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Disciplina: Metodologia
FICHAMENTO DE CITAÇÃO
CARDOSO, Rafael. Design, cultura material e o fetichismo dos objetos. Rio de Janeiro:
Arcos, v.1, 1998.
" (...) O design se difine por seus objetos ou por seu projeto?" (p.15).
"(...) Se analisarmos é definido por objetos que produz, somente aquelas atividades que
gera, uma produção de natureza industrial." (pg.15).
" (...) Se os produtos e a forma de produção são os únicos fatores para a definição, então o
trabalho do designer é em vão. Se por outro lado, o ato de projetar é o único fator
determinante, então o que diferencia o trabalho de designer para de um arquiteto,
engenheiro ou artista plástico?" (p.16).
"(...) Nenhum dos extremos é verdade, pode-se dizer ambos, pois a resposta para a
natureza do design se pauta em seus produtos ou em seus processos (...)." (pg.16).
"(...) Na era modernista, o designer ficou caracterizado como guardião dos valores estéticos,
árbitro do bom gosto e do good design." (pg.17).
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"(...) a natureza essencial do trabalho de design não reside nem nos seus processos, e nem
no seus produtos, mas em uma conjunção particular de ambos, ou seja mais na forma que
os processos do design incidem sobre seus produtos, investindo-os em significados alheios,
fetichismo dos objetos." (p.17).
"(...)mesmo o termo reportando uma conotação pejorativa, Rafael expressa o seu conceito
novo da natureza essencial do design, com sua profunda relevância para a época em que
vivemos.(...)." (p.18).
"(...) é preciso pensar no coletivo dos designers, tanto em termos de trabalho, quanto da
visão do mundo. O designer vem perdendo ao longo dos últimos anos, o senso do destino
coletivo da profissão, cada vez mais, permanecendo na segurança relativa do seu espaço
individual." (p.18).
"(...) A origem histórica do design, deve tratar a demarcação do design como atividade
autônoma e do surgimento do design como profissional (processo de projetar e fabricar
objetos).(...)" (pg.19).
"(...) Tem a função de dar existência concreta e autônoma a idéias abstratas e subjetivas.
Mais correto que a palavra "objeto", seria a palavra "artefato", que são objetos produzidos
pelo trabalho humano. A partir do artefato individual, chegamos ao conceito de "cultura
material"." (pg.19).
"(...) cultura material é um termo do séc. XIX, que surgiu no contexto do estudo etnológico
das culturas. Segundo Rafael, a evolução da cultura material do mais simples ao mais
complexo, se dá através de seus objetos históricos (...)" (p.20).
"(...) É importante entender melhor o papel dos artefatos em um mundo em que o consumo
de mercadorias e o consumismo constituem-se em fenômenos da maior importância social e
cultural (...)" (pg.22).
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"(...)O design se configura como o foro principal para o planejamento e desenvolvimento da
maioria, quase absoluta dos objetos que constituem a paisagem artificial do mundo
moderno. (...)" (pg.22).
"(...) o design tem a responsabilidade de transmitir para o objeto, informações por meio de
outros discursos falado, musical, etc (...)." (pg.23).
" A fonte mais importante da cultura material de uma sociedade, pauta a sua identidade
cultural na abundância material que tem conseguido gerar. De acordo com Miller, o perigo
leva na tendência moderna as pessoas consumirem, substituindo o aspecto de intercâmbio
humano, ou seja, consiste em privilegiar os objetos (interagir com eles), no lugar das
pessoas." (p.24).
"(...) a mercadoria parece ser coisa trivial, imediatamente compreensível, porém cheio de
sutilezas metafísicas e argúcias teológicas. Marx explica que os objetos assumem um valor
transcendente ao serem transformados em mercadorias. Para Marx, o feitichismo passa de
um plano de ação propriamente sobre-natural para um plano mundano, até mesmo
materialista, de mercadorias e bens de consumo, sem perder o caráter místico (...)." (p. 26)
" 1) Um tipo de culto religioso em que se atribui aos objetos poderes sobrenaturais (...)".
(p.27)
" 3) Um comportamento sexual em que o indivíduo atribui a objetos uma carga sexual (...)".
(p.28)
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" (...) fetichismo é o ato de investir os objetos de significados que não lhes são inerentes.
Acrescentar valores simbólicos (sejam eles ideológicos, espirituais ou psiquicos). De dar
uma outra vida às coisas. Tentar humanizar o que não é humano (...)". (p.28).
" (...) O design tem a função de despertar uma vasta gama de emoções, sendo o desejo e a
cobiça para fins mercadológicos(...) ". (p.28).
" (...) o design é um processo de investir os objetos de significados, significados estes que
podem variar de forma e de função. Apresenta o design como uma espécie de fetichismo
(...) ". (p.29).
"(...) ter o poder de enganar pelo artifício (artificial). O artifício das coisas consiste em dar
formas às idéias. = Criatividade (...) ". (p.30).
" (...) os artefatos existem no tempo e no espaço e vão perdendo sentidos antigos e os
adquirindo novos, à medida que mudam de contexto (...) ". (p.31).
" (...) significados dos artefatos: - universais e inerentes / - pessoais e volúveis (atribuíção e
apropriação) (...) ". (p. 33).
" (...) o design como um fetichismo dos objetos. A função do designer é dar significados mais
complexos do que os básicos, para o objeto (...) ". (p. 34).
" (...) os designers deixam o campo aberto para que a publicidade e o marketing ditem todas
as outras funções do objeto para além do seu funcionamento. O trabalho de desinger se
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resume ao estímulo de novos desejos de consumo, atribuir um valor de novidade ou de
diferenciação estética a artefatos. (...)" (p.36).
Função do designer: " (...) fazer com arte, colocando a qualidade, criatividade e viabilidade
(questões ambientais) aos artefatos industriais. A relação entre projetar e fabricar se refere a
cultura material. A coisa projetada reflete a visão de mundo, a consciência do projetista e
portanto da sociedade e da cultura às quais o projetista pertence. (...) " (p.37).
" (...) O designer tem um papel importante a exercer: Se for a favor do status quo, cabe-lhe
rechear seus projetos de significados que reforcem essa idéia. Se for contra, cabe combater
as tendências presentes pela atribuíção consciente de significados subversivos ou
contestadores. (...) " (p.39).