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Universidade Anhembi Morumbi

Disciplina: Metodologia

Docente: Dra. Andréa Catrópa

Aluna: Thiara Araújo

FICHAMENTO DE CITAÇÃO

CARDOSO, Rafael. Design, cultura material e o fetichismo dos objetos. Rio de Janeiro:
Arcos, v.1, 1998.

" (...) O design se difine por seus objetos ou por seu projeto?" (p.15).

"(...) Se analisarmos é definido por objetos que produz, somente aquelas atividades que
gera, uma produção de natureza industrial." (pg.15).

"(...) Se a definição do design se pauta no próprio processo de projetar, pouco importa a


forma de produção. E mesmo que não haja produção nenhuma, a atividade de design
continua a existir." (pg.16).

" (...) Se os produtos e a forma de produção são os únicos fatores para a definição, então o
trabalho do designer é em vão. Se por outro lado, o ato de projetar é o único fator
determinante, então o que diferencia o trabalho de designer para de um arquiteto,
engenheiro ou artista plástico?" (p.16).

"(...) Nenhum dos extremos é verdade, pode-se dizer ambos, pois a resposta para a
natureza do design se pauta em seus produtos ou em seus processos (...)." (pg.16).

"(...) Na era modernista, o designer ficou caracterizado como guardião dos valores estéticos,
árbitro do bom gosto e do good design." (pg.17).

QUESTIONAMENTO: "(...)Com as produçoes em massa, não é mais obrigatório moldar tudo


o que se produz a uma série de normas estéticas preconcebidas, ou seja, no momento em
que os avanços da informática, tendem a "democratizar" o instrumental básico do designer,
torna-se lícito até quando o profissional de designer não será substituído por um software
(...)." (p.17).

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"(...) a natureza essencial do trabalho de design não reside nem nos seus processos, e nem
no seus produtos, mas em uma conjunção particular de ambos, ou seja mais na forma que
os processos do design incidem sobre seus produtos, investindo-os em significados alheios,
fetichismo dos objetos." (p.17).

"(...)mesmo o termo reportando uma conotação pejorativa, Rafael expressa o seu conceito
novo da natureza essencial do design, com sua profunda relevância para a época em que
vivemos.(...)." (p.18).

"(...) é preciso pensar no coletivo dos designers, tanto em termos de trabalho, quanto da
visão do mundo. O designer vem perdendo ao longo dos últimos anos, o senso do destino
coletivo da profissão, cada vez mais, permanecendo na segurança relativa do seu espaço
individual." (p.18).

Design como cultura material

"Interpretando historicamente o design, existem algumas interpretações plausíveis. Para


alguns historiadores modernista, acredita-se que começou no sec. XX, e tudo o que veio
antes, era apenas hipóteses. Para outros, ocorreu com a primeira Revolução Industrial e
suas divisões de tarefas, como o trabalho manual e o intelectual em algumas indústrias."
(p.18).

"(...) A origem histórica do design, deve tratar a demarcação do design como atividade
autônoma e do surgimento do design como profissional (processo de projetar e fabricar
objetos).(...)" (pg.19).

"(...) Tem a função de dar existência concreta e autônoma a idéias abstratas e subjetivas.
Mais correto que a palavra "objeto", seria a palavra "artefato", que são objetos produzidos
pelo trabalho humano. A partir do artefato individual, chegamos ao conceito de "cultura
material"." (pg.19).

"(...) cultura material é um termo do séc. XIX, que surgiu no contexto do estudo etnológico
das culturas. Segundo Rafael, a evolução da cultura material do mais simples ao mais
complexo, se dá através de seus objetos históricos (...)" (p.20).

"(...) É importante entender melhor o papel dos artefatos em um mundo em que o consumo
de mercadorias e o consumismo constituem-se em fenômenos da maior importância social e
cultural (...)" (pg.22).

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"(...)O design se configura como o foro principal para o planejamento e desenvolvimento da
maioria, quase absoluta dos objetos que constituem a paisagem artificial do mundo
moderno. (...)" (pg.22).

"(...) o design tem a responsabilidade de transmitir para o objeto, informações por meio de
outros discursos falado, musical, etc (...)." (pg.23).

Fetichismo: origens e apllicações

" A fonte mais importante da cultura material de uma sociedade, pauta a sua identidade
cultural na abundância material que tem conseguido gerar. De acordo com Miller, o perigo
leva na tendência moderna as pessoas consumirem, substituindo o aspecto de intercâmbio
humano, ou seja, consiste em privilegiar os objetos (interagir com eles), no lugar das
pessoas." (p.24).

"(...) O fetichismo funciona como atribuíção de valores subjetivos ao objeto e como


apropriação de valores subjetivos representados pelo objeto. (...)." (p. 25).

"(...) Palavra "fetiche", fétiche, feitiço. (...)é a designação de artefatos supostamente


imbuídos de poderes mágicos (...)." (p. 25).

"(...) Karl Marx ao batizar o nome "feitichismo da mercadoria (...)." (p.26)

"(...) a mercadoria parece ser coisa trivial, imediatamente compreensível, porém cheio de
sutilezas metafísicas e argúcias teológicas. Marx explica que os objetos assumem um valor
transcendente ao serem transformados em mercadorias. Para Marx, o feitichismo passa de
um plano de ação propriamente sobre-natural para um plano mundano, até mesmo
materialista, de mercadorias e bens de consumo, sem perder o caráter místico (...)." (p. 26)

"(...)teoria freudiana - Feitichismo (teoria da sexualidade) (...)". (p.27)

"(...) três grandes sentidos históricos para o emprego da palavra Fetichismo(...)":

" 1) Um tipo de culto religioso em que se atribui aos objetos poderes sobrenaturais (...)".
(p.27)

" 2) Um aspecto de teoria econômica que explica a atribuíção de um valor transcedental a


certos objetos (mercadorias) (...)". (p.28)

" 3) Um comportamento sexual em que o indivíduo atribui a objetos uma carga sexual (...)".
(p.28)

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" (...) fetichismo é o ato de investir os objetos de significados que não lhes são inerentes.
Acrescentar valores simbólicos (sejam eles ideológicos, espirituais ou psiquicos). De dar
uma outra vida às coisas. Tentar humanizar o que não é humano (...)". (p.28).

" (...) O design tem a função de despertar uma vasta gama de emoções, sendo o desejo e a
cobiça para fins mercadológicos(...) ". (p.28).

" (...) o design é um processo de investir os objetos de significados, significados estes que
podem variar de forma e de função. Apresenta o design como uma espécie de fetichismo
(...) ". (p.29).

"(...) ter o poder de enganar pelo artifício (artificial). O artifício das coisas consiste em dar
formas às idéias. = Criatividade (...) ". (p.30).

O fetichismo dos objetos

" (...) os artefatos existem no tempo e no espaço e vão perdendo sentidos antigos e os
adquirindo novos, à medida que mudam de contexto (...) ". (p.31).

" (...) inerente - fixo = permanência(...) ". (p.32).

" (...) significados dos artefatos: - universais e inerentes / - pessoais e volúveis (atribuíção e
apropriação) (...) ". (p. 33).

" (...) os objetos só podem adquirir significados a partir da intencionalidade humana. O


consumo de qualquer mercadoria sempre se inicia com um investimento de desejo da parte
do consumidor e termina, idealmente pela apropriação do objeto pelo mesmo. Semeia-se
desejo, para colher a satisfação, na forma de valor (real/simbólico) da mercadoria. No
fetichismo, a ação psíquica de investir (de desejos e significados), traz por si só, a
realização do sujeito fetichista (...) ". (p. 33).

" (...) o design como um fetichismo dos objetos. A função do designer é dar significados mais
complexos do que os básicos, para o objeto (...) ". (p. 34).

De volta para o fetichismo

" (...) na contemporaneidade, estamos passando pela chamada "revolução do consumidor",


revolução na conceituação das relações entre produção e consumo em que uma ampliação
aparente de opções de consumo, mascara a orientação básica da produção (...) ". (p.36)

" (...) os designers deixam o campo aberto para que a publicidade e o marketing ditem todas
as outras funções do objeto para além do seu funcionamento. O trabalho de desinger se

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resume ao estímulo de novos desejos de consumo, atribuir um valor de novidade ou de
diferenciação estética a artefatos. (...)" (p.36).

Função do designer: " (...) fazer com arte, colocando a qualidade, criatividade e viabilidade
(questões ambientais) aos artefatos industriais. A relação entre projetar e fabricar se refere a
cultura material. A coisa projetada reflete a visão de mundo, a consciência do projetista e
portanto da sociedade e da cultura às quais o projetista pertence. (...) " (p.37).

" (...) O designer tem um papel importante a exercer: Se for a favor do status quo, cabe-lhe
rechear seus projetos de significados que reforcem essa idéia. Se for contra, cabe combater
as tendências presentes pela atribuíção consciente de significados subversivos ou
contestadores. (...) " (p.39).

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