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SUSTENTÁVEL
E DIREITOS
INDIVIDUAIS
Bruno Fonseca da Silva
Camila Bolfarini Bento
Ana Lucia Guimarães
Natália de Souza Pelinson
Valdir Lamim-Guedes Junior
AUTORIA
BRUNO FONSECA DA SILVA,
CAMILA BOLFARINI BENTO, ANA
LUCIA GUIMARÃES,
NATÁLIA DE SOUZA PELINSON E
VALDIR LAMIM-GUEDES JUNIOR
Presidente do Conselho de Administração Janguiê Diniz
DADOS DO FORNECEDOR
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo
ISBN:
Boxes
ASSISTA
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple-
mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado.
CITANDO
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa
relevante para o estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTUALIZANDO
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato;
demonstra-se a situação histórica do assunto.
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto
tratado.
DICA
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma
informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
EXEMPLIFICANDO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
EXPLICANDO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da
área de conhecimento trabalhada.
Sumário
Unidade 1
Introdução............................................................................................................................... 15
Os problemas ambientais da atualidade...................................................................... 17
A interdisciplinaridade nas questões ambientais....................................................... 20
Um convite para repensar o amanhã............................................................................ 22
Conceitos e definições......................................................................................................... 23
Movimentos mundiais.......................................................................................................... 35
Referências bibliográficas.................................................................................................. 58
Unidade 2
Responsabilidade socioambiental.................................................................................... 66
O nascimento do mundo globalizado e a questão socioambiental.......................... 67
A responsabilidade socioambiental como compromisso da modernidade........... 69
A responsabilidade socioambiental governamental, cidadã e empresarial.......... 70
Sumário
Aspectos legais..................................................................................................................... 73
Leis socioambientais brasileiras................................................................................... 74
A responsabilidade socioambiental além das exigências legais ........................... 75
Desenvolvimento sustentável............................................................................................. 77
Ações globais rumo ao desenvolvimento sustentável............................................... 79
As três dimensões da sustentabilidade........................................................................ 83
Debates mundiais.................................................................................................................. 84
Agenda 21.......................................................................................................................... 85
Agenda 2030...................................................................................................................... 86
Contexto atual........................................................................................................................ 88
Ecoeficiência..................................................................................................................... 89
Os 7 R’s da sustentabilidade........................................................................................... 90
Unidade 3
A Ética nas Relações Humanas........................................................................................ 126
Raízes históricas da população brasileira................................................................. 126
Diversidade Cultural, Étnica, Religiosa e de Gênero................................................ 128
Unidade 4
Direitos humanos................................................................................................................ 152
Raízes históricas da população brasileira................................................................. 152
Conceituação e princípios dos direitos humanos..................................................... 154
Universalismo e multiculturalismo.............................................................................. 156
Ação comunitária e participação democrática........................................................ 157
Ética, direitos humanos e violência............................................................................. 160
Sumário
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/3215963517080495
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/3230386423166043
Dedico este trabalho aos meus professores, por todos que acrescentaram
conhecimento teórico e prático desde a minha formação de base até a pós-
graduação. Agradeço por serem profissionais tão dedicados nessa árdua e
nobre tarefa de formar pessoas intelectual e socialmente.
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/5544834203408615
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Currículo Lattes:
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1
Introdução
Atualmente, a humanidade apresenta forte
preocupação com as questões ambientais. No
sentido restrito, utilizamos o termo “ambien-
te” para nos referirmos aos aspectos da natureza,
como a água, as plantas, os “animais”; mas conside-
ramos a “sociedade” como algo à parte, como se não
houvesse um elo entre ambos. Qual motivo, porém, para
inserimos aspas nos respectivos termos?
Porque somos educados, ou doutrinados, a restringi-los em seus sig-
nificados. Quando abordamos a palavra “animais”, em certo ponto, infe-
riorizamos as demais espécies por sermos seres pensantes – mas, nisso,
fracassamos. Nós nos consideramos inteligentes; porém, não sabemos
respeitar o meio em que vivemos. Somos definidos como sociais; todavia,
negligenciamos o respeito à opinião, a escolha, ao status social do outro.
Nessa direção, chegamos ao limite: da abundância de recursos naturais,
mas também do preconceito, iniciando uma corrida contra o tempo para
equilibrar a balança, e alcançarmos a harmonia.
Podemos afirmar que a humanidade formou subgrupos. Diferentemen-
te de outras espécies, na nossa, um subgrupo procura sobressair-se ao
outro, fazendo com que se estruture uma pirâmide social (Figura 1), o que,
em determinados momentos, acarreta discriminação.
No entanto, por qual motivo falamos de ser humano e sociedade, se
a temática é ambiente? Essa pergunta poderá ser respondida com outra:
afinal, somos também ambiente? Se a resposta for positiva, o
que nos levaria a pensar que questões sociais não são dis-
cutidas na temática ambiental? O primeiro exer-
cício necessário é a reflexão de que não existe
diferença entre sociedade e ambiente: ser hu-
mano e o seu meio constituem algo mútuo
e unitário. A compreensão é aparentemente
simples, mas torna-se complexa ao tentarmos
colocá-la em prática.
das famílias
Classe B
Renda mensal 15% 26,5%
R$ 4.720 a R$ 14.695 das famílias da renda nacional
Classe C
27,9% 22,6%
Renda mensal das famílias da renda nacional
R$ 1.957 A R$ 4.720
Classe D/E 13,6%
da renda
53,5%
Renda mensal das famílias
nacional
até R$ 1.957
Figura 1. Modelo de pirâmide social brasileira, classificada pela renda. Fonte: IBGE (2015) apud Mussi, 2017, p. 20.
CONTEXTUALIZANDO
A concepção de trabalho foi estudada pelo cientista Sergio Lessa para
elaboração da sua tese de doutorado, que resultou no livro Mundo dos
homens: trabalho e ser social. O enredo da obra baseia-se na concepção
de trabalho como processo de complexidade do ser social e no trabalho
abstrato (força produtiva). A abordagem da obra é de cunho filosófico e
sociológico, e convida-nos a conhecer e ampliar a visão sobre o tema
(LESSA, 2012).
CITANDO
Leandro Konder tratou da dialética em sua obra O que é a dialética, publi-
cada pela primeira vez em 1981. O livro, que faz uma abordagem estrutural
histórica, filosófica e sociológica sobre o tema, traz a seguinte definição
de dialética pelo autor: “O modo de pensarmos as contradições da rea-
lidade, o modo de compreendermos a realidade como essencialmente
contraditória e em permanente transformação” (KONDER, 2008, p. 8).
AR ÁGUA
TERRA FOGO
Figura 2. Ilustração dos problemas ambientais da atualidade. Fonte: SOUZA, 2014.
CURIOSIDADE
A história de Marie Curie é inspiradora. Nascida em 1867, na Polônia,
desafiou todos os preconceitos existentes quanto à inferiorização social
da mulher. Realizou um trabalho crucial sobre a radioatividade, sendo a
primeira mulher, e a única pessoa no mundo, a ganhar o Prêmio Nobel
duas vezes em categorias científicas distintas, química e física. Lutou
contra toda forma de discriminação e preconceito, e seu legado científico
é reconhecido e aplicado até os dias atuais, principalmente nas áreas de
física, química e na medicina.
DICA
A práxis é o processo da junção entre teoria e prática. A explanação des-
se conceito foi realizada no trabalho realizado por Pereira e colaboradores
(2016), chamado: “O conceito de práxis e a formação docente como ciên-
cia da educação”. Mesmo com uma abordagem mais voltada à pedagogia,
os autores procuram apresentar os princípios fundamentais do conceito.
Figura 3. Solo salinizado no município de Cabrobó, Pernambuco, um dos núcleos de desertificação brasileiro. Fonte: MAIA, 2015.
ASSISTA
A série Aruanas , produzida pela Rede Globo, demonstra com cla-
reza os problemas causados pelo não tratamento de efluentes. O
enredo concentra-se nos impactos socioambientais causados pela
mineração na região amazônica. O despejo irregular dos efluentes,
com altas concentrações de metais como chumbo e mercúrio,
ocasiona problemas de saúde nos moradores da região devido à
ingestão por meio do consumo de peixes. Em algumas cenas, é
demonstrada a morte gradativa dessas pessoas.
Igualdade Equidade
Figura 5. Exemplificação da diferença entre igualdade e equidade social. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 24/08/2020.
Segurança alimentar
Esse tema pode ser definido como a capacidade de produção e distribuição
de alimentos seguros para toda a população. As políticas voltadas a mecanis-
Movimentos mundiais
A Segunda Guerra Mundial teve
fim no ano de 1945 e deixou conse-
quências graves para humanidade. O
mundo precisava reestruturar-se fi-
sicamente e economicamente. Além
da morte de milhares de pessoas,
outro grande grupo ficou sem acesso
a alimentos e suprimentos de neces-
sidades básicas. Fatores como esses
impulsionaram o problema da fome
existente em diversos países do mun-
do, mesmo anteriormente à guerra, e fizeram com que surgisse uma visão agrí-
cola denominada Revolução Verde. Entre os períodos de 1960 e 1970, países
como Estados Unidos e México procuraram implementar tecnologias que ace-
lerassem a produção agrícola.
Por outro lado, a utilização desenfreada de pesticidas trouxe problemas
ambientais. O uso de produtos químicos como fertilizantes era algo corriquei-
A Rio+20, por sua vez, foi realizada 20 anos depois e teve por objetivo a rea-
firmação dos compromissos adotados na Eco 92. A conferência também teve
como foco a observação e discussão de problemas ainda existentes e buscou
formas de soluções futuras. Um grande diferencial do encontro foi a intensifi-
cação dos debates voltados à implementação da economia verde.
Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável
Esse importante evento ocorreu na cidade de Nova York, Estados
Unidos, com o objetivo de direcionar o planejamento para o de-
senvolvimento sustentável até o ano de 2030. Foram traçados
17 objetivos, denominados ODS (Objetivos para o Desenvolvi-
mento Sustentável), como demonstra a Figura 8. No encontro,
também foram discutidas as ações propostas durante a Rio +20.
Figura 8. Os 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável na Agenda 2030. Fonte: ONU Brasil, 2015.
DICA
A Agenda 21, definida pela ONU na Eco-92, reafirma, dentre outros
princípios básicos, a reorientação da educação a um desenvolvi-
mento ambientalmente sustentável e o aprofundamento da cons-
cientização pública. Em consonância com esta, em 2015 criou-se
a Agenda 2030, um plano de reafirmação das metas estabelecidas
em 1992 que também dá continuidade aos esforços das agora 192
nações que fazem parte do tratado.
2004
Criação do Programa Nacional de Educa-
ção Ambiental (PRONEA)
1999
Instituição da Política Nacional
da Educação Ambiental (PNEA)
1973
Criação da Secretaria Especial do Meio
Ambiente (SEMA)
Figura 9. Linha do tempo simplificada dos principais eventos relacionados à EA no contexto brasileiro.
Informação ambiental
Educação ambiental
• Disponibiliza fatos e opiniões sobre problemas
• Aumenta a consciência pública e o conhecimento
ambientais;
das questões ambientais;
• Não se preocupa com o ensino do pensamento
• Auxilia no desenvolvimento do pensamento;
crítico e emancipatório;
• Aumenta as habilidades de resolução de
• Não gera diretamente ferramentas para
problemas e tomada de decisão;
resolução de problemas;
• Não defende um único ponto de vista, fomenta
• Pode apresentar apenas um ponto de vista
a análise crítica.
sobre a questão ambiental de interesse.
DICA
Você sabe o que significa uma educação ambiental crítica? Para compreen-
der melhor o processo emancipatório da educação sobre o qual a EA vem
sendo discutida e desenvolvida, sugerimos a leitura dos seguintes textos:
“Educação ambiental crítica: nomes e endereçamentos da educação”, es-
crito por Isabel Cristina de Moura Carvalho, e “Educação ambiental crítica”,
estruturado por Mauro Guimarães.
Figura 10. Realização da trilha de sentidos, para aumentar a percepção do ambiente em que ocupamos e a busca pela recone-
xão com a natureza. Fonte: Escola da Floresta. Acesso em: 17/05/2021.
Uma das maiores dificuldades para que o currículo escolar possa abranger a
EA de forma habitual e com a profundidade de discussão que se desejaria, pode
ser uma consequência do modelo adotado pelo nosso sistema escolar. As atuais
preocupações da educação se concentram em notas, desempenho, competição,
esforço individual, sucesso pessoal e padrões hierárquicos de relacionamentos
pessoais. O ensino de EA deve ser pensado de forma coletiva, emancipatória, críti-
ca e transversal a muitas diferentes áreas de aprendizagem.
Apesar de tais observações fazerem parte de muitas realidades, Souza et al.
(2018, n. p.) afirmam que, nos últimos anos, foi possível observar uma expansão
da educação ambiental no ensino formal das escolas brasileiras. Em contraste a
2
Responsabilidade socioambiental
Nos últimos séculos, o ser humano passou a interferir cada vez mais nos
processos naturais. Ao longo do século XX, inúmeros avanços tecnológicos e
crescimento econômico foram obtidos. Com o aprimoramento tecnológico e
inúmeras descobertas em todas as áreas do conhecimento, passamos a con-
trolar os elementos da natureza e a aumentar sua capacidade de produção.
Muitos desses avanços visaram à produção e o consumo sem avaliar questões
de risco ambiental e social.
O crescimento populacional no pós-guerra (com consequente aumento
pela demanda por combustíveis fósseis, alimentos e tecnologia) resultou em
um fluxo enérgico desequilibrado ecossistemicamente. Há muitos anos esta-
mos sendo alertados sobre a insustentabilidade dos hábitos de consumo re-
sultantes da economia capitalista.
Atualmente, as sociedades tornaram-se cada vez mais complexas e conec-
tadas. Desenvolveu-se o modo globalizado de vida, sendo que padrões de
consumo adotados em escala mundial resultam em perdas progressivas de
características geográficas, regionais e culturais, bem como na contaminação
ambiental, que resulta em perda de diversidade de fauna e flora.
Nesse mesmo contexto, surge o termo responsabilidade socioambien-
tal. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2020), a responsabilidade so-
cioambiental está ligada a ações que respeitam o meio ambiente e políticas
que tenham entre seus principais objetivos a sustentabilidade. Responsabi-
lidade socioambiental também pode ser compreendida como um conjunto
de práticas exercidas por cidadãos, governos e empresas públicas
e privadas que têm por objetivo providenciarem a inclusão social
(responsabilidade social) e o cuidado com o meio ambiente (res-
ponsabilidade ambiental).
Se de um lado temos observado diversas atividades que
causam degradação socioambiental e colocam em risco a
qualidade de vida e a sobrevivência das futuras gerações,
do outro há diversas organizações se mobilizando para nos
conscientizar da necessidade de mudança para que o plane-
ta Terra e a humanidade possam coexistir (Figura 1).
Figura 2. Poluição ambiental resultante da produção industrial. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 30/09/2020.
Nos dias de hoje, uma vez que é indiscutível que diversas fronteiras ecoló-
gicas mundiais foram ultrapassadas, o mundo globalizado vem exigindo conti-
nuamente modelos de produção de bens e serviços obtidos por meio de tecno-
logias que repensem questões de competitividade e que considerem formas de
mitigação do impacto social e ambiental.
EXEMPLIFICANDO
Diversas organizações governamentais e não governamentais se dedicam
à causa socioambiental. Veja alguns exemplos a seguir:
• Plano nacional de juventude e meio ambiente (PNJMA);
• Agenda ambiental na administração pública;
• Instituto de pesquisas socioambientais (IPESA);
• Instituto socioambiental (ISA);
• Fundo casa socioambiental;
• Verdejar socioambiental;
• Instituto Ethos.
Prática Exemplo
Converse sobre meio ambiente Falando com vizinhos sobre as opções sustentáveis
existentes na cidade.
Figura 3. Ao adotar as práticas de responsabilidade socioambiental há geração de lucro. Fonte: Shutterstock. Acesso
em: 30/09/2020.
Aspectos legais
No que diz respeito às leis de responsabilidade socioambiental, pode-
se dizer que o Brasil possui uma das legislações mais complexas e avan-
çadas do mundo. O cumprimento das leis socioambientais nacionais é, em
sua grande parte, de aspecto jurídico, mas também podem ser aplicáveis
às pessoas físicas.
A Constituição Federal de 1988 prevê que toda pessoa, física ou jurídica,
que apresentar conduta ou atividade que cause dano ao meio ambiente estará
passível de sanções penais administrativas, que serão aplicadas independente-
mente da obrigatoriedade de recuperar o dano causado. O poluidor é a pessoa
jurídica ou física responsável, direta ou indiretamente, pelo dano causado. O
sujeito se responsabilizará pelo dano ambiental real e potencial, que será es-
tipulado por entidades da área. Uma vez que o meio ambiente é um direito da
atualidade e das gerações futuras, os prejuízos e dimensões do dano são de
interesse mundial, o que torna a ação jurídica de extrema relevância. Contudo,
há grande dificuldade na comprovação da escala do dano causado, devido à
complexidade de mensuração, assim, a responsabilidade deverá ser objetiva.
O Estado, uma vez que é o responsável pela saúde pública, também pode
ser responsabilizado pelo dano causado ao meio ambiente quando há omis-
são de sua responsabilidade legal.
A Constituição Federal, alicerçada nos valores da solidariedade, dignidade
humana e justiça social, instituiu o “estado social”, que deve orientar as rela-
ções sociais e econômicas. Para que cidadãos, governos e empresas exerçam
práticas de responsabilidade socioambiental, devemos ter em mente que, an-
tes de qualquer coisa, há necessidade da regulação das políticas e dos direitos
sociais, entre eles, educação, saúde, habitação e assistência social.
Lei Definição
Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal,
Lei 9.985/2000 institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e
dá outras providências.
A Lei 5.452 é uma das principais leis sociais brasileiras; ela rege os direitos
dos trabalhadores. Nela, são discutidas questões sobre registro em carteira de
trabalho e rescisão contratual, vale-transporte, descanso semanal remunera-
do, pagamento de salário, férias, fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS),
décimo terceiro salário, hora extra, adicional noturno, aviso prévio, licença ma-
ternidade e paternidade.
A responsabilidade social empresarial aborda questões que vão além das
regulamentadas por lei. Ela trabalha a igualdade de oportunidades. Deve
considerar os critérios de promoção dos funcionários, igualdade de gênero e
pessoas com deficiência, acidentes de trabalho, capacitação continuada para
o aprimoramento do nível do conhecimento do colaborador, além da relação
ética entre os colaboradores.
Desenvolvimento sustentável
O crescimento econômico no século XX se desenvolveu nos moldes capita-
listas, passando a depender do consumo cada vez maior de energia e recursos
naturais (recursos renováveis e não renováveis). Atrelado a isto, da década de
1950 em diante, a preocupação com uma eminente explosão demográfica glo-
bal resultante do crescimento dos países pobres causou um interesse global
pelos temas populacionais. Iniciaram-se diversos movimentos para controlar
a fecundidade dos países pobres. Na Conferência Mundial de População,
realizada pela ONU em Bucareste, 1974, de um lado, os países desenvolvidos
ASSISTA
A Organização das Nações Unidas vem se posicionando
como uma grande difusora das ideias de desenvolvimen-
to sustentável no mundo todo. Assista ao vídeo da Cúpula
das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentá-
vel, realizada em 2015.
Sol
Ativ
ida
des
al
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na an
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feito
estufa
2
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N 2O
Figura 4. À esquerda, efeito estufa natural e, à direita, efeito estufa causado pela atividade humana que resulta em
aumento da concentração dos gases do efeito estufa na atmosfera, entre eles o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4)
e o óxido nitroso (N2O). Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 30/09/2020.
CURIOSIDADE
Você pode calcular a sua pegada de carbono pessoal ou simplesmente sa-
ber mais sobre a pegada de carbono na sua região. Fornecendo informa-
ções sobre sua dieta, seus hábitos de transporte e consumo de energia,
uma calculadora especializada fará os cálculos e você poderá comparar
sua pegada com a de pessoas de outros países.
Figura 5. Energia derivada de recursos não renováveis e a energia limpa proveniente de fonte de energia renováveis.
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 01/10/2020.
Social
SUSTENTABILIDADE
Ambiental Econômica
Objetivos Descrição
Agenda 21
A Cúpula da Terra, também conhecida como Eco-92 ou Rio 92, realizou-se
no Rio de Janeiro, em 1992, e finalizou a Agenda 21. Nela, determinou-se a
CONTEXTUALIZANDO
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvol-
vimento (CNUMAD) finalizou a Agenda 21, um documento dividido em 40
capítulos que aborda os meios para que seja adotado em escala planetá-
ria um padrão de desenvolvimento sustentável. No total, 192 países acor-
daram e assinaram a Agenda 21.
Agenda 2030
Em 2015, durante uma Assembleia Geral da ONU que ocorreu nos Estados
Unidos, elaborou-se um plano guia para a ação da comunidade internacional,
que elencava os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169
metas para erradicar a pobreza e promover vida digna a todos, considerando
os parâmetros sustentáveis de uso dos recursos naturais.
O documento Transformando o mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimen-
to sustentável, que deve ser cumprido até 2030, traz um plano de ação para as
pessoas, o planeta e a prosperidade.
Os 17 ODS’s são:
Objetivos Descrição
Objetivo 13 Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos.
Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marin-
Objetivo 14
hos para o desenvolvimento sustentável.
Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres,
Objetivo 15 gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e
reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade.
Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento
Objetivo 16 sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições
eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.
Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o
Objetivo 17
desenvolvimento sustentável.
Fonte: Plataforma Agenda 2030. (Adaptado). Acesso em: 01/10/2020.
Repensar
Reutilizar Recusar
Reciclar Reduzir
Reintegrar Reparar
Comunidade
Grupos políticos Proprietários
financeira
Grupos de
Concorrentes defesa dos
consumidores
Associações
Empregados Sindicatos
comerciais
Empresa sustentável
Segundo Carroll (1979), a responsabilidade social das empresas compreen-
de as expectativas econômicas, legais, éticas e discricionárias que a sociedade
tem em relação às organizações em um determinado período. Uma empresa
responsável socioambientalmente deve ter como objetivo o desenvolvimento
sustentável e, por meio dele, exercer, em suas relações internas e externas, o
cumprimento das questões legais e o posicionamento ético de modo integra-
do, considerando todas as expectativas das partes interessadas.
SOCIAL
SUSTENTABILIDADE
AMBIENTAL ECONÔMICA
Sustentabilidade empresarial
P P
L E L
U S A
C S N
R O E
O A T
S A
Corrigir problemas
O que é ne-
e melhorar a
performance. cessário.
Agir Planejar
Verificar Fazer
QUADRO 2. QUESTÕES CENTRAIS SOBRE O MEIO AMBIENTE ABORDADAS PELA NORMA ISO 26000
Questão Descrição
DICA
No Brasil, a construção de indicadores de desenvolvimento
sustentável se integra ao conjunto de esforços para
concretização das ideias e princípios formulados na
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, de 1992.
É importante conhecer as diversas informações sobre
como estamos trabalhando rumo ao desenvolvimento
sustentável. O documento é interativo e de acesso gratuito.
DICA
Entenda o que é, conheça sua missão, fundamentos, objetivos
estratégicos e a versão atual do Questionário ISE B3.
Marketing ambiental
O marketing ambiental ou marketing verde é uma estratégia adotada
para promover a divulgação e aumentar as vendas de produtos e serviços que
tenham bases ambientalmente corretas. Por meio dele é possível vincular uma
marca, produto ou serviço a uma imagem ecologicamente correta.
DICA
Acesse os sites oficiais das cooperativas COPACOL, COPERCICLA e CAISP
para saber um pouco mais sobre suas histórias e trajetórias.
2. A educação ambiental deve ter como base o pensamento crítico e inovador, promovendo a
transformação e a construção da sociedade;
3. A educação ambiental tem o propósito de formar cidadãos com consciência local e
planetária, que respeitem a autodeterminação dos povos e a soberania das nações;
4. A educação ambiental não é neutra, e sim ideológica, constituindo-se como ato político;
12. A educação ambiental deve ser planejada para capacitar as pessoas para trabalharem
conflitos de forma justa e humana;
13. A educação ambiental deve promover a cooperação e o diálogo entre indivíduos e
instituições, visando criar novos modos de vida que atendam às necessidades básicas
de todos;
14. A educação ambiental requer a democratização dos meios de comunicação em massa,
que devem se comprometer com o interesse de toda a sociedade;
15. A educação ambiental deve integrar conhecimentos, aptidões, valores, atitudes e ações;
16. A educação ambiental deve contribuir para o desenvolvimento de uma consciência ética
sobre todas as formas de vida, com as quais compartilhamos este planeta, respeitando seus
ciclos vitais e impondo limites à exploração das demais formas de vida pelos humanos.
É uma iniciativa que busca levar o futebol até as regiões pouco ex-
Concurso de Redação
ploradas pelas grandes competições, aliando aos eventos o conceito
da Copa Verde
de sustentabilidade.
Fonte: BRASIL, [s.d.]b. (Adaptado).
3
A Ética nas Relações Humanas
Iniciamos mais uma etapa para juntos pensar a questão ética nas relações
humanas. Em nosso debate e apendizado teremos muitos temas para abordar,
como: diversidade cultural, étnica e religiosa e de gênero; bem como debater
as questões éticas e as relações com os princípios de cidadania na sociedade
tecnológica; distinguir e conhecer questões vinculadas ao debate sobre intole-
rância, racismo e xenofobia; como também demostrar a importância do ensi-
no da ética nas instituições. Falamos tanto em considerar o bem comum, em
construir uma cidadania de liberdade e respeito ao outro e, agora, chegamos
ao momento de saber se estamos entendendo sobre como estão e como de-
vemos considerar as relações humanas do ponto de vista moral. Será que ser
de uma religião ou cultura diferente nos faz tratar nossos vizinhos, parentes e
amigos de forma hostil ou segregadora? Vamos estudar e conhecer mais estas
realidades, como também entender nossa origem, nossas raízes históricas, e
apostar no conceito de ética que nos trouxe até aqui. Agora vamos entender as
raízes de nosso povo!
Figura 1. Miscigenação no Brasil. Fotos: Jen Theodore / Tatiana Zanon / Kindred Hues / Unsplash
CONTEXTUALIZANDO
‘Dia do Índio’: estudo revela 305 etnias e 274 línguas entre
povos indígenas do Brasil, acesse.
Darcy Ribeiro (1995), em seus estudos sobre uma visão etnográfica da so-
ciedade brasileira em épocas remotas se destacou ao escrever sobre a socie-
dade brasileira, ressaltando as influências que recebemos das matrizes pelas
quais o Brasil é formado e sobre os estragos causados pelos europeus, como a
peste, a disputa por território e a escravização dos índios.
Dessa forma, o referido autor afirma que nesse momento surgia
uma nova etnia, segundo ele, “era o brasileiro que surgia cons-
truído com os tijolos dessas matrizes à medida que elas iam sen-
do desfeitas.” (RIBEIRO, 1995, p. 30).
DICA
Leia mais sobre o racismo no Brasil. Acesse o QR Code.
A diversidade étnico-racial deve ser pensada por toda a comunidade escolar, pe-
los gestores educacionais que são importantes na formação dos indivíduos.
Compreender que negros e brancos têm sua importância e valor cultural é co-
laborar para o entendimento da diversidade cultural e étnica. É importante saber
que a cultura afro-brasileira compõe nossa trajetória de formação de nação. Não
DICA
Para saber mais leia o texto Diversidade étnico-racial, inclusão
e equidade na educação brasileira: desafios, políticas e práticas
no link, acessando o QR Code.
DICA
LEI 7.716/1989 (LEI ORDINÁRIA) 05/01/1989.
Entretanto, ainda assim as ligações íntimas com pessoas de cor não são vistas
com bons olhos. Os mulatos passam por menor discriminação que os negros, mas
também são discriminados e sofrem preconceito. Constantemente presenciamos
discussões que envolvem o preconceito racial e a discriminação étnica dos indiví-
duos, com falas como: “você é negro”, “você é indígena”, “por isso não conseguiram
obter êxito em nada…”. Por aí vai.
A discriminação e o preconceito ocorrem também em relação as questões re-
ligiosas, normalmente há uma perseguição e preconceito com as reli-
giões de matrizes africanas. Incrível que normalmente entendemos
que a religião deve trazer coisas boas aos indivíduos, pois nelas os
mesmos depositam sua fé espiritual e dedicam-se
professando. No entanto, por ignorância, ou mes-
mo maldade, muitos indivíduos constroem guer-
ras, matam e perseguem religiões diferentes das
suas. O etnocentrismo predomina nesses casos e
faz com que a religião de uma pessoa seja considera-
da a melhor ou a que tem mais pureza, etc.
É comum ver que igrejas pentecostais do Brasil, que são contra as religiões de
origem africana, na realidade têm várias influências destas, como se nota em práti-
cas como o batismo do Espírito Santo e crenças como a de incorporação de entida-
EXPLICANDO
Orientação Sexual refere-se à atração sexual e à afetividade que um indivíduo
sente por outro.
Diversidade de gênero refere-se ao gênero com o qual o indivíduo se identifica
que pode ter, ou não, relação com seu sexo biológico.
Feminino é mulher.
ASSISTA
Para saber mais assista ao vídeo Educação na Sociedade do
Conhecimento no link.
EXPLICANDO
Cibercultura: cultura que emerge com o advento das trocas comunicacionais
advindas do computador. Conhecimentos, valores, informações e saberes que
se constroem a partir do mundo virtual.
Ciberespaço é o virtual, as redes de conexão.
ASSISTA
Para saber mais assista ao vídeo Renato Janine Ribeiro debate
ética, política e os desafios da Educação no link.
Olivé (2000), em seus estudos, colabora com nossa reflexão sobre deveres mo-
rais do cientista e do tecnólogo em nossos tempos. Para ele, cientistas devem ter
a consciência da responsabilidade e das consequências do trabalho que realizam.
Esta responsabilidade inclui informar a sociedade com precisão sobre seus expe-
rimentos e resultados. Também, os tecnólogos devem avaliar com cautela e serie-
dade as tecnologias produzidas e suas amplitudes. Avaliar não só a eficiência, mas
sobretudo, os impactos no meio social e natural.
DICA
Para saber mais leia a reportagem O dilema ético dos bebês geneticamente
modificados no link e assista ao vídeo A Engenharia Genética mudará tudo
para sempre.
Com tantas discussões no terreno da ética, é preciso focar que ser cidadão é
estar situado na ordem social de forma participativa, mas considerando que ape-
sar da evolução tecnológica é preciso pontuar nossas ações locais e globais, pre-
senciais e virtuais, de forma eticamente responsável.
DICA
Para saber mais leia o texto Combates à xenofobia, ao racismo e à intolerância
e a reportagem A história por trás da foto do menino sírio que chocou o mundo
no link.
DICA
Para saber mais leia o texto Ética, Instituições e Desenvolvimento.
ASSISTA
Para saber mais assista ao vídeo Mario Sergio Cortella -
Educação, Convivência e Ética no link.
CONTEXTUALIZANDO
Por meio dessa lei foram criados o Parecer CNE/CP
03/2004, de 10 de março de 2004 que trata das diretrizes
curriculares para a Educação das Relações Étnico-Ra-
ciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira
e Africana e da Resolução n. 1, de 17 de junho de 2004
que, de fato, as institui e você pode acessar nesse link.
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Direitos humanos
Nesta última Unidade de Ensino de nossa disciplina, aprenderemos sobre
Direitos Humanos, tais como o direito à vida, educação, trabalho, liberdade
de opinião, princípios e relações com ações comunitárias de participação de-
mocrática; refletir questões e situações ligadas à ética, direitos humanos e
violência; como também identificar o cenário atual e as tendências da ética e
cidadania. Veremos ainda a responsabilidade de governos de garantirem esses
direitos. Entenderemos que só é possível participar das decisões políticas de
um país a partir do exercício da cidadania plena, ancorada na ética, se temos
condições democráticas para esta participação. Enfim, faremos uma reflexão
sobre ausência de direitos e perpetuação da violência para entendermos o que
está acontecendo hoje com as práticas de ética e cidadania. Você também está
curioso para debater estes temas? Vamos lá!
DICA
Quer saber todos os detalhes os direitos estabelecidos na
Declaração, acesse o link através do QR Code.
DICA
Texto: Ética e Direitos Humanos
DICA
Vídeo: Direitos Humanos - Teoria Geral: Conceito e Premissas Filosóficas.
Texto: Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Universalismo e multiculturalismo
Um importante destaque que quero fazer aqui é que os Direitos Humanos
se estendem a toda a humanidade, ou seja, é universal e abarca todas as cultu-
ras, portanto multicultural.
Por esse motivo estão detalhadas na declaração os seguintes artigos:
• Artigo 7º — a lei deve ser igual para todos, deve proteger a todos, e o docu-
mento da declaração também vale para todos, não importando as diferenças.
• Artigo 8º — toda pessoa pode recorrer ao sistema de justiça contra as
violações da lei que as atingirem.
• Artigo 9º — proíbe as prisões, detenções ou exílios arbitrários, ou seja,
que não foram resultados de um processo legal que comprove o ato como de-
terminação de uma sentença judicial ou de algum tipo de medida judicial válida.
• Artigo 10 º — todo mundo tem direito a um julgamento of icial,
EXPLICANDO
Comunidade: sociologicamente é um grupo de indivíduos que além
de possuírem a residência em comum do ponto de vista geográfico,
compartilham cultura e tomam parte de uma história compartilhada, têm
objetivos e metas comuns, partem das demandas comuns.
Paul (1987) aponta que uma comunidade, para alcançar um excelente grau
de participação, em um projeto comunitário, por exemplo, deve se voltar aos
seguintes objetivos:
canais existem para sua atuação. Observando a imagem abaixo, vemos estas
formas de participar:
Fonte: a autora.
Dessa forma, vemos que cada grupo representado nos diálogos recebe a
oportunidade de apresentar suas ideias e prováveis soluções para os entraves.
Isso supera, com certeza, o fato de ter uma visão unilateral em que somente
uma classe, ou grupo, toma decisões e avaliam ações, pois todos os níveis en-
volvidos podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida no coletivo.
EXPLICANDO
Estado democrático de direito é aquele em que os governantes seguem o
que está previsto nas leis, isto é, deve ser respeitado e cumprido o que é
definido pela lei.
ÉTICA
MORAL
CARÁTER
O analfabeto Político
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem
participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o
preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas. O analfabeto...
Bertolt Brecht
DICA
Texto: princípios da bioética e o cuidado na enfermagem.
DICA
Texto: o impacto das fake news e o fomento dos discursos
de ódio na sociedade em rede: a contribuição da liberdade
de expressão na consolidação democrática.
EXPLICANDO
A Fraude – o caso Bahrings (com Ewan Mc Gregor) Contabilidade;
Governança Corporativa; Ética e Responsabilidade Social; Evidenciação e
Informação à Sociedade.
Ameaça Virtual (Com Tim Robbins e Ryan Philiphe) Tecnologias da
informação; Liderança; Clima organizacional; Ética; Responsabilidade
social corporativa; Qualidade de vida no trabalho.
Com o dinheiro dos outros (Com Danny de Vito e Gregory Peck)
Inovação tecnológica; Ética e responsabilidade social; Governança cor-
porativa; Liderança; Finanças; Globalização e internacionalização dos
mercados; Clima organizacional.
Erin Brockovich (Julia Roberts e Albert Finney)
Ética e responsabilidade social corporativa; Gestão ambiental; Liderança;
Negociação empresarial; Administração de conflitos; Trabalho em equipe.
Minority Report: a nova lei (Com Tom Cruise)
Tecnologias da informação; Tele trabalho; Ética; Invasão de privacidade;
Responsabilidade social corporativa.
O Náufrago (Com Tom Hanks e Helen Hunt)
Qualidade de vida no trabalho; Clima organizacional; Planejamento de
carreira; Recrutamento e seleção; Treinamento e desenvolvimento de
pessoal; Planejamento corporativo.