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Índice Geral
I. INTRODUÇÃO............................................................................................................ 11
1. Resumo ............................................................................................................................................ 13
2. Plano das Sessões........................................................................................................................... 14
3. Actividades/Avaliação....................................................................................................................... 15
4. Transparências................................................................................................................................. 16
5. Textos Complementares para o Formador ..................................................................................... 18
1. Resumo ............................................................................................................................................ 21
2. Plano das Sessões........................................................................................................................... 25
3. Actividades/Avaliação....................................................................................................................... 26
4. Transparências................................................................................................................................. 36
1. Resumo ............................................................................................................................................ 41
2. Plano das Sessões........................................................................................................................... 43
3. Actividades/Avaliação....................................................................................................................... 44
4. Transparências................................................................................................................................. 50
1. Resumo ............................................................................................................................................ 55
2. Plano das Sessões........................................................................................................................... 58
3. Actividades/Avaliação....................................................................................................................... 59
4. Transparências................................................................................................................................. 69
5. Textos Complementares para o Formador ..................................................................................... 78
1. Resumo .............................................................................................................................................81
2. Plano das Sessões............................................................................................................................85
3. Actividades/Avaliação .......................................................................................................................86
4. Transparências..................................................................................................................................93
5. Textos Complementares para o Formador ................................................................................... 106
GLOSSÁRIO .................................................................................................................151
CONTABILIDADE
ANALÍTICA
• Custos do período - não estão relacionados com um só produto, mas com toda a actividade
1. O custo é o montante de recursos que é necessário utilizar para atingir determinado objectivo. que é exercida durante um determinado espaço de tempo.
3. As despesas e receitas são compromissos financeiros, geradores de entrada e saída de • Investimentos efectuados que se reflectem pelas amortizações;
fundos, que podem estar relacionados com custos e proveitos, com investimentos ou
financiamentos. • Aquisições diversas de fornecimentos e serviços externos;
• De aprovisionamento; 10. A repartição dos custos verifica-se no decorrer das actividades produtivas. Estes custos não
são exclusivos de uma ou outra actividade, sendo necessário reparti-los pelas actividades
• De produção ou industriais; respectivas.
• De venda ou distribuição; 11. Os encargos por natureza são normalmente tipificados pela sua natureza. Posteriormente vai-
se distribuir esses encargos pelos seus destinos.
• Administrativos;
12. Possíveis classificação dos custos:
• Financeiros.
1. Por natureza
II II
Contabilidade Analítica Guia do Formador 21 22 Guia do Formador Contabilidade Analítica
II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS
15. Definem-se por custos por actividade quando as empresas se organizam em actividades para
Classe 6 - Custos e perdas Classe 7 - Proveitos e ganhos determinar custos e tomar decisões, nomeadamente:
68 Custos e perdas financeiras 78 Proveitos e ganhos financeiros
• Conjunto de actividades;
69 Custos e perdas extraordinárias 79 Proveitos e ganhos extraordinários
• Família de proveitos;
2. Por centros de responsabilidade • Fase de fabricação.
As empresas encontram-se estruturadas em unidades organizacionais, formando grupos, 16. Dependendo do objecto em estudo, existem, em cada caso, custos que não se mostram
constituídos por recursos materiais e humanos, de maior ou menor dimensão. determinantes para a situação em análise sendo designados custos irrelevantes.
Cada uma destas unidades organizacionais é denominada centro de responsabilidade, 17. Os custos de oportunidade representam o valor dos proveitos que se poderiam obter se
devendo existir uma repartição de custos de funcionamento por centros de escolhesse uma aplicação alternativa.
responsabilidade.
18. Os custos não controláveis são aqueles que o seu responsável directo não consegue
Estes centros de responsabilidade necessitam, muitas vezes, de ser decompostos em controlar.
unidades ainda mais particularizadas e primárias para repartição dos custos - os centros de
custos. 19. Um custo controlável só depende do responsável do centro de custo.
Os custos directos são os que se identificam claramente ao produzir um produto. 20. O custo marginal é o custo de produzir mais uma unidade.
Os custos indirectos não são passíveis de uma visualização clara nos produtos finais. 21. O custo diferencial é a diferença de custos entre duas alternativas de produção.
Os custos reais são custos determinados a posteriori, e correspondem aos custos dos
produtos comprados ou produzidos e aos serviços prestados.
Os custos básicos, custos a priori, são custos teóricos definidos para valorização interna
dos produtos e serviços.
14. Existem ainda custos semi-variáveis que são constituídos por uma parte fixa e outra parte
variável.
II II
Contabilidade Analítica Guia do Formador 23 24 Guia do Formador Contabilidade Analítica
II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS
Neste capítulo vamos estudar os principais tipos de custos estudados em Contabilidade Analítica. Exercício 1
• Identificar e classificar os diversos custos; 1. Responder às questões seguintes devendo limitar-se a cinco linhas de texto:
• Explicar e diferenciar os custos em função do tipo de empresa; • Apresente uma breve definição, para cada um dos conceitos seguintes:
Preço de Venda;
• Aplicar as noções básicas sobre repartição de custos e bases de repartição;
Resultado;
• Explicar o conceito de periodização de certas naturezas de gastos gerais de fabrico.
Receita;
Duração estimada: 7 horas
Despesa;
Recebimento;
Pagamento.
Resolução
A noção de custo, o montante de recursos que é necessário utilizar para atingir determinado
objectivo. Custos e proveitos - relativo a factos económicos, independentemente do momento em
que vão ser pagos ou recebidos os valores. Despesas e receitas - compromissos financeiros
geradores de entrada e saída de fundos, que podem estar relacionados com custos e proveitos,
com investimentos ou financiamentos. Pagamentos e recebimentos - dizem respeito a factos
financeiros de saída ou entrada de fundos, e estão sempre associados a uma despesa ou receita,
mas não obrigatoriamente a um custo ou proveito.
Resolução
II II
Contabilidade Analítica Guia do Formador 25 26 Guia do Formador Contabilidade Analítica
II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS
É calculado pela diferença entre o preço de venda e o custo complexivo. Representa o lucro
• Que é o Custo Industrial? antes de considerarmos os custos figurativos, ou seja, o custo da retribuição do capital.
O custo industrial representa o somatório do custo das matérias-primas, com o custo da mão-de- Resolução
obra directa e os custos de gastos gerais de fabrico.
Lucro líquido
• Que é o Custo Primo?
É calculado pela diferença entre o preço de venda e o custo complexivo. Representa o lucro
Resolução antes de considerarmos os custos figurativos, ou seja, o custo da retribuição do capital.
O custo primo ou directo é uma parte do custo industrial, formado pela soma das matérias-primas Lucro bruto
com a mão-de-obra directa.
Calculado pela diferença entre o preço de venda e o custo industrial, o que nos dá a
• Que é o Custo de Transformação? verdadeira margem industrial. Não considera nenhum custo cuja origem não seja industrial.
O custo de transformação é uma sub-parcela, entre o custo primo e o custo industrial, formado Resolução
pela mão-de-obra directa e os gastos gerais de fabrico. Representa os valores incorporados na
transformação das matérias-primas, categorizados como mão-de-obra directa e gastos gerais de Para podermos produzir um produto é necessário suportar determinados custos,
fabrico. relacionados com esse e só esse produto. É o caso das matérias-primas consumidas, da
mão-de-obra directa e dos gastos gerais de fabrico. Os custos que vão ser recuperados no
• Que é o Custo Complexivo? momento da venda, daquele produto concreto, são os denominados custos do produto.
Resolução Existem, também, custos que não estão relacionados com um só produto, mas com toda a
actividade que é exercida durante um determinado espaço de tempo. Esses são chamados
Quando somamos ao custo industrial os custos não industriais obtemos o custo complexivo. Ou os custos do período. É o caso, por exemplo, dos custos administrativos, dos custos
seja, o custo abaixo do qual não devemos vender, por forma a recuperarmos todos os custos. financeiros ou dos custos de distribuição.
Este custo representa o ponto em que o lucro é nulo. Isto é, apenas recuperamos os custos • Que entende por repartição de custos?
incorridos, não estando contemplada qualquer parcela referente à recuperação dos capitais
investidos. Resolução
• Que é o Custo Económico - Técnico? Verificam-se custos no decorrer das actividades produtivas que não são exclusivos de uma
ou outra actividade.
Resolução
• Dê exemplos de Custos e Proveitos classificados por Natureza.
O custo económico-técnico é a soma do custo complexivo com os custos figurativos. Este custo
representa o valor de venda equivalente ao preço de venda normal.
Resolução
Lucro puro
É calculado pela diferença entre o preço de venda e o custo económico-técnico. Este lucro
representa o que é efectivamente gerado, após a dedução, ao preço obtido pela venda dos
produtos, de todos os custos existentes , inclusive os custos figurativos.
Lucro líquido
II II
Contabilidade Analítica Guia do Formador 27 28 Guia do Formador Contabilidade Analítica
II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS
Resolução
Classe 6 - Custos e perdas Classe 7 - Proveitos e ganhos
61 Custo das mercadorias 71 Vendas Os custos reais são custos determinados a posteriori e correspondem aos custos dos produtos
vendidas e consumidas comprados ou produzidos e aos serviços prestados.
62 Fornecimentos e serviços 72 Prestação de serviços Os custos básicos, ou custos a priori, são custos teóricos definidos para valorização interna dos
externos produtos e serviços.
63 Impostos 73 Proveitos suplementares
• Dê exemplos de Custos Básicos.
64 Custos com pessoal 74 Subsídios à exploração
Resolução
65 Outros custos e perdas 75 Trabalhos para a própria
operacionais empresa Podem ser utilizados vários tipos de custos básicos:
66 Amortizações do exercício 76 Outros proveitos operacionais
Custos padrões ou standard - resultam da consideração de normas técnicas atribuídas aos
67 Provisões do exercício diferentes factores da unidade fabril.
68 Custos e perdas financeiras 78 Proveitos e ganhos financeiros
Custos orçamentados - resultam dos orçamentos elaborados para um determinado período, em
69 Custos e perdas extraordinárias 79 Proveitos e ganhos função dos objectivos e planos definidos e aprovados pelos órgãos de gestão.
extraordinários
Quadro II.5 - Contas das classes 6 e 7 do POC
• Distinga Custos Fixos de Custos Variáveis.
Resolução
Centro de custo 1
Existem custos que não se mostram determinantes para a situação em análise sendo designados
Centro de responsabilidade 1 Centro de custo 2 por custos irrelevantes, o que depende do objecto em estudo. Se, por exemplo, a empresa tem
duas máquinas paradas e estuda a possibilidade de as colocar a trabalhar, o custo da secção de
Centro de custo 3 contabilidade é um custo irrelevante, mas a energia que essas máquinas vão gastar é um custo
relevante.
• Distinga Custos Directos de Custos Indirectos.
• Que entende por Custos de Oportunidade?
Resolução
Resolução
Os custos directos são os que se identificam claramente ao produzir um produto.
O custo de oportunidade representa o valor dos proveitos que se poderiam obter se escolhesse
uma aplicação alternativa, ou seja, quanto é que se deixa de ganhar por tomar uma determinada
Os custos indirectos, não são passíveis de uma visualização clara nos produtos finais.
decisão.
II II
Contabilidade Analítica Guia do Formador 29 30 Guia do Formador Contabilidade Analítica
II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS
II II
Contabilidade Analítica Guia do Formador 31 32 Guia do Formador Contabilidade Analítica
II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS
A empresa R dedica-se ao fabrico do produto Z, neste produto são incorporadas matérias-primas e 3. Custo complexivo;
matérias subsidiárias.
4. Lucro bruto;
Conhecemos os seguintes elementos relativos ao ano de 199X (em u.m.): 5. Lucro líquido.
Matérias subsidiárias 600 Pretende-se que calcule o valor de custo de existências vendidas utilizando ambos os critérios de
Produtos acabados 2.000 valorização das saídas, FIFO e LIFO, com os dados que se apresentam:
II II
Contabilidade Analítica Guia do Formador 33 34 Guia do Formador Contabilidade Analítica
II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS
Resolução:
4. TRANSPARÊNCIAS
Os Conceitos de Lucro:
• e outras despesas; que são incorporadas na Fabricação directamente ou por via dos Gastos
Gerais de Fabrico.
Da Fabricação resulta o custo dos produtos acabados que vai valorizar as entradas desses
produtos em armazém.
II II
Contabilidade Analítica Guia do Formador 35 36 Guia do Formador Contabilidade Analítica
II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS
Existem ainda custos semi-variáveis são constituídos por uma parte fixa e outra parte variável.
Classe 6 - Custos e Perdas
II II
Contabilidade Analítica Guia do Formador 37 38 Guia do Formador Contabilidade Analítica
III. SISTEMAS DE CUSTOS IEFP
1. RESUMO
1. Os componentes do custo industrial dos produtos são: o custo das matérias-primas, da mão-de-
obra directa e os gastos gerais de fabrico.
• Cm = Custo do mês;
Teremos:
III
Contabilidade Analítica Guia do Formador 41
IEFP III. SISTEMAS DE CUSTOS III. SISTEMAS DE CUSTOS IEFP
7. O tipo de custeio, também denominado de sistema de custeio, pode ser utilizado em duas
2. PLANO DAS SESSÕES
vertentes distintas:
1. grau de incorporação dos custos fixos na determinação do custo dos produtos fabricados:
total, variável e de imputação racional; Vamos estudar neste capítulo os sistemas de custos utilizados em Contabilidade Analítica para
determinar o Custo Industrial dos Produtos.
2. tipo de custos que são utilizados na determinação do custo industrial do produto: real e
básico. No final desta unidade temática o formando deve estar apto a:
9. O custeio total é caracterizado por ser considerado na valorização dos produtos os custos
fixos na sua totalidade bem como os custos variáveis, sendo as existências finais valorizadas
pelo custo total de produção.
10. Uma das formas de aplicar o sistema de imputação racional é imputar os custos fixos
industriais à produção do mês, através da adopção de quotas teóricas e em função da
actividade esperada para o período em análise.
11. O sistema de custeio variável ou direct costing é caracterizado por, apenas, considerar como
custos dos produtos, os custos de produção variáveis.
12. O custeio total básico e o custeio variável básico caracterizam-se por determinar o custo
industrial dos produtos em função de custos básicos.
A vantagem da utilização deste sistema é o facto de este ser um meio eficaz do controlo de
gestão produzido, que simplifica o tratamento da informação analítica.
Nestes sistemas de custeio vamos fixar custos a priori para: as compras, custos de
transformação e custos de produção.
As diferenças entre os valores reais e os valores calculados em sistemas de custeio básico vão
originar os custos industriais não incorporados, resultantes da diferença entre os custos reais e
os básicos.
As diferenças entre os valores reais e os valores calculados em sistemas de custeio básico vão,
ainda, originar os desvios entre os valores reais e os valores básicos.
III III
42 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 43
IEFP III. SISTEMAS DE CUSTOS III. SISTEMAS DE CUSTOS IEFP
3. ACTIVIDADES/AVALIAÇÃO Resolução
Exercício 1
Classificação face ao Processo Produtivo
Custos de Produção Custos de
período
Sabendo que a empresa Domingo S.A. produz um produto que consome duas matérias-primas (A e
B), e que dispõe de um departamento de produção, de um departamento comercial e de um Custos da empresa Domingo S.A.: M-P MOD GGF Comerc. Admin
departamento fabril. Consumo de água X
Consumo de Matéria-prima B X
Assinale no quadro seguinte o que considerar correcto em relação ao processo produtivo:
Combustíveis dos carros dos vendedores X
Classificação face ao processo produtivo Amortização de máquina produtiva X
Amortização do carro do vendedor X
Custos Custos de Custo de período
produção Amortização do material de escritório X
Custo com campanha publicitária X
MP MOD GGF Comercial Administrativo
Salário do tesoureiro X
Consumo de água. Comissões dos vendedores X
Consumo de matéria-prima B. Consumo da Matéria-prima A X
Combustíveis dos carros dos Ordenado do Director Produção X
vendedores. Materiais de conservação da produção X
Amortização de máquina produtiva. Salário do operário fabril X
Amortização do carro do vendedor. Encargo com o salário do operário fabril X
Amortização do material de escritório. Combustíveis utilizados na produção X
III III
44 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 45
IEFP III. SISTEMAS DE CUSTOS III. SISTEMAS DE CUSTOS IEFP
Resolução
Exercício 2
PVFi = Produção vias fabrico inicial
III III
46 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 47
IEFP III. SISTEMAS DE CUSTOS III. SISTEMAS DE CUSTOS IEFP
Resolução
III III
48 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 49
IEFP III. SISTEMAS DE CUSTOS III. SISTEMAS DE CUSTOS IEFP
4. TRANSPARÊNCIAS
Componentes do Custo Industrial dos Produtos:
Sistemas de custos total 1. O grau de incorporação dos custos fixos na determinação do custo dos produtos fabricados:
Custos fixos + custos variáveis
• Total - todos os custos fixos são incorporados no custo industrial do produto;
• Variável - só os custos variáveis são custos dos produtos, pelo que nenhum custo fixo
influência o custo do produto;
• De imputação racional - os custos fixos são incorporados parcialmente em função de
relações estabelecidas entre a capacidade instalada e o volume dos custos fixos.
III III
50 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 51
IEFP III. SISTEMAS DE CUSTOS
• real ou básico;
• reais ou básicos
• real ou básico.
Ou de outra forma:
1. Custeio Real
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA
• total
• variável
2. Custeio Básico
• total
CONTABILIDADE
• variável ANALÍTICA
• imputação racional de custos fixos
III
52 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA
92.3 Gastos gerais de fabrico - debita-se pelos encargos reais, por contrapartida das contas
1. RESUMO
da classe 6 - Custos e perdas, pelos custos internos, por contrapartida das contas de
Encargos a repartir (92) e pelos custos internos, por contrapartida das contas de
existências, pelos consumos de matérias subsidiárias e materiais diversos; credita-se por
contrapartida das contas de fabricação (95), pela parcela de gastos gerais de fabrico de
1. Os sistemas de registo dos movimentos contabilísticos são: monistas - movimentados por mão-de-obra imputados aos produtos fabricados;
contrapartidas das contas da contabilidade analítica e dualistas - não há movimentações da
Contabilidade Geral, por contrapartida da Contabilidade Analítica. 92.4 Custos de transformação - esta conta é movimentada em alternativa às anteriores 91.1,
91.2 e 91.3.
2. De acordo com o POC - (Plano Oficial de Contabilidade), as contas da Contabilidade Analítica
estão integradas na classe 9.
93 Centros de Custos - estas contas utilizam-se para apuramento de custos, em alternativa às de
reclassificação de custos de mão-de-obra (91.2) e de gastos gerais de fabrico (91.3) ou de
9 X custos de transformação (91.4), movimentando-se da mesma forma.
1º dígito - Classe de contas da 2º dígito - grupo de contas Os centros de custos de distribuição (94.3) e administrativos (94.4) são saldados mensalmente
Contabilidade Analítica por débito das contas de resultados analíticos, 98.4 - Custos de distribuição e 98.5 - Custos
administrativos;
3. Contas típicas da Contabilidade Analítica são:
94 Fabricação - debita-se por contrapartida da conta de Existências de matérias-primas,
subsidiárias e de consumo - 93.4 e por contrapartida das contas que reflectem os custos de
Conta Designação de conta mão-de-obra e gastos gerais de fabrico; credita-se por contrapartida das contas de existências
91 - Contas reflectidas de produtos acabados e semi-acabados (93.1), e subprodutos, desperdícios, resíduos e
refugos (93.2);
92 - Reclassificações de custos
93 - Centros de custos 95 Existências - registam-se pelo sistema de inventário permanente.
94 - Fabricação
95 - Existências 95.1 Produtos e trabalhos em curso e a 93.2 - Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
movimentam-se da seguinte forma. Debita-se por contrapartida das contas de fabricação,
96 - Encargos a repartir para apuramento do custo industrial dos produtos fabricados entrados em armazém;
97 - Desvios sobre custos preestabelecidos credita-se por contrapartida das contas 98.2 pelas saídas de armazém para vendas e por
contrapartida das contas de fabricação (95), pelos produtos semi-acabados saídos de
98 - Diferenças de incorporação
armazém para a fabricação;
99 - Resultados analíticos
95.4 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo - debita-se por contrapartida das contas de
reclassificações - custo das compras (91.1), pelo valor das entradas em armazém;
As contas mais significativas pelo sistema de movimentação monista radical são: credita-se por contrapartida das contas de fabricação (95), pelas saídas de armazém
para consumo na produção e por contrapartida das contas de gastos gerais de fabrico
91 Contas reflectidas - utilizadas no sistema dualista e funcionam como contas espelho das (91.3), ou custos de transformação (91.4), ou centros de custos (94) pelo consumo de
contas da contabilidade geral na contabilidade analítica. matérias subsidiárias e de consumo.
92 Reclassificação de custos; 96 Encargos a repartir - as várias contas têm movimentação semelhante variando apenas as
contrapartidas. Assim debita-se por contrapartida das contas da classe 6 - Custos e perdas:
92.1 Custo das compras - debita-se pelos custos externos, por contrapartida das contas da custos com pessoal, seguros, conservação e reparação e amortizações; credita-se por
classe 6 - Custos e perdas; credita-se pelos custos internos, por contrapartida das contas contrapartida das contas de reclassificação de custos e das contas de centros de custos;
de Centros de custos (94) e por contrapartida das contas de existências (93) de matérias-
primas, subsidiárias e de consumo;
99 Resultados Analíticos
92.2 Mão-de-obra directa - debita-se pelos custos reais, por contrapartida das contas da
Contas a debitar:
classe 6 - Custos e perdas e pelos custos mensualizados de encargos sociais, por
contrapartida das contas de encargos sociais; credita-se por contrapartida das contas de
99.2 Custo das vendas por contrapartida das contas de existências (93.1) pelo valor do custo
fabricação na parcela de custos de mão-de-obra imputados aos produtos fabricados;
industrial dos produtos vendidos;
IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 55 56 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA
99.5 Custos administrativos ou por contrapartida da classe 62 - Fornecimentos e serviços Vamos estudar neste capítulo as possíveis formas de organizar uma Contabilidade Analítica e a
externos ou por contrapartida do centro de custo administrativos (94.4); forma de movimentar as suas principais contas.
99.6.1 Custos financeiros por contrapartida da classe 68 - Custos financeiros; No final desta unidade temática o formando deve estar apto a:
99.7. Outros custos e 98.8.1 - Resultados extraordinários ou 98.8.2 de exercícios anteriores, • Descrever o funcionamento da Contabilidade Analítica;
por contrapartida das contas de Custos e perdas extraordinárias - 69;
• Explicar o conteúdo e movimentar as contas mais importantes.
Contas a creditar:
99.1 Vendas por contrapartida da 71 - Vendas de mercadorias e produtos; Duração estimada: 14 horas
IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 57 58 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA
3. ACTIVIDADES/AVALIAÇÃO
Resolução
9 1 Contas Reflectidas
Exercício 1
9 2 Reclassificação Custos
Explique as diferenças entre sistema monista e sistema dualista (num máximo de dez linhas)
9 3 Centros Custos
Resolução
Nos sistemas monistas há movimentação das contas da Contabilidade Analítica, por contrapartida 9 4 Fabricação
de contas da Contabilidade Geral.
9 5 Existências
Nos sistemas dualistas as duas contabilidades encontram-se totalmente separadas, não sendo
movimentadas contas de uma por contrapartida da outra. Embora seja necessário assegurar a sua
concordância, funcionam separadamente. 9 6 Encargos Repartir
Pré-
Exercício 2 9 7 Desvios Sobre Custos
estabelecidos
9 8 Diferenças Incorporação
Preencher os espaços em branco no seguinte quadro de contas:
9 9 Resultados Analiticos
9 2 C __ustos__. R _epartir__.
9 R . C .
9 E .
9 F .
9 E . R .
9 D . S . C . P
.
9 C . C .
9 R . A .
9 D . I .
IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 59 60 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA
Contabilidade Analítica
IV ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP
Exercício 3
A empresa “Pão Bom” produz bolos secos para hospitais através da transformação de 2 tipos de
farinha e algumas matérias subsidiárias. São conhecidos os seguintes elementos referentes ao mês
de Junho:
Existências Compras Consumos
iniciais
Matérias primas
Farinha de 1ª 15.123 Kg a 45.154 Kg a 57.935 Kg
200 u.m./Kg 210 u.m./Kg
Farinha de 2ª 32.458 Kg a 65.795 Kg a 90.143 Kg
150 u.m. / Kg 145 u.m./Kg
Matérias 354.748 u.m. 2.350.000 u.m. 2.504.748u.m.
subsidiárias
Produtos 4.350 Kg a
acabados 2000 u.m.
• A empresa utiliza o critério do custo médio na valorização das saídas das matérias-primas e
subsidiárias e dos produtos acabados.
• A produção do mês foi de 45.835 Kg de bolos.
• As vendas do mês foram de 47.500 Kg de bolos a 3000 u.m. por Kg, as vendas são
integralmente realizadas a crédito.
• Os custos de transformação suportados foram os seguintes:
21.372.615
98.645.198
8.565.498
32.614.235
9.482.340
9.540.275
25.240.625
2.504.748
48.000.000
2.500.000
8.000.000
565.498
2.350.000
20.399.825
Encargos sociais 60%
Electricidade e água 4.502.569 u.m.
210
145
Amortizações mensais 2.500.000 u.m
45.154
65.795
Custos administrativos
Amortizações Exercicio
Amortizações Exercicio
Matérias Subsidiárias
Custo das Compras:
Materias Subsidiárias
Custos Financeiros
Custos com Pessoal
Materias Primas
Custos financeiros 32.614.235 u.m
Farinha de 1ª
Farinha de 2ª
Calcular os valores que considerar necessários e efectuar os lançamentos do mês.
Resolução
Total
Total
Total
Guia do Formador
Vamos efectuar os lançamentos referentes às operações do mês de Junho:
Cálculos Acessórios.
IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 61
IV
IEFP
62
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP
Vendas 142.500.000
IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 63
Determinação do Custo de
Produção
Materias Primas 25.240.625
Materias Subsidiárias 2.504.748
Fornecimentos Serviços externos 20.399.825
Custos com Pessoal 48.000.000
Amortizações Exercicio 2.500.000
98.645.198
Produção 45.835
Custo de Produção 2.152
IV
64 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA
------------/----------- ------------/-----------
99.2 Custo das vendas
IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 65 66 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA
29.620.663 29.620.663
IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 67 68 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA
4. TRANSPARÊNCIAS
Esquematicamente poderemos representar:
95.4-Matérias-
92.1-Custo
Contas Típicas da Contabilidade Analítica e sua Movimentação: primas,
61-Compras das
subsidiárias e
compras
de consumo
De acordo com o POC - Plano Oficial de Contabilidade, as contas da Contabilidade
Analítica estão integradas na classe 9.
Custos
9 X
1º digito - Classe de contas da 2º digito - grupo de contas 62 - F.S.E Externos
C.A.
Custos
totais
As contas existentes na contabilidade analítica são as seguintes:
94.1-Centro
de Custo
Conta Designação de conta
Debita-se Credita-se
IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 69 70 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA
Teremos o seguinte esquema para apuramento do Custo industrial dos produtos fabricados:
93.2 - Centro
de Custos
Industriais
94.2 -
Fabricação
Produto B
92.2 - Mão de
obra directa
IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 71 72 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA
Debita-se Credita-se
95.6-Matérias 93.4-Centro de 99.5-Custos
primas custo administrativos • Por contrapartida das contas da classe • Por contrapartida das contas de
subsidiárias e administrativo 6 - Custos e perdas: reclassificação de custos - 91 e das
de consumo 64- despesas com pessoal; contas de centros de custos - 94.
62- seguros;
62- conservação e reparação;
66- amortizações.
95 – Existências.
Registam-se neste grupo os movimentos das existências pelo sistema de inventário permanente:
A conta 95.5 - Produtos e trabalhos em curso e a 95.4 - Sub - produtos, desperdícios, resíduos e
refugos movimentam-se da seguinte forma:
IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 73 74 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA
99 - Resultados Analíticos
Contas da classe 6
99.6- Custos e
68- Custos 78-Proveitos
proveitos
financeiros financeiros
financeiros
IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 75 76 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA
• http://www.boletimempresarial.pt
• http://www.ctoc.pt
IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 77 78 Guia do Formador Contabilidade Analítica
V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP
1. RESUMO
Um ciclo produtivo inicia-se com a compra das matérias-primas e encerra-se com a venda dos
produtos:
Transformação Expedição
das matérias- dos
primas em produtos
produtos acabados
acabados
Figura V.4 - Ciclo produtivo
2. Com base nestas divisões, existem tipos de fabricação principais: a fabricação contínua de um
único produto, a fabricação de produtos diferentes do ponto de vista de qualidade, a fabricação
V. REPARTIÇÃO DE GASTOS por fases e fabricação por obras ou por tarefas.
3. Em função do regime de fabrico vamos ter, também, formas de apuramento distintas do custo
de produção, distinguindo-se dois métodos principais: método directo ou dos custos por
ordens de produção ou da encomenda e método indirecto ou dos custos por processos.
CONTABILIDADE 5. Quando imputamos os custos por quotas teóricas aos produtos, vamos ocasionar as chamadas
ANALÍTICA diferenças de imputação.
6. Os gastos gerais de fabrico podem, ainda, ser repartidos de acordo com uma única base de
repartição. Trata-se da chamada imputação de base única. As bases possíveis são:
V
Contabilidade Analítica Guia do Formador 81
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP
• Os produtos principais ou co-produtos são os produtos que, obtidos da produção conjunta, Secções principais - responsáveis pelo aprovisionamento, produção e venda;
têm o mesmo grau de importância.
Secções auxiliares - para produzir bens ou prestar serviços para outras.
• Os subprodutos são produtos secundários. Existe um produto principal e um subproduto.
• Não industriais:
• Os resíduo são produtos de baixo valor.
Secções administrativas - secções de contabilidade, pessoal, etc...
8. Na produção conjunta vão ser individualizadas três fases: fase conjunta, ponto de separação
e fase especifica. 17. Chama-se unidade de imputação à unidade de medida que vai ser incorporada nos produtos
finais ou noutras secções.
• Se estivermos perante uma produção conjunta teremos um ponto de separação de onde
resultarão produtos diferentes e cada um terá custos específicos.
18. A unidade de custeio expressa o custo de determinada secção.
9. Os critérios de repartição dos custos de produção conjuntos:
19. A unidade de obra expressa a actividade de cada secção e é simultaneamente unidade de
Rubricas Critérios de repartição custeio e unidade de imputação.
Co-produtos. • Quantidades produzidas; 20. O método das secções caracteriza-se por, em primeiro lugar, reflectir nas secções os custos de
• Valor de venda da produção; funcionamento e, em segundo lugar, o custo de produção ser apurado pelos consumos de
unidades dessas mesmas secções.
• Valor de venda da produção reportado ao
ponto de separação.
21. Os custos das secções
Subprodutos e resíduos. Critério do lucro nulo.
• Directos - que ocorrem ou que estão directamente relacionados com cada secção;
10. A produção descontínua ou por tarefa caracteriza-se por podermos identificar o produto em • Reembolsos - custos indirectos, ou seja contribuição de outras secções que são imputados
cada fase do ciclo produtivo de fabricação. nas secções principais beneficiárias, que estão a ser valorizadas, através de bases
repartição.
11. método mais apropriado para apurar o custo industrial dos produtos vendidos é o directo.
22. Nas secções ou centros de custos industriais, de aprovisionamento ou armazéns temos:
12. método das secções homogéneas consiste no cálculo do custo industrial e dos custos não
industriais recorrendo a centros de custos ou secções. • custo total de cada secção - soma dos custos directos com os reembolsos;
13. Os custos de funcionamento devem ser repartidos pelos centros de responsabilidade • custo total dividido pela actividade da secção - unidade de obra;
existentes, devendo estes estarem divididos em centros de custos.
• custo total dividido pela base de imputação - unidade de imputação;
14. Para se considerar uma secção homogénea, o centro de custo tem que respeitar as seguintes
características: ter um só responsável, as funções devem ser semelhantes e a actividade tem
• custo total dividido pelo número de meses ou de dias - unidade de custeio.
que ser medida numa unidade.
15. Podemos considerar a seguinte classificação de secções, derivada das funções estabelecidas 23. As secções, ou centros de custos não industriais, vão ser totalizadas e directamente levadas à
na empresa: secções de aprovisionamento, secções de produção, secções de distribuição e Demonstração de Resultados, não entrando na valorização dos produtos, nomeadamente, as
secções administrativas e financeiras. secções administrativas e financeiras.
24. Após o cálculo do custo de transformação vamos apurar os custos de produção utilizando só os
custos das unidades de obra das secções principais.
V V
82 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 83
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP
26. A repartição dos gastos não industriais é de dois grandes tipos: os de distribuição relativos Duração estimada: 35 horas
às acções de vendas, marketing e outras rubricas e os administrativos relativos às secções de
contabilidade, expediente, tesouraria, etc...
V V
84 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 85
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP
3. ACTIVIDADES/AVALIAÇÃO
Resolução
Regimes de fabrico
• Produção múltipla, diversificada e • Produção uniforme ou pouco
descontínua. diferenciada e contínua.
Identifique se são verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações, justificando as suas respostas
num máximo de 10 linhas por afirmação: Forma de cálculo do custo industrial
• Por ordens de produção - custo por • Por produtos - custo unitário.
1. A fabricação continua está associada a um regime de fabricação múltiplo. obra ou ordem.
2. No regime de fabricação por obras ou tarefas sabemos em cada momento os custos incorridos. Período a que respeita o custo industrial do produto
• Relativo ao tempo necessário para • Relativo ao mês.
3. Num regime de fabricação descontinuo conseguimos identificar as diversas fases em que o cada obra.
produto se encontra.
Identificação do produto
4. O regime de produção complexa caracteriza-se pela existência de uma única operação de
• Identificável ao longo de todo o • O produto não é identificável ao
transformação.
processo de produção pela ordem; longo da produção;
• Os custos de cada ordem de • Os custos do mês são do produto.
Resolução: produção estão identificados.
Acumulação dos custos industriais
1. FALSA
• Feita por ordem de produção, obra • Feita por cada produto;
2. VERDADEIRA a obra;
• Feita durante todo o período de • Acumulação mensal.
3. VERDADEIRA produção da obra.
4. FALSA Determinação do custo da produção em vias de fabrico no fim do mês
• Pelo saldo apresentado na ficha da • Pela inventariação da produção em
obra. vias de fabrico e correspondente
Exercício 2 valorização.
Identifique, caracterizando cada um dos aspectos distintivos dos métodos directo e indirecto que se
podem utilizar para o apuramento do custo de produção ( não exceder 5 linhas por cada um dos
aspectos).
V V
86 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 87
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP
V V
88 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 89
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP
S2 1.946 750 1.459.625 700 1.362.317 50 97.308 Existências Q 5.000 4.000 1.500
iniciais
S3 551 300 165.333 550 303.111 50 27.556 Custo 350 650 180
Total 5.040.000 4.055.957 466.368 unitário
Custo do produto 12.252.500 7.955.957 1.016.368 Total 1.750.000 2.600.000 270.000 4.620.000
acabado Produção Q 25.000 15.000 5.000
Quantidades 25.000 15.000 5.000 Custo 490 530 203
produzidas unitário
Custo unitário 490 530 203 Total 12.252.500 7.955.957 1.016.368 21.224.825
Vendas Q 25.000 17.000 6.000
Mapa do custo de produção Custeio Custo 490 544 199
Variável unitário
Total 12.252.500 9.255.957 1.196.368 22.704.825
V V
90 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 91
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP
O produto é só um e não
sofre transformações.
• conjunta - de uma mesma matéria prima obtêm-se diversos produtos, por exemplo a farinha e o
farelo;
Produto 1
Matéria-prima Produto 2
Produto 3
V V
92 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 93
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP
Em função do regime de fabrico vamos ter também formas de apuramento distintas do custo
• contínua - em qualquer momento da fabricação temos produção em curso, por exemplo numa
de produção, distinguindo-se dois métodos principais:
cimenteira;
• por exemplo quando levamos o nosso carro à manutenção, é aberta uma ordem de produção
onde são registadas as peças substituídas e o número de horas utilizadas, sendo apurado um
• descontínua - a fabricação é efectuada por fases, por exemplo na industria de calçado; valor total a pagar e cada obra.
• é o caso da produção de pão, em que sabemos os custos totais e dividimos pelo peso total do
De uma só operação resulta pão fabricado, ou pelo número de unidades obtidas;
um trabalho final.
• os objectos contabilisticos são as entidades portadoras de custo, por exemplo, as secções, os
produtos ou os clientes.
V V
94 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 95
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP
Na imputação de base múltipla vamos ter critérios diferentes para repartir os Gastos Gerais de
• Por ordens de produção. • Por produtos.
Fabrico, decompondo-se o seu valor em rubricas equiparáveis em termos de base de imputação,
• O custo é por obra ou ordem. • Temos custo unitário. estabelecendo-se critérios diferentes para cada uma destas rubricas.
Produção Conjunta:
Período a que respeita o custo industrial do produto
• Corresponde ao tempo • Corresponde ao mês.
Diz-se que a produção é conjunta quando ao proceder-se à transformação de uma ou diversas
necessário para cada obra.
matérias primas se obtém diversos produtos, por exemplo óleos refinados e ácidos gordos.
Identificação do produto Na produção conjunta podemos obter os produtos principais ou co-produtos, subprodutos e, ainda
resíduos ou desperdícios:
• É identificável ao longo de • O produto não está
todo o processo de produção identificável ao longo da
pela ordem. produção. • Produtos principais ou co-produtos são os produtos que obtidos da produção conjunta têm o
mesmo grau de importância, são produtos semelhantes, por exemplo carne de vaca para bife
• Os custos de cada ordem de • Os custos do mês são custos ou para assar;
produção estão identificados. do produto.
• Subproduto é um produto secundário, existe um produto principal, por exemplo a carne de vaca
para bife e um subproduto que pode ser o fígado de vaca;
Acumulação dos custos industriais
• Resíduo é um produto de baixo valor, no caso do exemplo referido podemos considerar os
• È feita por ordens de • É feita por cada produt.o
ossos como um resíduo.
produção, obra a obra.
• È feita durante todo o período • A acumulação é mensal. Na produção conjunta vão ser individualizadas três fases:
de produção da obra.
1. Fase Conjunta
Determinação do custo da produção em vias de fabrico no fim do mês
2. Ponto de Separação
• Pelo saldo apresentado na • Pela inventariação da
ficha da obra. produção em vias de fabrico e 3. Fase Especifica
correspondente valorização.
Se estivermos perante uma produção conjunta da qual resultam produtos diferentes teremos:
Coeficientes de Imputação:
Custos
específicos
• Custo da mão de obra directa; Produto A
• Número de horas de mão de obra directa;
A dificuldade, ou os principais cuidados colocam-se na forma como os custos conjuntos vão ser
Assim, em alternativa à forma anterior a que chamamos base única de imputação vamos ter a
repartidos pelos produtos finais.
imputação de base múltipla.
V V
96 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 97
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP
• Secções de distribuição;
A ordem de produção:
• Secções administrativas e financeiras.
O Método Directo utiliza-se em presença de empresas cujo processo de fabrico seja realizado por
encomendas, onde a produção é descontínua e múltipla e, permite distinguir e identificar
claramente os produtos. Podemos, de outra forma, classificar as secções ou centros de custos em:
Por este método, cada um dos produtos é sempre identificado ao longo de todo o processo de • Industriais, e estas em:
fabrico e é possível determinar e atribuir directamente a cada um deles os seus respectivos custos
de produção. • Secções principais - responsáveis pelo aprovisionamento, produção e venda;
• Secções auxiliares - existem para produzir bens ou prestar serviços para outras;
Exemplos:Empresas de Construção Civil, Construção Naval, entre outras.O método directo
desenvolve-se em três fases: • Não industriais
1ª Fase) São apurados todos os custos do produto em análise. • Secções administrativas - secções de contabilidade, pessoal, etc.
2ª Fase) Para cada produto é elaborada uma ficha de custos, em que são imputados todos os
custos respeitantes a esse produto ( Exemplo: Mão-de-Obra Directa, Gastos Gerais de Fabrico, Unidade de imputação:
entre outros).
3ª Fase) Após a conclusão da fabricação, somam-se todos os custos e divide-se o total destes pelo Unidade de custeio:
número de unidades produzidas.
Unidade de obra:
V V
98 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 99
•
•
100
IEFP
V
mesmas secções.
Guia do Formador
Este método caracteriza-se por :
Caracterização do método das secções:
Em segundo lugar o custo de produção ser apurado pelos consumos de unidades dessas
Contabilidade Analítica
V CONJUNTO DE TRANSPARÊNCIAS IEFP
V
Contabilidade Analítica Guia do Formador
101
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP
1. Directos - custos que ocorrem ou que estão directamente relacionados com cada secção;
Secção A Secção B
2. Reembolsos - custos indirectos, ou seja contribuição de outras secções que são imputados nas Rubricas Unidade Actividade: Actividade: Total
secções principais beneficiárias, que estão a ser valorizadas, através de bases repartição.
Física Quant Valor Quant Valor
1- Custos Directos
Os custos directos mais usualmente considerados são: Salários
Ordenados
• mão de obra, salários e encargos;
Encargos sociais
• combustíveis; Energia
• O custo total dividido pelo número de meses ou de dias, dá-nos a Unidade de Custeio.
V V
102 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 103
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP
.........
Gastos Bases de imputação
Total (1)
Secção de vendas: • Valor das Vendas
2-Custos de
transformação • Administrativos • Quantidades vendidas
Secção A • Comerciais puros • Número de encomendas
Secção B • Publicidade e promoção • Valor das Vendas
.............
Total (2)
Armazenagem de produtos • Quantidades entradas em
3-Produtos vias acabados armazém
fabrico
• Quantidades saídas de
No inicio mês (+) armazém
No final mês (-) • Valor produtos entrados em
Total (3) armazém
V V
104 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 105
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS
• http://www.dashofer.pt
• http://www.apotec.pt
• http://www.boletimempresarial.pt
• http://www.ctoc.pt
CONTABILIDADE
ANALÍTICA
V
106 Guia do Formador Contabilidade Analítica
VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS IEFP IEFP VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS
1. O desvio é diferença entre uma situação real e uma situação prevista. Neste tipo de custos podemos dividir o desvio total em desvio de preços e desvio de
quantidade:
2. O desvio do resultado global é explicado por duas bases: o desvio sobre os custos e sobre as
margens comerciais. 14. Controlo contabilístico dos desvios:
3. O modelo geral da análise de um custo dá-nos duas realidades distintas: o desvio sobre a As contas utilizadas são as seguintes:
quantidade, mantendo os preços inalterados e o desvio sobre o preço, mantendo as
96 - Desvios sobre preços pré estabelecidos
quantidades inalteradas.
96.1 - Desvios de compras
4. Alguns custos são imputados na actividade real, por custos básicos, componentes de análise:
as quantidades reais valorizadas a custos reais e quantidades reais valorizadas a custos
96.2 - Desvios das secções
básicos.
96.3 - Desvios de fabricação
5. Deste cálculo de desvio surgem os desvios de incorporação de custos.
96.4 - .........
6. O desvio da produção é formado pelos desvios de matérias, de mão de obra e de gastos
gerais de fabrico. Estas contas serão debitadas pelos desvios desfavoráveis e creditadas pelos desvios
favoráveis.
7. Desvios em matérias:
Dm = Qr x Pr - Qo x Po
8. Desvio de preços:
Dp = Qo x (Pr - Po)
9. Desvio de quantidades:
Dq = Po x (Qr - Qo)
VI VI
Contabilidade Analítica Guia do Formador 109 110 Guia do Formador Contabilidade Analítica
VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS IEFP IEFP VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS
Vamos estudar o conceito de desvio e sua aplicação no domínio da Contabilidade Analítica a nível
do desvio de Produção. Exercício 1
• Utilizar os elementos produzidos pela Contabilidade Analítica para comparar com os custos Certa empresa dedica-se ao fabrico de dois produtos ( A e B) utilizando o seguinte processo de
orçamentados; fabrico:
• Calcular e justificar os principais desvios que formam o desvio do custo de produção, • As matérias primas utilizadas são X, Y e Z;
nomeadamente, o desvio de matérias, de mão de obra e de gastos gerais de fabrico.
• Utilizam-se secções homogéneas:
• S2 - unidade de obra - Hm
S1 S2 Serv.Gerais A1 A2
Fixos 8.192 1.944 2.500 1.104 824
variáveis 2.680 860
10.872 2.804 2.500 1.104 824
VI VI
Contabilidade Analítica Guia do Formador 111 112 Guia do Formador Contabilidade Analítica
VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS IEFP IEFP VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS
Produto A - 3.000 unidades a 2.2 u.m. cada Unitário física Consumo Custo Consumo Custo
produto B - 18.000 unidades a 1.8 u.m. cada unitário Total unitário Total
Compras: 1 - MP
Matéria prima X - 47.200 unidades a 0.31 u.m. cada X 0.300 unidade 2,0 23.040 1,9 136.800
Matéria prima Y - 4.400 unidades a 0.12 u.m. cada Y 0.120 unidade 0,14 644 0,18 5.184
Matéria prima Z - 7.400 unidades a 0.05 u.m. cada Z 0.050 unidade 0,25 480 0,3 3.600
Custos de produção: diversos u.m. 0,070 2.688 0,030 7.200
Custos de transformação:
Pretende-se que elabore pelo custeio total:
VI VI
Contabilidade Analítica Guia do Formador 113 114 Guia do Formador Contabilidade Analítica
VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS IEFP IEFP VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS
VI VI
Contabilidade Analítica Guia do Formador 115 116 Guia do Formador Contabilidade Analítica
VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS IEFP IEFP VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS
3. 4. TRANSPARÊNCIAS
Desvios do
Mês
Desvios das Secções
Sistemas de contas:
Gastos Gastos Desvios
Reais Imputados
Existem dois sistemas de contas em função da forma como se articulam com a contabilidade geral:
Secção
• Sistemas monistas;
S1 10.872 11.129 257
• Sistemas dualistas.
S2 2.804 2.876 72
Serviços 2.500 2.400 -100 Dentro de cada um deles vamos ainda dividir em:
Gerais
• Monista radical ou único diviso;
Armazém 1 1.104 187 -918
Armazém 2 1.104 206 -898 • Monista diviso;
Produto B 29.257 26.418 -2.839 Normalizar é estabelecer princípios, conceitos e critérios, por forma a que a contabilização dos
51.935 47.643 -4.292 movimentos, e consequente apresentação de informação e resultados seja uniforme
independentemente da localização geográfica ou sectorial.
• da empresa;
• do profissional da contabilidade;
VI VI
Contabilidade Analítica Guia do Formador 117 118 Guia do Formador Contabilidade Analítica
VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL IEFP
1. RESUMO
2. Existem dois sistemas de contas, em função da forma como se articulam com a Contabilidade
Geral, são os sistemas monistas e sistemas dualistas.
3. Por sua vez o, sistema monista está dividido em único indiviso ou diviso. O dualista em duplo
contabilístico e em duplo misto.
5. O sistema único indiviso, ou das contabilidades integradas, caracteriza-se pela existência das
contas da Contabilidade Analítica a par das contas da Contabilidade Geral.
6. No sistema único diviso a integração destas duas contabilidades não é integral. Neste sistema
VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA existe uma conta cumulativa que reflecte todas as contas da Contabilidade Analítica.
CONTABILIDADE GERAL 7. O sistema duplo contabilístico é caracterizado pela existência da Contabilidade Geral que
actua de forma habitual e da Contabilidade Analítica que apresenta as operações internas de
apuramento de custos de produtos e a análise de resultados.
VII
Contabilidade Analítica Guia do Formador 121
IEFP VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL IEFP
A nível de Contabilidade Analítica é difícil ultrapassar a barreira sectorial. No final desta unidade temática o formando deve estar apto a:
Exemplos de planos sectoriais: • Distinguir e utilizar os diferentes sistemas de contas da Contabilidade Analítica com a
Contabilidade Geral;
• Plano de contas das Instituições de Segurança Social (Decreto Lei nº 24/88);
• Identificar os tipos de sistemas existentes, o monista e o dualista;
• Plano de contas dos Serviços municipalizados e Federações de municípios (Decreto Lei nº
226/93); • Justificar a necessidade da normalização contabilística;
• Plano para os Serviços de Saúde (Decreto Lei nº 410/89). • Definir “plano sectorial” exemplificando os já existentes;
10. A escolha entre os diversos sistemas deve ter em conta a natureza da exploração, numa • Explicar a implementação e organização de uma Contabilidade Analítica.
perspectiva técnica, e as características da empresa.
11. Para se proceder à escolha dos diversos sistemas de Contabilidade Analítica tem de se definir a Duração estimada: 14 horas
organização interna da empresa, precisar a informação necessária, implementar, quando
necessário, o sistema de inventário e decidir o tipo de valorização dos diversos circuitos
internos. Por fim, tem de se analisar os custos de implementação e o respectivo benefício.
12. O plano de contas da Contabilidade Analítica envolve um trabalho de preparação que abarca a
definição das secções, de produtos ou serviços, a escolha do sistema de custeio e a definição
do tipo de informação que se deseja obter.
VII VII
122 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 123
IEFP VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL IEFP
3. ACTIVIDADES/AVALIAÇÃO
Resolução
Custo de transformação:
VII VII
124 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 125
IEFP VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL IEFP
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3 - Em terceiro lugar temos que lançar os movimentos internos da empresa nomeadamente 4. TRANSPARÊNCIAS
existências, encargos a repartir e custos das vendas.
(5) Diversos
Definição das Principais Contas da Contabilidade Analítica
a 92.2 Encargos a repartir
Pela imputação dos
60% de encargos
sociais Neste ponto da matéria, iremos tratar das principais contas da Contabilidade Analítica e a sua
respectiva movimentação contabilística.
94.2 Centro custo de 140
transformação
Conta 91 – Contas Reflectidas:
99.4 Custos de 250
distribuição
Esta conta serve de contrapartida para os movimentos da Contabilidade Analítica, no caso de
99.5 Custos 40 430 existir uma separação entre a Contabilidade Analítica e a Contabilidade Geral. Assim sendo, utiliza-
administrativos se apenas no Sistema Duplo Contabilístico ou Dualista.
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Esta conta serve para apurar o Custo de Produção dos bens e serviços fabricados. Decompõe-se
esta conta em função do número de produtos que a empresa produza.
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Conta 97 – Desvios sobre Custos Pré-Estabelecidos: Neste sistema, as contabilidades encontram-se separadas:
Esta conta é apenas movimentada no custeio básico, e registam-se os desvios contabilísticos • por um lado existe a Contabilidade Geral que está a funcionar e a apurar os seus valores;
encontrados no final de cada mês. • e, em paralelo, existe a Contabilidade Analítica que também esta a funcionar e a apurar os seus
valores.
Conta 98 – Diferenças de Incorporação:
Isto significa que não há transferência de dados entre as contabilidades.
Em presença deste sistema, somos obrigados a utilizar as chamadas Contas Reflectidas (Conta
91), que servem para registar as transacções / movimentos de Custos e Proveitos contabilizados na
Contabilidade Geral.
Conta 99 – Resultados Analíticos:
Esta conta apresenta os resultados do período contabilístico adoptado e as subcontas evidenciadas Definição e Representação Esquemática do Sistema Monista Radical ou Único Indiviso:
assemelham-se às rubricas que compõem a Demonstração de Resultados por Funções.
Trata-se de um sistema integrador, pois integra a Contabilidade Analítica e a Contabilidade Geral.
• 99.1 – Vendas Líquidas; Não existe um divórcio entre as contabilidades. Isto significa então que um valor, ou está na
• 99.2 – Custos das Vendas; Contabilidade Analítica, ou está na Contabilidade Geral. O que nunca acontece neste sistema é um
determinado valor estar tanto na Contabilidade Geral como na Contabilidade Analítica.
• 99.3 – Custos de Distribuição;
• 99.4 – Custos Administrativos;
• 99.5 – Outros Custos e Proveitos Operacionais;
99.5.1 – Outros Custos;
99.5.2 – Outros Proveitos;
• 99.6 – Resultados Financeiros;
99.6.1 – Custos e Perdas Financeiros;
99.6.2 – Proveitos e Ganhos Financeiros;
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Esta conta tem um movimento igual ao das contas 92.2 e 92.3, dado que se adopta como
Neste sistema, um determinado valor é, em primeiro lugar, classificado como Custo ou Proveito da alternativa a elas.
Contabilidade Geral, e depois transferido para as contas da Contabilidade Analítica, por forma que
as contas de Custos e Proveitos da Contabilidade Geral estejam sempre saldadas.Movimentação
Contabilística Conta 93 – Centros de Custos:
Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 6 ( contas 61,62,63,64
Conta 91 – Contas Reflectidas: (MOD+MOI),65,66) e da conta 95.6- Armazém de Matéria Subsidiária.
Esta conta é debitada por contrapartida das contas usadas para registar os proveitos na classe 7. Esta conta é creditada por contrapartida das contas 99.4 e 99.5.
Exemplificando, as vendas de uma empresa, é debitada a conta 91.71 por contrapartida da conta
99.1.
Conta 94 – Fabricação:
Esta conta é creditada por contrapartida das contas usadas para registar os custos na classe 6.
Exemplificando, a electricidade consumida por uma empresa, é debitada a conta 92.3 por Esta conta é debitada por contrapartida das contas 95.6- Armazém de Matérias-Primas, 92.2 e 92.3
contrapartida da conta 91.62xxx. (ou , no caso de se estar a tratar de tudo de uma forma global, utiliza-se a conta 92.4 em vez das
contas 92.2 e 92.3) e 95.5- Armazém de Produtos em Vias de Fabrico (Inicial).
Nunca esquecer que esta conta só existe quando se está a trabalhar no sistema duplo
contabilístico: Esta conta é creditada por contrapartida das contas 95.3 e 95.5- Armazém de Produtos em Vias de
Fabrico (Final).
NOTA: Depois de efectuada a compra, é necessário transferir o seu valor para Armazém, pelo que • Conta 95.3- Armazém de Produtos Acabados
debita-se a conta 95.6- Armazém de Matéria-Primas e Subsidiária por contrapartida da conta 92.1.
• Conta 92.2- Mão-de-Obra Directa Esta conta é debitada por contrapartida da conta 94.
Esta conta é creditada por contrapartida da conta 99.2- Custo das Vendas.
Esta conta é debitada por contrapartida da conta 64 ou 91.64 (em caso de se tratar do sistema
duplo contabilístico). • Conta 95.4- Armazém de Subprodutos e Resíduos
Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 6 (contas 62,63,64 (MOI),65,66) ou
91.6x (em caso de se tratar do sistema duplo contabilístico), e da conta 95.6- Armazém de Matéria Esta conta é debitada em contrapartida da conta 94.1.
Subsidiária.
Esta conta é creditada em contrapartida da conta 94.1.
Esta conta é creditada por contrapartida da conta 94.
• Conta 95.6- Armazém de Matérias-Primas e Subsidiárias
• Conta 92.4 – Custos de Transformação
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Esta conta é debitada por contrapartida da conta 92.1. • Conta 99.6 – Resultados Financeiros
Esta conta é creditada por contrapartida da conta 92.3 ( Matéria Subsidiária) ou 92.4, e da conta
94.1 ( Matéria(s)-Prima(s)). Conta 99.6.1 – Custos e Perdas Financeiros
Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 6 ( conta 68) ou 91.68 (em caso
Conta 97 – Desvios sobre Custos Pré-Estabelecidos: de se tratar do sistema duplo contabilístico).
Esta conta é debitada em contrapartida das contas das classe 6. Conta 99.6.2 – Proveitos e Ganhos Financeiros
Esta conta é creditada em contrapartida das contas dos grupos 92 e 93. Esta conta é creditada por contrapartida das contas da classe 7 ( conta 78) ou 91.78 (em caso
de se tratar do sistema duplo contabilístico).
Conta 99 – Resultados Analíticos:
• Conta 99.7 – Resultados Extraordinários
O saldo final desta conta tem de ser igual ao Resultado Líquido do Exercício apurado na
Contabilidade Geral.
Conta 99.7.1 – Custos e Perdas Extraordinários
• Conta 99.1 – Vendas Líquidas Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 6 ( contas 69) ou 91.69 (em caso
de se tratar do sistema duplo contabilístico).
Esta conta credita-se por contrapartida das contas 71.1 ou 91.71 (em caso de se tratar do sistema Conta 99.7.2 – Proveitos e Ganhos Extraordinários
duplo contabilístico).
Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 7 ( contas 79) ou 91.79 (em caso
de se tratar do sistema duplo contabilístico).
• Conta 99.2 – Custos das Vendas
A finalizar este capítulo, importa ainda referir que, caso estejamos a trabalhar no sistema monista
Esta conta debita-se por contrapartida da conta 95.2 ( Mercadorias) e/ou 95.3 ( Produtos radical, torna-se necessário verificar em que mês nos encontramos. Esta situação assume
Acabados). particularmente importância se estivermos no mês de Janeiro ou Dezembro, pois temos que fazer a
transferência do valor das existências inicias da Contabilidade Geral para a Contabilidade Analítica
• Conta 99.3 – Custos de Distribuição (Janeiro) ou então, transferir o valor das existências finais da Contabilidade Analítica para a
Contabilidade Geral (Dezembro).
Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 6 ( contas 62,63,64,65,66) ou 91.6x Em Janeiro, debitam-se as contas 95.2, 95.3, 95.4, 95.5 e 95.6 em contrapartida das contas 32
(em caso de se tratar do sistema duplo contabilístico) e da conta 95.6 ( Matéria Subsidiária). (Mercadorias), 33 (Produtos Acabados), 34 ( Subprodutos e Resíduos), 35 (Produtos em Vias de
Fabrico) e 36 (Matérias-Primas e Subsidiárias), respectivamente.
• Conta 99.4 – Custos Administrativos
Em Dezembro, debitam-se as contas 32 (Mercadorias), 33 (Produtos Acabados), 34 (Subprodutos e
Resíduos), 35 (Produtos em Vias de Fabrico) e 36 (Matérias-Primas e Subsidiárias) em
Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 6 ( contas 62,63,64,65,66) ou 91.6x contrapartida das contas 95.2, 95.3, 95.4, 95.5 e 95.6, respectivamente.
(em caso de se tratar do sistema duplo contabilístico) e da conta 95.6 ( Matéria Subsidiária).
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