagregados internacionalmente e
Organização baseada em projectos.
5. Estratégias de entrada
Esta decisão abarca duas vertentes principais: a primeira diz respeito ao objecto da
internacionalização; e a segunda, às actividades da internacionalização que vão ser
desenvolvidas internacionalmente. As respostas dadas pelas entidades empresariais dependem da
motivação que os leva a internacionalizar.
Quanto às actividades da cadeia de valor que são internacionalizadas, a resposta depende do tipo
de actividade e das motivações da internacionalização.
Quanto ao tipo de actividades, a produção assente na diferenciação, por exemplo, pode expressar-
se na exportação com eventual aprovisionamento internacional, enquanto os serviços desagregados
internacionalmente exigem pelo menos a localização da actividade de prestação dos serviços nos
mercados externos.
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aprovisionamento. Se o propósito for aceder a recursos estratégicos, as possibilidades podem ser
diversas, desde a actividade de I&D até a comercial (para melhor entender as tendências em
mercados lideres, por exemplo).
Se o mercado principal for o da África Austral justificar-se-á, na maioria dos casos, manter a
actividade industrial em Moçambique e exportar, com eventual localização de unidades comerciais
nos principais mercados. Todavia, para mercados mais distantes (como Portugal) e protegidos
(como brasil) pode tornar-se necessário o estabelecimento de unidades produtivas localmente.
No entanto, para serviços em que não seja possível (ou não seja conveniente) uma relação a
distância, como sucede nos tipos de organização de serviços desagregados internacionalmente e
organização baseada em projectos, a localização descentralizada das actividades comerciais e de
prestação de serviços nos mercados de destino é aplicável. O objectivo é assegurar uma
aproximação ao cliente, no primeiro caso, e interagir com ele e com o contexto, no segundo.
5.2.Onde internacionalizar?
Ghemawat (2001) idealizou um modelo onde propõe quatro dimensões de distância que são
cruciais no momento de tomada de decisão pelos gestores, definindo o potencial do mercado assim
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como os riscos inerentes ao mesmo. O autor defende que “a distância ainda importa”, abordando
as dificuldades por que uma empresa pode passar ao longo da sua expansão internacional. Em
síntese, o autor sustenta a ideia de que a distância entre dois países se pode manifestar de quatro
formas: Cultural, Administrativa, Geográfica e Económica, que devem ser analisadas pelo modelo
a que chamou CAGE (Tabela II)
A distância cultural tem impacto na maneira como é recebida e interpretada uma mensagem
relativa às características e benefícios de um produto ou serviço, e a forma como poderá satisfazer
as necessidades e/ou desejos dos consumidores. Diferenças religiosas, étnicas, linguísticas e de
normas sociais são capazes de criar uma distância psíquica entre países. Ghemawat (2001)
sublinha que o comércio entre países que partilham a mesma língua será três vezes maior do que
entre países sem uma língua em comum. O autor dá ainda um exemplo bem ilustrativo de como
os aspectos culturais são importantes no meio empresarial, referindo que na Rússia a cor vermelha
é muito bem aceite, fazendo com que as pessoas tenham uma predisposição maior para aceitar
produtos com tons vermelhos.
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5.2.3. Distância Geográfica
Numa forma geral, quanto maior a distância entre dois países, mais difícil será conduzir um
negócio entre ambos. No entanto, a distância geográfica não trata apenas da distância física a que
um país se encontra do outro. Ghemawat (2001) refere ainda que características como as vias de
comunicação entre os dois países, a topografia do país de destino ou as infraestruturas de transporte
do mesmo também podem condicionar o comércio entre países. Um exemplo de fácil percepção
das dificuldades que este tipo de barreiras podem colocar a um negócio passa pelos custos de
transporte dos produtos. Produtos com baixo valor/peso, como o cimento ou o ferro podem ver o
seu custo bastante aumentado fruto da distância geográfica.
As diferenças a nível económico entre dois países têm um efeito significativo nos seus negócios.
As desigualdades de rendimento entre consumidores de dois países podem revelar-se uma barreira
à entrada de uma empresa num novo mercado, pois pode obrigar à adoção de uma nova estratégia
e mesmo a alterações nos seus produtos/serviços. O autor exemplifica, lembrando empresas que
dependem de economias de escala, e que têm uma estratégia de padronização dos seus produtos
tendem a focar-se em países com o mesmo perfil económico, pois para explorar a sua vantagem
competitiva necessitam de replicar o seu modelo de negócio.
5.3.Como internacionalizar?
Entrar em larga escala ou em pequena escala depende dos recursos da empresa e do seu
comprometimento. O sucesso da entrada num novo mercado está muitas vezes subjacente à
escolha de estratégia de entrada. Modo de entrada é um arranjo institucional para organizar e
conduzir transacções comerciais de âmbito internacional ou em termos simples, a decisão sobre a
forma de entrar no mercado. No entanto, cada modo de entrada vem com suas próprias vantagens
e riscos. Assim, a decisão sobre qual modo de entrada a ser escolhido depende dos factores internos
relacionados com pontos fortes e fracos da empresa. Anderson e Gatignon (1986) sublinharam que
a escolha do modo de entrada num mercado estrangeiro determina o nível de comprometimento
com os recursos, risco e controlo que uma empresa aceita ter nas actividades do mercado alvo.
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Segundo Root (1994), a selecção da forma de entrar num novo mercado depende de várias
variáveis que se podem organizar em três grupos como mostrado abaixo:
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O tipo de organização adoptado pela empresa exerce, por si só, uma influência significativa sobre
os modos de operação, como se explicita na tabela abaixo:
O modo de entrada num mercado internacional, depende das regras estabelecidas pelas entidades
reguladoras do mercado em causa, e permite organizar e conduzir os negócios da empresa neste
mercado. O modo de entrada possibilita a entrada dos recursos da empresa no mercado de destino,
designadamente, os seus serviços, conhecimentos, capacidades e tecnologias (Chen e Messner,
2009). A decisão da forma que mais se adequa ao projecto reveste-se de especial importância para
assegurar a performance da empresa no novo mercado.
Depois da decisão de entrar num mercado, o passo seguinte será encontrar a forma mais apropriada
para entrar nesse mercado, considerando as características do mesmo, da empresa e a estratégia
delineada pela mesma. Segundo Root (1994), podemos classificar as formas de entrada em
mercados internacionais em três grupos base.
No primeiro grupo enquadra-se a exportação – produção fora do país alvo, sendo, de seguida,
transportada a mercadoria. No segundo grupo enquadram-se as entradas contratuais em que,
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como o nome indica, a empresa se associa a outras pela via contratual, existindo partilha de know-
how, técnicas e recursos. Por último, no terceiro grande grupo surge o investimento directo no
estrangeiro no qual a empresa detém total controlo sobre os seus recursos, cuja transferência para
o país de destino tem como objectivo a produção e venda no local.
Na exportação como modo de entrada, o produto final ou intermédio da empresa é produzido fora
do mercado alvo e de seguida transportado para o mesmo. Desta forma, pode-se dizer que a
exportação está confinada a produtos físicos. Brito e Lorga (1999) referem duas formas de
exportação, a indirecta, em que a empresa não desenvolve esforços particulares em termos de
marketing internacional, estando dependente de terceiros (intermediários) para vender nos
mercados-alvo, e a exportação directa, na qual a empresa não delega em terceiros as operações de
marketing internacional.
Os modos de entrada contratuais são associações de longo prazo, sem entrada no capital próprio
da empresa, entre uma empresa internacional e a entidade no mercado estrangeiro alvo que envolve
a transferência de tecnologia ou know-how da primeira para a última. Os modos de entrada
contratuais distinguem-se dos modos de exportação porque são em primeira análise veículos para
a transferência de conhecimentos, apesar de poderem criar oportunidades de exportação. Já em
relação aos modos de entrada de investimento distinguem-se pela ausência de qualquer
investimento de capital próprio pela empresa internacional (Root, 1994).
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6. As dimensões internas da internacionalização
Competências distintivas;
Aspectos financeiros;
Capacidade de gerir relações cooperativas internacionais; e
Uma estrutura organizacional capaz de dar resposta aos desafios da atividade internacional.
Características da gestão;
Qualificação dos recursos humanos;
Competências tecnológicas;
Competências comerciais;
Domínio de recursos escassos;
Direitos de propriedade intelectual;
Imagem e reputação; e
Experiência internacional.
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A empresa tem de identificar, avaliar e negociar com potenciais parceiros, muitas vezes na
sequência de contactos estabelecidos em feiras ou missões internacionais.
6.2.Aspetos financeiros
A restrição financeira pode ser, de certo modo, atenuada no caso de se recorrer a abordagens
cooperativas, envolvendo o estabelecimento de empreendimentos conjuntos e/ou formas
contratuais de internacionalização, nomeadamente ao licenciamento e ao franquia. Nestes dois
casos, os riscos da operação são fundamentalmente assumidos pelo parceiro.
Permite ainda uma alavancagem de recursos que facilita uma mais fácil expansão internacional
por parte de pequenas empresas. O estabelecimento de relacionamentos com distribuidores
internacionais pode possibilitar, de forma relativamente rápida, uma presença internacional mais
ampla.
Por outro lado, a sustentabilidade das relações cooperativas depende dos comportamentos dos
parceiros, honestidade e consistência de que comportamentos tendem a estimular o
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desenvolvimento de laços de confiança, embora possam não significar uma ausência completa de
tensões
Uma conhecida especialista americana defende que existe uma “vantagem colaborativa”.
Segundo ela, o sucesso das alianças, incluindo as alianças internacionais, depende de oito Itens
que sao:
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Figura 2: Os oito itens para o sucesso da cooperação empresarial
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função da geografia ou por produtos. Os primeiros investimentos, dada a sua relevância
estratégica, são efetudos habitualmente sob orientação do director–geral, ficando dele
dependentes, em termos de reporte.
À medida que a presença internacional através de investimentos diretos aumenta, esta situação
deixa de ser sustentável e um departamento internacional é criado. O seu objetivo é gerir tanto as
atividades de exportação como as subsidiárias no exterior, embora possa continuar a haver reporte
ao diretor-geral. Em todo o caso, o estabelecimento de mecanismos claros e consistentes de
coordenação e controlo das atividades internacionais e dos gestores no estrangeiro torna-se
indispensável a partir de um determinado patamar de presença internacional.
A coordenação das atividades internacionais não é fácil e exigirá sempre uma atenção muito
especial por parte da gestão de topo. A partir de determinado momento a capacidade de reforçar a
integração entre os diversos negócios no estrangeiro, aprendendo com eles e explorando sinergias,
começa a tornar-se mais relevante do que a decisão de acrescentar mais um negócio à carteira já
existente. Por outras palavras, nessa altura passar-se-á da internacionalização para a gestão
internacional de um conjunto de unidades e negócios dispersos pelo mundo.
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7. Conclusão
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9. Bibliografia
Cristina Simões, José Paulo, et al,Horizonte para internacionalizar: Guia para PME, 2013
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