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ÍNDICE GERAL IEFP

Índice Geral

1. Objectivos Globais do Guia............................................................................................................................. 1


2. Pré-Requisitos................................................................................................................................................. 2
3. Perfil do Formador........................................................................................................................................... 3
4. Campo de Aplicação do Guia ......................................................................................................................... 4
5. Plano de Desenvolvimento do Módulo/das Unidades Temáticas................................................................... 5
6. Orientações Metodológicas Recomendadas .................................................................................................. 8
7. Recursos Didácticos ....................................................................................................................................... 9
8. Bibliografia Recomendada ............................................................................................................................ 10

I. INTRODUÇÃO............................................................................................................ 11

1. Resumo ............................................................................................................................................ 13
2. Plano das Sessões........................................................................................................................... 14
3. Actividades/Avaliação....................................................................................................................... 15
4. Transparências................................................................................................................................. 16
5. Textos Complementares para o Formador ..................................................................................... 18

II. OS CUSTOS ............................................................................................................... 19

1. Resumo ............................................................................................................................................ 21
2. Plano das Sessões........................................................................................................................... 25
3. Actividades/Avaliação....................................................................................................................... 26
4. Transparências................................................................................................................................. 36

III. SISTEMAS DE CUSTOS ............................................................................................ 39

1. Resumo ............................................................................................................................................ 41
2. Plano das Sessões........................................................................................................................... 43
3. Actividades/Avaliação....................................................................................................................... 44
4. Transparências................................................................................................................................. 50

IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA ............................................... 53

1. Resumo ............................................................................................................................................ 55
2. Plano das Sessões........................................................................................................................... 58
3. Actividades/Avaliação....................................................................................................................... 59
4. Transparências................................................................................................................................. 69
5. Textos Complementares para o Formador ..................................................................................... 78

Contabilidade Analítica Guia do Formando


IEFP ÍNDICE GERAL

V. REPARTIÇÃO DE GASTOS .......................................................................................79

1. Resumo .............................................................................................................................................81
2. Plano das Sessões............................................................................................................................85
3. Actividades/Avaliação .......................................................................................................................86
4. Transparências..................................................................................................................................93
5. Textos Complementares para o Formador ................................................................................... 106

VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS ..................................................................107

1. Resumo .......................................................................................................................................... 109


2. Plano das Sessões......................................................................................................................... 111
3. Actividades/Avaliação .................................................................................................................... 112
4. Transparências............................................................................................................................... 118

VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE


GERAL ..........................................................................................................................119

1. Resumo .......................................................................................................................................... 121


2. Plano das Sessões......................................................................................................................... 123
3. Actividades/Avaliação .................................................................................................................... 124
4. Transparências............................................................................................................................... 129 II. OS CUSTOS
FICHAS DE AVALIAÇÃO GLOBAL .............................................................................137

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ...................................................................................149

GLOSSÁRIO .................................................................................................................151
CONTABILIDADE
ANALÍTICA

Guia do Formador Contabilidade Analítica


II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS

7. Custos dos produtos e custos dos períodos:


1. RESUMO
• Custos do produto - custos relacionados com esse produto;

• Custos do período - não estão relacionados com um só produto, mas com toda a actividade
1. O custo é o montante de recursos que é necessário utilizar para atingir determinado objectivo. que é exercida durante um determinado espaço de tempo.

8. A evolução dos custos nas empresas industriais:


2. Os custos e proveitos correspondem a factos económicos, independentes do momento em
que vão ser pagos ou recebidos os valores. • Compra das matérias-primas;

3. As despesas e receitas são compromissos financeiros, geradores de entrada e saída de • Investimentos efectuados que se reflectem pelas amortizações;
fundos, que podem estar relacionados com custos e proveitos, com investimentos ou
financiamentos. • Aquisições diversas de fornecimentos e serviços externos;

• Despesas com pessoal;


4. Os pagamentos e recebimentos são factos financeiros de saída ou entrada de fundos, que
estão sempre associados a uma despesa ou receita, mas não obrigatoriamente a um custo ou • Outras despesas.
proveito.
9. Da fabricação resulta o custo dos produtos acabados que vai valorizar as entradas desses
5. Os custos na empresa podem estar relacionados com as funções que os originam: produtos em armazém.

• De aprovisionamento; 10. A repartição dos custos verifica-se no decorrer das actividades produtivas. Estes custos não
são exclusivos de uma ou outra actividade, sendo necessário reparti-los pelas actividades
• De produção ou industriais; respectivas.

• De venda ou distribuição; 11. Os encargos por natureza são normalmente tipificados pela sua natureza. Posteriormente vai-
se distribuir esses encargos pelos seus destinos.
• Administrativos;
12. Possíveis classificação dos custos:
• Financeiros.
1. Por natureza

Respeita a classificação do POC (Plano Oficial de Contabilidade), nas suas classes 6 -


Custo industrial = Matérias-primas consumidas + Mão-de-obra directa + Gastos gerais de Custos e perdas e 7 - Proveitos e ganhos.
fabrico
Custo económico-técnico = Custo complexivo + Custos figurativos (o valor de venda Classe 6 - Custos e perdas Classe 7 - Proveitos e ganhos
equivalente ao preço de venda normal)
61 Custo das mercadorias 71 Vendas
vendidas e consumidas
62 Fornecimentos e serviços 72 Prestação de serviços
6. Os conceitos de lucro: externos

• Lucro puro = Preço de venda - Custo económico-técnico 63 Impostos 73 Proveitos suplementares


64 Custos com pessoal 74 Subsídios à exploração
• Lucro líquido = Preço de venda - Custo complexivo
65 Outros custos e perdas 75 Trabalhos para a Própria Empresa
• Lucro bruto = Preço de venda - Custo industrial operacionais
66 Amortizações do exercício 76 Outros Proveitos Operacionais
67 Provisões do exercício

II II
Contabilidade Analítica Guia do Formador 21 22 Guia do Formador Contabilidade Analítica
II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS

15. Definem-se por custos por actividade quando as empresas se organizam em actividades para
Classe 6 - Custos e perdas Classe 7 - Proveitos e ganhos determinar custos e tomar decisões, nomeadamente:
68 Custos e perdas financeiras 78 Proveitos e ganhos financeiros
• Conjunto de actividades;
69 Custos e perdas extraordinárias 79 Proveitos e ganhos extraordinários
• Família de proveitos;
2. Por centros de responsabilidade • Fase de fabricação.
As empresas encontram-se estruturadas em unidades organizacionais, formando grupos, 16. Dependendo do objecto em estudo, existem, em cada caso, custos que não se mostram
constituídos por recursos materiais e humanos, de maior ou menor dimensão. determinantes para a situação em análise sendo designados custos irrelevantes.
Cada uma destas unidades organizacionais é denominada centro de responsabilidade, 17. Os custos de oportunidade representam o valor dos proveitos que se poderiam obter se
devendo existir uma repartição de custos de funcionamento por centros de escolhesse uma aplicação alternativa.
responsabilidade.
18. Os custos não controláveis são aqueles que o seu responsável directo não consegue
Estes centros de responsabilidade necessitam, muitas vezes, de ser decompostos em controlar.
unidades ainda mais particularizadas e primárias para repartição dos custos - os centros de
custos. 19. Um custo controlável só depende do responsável do centro de custo.
Os custos directos são os que se identificam claramente ao produzir um produto. 20. O custo marginal é o custo de produzir mais uma unidade.
Os custos indirectos não são passíveis de uma visualização clara nos produtos finais. 21. O custo diferencial é a diferença de custos entre duas alternativas de produção.
Os custos reais são custos determinados a posteriori, e correspondem aos custos dos
produtos comprados ou produzidos e aos serviços prestados.

Os custos básicos, custos a priori, são custos teóricos definidos para valorização interna
dos produtos e serviços.

Os custos fixos mantêm-se inalteráveis, independentemente das quantidades produzidas.

Os custos variáveis acompanham directamente as variações ocorridas nas quantidades


produzidas, pois variam directamente com essas quantidades.

13. Os custos variáveis podem ser:

• Progressivos - crescem mais do que o aumento da capacidade instalada;

• Proporcionais - aumentam na mesma razão da capacidade instalada;

• Degressivos - diminuem com o aumento da capacidade instalada, exemplo das economias


de escala.

14. Existem ainda custos semi-variáveis que são constituídos por uma parte fixa e outra parte
variável.

II II
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II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS

2. PLANO DAS SESSÕES 3. ACTIVIDADES/AVALIAÇÃO

Neste capítulo vamos estudar os principais tipos de custos estudados em Contabilidade Analítica. Exercício 1

No final desta unidade o formando deve estar apto a:

• Identificar e classificar os diversos custos; 1. Responder às questões seguintes devendo limitar-se a cinco linhas de texto:

• Explicar e diferenciar os custos em função do tipo de empresa; • Apresente uma breve definição, para cada um dos conceitos seguintes:

• Identificar os principais componentes dos custos de produção; Custo;

Preço de Venda;
• Aplicar as noções básicas sobre repartição de custos e bases de repartição;
Resultado;
• Explicar o conceito de periodização de certas naturezas de gastos gerais de fabrico.
Receita;
Duração estimada: 7 horas
Despesa;

Recebimento;

Pagamento.

Resolução

A noção de custo, o montante de recursos que é necessário utilizar para atingir determinado
objectivo. Custos e proveitos - relativo a factos económicos, independentemente do momento em
que vão ser pagos ou recebidos os valores. Despesas e receitas - compromissos financeiros
geradores de entrada e saída de fundos, que podem estar relacionados com custos e proveitos,
com investimentos ou financiamentos. Pagamentos e recebimentos - dizem respeito a factos
financeiros de saída ou entrada de fundos, e estão sempre associados a uma despesa ou receita,
mas não obrigatoriamente a um custo ou proveito.

• Que tipo de custos se identificam numa empresa?

Resolução

De aprovisionamento - relacionados com a compra, a armazenagem e a distribuição das


matérias-primas;
De produção ou industriais - relacionados com a fabricação dos produtos;
De venda ou distribuição - relacionados com a promoção, a venda e a distribuição dos
produtos vendidos;
Administrativos - relacionados com a administração e controlo das actividades da empresa;
Financeiros - relacionados com os custos do “dinheiro” utilizado.

II II
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II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS

É calculado pela diferença entre o preço de venda e o custo complexivo. Representa o lucro
• Que é o Custo Industrial? antes de considerarmos os custos figurativos, ou seja, o custo da retribuição do capital.

Resolução • Que distingue Lucro Líquido de Lucro Bruto?

O custo industrial representa o somatório do custo das matérias-primas, com o custo da mão-de- Resolução
obra directa e os custos de gastos gerais de fabrico.
Lucro líquido
• Que é o Custo Primo?
É calculado pela diferença entre o preço de venda e o custo complexivo. Representa o lucro
Resolução antes de considerarmos os custos figurativos, ou seja, o custo da retribuição do capital.

O custo primo ou directo é uma parte do custo industrial, formado pela soma das matérias-primas Lucro bruto
com a mão-de-obra directa.
Calculado pela diferença entre o preço de venda e o custo industrial, o que nos dá a
• Que é o Custo de Transformação? verdadeira margem industrial. Não considera nenhum custo cuja origem não seja industrial.

Resolução • Distinga Custos de Produtos e Custos de Períodos.

O custo de transformação é uma sub-parcela, entre o custo primo e o custo industrial, formado Resolução
pela mão-de-obra directa e os gastos gerais de fabrico. Representa os valores incorporados na
transformação das matérias-primas, categorizados como mão-de-obra directa e gastos gerais de Para podermos produzir um produto é necessário suportar determinados custos,
fabrico. relacionados com esse e só esse produto. É o caso das matérias-primas consumidas, da
mão-de-obra directa e dos gastos gerais de fabrico. Os custos que vão ser recuperados no
• Que é o Custo Complexivo? momento da venda, daquele produto concreto, são os denominados custos do produto.

Resolução Existem, também, custos que não estão relacionados com um só produto, mas com toda a
actividade que é exercida durante um determinado espaço de tempo. Esses são chamados
Quando somamos ao custo industrial os custos não industriais obtemos o custo complexivo. Ou os custos do período. É o caso, por exemplo, dos custos administrativos, dos custos
seja, o custo abaixo do qual não devemos vender, por forma a recuperarmos todos os custos. financeiros ou dos custos de distribuição.

Este custo representa o ponto em que o lucro é nulo. Isto é, apenas recuperamos os custos • Que entende por repartição de custos?
incorridos, não estando contemplada qualquer parcela referente à recuperação dos capitais
investidos. Resolução

• Que é o Custo Económico - Técnico? Verificam-se custos no decorrer das actividades produtivas que não são exclusivos de uma
ou outra actividade.
Resolução
• Dê exemplos de Custos e Proveitos classificados por Natureza.
O custo económico-técnico é a soma do custo complexivo com os custos figurativos. Este custo
representa o valor de venda equivalente ao preço de venda normal.

• Que distingue Lucro Puro de Lucro Líquido?

Resolução

Lucro puro

É calculado pela diferença entre o preço de venda e o custo económico-técnico. Este lucro
representa o que é efectivamente gerado, após a dedução, ao preço obtido pela venda dos
produtos, de todos os custos existentes , inclusive os custos figurativos.

Lucro líquido

II II
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II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS

Resolução • Distinga Custos Reais de Custos Básicos.

Resolução
Classe 6 - Custos e perdas Classe 7 - Proveitos e ganhos

61 Custo das mercadorias 71 Vendas Os custos reais são custos determinados a posteriori e correspondem aos custos dos produtos
vendidas e consumidas comprados ou produzidos e aos serviços prestados.

62 Fornecimentos e serviços 72 Prestação de serviços Os custos básicos, ou custos a priori, são custos teóricos definidos para valorização interna dos
externos produtos e serviços.
63 Impostos 73 Proveitos suplementares
• Dê exemplos de Custos Básicos.
64 Custos com pessoal 74 Subsídios à exploração
Resolução
65 Outros custos e perdas 75 Trabalhos para a própria
operacionais empresa Podem ser utilizados vários tipos de custos básicos:
66 Amortizações do exercício 76 Outros proveitos operacionais
Custos padrões ou standard - resultam da consideração de normas técnicas atribuídas aos
67 Provisões do exercício diferentes factores da unidade fabril.
68 Custos e perdas financeiras 78 Proveitos e ganhos financeiros
Custos orçamentados - resultam dos orçamentos elaborados para um determinado período, em
69 Custos e perdas extraordinárias 79 Proveitos e ganhos função dos objectivos e planos definidos e aprovados pelos órgãos de gestão.
extraordinários
Quadro II.5 - Contas das classes 6 e 7 do POC
• Distinga Custos Fixos de Custos Variáveis.

• Que entende por Centro de Custo? Resolução

Resolução Os custos variáveis acompanham directamente as variações ocorridas nas quantidades


produzidas, pois variam directamente com essas quantidades.
Estes centros de responsabilidade necessitam, muitas vezes, de ser decompostos em unidades
ainda mais particularizadas e primárias para repartição dos custos - são os centros de custos. Os custos fixos mantêm-se inalteráveis, independentemente das quantidades produzidas.

• Distinga Custos Relevantes de Custos Irrelevantes.

Resolução
Centro de custo 1
Existem custos que não se mostram determinantes para a situação em análise sendo designados
Centro de responsabilidade 1 Centro de custo 2 por custos irrelevantes, o que depende do objecto em estudo. Se, por exemplo, a empresa tem
duas máquinas paradas e estuda a possibilidade de as colocar a trabalhar, o custo da secção de
Centro de custo 3 contabilidade é um custo irrelevante, mas a energia que essas máquinas vão gastar é um custo
relevante.
• Distinga Custos Directos de Custos Indirectos.
• Que entende por Custos de Oportunidade?
Resolução
Resolução
Os custos directos são os que se identificam claramente ao produzir um produto.
O custo de oportunidade representa o valor dos proveitos que se poderiam obter se escolhesse
uma aplicação alternativa, ou seja, quanto é que se deixa de ganhar por tomar uma determinada
Os custos indirectos, não são passíveis de uma visualização clara nos produtos finais.
decisão.

II II
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II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS

• Distinga Custos Controláveis de Custos Incontroláveis. Resolução

Resolução Directo Fixos


Natureza Função
Indirecto Variáveis
Dentro de um mesmo centro de custo podem existir custos que o seu responsável directo não
• ordenados do pessoal da Custos com Pessoal Industrial
consegue controlar. Se, por exemplo, o director de uma secção produtiva não escolhe as D V
estrutura produtiva
máquinas com que trabalha, não pode controlar as amortizações.
• ordenado do gerente Custos Pessoal Administrativo I V
Um custo controlável é aquele que só depende do responsável do centro de custo. • gasolina consumida pelos Fornecimentos Vendas
I V
vendedores Serviços
Por exemplo, as horas extraordinárias do pessoal fabril. • amortização das viaturas Amortizações Distribuição
que fazem a distribuição I F
• Distinga Custo Marginal de Custo Diferencial. do produto
Resolução • algodão consumido na Materias Primas Industrial
D V
fabricação do mês
O custo marginal é o custo de produzir mais uma unidade, ou seja, é dado pela diferença entre • óleo das máquinas de Fornecimentos serviços Industrial
produzir 200 e 201 unidades. O custo diferencial é a diferença de custos entre duas alternativas D V
costura
de produção.
• amortização das Amortização Industrial
D F
• Enumere os critérios de valorimetria das saídas de armazém de produtos e matérias. máquinas de costura
• custos de telefones dos Fornecimentos Administrativo
Resolução I V
escritórios Serviços

FIFO, LIFO e CMP. • custos da manutenção do Fornecimentos Administrativo


sistema informático global Serviços I F
da empresa
Exercício 2
• material de publicidade Fornecimentos Comercial
I V
Apresenta-se uma listagem de custos relativos a uma empresa de confecção de roupa de desporto, adquirido Serviços
pretende-se que os mesmos sejam classificados de acordo com:
• pintura do andar em que Imobilizado Investimento
• Por Natureza, por classe do Plano Oficial de Contabilidade; estão os escritórios da I V
empresa
• Por função da empresa; • custo de transporte de Fornecimento Serviços Comercial
produtos acabados para D V
• Em directos e indirectos;
os clientes
• Em fixos e variáveis. • custos do empréstimo Custos Financeiros Financeiro
contraído para comprar o I V
carro do gerente

II II
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II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS

Pretende-se que calcule:

Exercício 3 1. Custo de transformação dos produtos acabados;

2. Custo industrial dos produtos acabados;

A empresa R dedica-se ao fabrico do produto Z, neste produto são incorporadas matérias-primas e 3. Custo complexivo;
matérias subsidiárias.
4. Lucro bruto;

Conhecemos os seguintes elementos relativos ao ano de 199X (em u.m.): 5. Lucro líquido.

Total de aquisição de matérias-primas 7.500


Resolução:
Despesas e transporte com as matérias-primas 150
Custo de Transformação = 900 + 540 + 400 + 240 + 450 + 65 + 100 = 2.695
Descontos obtidos nas compras de matérias 300
primas Custo Industrial = 750 + 150 - 300 + 900 + 540 + 400 + 240 + 450 + 65 + 100 = 10.045
Salários dos operários fabris 900
Custo Complexivo = 10.045 + 200 + 120 = 10.365
Encargos sociais dos operários fabris 540
Lucro Liquido = 12.000 - 400 - 10.365 = 1.235
Ordenados do responsável fabril 400
Encargos sociais dos responsável fabril 240 Lucro Bruto = 12.000 - 400 - 10.045 = 1.555
Amortização do edifício fabril 450
Exercício 4
Electricidade e água consumidas 65
Ordenados administrativos 200
A empresa S dedica-se à venda de computadores e peças, os modelos comercializados são de três
Encargos dos ordenados administrativos 120 tipos:
Vendas 12.000 1. Computador indiferenciado, com baixo nível de especialização;
Descontos comerciais concedidos nas vendas 400
2. Computador para redes, com acessórios especializados;
Existências no inicio do ano
Matérias primas 9.000 3. Computador “Super”, devidamente equipado para ser um produto de ponta.

Matérias subsidiárias 600 Pretende-se que calcule o valor de custo de existências vendidas utilizando ambos os critérios de
Produtos acabados 2.000 valorização das saídas, FIFO e LIFO, com os dados que se apresentam:

Computador 1 Computador 2 Computador 3 Peças


Existências no final do ano Num. C. Unitário Num. C. Unitário Num. C. Unitário Valor
Matérias primas 8.500 Vendas
120 200 u.m. 58 350 u.m. 12 1.000 u.m. 1.000 u.m.
Matérias subsidiárias 500
Produtos acabados 2.500 Compras 140 150 u.m. 47 295 u.m. 12 750 u.m. 1.000 u.m.
Existência
20 125 u.m. 13 270 u.m. - - 500 u.m.
Inicial
Existência
? ? ? ? ? ? 500 u.m.
Final

II II
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II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS

Resolução:
4. TRANSPARÊNCIAS

Computador 1 Computador 2 Computador 3 Peças


Num. C. Unitário Num. C. Unitário Num. C. Unitário Valor
O Conceito de Custo:
Vendas 120 200 u.m. 58 350 u.m. 12 1.000 u.m. 1.000 u.m.
Compras 140 150 u.m. 47 295 u.m. 12 750 u.m. 1.000 u.m. Custos, Despesas, Pagamentos, Proveitos, Receitas e Recebimentos.
Existência 20 125 u.m. 13 270 u.m. - - 500 u.m. Os custos na empresa - podem estar relacionados com as funções que os originam:
Inicial
• De aprovisionamento;
Existência 40 150 u.m. 2 295 u.m. 0 0 500 u.m.
Final FIFO • De produção ou industriais;
C.E.V. FIFO 120 17.500 58 19.260 12 9.000 • De venda ou distribuição;
Existência 20 125 u.m. 2 270 u.m. 0 0 500 u.m.
Final LIFO • Administrativos;
20 150 u.m.
• Financeiros.
C.E.V. LIFO 120 18.000 58 16.835 12 9.000
O Custo Industrial = Matérias - Primas consumidas+ Mão de Obra Directa + Gastos Gerais de
Fabrico.

O Custo Económico - Técnico = Custo complexivo + custos figurativos (o valor de venda


equivalente ao preço de venda normal)

Os Conceitos de Lucro:

Lucro Puro = Preço de Venda - Custo Económico - Técnico


Lucro Liquido = Preço de Venda - Custo Complexivo
Lucro Bruto = Preço de Venda - Custo Industrial

Custos dos Produtos e Custos dos Períodos:

A evolução dos custos nas empresas industriais

Em primeiro lugar temos:

• a compra das matérias-primas;

• os investimentos efectuados que se reflectem pelas amortizações;

• as aquisições diversas de fornecimentos e serviços externos;

• as despesas com pessoal;

• e outras despesas; que são incorporadas na Fabricação directamente ou por via dos Gastos
Gerais de Fabrico.

Da Fabricação resulta o custo dos produtos acabados que vai valorizar as entradas desses
produtos em armazém.

II II
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II. OS CUSTOS IEFP IEFP II. OS CUSTOS

A Repartição dos Custos


Os custos variáveis podem ser:
Encargos por Natureza e Gastos por Destino
• progressivos - crescem mais do que o aumento da capacidade instalada;
Possíveis Classificações dos Custos:
• proporcionais - aumentam na mesma razão da capacidade instalada;
• Por Natureza
• degressivos - diminuem com o aumento da capacidade instalada, exemplo das economias
Respeita a classificação do POC ( Plano Oficial de Contabilidade), nas suas classes 6 - Custos
de escala.
e Perdas e 7 - Proveitos e Ganhos.

Existem ainda custos semi-variáveis são constituídos por uma parte fixa e outra parte variável.
Classe 6 - Custos e Perdas

61 Custo das Mercadorias Vendidas e Consumidas • Custos por Actividade:


62 Fornecimentos e Serviços Externos
As empresas podem organizar-se em actividades para determinar custos e tomar decisões,
63 Impostos nomeadamente:
64 Custos com Pessoal
• conjunto de actividades
65 Outros Custos e Perdas Operacionais
66 Amortizações do exercício • família de proveitos

67 Provisões do exercício • fase de fabricação.


68 Custos e Perdas Financeiras
• Custos Relevantes e Irrelevantes:
69 Custos e Perdas Extraordinárias
• Custos de Oportunidade:
Classe 7 - Proveitos e Ganhos • Custos Controláveis e Não Controláveis:
71 Vendas
• Custos Marginais e Diferenciais:
72 Prestação de Serviços
73 Proveitos Suplementares
74 Subsídios à Exploração
75 Trabalhos para a própria empresa
76 Outros Proveitos Operacionais
78 Proveitos e Ganhos Financeiros
79 Proveitos e Ganhos Extraordinários

• Por Centros de Responsabilidade:

• Custos Directos e Indirectos.

• Custos Reais e Custos Básicos:

• Custos Fixos e Variáveis:

II II
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III. SISTEMAS DE CUSTOS IEFP

1. RESUMO

1. Os componentes do custo industrial dos produtos são: o custo das matérias-primas, da mão-de-
obra directa e os gastos gerais de fabrico.

2. Custo da produção acabada e da produção em vias de fabrico:

Utilizemos a seguinte nomenclatura:

• CPA = Custo de produção acabada no mês;

• PVFi = Produção vias fabrico inicial;

• PVFf = Produção vias fabrico final;

• Cm = Custo do mês;

Teremos:

CPA = PVFi + Cm - PVFf

3. O custo da produção acabada de determinado mês corresponde ao somatório dos custos


incorridos nesse mês e dos custos incorporados em meses anteriores na produção por acabar.
III. SISTEMAS DE CUSTOS A este valor vamos retirar o valor da produção que fica por terminar no final do corrente mês.

4. O custo das matérias-primas é resultado da valorização das quantidades utilizadas na


produção ao seu custo unitário. O custo das matérias-primas é determinado pelo custo de
aquisição e por todos os custos suportados na sua aquisição, tais como seguros ou transportes.

5. No custo da mão-de-obra directa é necessário registar os tempos unitários de cada


trabalhador em cada produção. Esta quantidade será valorizada ao custo unitário do
trabalhador em causa. Estes custos não se referem apenas à remuneração auferida pelos
trabalhadores, mas a todos os encargos e direitos a remunerações acessórias.
CONTABILIDADE
6. A questão que se coloca com os gastos gerais de fabrico é como reparti-los pelos produtos.
ANALÍTICA
Para fazer esta repartição vamos recorrer às chamadas bases de imputação e determinar as
unidades de imputação ou coeficientes de imputação.

Gastos gerais de fabrico


Quota de imputação =
Base de imputação

As bases de imputação que destacamos são as unidades de matéria consumida e o número de


horas de trabalho utilizadas.

III
Contabilidade Analítica Guia do Formador 41
IEFP III. SISTEMAS DE CUSTOS III. SISTEMAS DE CUSTOS IEFP

7. O tipo de custeio, também denominado de sistema de custeio, pode ser utilizado em duas
2. PLANO DAS SESSÕES
vertentes distintas:

1. grau de incorporação dos custos fixos na determinação do custo dos produtos fabricados:
total, variável e de imputação racional; Vamos estudar neste capítulo os sistemas de custos utilizados em Contabilidade Analítica para
determinar o Custo Industrial dos Produtos.
2. tipo de custos que são utilizados na determinação do custo industrial do produto: real e
básico. No final desta unidade temática o formando deve estar apto a:

• Distinguir e explicar os diferentes sistemas de custos.


8. O sistema de custeio real e básico pode ser total, variável e com imputação racional de custos
Duração estimada: 21 horas
fixos.

9. O custeio total é caracterizado por ser considerado na valorização dos produtos os custos
fixos na sua totalidade bem como os custos variáveis, sendo as existências finais valorizadas
pelo custo total de produção.

10. Uma das formas de aplicar o sistema de imputação racional é imputar os custos fixos
industriais à produção do mês, através da adopção de quotas teóricas e em função da
actividade esperada para o período em análise.

11. O sistema de custeio variável ou direct costing é caracterizado por, apenas, considerar como
custos dos produtos, os custos de produção variáveis.

12. O custeio total básico e o custeio variável básico caracterizam-se por determinar o custo
industrial dos produtos em função de custos básicos.

A vantagem da utilização deste sistema é o facto de este ser um meio eficaz do controlo de
gestão produzido, que simplifica o tratamento da informação analítica.

Os principais tipos de custos básicos são: os preços de mercado, os custos históricos, os


custos orçamentados e os custos padrão (ideais ou normais), ou standard.

Nestes sistemas de custeio vamos fixar custos a priori para: as compras, custos de
transformação e custos de produção.

As diferenças entre os valores reais e os valores calculados em sistemas de custeio básico vão
originar os custos industriais não incorporados, resultantes da diferença entre os custos reais e
os básicos.

As diferenças entre os valores reais e os valores calculados em sistemas de custeio básico vão,
ainda, originar os desvios entre os valores reais e os valores básicos.

III III
42 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 43
IEFP III. SISTEMAS DE CUSTOS III. SISTEMAS DE CUSTOS IEFP

3. ACTIVIDADES/AVALIAÇÃO Resolução

Exercício 1
Classificação face ao Processo Produtivo
Custos de Produção Custos de
período
Sabendo que a empresa Domingo S.A. produz um produto que consome duas matérias-primas (A e
B), e que dispõe de um departamento de produção, de um departamento comercial e de um Custos da empresa Domingo S.A.: M-P MOD GGF Comerc. Admin
departamento fabril. Consumo de água X
Consumo de Matéria-prima B X
Assinale no quadro seguinte o que considerar correcto em relação ao processo produtivo:
Combustíveis dos carros dos vendedores X
Classificação face ao processo produtivo Amortização de máquina produtiva X
Amortização do carro do vendedor X
Custos Custos de Custo de período
produção Amortização do material de escritório X
Custo com campanha publicitária X
MP MOD GGF Comercial Administrativo
Salário do tesoureiro X
Consumo de água. Comissões dos vendedores X
Consumo de matéria-prima B. Consumo da Matéria-prima A X
Combustíveis dos carros dos Ordenado do Director Produção X
vendedores. Materiais de conservação da produção X
Amortização de máquina produtiva. Salário do operário fabril X
Amortização do carro do vendedor. Encargo com o salário do operário fabril X
Amortização do material de escritório. Combustíveis utilizados na produção X

Custo com campanha publicitária. Legenda:


Salário do tesoureiro. M-P = Matérias-Primas;
MOD – Mão-de-Obra Directa;
Comissões dos vendedores.
GGF - Gastos Gerais de Fabrico
Consumo da matéria-prima A.
Ordenado do director produção.
Materiais de conservação da
produção.
Salário do operário fabril.
Encargo com o salário do operário
fabril.
Combustíveis utilizados na produção.

III III
44 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 45
IEFP III. SISTEMAS DE CUSTOS III. SISTEMAS DE CUSTOS IEFP

Resolução
Exercício 2
PVFi = Produção vias fabrico inicial

Complete os campos sombreados nos quadros seguinte: • Matérias 4.500.000


• Mão de obra directa 12.600.000
Rubricas Valor Valor
• Gastos gerais fabrico 4.678.000 21.778.000
PVFi = Produção vias fabrico inicial
Custos do mês:
Matérias 4 500 000
• Matérias 4.654.501
Mão-de-obra directa
• Mão de obra directa 68.422.660
Gastos gerais fabrico 4 678 000 21 778 000
• Gastos gerais fabrico 16.159.839 + 89.237.000
Custos do mês:
PVFf = Produção vias fabrico final
Matérias
• Matérias 1.235.000
Mão-de-obra directa 68 422 660
• Mão de obra directa 8.750.000
Gastos gerais fabrico 16 159 839 +
• Gastos gerais fabrico 2.432.000 - 12.417.000
PVFf = Produção vias fabrico final
----------------

Matérias 1 235 000 Custo da produção acabada 123.432.000


Mão-de-obra directa 8 750 000 Produção acabada 22.220
Gastos gerais fabrico - 12 417 000 Custo unitário da produção acabada 5.555

Demonstração de Resultados do mês:


Custo da produção acabada 123 432 100
Produção acabada 1. Vendas 155.540.000 u.m. 22.220x7.000
2. Custo industrial produtos 123.432.000 u.m.
Custo unitário da produção acabada 5 555
vendidos
3. Lucro bruto 32.108.000 u.m.
Demonstração de Resultados do mês:
4. Custos não industriais:
Rubricas Valor Unidade 5. Custos de distribuição 4.750.000 u.m.
6. Custos administrativos 6.800.665 u.m.
Vendas u.m. 22 220x7 000
7. Custos financeiros 12.369.265 u.m.
Custo industrial produtos vendidos u.m.
8. Total custos não industriais 23.919.930 u.m.
Lucro bruto 32 108 000 u.m. 9. Lucro liquido antes de 8.188.070 u.m. 22.220x368,5
Custos não industriais: imposto. sobre o rendimento
Custos de distribuição 4 750 000 u.m.
Custos administrativos u.m.
Custos financeiros 12 369 265 u.m.
Total custos não industriais u.m.
Lucro líquido antes de imposto sobre o u.m. 22 220x368,5
rendimento

III III
46 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 47
IEFP III. SISTEMAS DE CUSTOS III. SISTEMAS DE CUSTOS IEFP

Resolução

Exercício 3 Custo Global Custo Global


Rubrica Quantidade Custo Unitário
Variável Fixo

Matérias 40.000 75 3.000.000


Suponhamos que determinada olaria produziu 40.000 vasos para flores no mês de Setembro de Primas
199X, no entanto devido a dificuldades de vendas apenas comercializou 30.000 desses vasos. Mão de Obra 40.000 50 2.000.000
Directa
São conhecidas as seguintes informações:
Gastos gerais 40.000 20 800.000 1.490.000
• a empresa não tinha quaisquer stock de produtos acabados, matérias-primas ou produtos em Fabrico
vias de fabrico no início do mês;
5.800.000 1.490.000
• as unidades não vendidas ficaram em stock; Custo Industrial 40.000 182.25 7.290.000
Produtos
• os custos variáveis unitários são os seguintes: fabricados
Custo Industrial 30.000 182.25 5.467.500
• matérias-primas - 75 u.m.;
Produtos
Vendidos
• mão de obra directa - 50 u.m.;

• gastos gerais de fabrico - 20 u.m.;

• custos comerciais - 5 u.m.; Demonstração de Resultados Operacionais

• custos administrativos - 2,5 u.m.;


Rubricas Quantidades Valores Unitários Valores Totais
• os custos fixos mensais são os seguintes: Vendas 30.000 240 7.200.000
• gastos gerais de fabrico - 1.490.000 u.m.; C.I.P.V. 30.000 182.25 5.467.500
Custos Comerciais 435.000
• custos comerciais - 435.000 u.m.;
Custos 256.000
• custos administrativos - 256.000 u.m.; Administrativos
Outros Custos 240.000
• outros custos - 240.000 u.m.;
Resultado 801.500
• preço de venda unitário foi de 240 u.m. por vaso de barro. Operacional

Pretende-se para os sistemas de custeio total e variável:

1. Determinação do custo industrial dos produtos fabricados;

2. Determinação do custo industrial dos produtos vendidos;

3. Elaboração da demonstração de resultados operacionais.

III III
48 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 49
IEFP III. SISTEMAS DE CUSTOS III. SISTEMAS DE CUSTOS IEFP

4. TRANSPARÊNCIAS
Componentes do Custo Industrial dos Produtos:

• Custo das matérias primas;

Custos fixos • Custos da mão de obra directa;


de produção Custo Total > Existências Custo total > Custo • Gastos gerais de fabrico.
------------- > Fabricação dos produtos de produtos dos produtos Industrial dos
Custos acabados acabados vendidos produtos O Custo da Produção Acabada e da Produção em Vias de Fabrico:

variáveis de vendidos Utilizamos a seguinte nomenclatura:


produção • CPA = Custo de Produção Acabada no mês

• PVFi = Produção Vias Fabrico inicial

Custos dos produtos Custos do • PVFf = Produção Vias Fabrico final

Período • Cm = Custo do mês


O custo dos
produtos é Teremos:
formado por
custos fixos e por CPA = PVFi + Cm - PVFf
C.Fixos C. variáveis
custos variáveis

O Custo das Matérias Primas

O Custo da Mão-de-Obra Directa

Os Gastos Gerais de Fabrico


Sistema de custos variável
Gastos gerais de fabrico

Quota de imputação =---------------------------------------


Custos
Sistemas de imputação
variáveis racional de custos fixos base de imputação
Custos variáveis +
parte de custos fixos
Existem duas vertentes distintivas do tipo de custeio que podemos utilizar:

Sistemas de custos total 1. O grau de incorporação dos custos fixos na determinação do custo dos produtos fabricados:
Custos fixos + custos variáveis
• Total - todos os custos fixos são incorporados no custo industrial do produto;
• Variável - só os custos variáveis são custos dos produtos, pelo que nenhum custo fixo
influência o custo do produto;
• De imputação racional - os custos fixos são incorporados parcialmente em função de
relações estabelecidas entre a capacidade instalada e o volume dos custos fixos.

III III
50 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 51
IEFP III. SISTEMAS DE CUSTOS

2. O tipo de custos que são utilizados na determinação do custo industrial do produto:

• Real - todos os custos são reais, verificados efectivamente e portanto passados;

• Básicos - os custos considerados em certas operações são custos determinados antes do


acontecimento efectivo, são custos provisionais determinados a priori.

Em função destas características podemos ter:

1. Sistemas de custeio total:

• real ou básico;

2. Sistemas de custos com imputação racional de custos fixos:

• reais ou básicos

3. Sistemas de custeio variável:

• real ou básico.

Ou de outra forma:

1. Custeio Real
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA
• total

• variável

• imputação racional de custos fixos

2. Custeio Básico

• total
CONTABILIDADE
• variável ANALÍTICA
• imputação racional de custos fixos

III
52 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA

92.3 Gastos gerais de fabrico - debita-se pelos encargos reais, por contrapartida das contas
1. RESUMO
da classe 6 - Custos e perdas, pelos custos internos, por contrapartida das contas de
Encargos a repartir (92) e pelos custos internos, por contrapartida das contas de
existências, pelos consumos de matérias subsidiárias e materiais diversos; credita-se por
contrapartida das contas de fabricação (95), pela parcela de gastos gerais de fabrico de
1. Os sistemas de registo dos movimentos contabilísticos são: monistas - movimentados por mão-de-obra imputados aos produtos fabricados;
contrapartidas das contas da contabilidade analítica e dualistas - não há movimentações da
Contabilidade Geral, por contrapartida da Contabilidade Analítica. 92.4 Custos de transformação - esta conta é movimentada em alternativa às anteriores 91.1,
91.2 e 91.3.
2. De acordo com o POC - (Plano Oficial de Contabilidade), as contas da Contabilidade Analítica
estão integradas na classe 9.
93 Centros de Custos - estas contas utilizam-se para apuramento de custos, em alternativa às de
reclassificação de custos de mão-de-obra (91.2) e de gastos gerais de fabrico (91.3) ou de
9 X custos de transformação (91.4), movimentando-se da mesma forma.

1º dígito - Classe de contas da 2º dígito - grupo de contas Os centros de custos de distribuição (94.3) e administrativos (94.4) são saldados mensalmente
Contabilidade Analítica por débito das contas de resultados analíticos, 98.4 - Custos de distribuição e 98.5 - Custos
administrativos;
3. Contas típicas da Contabilidade Analítica são:
94 Fabricação - debita-se por contrapartida da conta de Existências de matérias-primas,
subsidiárias e de consumo - 93.4 e por contrapartida das contas que reflectem os custos de
Conta Designação de conta mão-de-obra e gastos gerais de fabrico; credita-se por contrapartida das contas de existências
91 - Contas reflectidas de produtos acabados e semi-acabados (93.1), e subprodutos, desperdícios, resíduos e
refugos (93.2);
92 - Reclassificações de custos
93 - Centros de custos 95 Existências - registam-se pelo sistema de inventário permanente.
94 - Fabricação
95 - Existências 95.1 Produtos e trabalhos em curso e a 93.2 - Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
movimentam-se da seguinte forma. Debita-se por contrapartida das contas de fabricação,
96 - Encargos a repartir para apuramento do custo industrial dos produtos fabricados entrados em armazém;
97 - Desvios sobre custos preestabelecidos credita-se por contrapartida das contas 98.2 pelas saídas de armazém para vendas e por
contrapartida das contas de fabricação (95), pelos produtos semi-acabados saídos de
98 - Diferenças de incorporação
armazém para a fabricação;
99 - Resultados analíticos
95.4 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo - debita-se por contrapartida das contas de
reclassificações - custo das compras (91.1), pelo valor das entradas em armazém;
As contas mais significativas pelo sistema de movimentação monista radical são: credita-se por contrapartida das contas de fabricação (95), pelas saídas de armazém
para consumo na produção e por contrapartida das contas de gastos gerais de fabrico
91 Contas reflectidas - utilizadas no sistema dualista e funcionam como contas espelho das (91.3), ou custos de transformação (91.4), ou centros de custos (94) pelo consumo de
contas da contabilidade geral na contabilidade analítica. matérias subsidiárias e de consumo.

92 Reclassificação de custos; 96 Encargos a repartir - as várias contas têm movimentação semelhante variando apenas as
contrapartidas. Assim debita-se por contrapartida das contas da classe 6 - Custos e perdas:
92.1 Custo das compras - debita-se pelos custos externos, por contrapartida das contas da custos com pessoal, seguros, conservação e reparação e amortizações; credita-se por
classe 6 - Custos e perdas; credita-se pelos custos internos, por contrapartida das contas contrapartida das contas de reclassificação de custos e das contas de centros de custos;
de Centros de custos (94) e por contrapartida das contas de existências (93) de matérias-
primas, subsidiárias e de consumo;
99 Resultados Analíticos
92.2 Mão-de-obra directa - debita-se pelos custos reais, por contrapartida das contas da
Contas a debitar:
classe 6 - Custos e perdas e pelos custos mensualizados de encargos sociais, por
contrapartida das contas de encargos sociais; credita-se por contrapartida das contas de
99.2 Custo das vendas por contrapartida das contas de existências (93.1) pelo valor do custo
fabricação na parcela de custos de mão-de-obra imputados aos produtos fabricados;
industrial dos produtos vendidos;

IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 55 56 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA

99.4 Custos de distribuição ou por contrapartida da classe 62 - Fornecimentos e serviços


externos ou por contrapartida do centro de custo de distribuição (94.3); 2. PLANO DAS SESSÕES

99.5 Custos administrativos ou por contrapartida da classe 62 - Fornecimentos e serviços Vamos estudar neste capítulo as possíveis formas de organizar uma Contabilidade Analítica e a
externos ou por contrapartida do centro de custo administrativos (94.4); forma de movimentar as suas principais contas.

99.6.1 Custos financeiros por contrapartida da classe 68 - Custos financeiros; No final desta unidade temática o formando deve estar apto a:

99.7. Outros custos e 98.8.1 - Resultados extraordinários ou 98.8.2 de exercícios anteriores, • Descrever o funcionamento da Contabilidade Analítica;
por contrapartida das contas de Custos e perdas extraordinárias - 69;
• Explicar o conteúdo e movimentar as contas mais importantes.
Contas a creditar:

99.1 Vendas por contrapartida da 71 - Vendas de mercadorias e produtos; Duração estimada: 14 horas

99.6.2 Proveitos financeiros por contrapartida da conta 78 - Proveitos financeiros;

99.7.2 Outros proveitos e 98.8.1 - Resultados extraordinários ou 98.8.2 de exercícios


anteriores, por contrapartida da conta 69.

IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 57 58 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA

3. ACTIVIDADES/AVALIAÇÃO
Resolução

9 1 Contas Reflectidas
Exercício 1
9 2 Reclassificação Custos

Explique as diferenças entre sistema monista e sistema dualista (num máximo de dez linhas)
9 3 Centros Custos
Resolução

Nos sistemas monistas há movimentação das contas da Contabilidade Analítica, por contrapartida 9 4 Fabricação
de contas da Contabilidade Geral.
9 5 Existências
Nos sistemas dualistas as duas contabilidades encontram-se totalmente separadas, não sendo
movimentadas contas de uma por contrapartida da outra. Embora seja necessário assegurar a sua
concordância, funcionam separadamente. 9 6 Encargos Repartir

Pré-
Exercício 2 9 7 Desvios Sobre Custos
estabelecidos

9 8 Diferenças Incorporação
Preencher os espaços em branco no seguinte quadro de contas:
9 9 Resultados Analiticos

9 2 C __ustos__. R _epartir__.
9 R . C .
9 E .
9 F .
9 E . R .
9 D . S . C . P
.
9 C . C .
9 R . A .
9 D . I .

IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 59 60 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA

Contabilidade Analítica
IV ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP

Exercício 3

A empresa “Pão Bom” produz bolos secos para hospitais através da transformação de 2 tipos de
farinha e algumas matérias subsidiárias. São conhecidos os seguintes elementos referentes ao mês
de Junho:
Existências Compras Consumos
iniciais
Matérias primas
Farinha de 1ª 15.123 Kg a 45.154 Kg a 57.935 Kg
200 u.m./Kg 210 u.m./Kg
Farinha de 2ª 32.458 Kg a 65.795 Kg a 90.143 Kg
150 u.m. / Kg 145 u.m./Kg
Matérias 354.748 u.m. 2.350.000 u.m. 2.504.748u.m.
subsidiárias
Produtos 4.350 Kg a
acabados 2000 u.m.

• A empresa utiliza o critério do custo médio na valorização das saídas das matérias-primas e
subsidiárias e dos produtos acabados.
• A produção do mês foi de 45.835 Kg de bolos.
• As vendas do mês foram de 47.500 Kg de bolos a 3000 u.m. por Kg, as vendas são
integralmente realizadas a crédito.
• Os custos de transformação suportados foram os seguintes:

Salários (mão de obra directa) 30.000.000 u.m.

21.372.615

98.645.198

8.565.498

32.614.235
9.482.340
9.540.275

25.240.625
2.504.748

48.000.000
2.500.000

8.000.000
565.498
2.350.000

20.399.825
Encargos sociais 60%
Electricidade e água 4.502.569 u.m.

Custos suportados com a Produção Mensal:


Manutenção e conservação 15.897.256 u.m

210
145
Amortizações mensais 2.500.000 u.m

45.154
65.795
Custos administrativos

Fornecimentos Serviços externos


Ordenados 5.000.000 u.m
Encargos sociais 60%

Custos não industriais

Amortizações Exercicio
Amortizações Exercicio
Matérias Subsidiárias
Custo das Compras:

Materias Subsidiárias

Custos Financeiros
Custos com Pessoal

Custos com Pessoal


Amortizações mensais 565.498 u.m

Materias Primas
Custos financeiros 32.614.235 u.m

Farinha de 1ª
Farinha de 2ª
Calcular os valores que considerar necessários e efectuar os lançamentos do mês.
Resolução

Total

Total

Total

Guia do Formador
Vamos efectuar os lançamentos referentes às operações do mês de Junho:

Cálculos Acessórios.

IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 61

IV
IEFP

62
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP

Vendas 142.500.000

Quadro de valorização das existencias de MP e Subsidiárias


Ei Compras Valor Consumo Ef
medio
Farinha 1ª 15.123 200 3.024.600 45.154 210 9.482.340 207 57.935 12.020.996 485.944
Farinha 2ª 32.458 150 4.868.700 65.795 145 9.540.275 147 90.143 13.219.629 1.189.346
Materias Subsidiárias 354.748 2.350.000 2.504.748 200.000
Total 8.248.048 21.372.615 27.745.373 1.875.290

Fornecimentos Serviços Externos


Electricidade e agua 4.502.569
Manutenção e Conservação 15.897.256
20.399.825

Despesas com Pessoal


Salarios 30.000.000
Encargos Sociais 18.000.000
48.000.000

IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 63

IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA

Determinação do Custo de
Produção
Materias Primas 25.240.625
Materias Subsidiárias 2.504.748
Fornecimentos Serviços externos 20.399.825
Custos com Pessoal 48.000.000
Amortizações Exercicio 2.500.000
98.645.198
Produção 45.835
Custo de Produção 2.152

Valorização do Custo das Vendas


Existencias Iniciais 4.350 2.000 8.700.000
Produção 45.835 2.152 98.645.198
Custo médio de Produção 50.185 107.345.198
Custo unitário 2.139
Custo das Vendas 47.500 2.139 101.602.011

IV
64 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA

(5) - Apuramento do custo 98.645.198


Vamos em primeiro lugar efectuar os lançamentos no diário produção
(a unidade são unidades monetárias): ------------/-----------
94.1 Produtos acabados e semi
acabados
92.1 Custo das compras a 95.1 Fabricação do produto
a 31.6 Compras de Matérias primas (6) - Transferência do custo dos 98.645.198
(1) - Pelo custo das compras 21.372.615 produtos acabados

------------/----------- ------------/-----------
99.2 Custo das vendas

95.6 Matérias-primas Subsidiárias a 95.1 Produtos acabados e semi 101.602.011


Consumo acabados

a 91.1 Custo das compras (7) - Custo das vendas

(2) - Transferência do custo 21.372.615 ------------/-----------


compras 71 Vendas
------------/----------- a 99.1 Vendas liquidas
(8) - Vendas efectuadas 142.500.000
92.4 Custos de transformação ------------/-----------
a Diversos 99.6 Custos Financeiros
(3) - Custos de transformação do a 68.9 Custos Financeiros
mês
(9) - Custos Financeiros 32.614.235
a 95.6 Matérias-primas subsidiárias 27.745.373
consumo ------------/-----------

a 62.9 Fornecimentos serviços externos 20.399.825


a 64.9 Custos com pessoal 48.000.000 Em segundo lugar vamos efectuar os lançamentos no razão:

a 66.9 Amortizações exercício 2.500.000 98.645.198


31.9 Compras de matérias primas
------------/-----------
99.5 Custos Administrativos (1) 21.372.615
a Diversos
(4) Custos não industriais
62.9 Fornecimentos e serviços externos
a 64.9 Custos com pessoal 8.000.000
a 66.9 Amortizações 565.498 8.565.498 (3) 20.399.825
------------/-----------
94.1 Fabricação do produto
a 92.4 Custos de transformação

IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 65 66 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA

64.9 Custos com o pessoal 94.1 – Fabricação

(3) 48.000.000 (5) 98.645.198 (6) 98.645.198


(4) 8.565.498

66.9 – Amortizações 99.1 Vendas liquidas

(3) 2.500.000 (8) 142.500.000


(4) 565.498

68.9 Custos Financeiros 99.2 Custo das vendas

(9) 32.614.235 (7) 101.602.011

92.1 Custo das compras 99.5 Custos administrativos

(1) 21.372.615 (2) 21.372.615 (4) 8.565.498

92.4 Custos de transformação


99.6 Custos Financeiros
(3) 98.645.198 (5) 98.645.198
(9) 32.614.235

95.1 Produtos acabados e semi acabados

Ei 8.700.000 (7) 101.602.011


(6) 98.645.198 Ef 5.743.187
107.345.198 107.345.198

95.4 Matérias primas, subsidiárias e de consumo

Ei 8.248.048 (3) 27.745.373


(2) 21.372.615 Ef 1.875.290

29.620.663 29.620.663

IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 67 68 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA

4. TRANSPARÊNCIAS
Esquematicamente poderemos representar:

95.4-Matérias-
92.1-Custo
Contas Típicas da Contabilidade Analítica e sua Movimentação: primas,
61-Compras das
subsidiárias e
compras
de consumo
De acordo com o POC - Plano Oficial de Contabilidade, as contas da Contabilidade
Analítica estão integradas na classe 9.

Custos
9 X
1º digito - Classe de contas da 2º digito - grupo de contas 62 - F.S.E Externos
C.A.
Custos
totais
As contas existentes na contabilidade analítica são as seguintes:
94.1-Centro
de Custo
Conta Designação de conta

91 - Contas reflectidas Custos


92 - Reclassificações de custos Internos
93 - Centros de custos
94 - Fabricação
Mão de Obra Directa:
95 - Existências
96 - Encargos a repartir Debita-se Credita-se
97 - Desvios sobre custos preestabelecidos • pelos custos reais, por contrapartida • por contrapartida das contas de
das contas da classe 6 - Custos e fabricação (95) na parcela de custos de
98 - Diferenças de incorporação
perdas (despesas com pessoal - 64); mão-de-obra imputados aos produtos
99 - Resultados analíticos • pelos custos mensualizados de fabricados.
encargos sociais, por contrapartida das
Custo das Compras: contas de encargos sociais (92.1).

Debita-se Credita-se

• pelos custos externos, por • por contrapartida das contas de


contrapartida das contas da classe 6 - existências (93) de matérias-primas,
Custos e perdas; subsidiárias e de consumo.
• pelos custos internos, por contrapartida
das contas de centros de custos - 94
(por exemplo, armazéns).

IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 69 70 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA

91.3 - Gastos Gerais de Fabrico:


94 – Fabricação:
Debita-se Credita-se
• pelos encargos reais, por contrapartida • por contrapartida das contas de Debita-se por: Credita-se por:
das contas da classe 6 - Custos e fabricação (95), pela parcela de gastos
perdas; gerais de fabrico de mão-de-obra • contrapartida da conta de existências • contrapartida das contas de existências
imputados aos produtos fabricados. de matérias-primas, subsidiárias e de de:
• pelos custos internos, por contrapartida consumo -95.6; produtos acabados e semi-acabados
das contas de encargos a repartir - 92; (95.2), e
• pelos custos internos, por contrapartida • contrapartida das contas que reflectem
subprodutos, desperdícios, resíduos e
das contas de existências (93.4), pelos os custos de mão de obra e gastos
refugos (95.4).
consumos de matérias subsidiárias e gerais de fabrico, 92.2 - mão de obra
materiais diversos. directa, ou 92.3 - gastos gerais de
fabrico, ou 92.4 - custos de
transformação, ou 93.2 - centros de
custos industriais.

Teremos o seguinte esquema para apuramento do Custo industrial dos produtos fabricados:

9.6- Matérias 94.1 - 95.2 -


primas Fabricação - Produtos
Produto A Acabados

93.2 - Centro
de Custos
Industriais

94.2 -
Fabricação
Produto B

92.2 - Mão de
obra directa

IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 71 72 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA

93 - Centros de Custos A conta 95.6 - Matérias primas, subsidiárias e de consumo:

Contas da 93.2 - Centro 94- Fabricação


Classe 6 de custo Debita-se por: Credita-se por:
industrial
• contrapartida das contas de • contrapartida das contas de fabricação
reclassificações - custo das compras (954) pelas saídas de armazém para
(92.1) pelo valor das entradas em consumo na produção
armazém
• por contrapartida das contas de gastos
gerais de fabrico (92.3), ou custos de
transformação (92.4) ou centros de
92 - Encargos 93.3- Centro 99.4 - Custos de custos (92) pelo consumo de matérias
a repartir de custo de distribuição subsidiárias e de consumo
distribuição
96 - Encargos a repartir:

As várias contas têm movimentação semelhante variando apenas as contrapartidas:

Debita-se Credita-se
95.6-Matérias 93.4-Centro de 99.5-Custos
primas custo administrativos • Por contrapartida das contas da classe • Por contrapartida das contas de
subsidiárias e administrativo 6 - Custos e perdas: reclassificação de custos - 91 e das
de consumo 64- despesas com pessoal; contas de centros de custos - 94.
62- seguros;
62- conservação e reparação;
66- amortizações.

95 – Existências.

Registam-se neste grupo os movimentos das existências pelo sistema de inventário permanente:

A conta 95.5 - Produtos e trabalhos em curso e a 95.4 - Sub - produtos, desperdícios, resíduos e
refugos movimentam-se da seguinte forma:

Debita-se por: Credita-se por:


• contrapartida das contas de fabricação • contrapartida das contas 99.2 pelas
(94), para apuramento do custo saídas de armazém para vendas;
industrial dos produtos fabricados • por contrapartida das contas de
entrados em armazém. fabricação (94), pelos produtos semi-
acabados saídos de armazém para a
fabricação.

IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 73 74 Guia do Formador Contabilidade Analítica
IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA

99 - Resultados Analíticos

Contas a debitar Contas a creditar Resultados Analíticos:

• 99.2 - custo das vendas por • 99.1 - vendas por contrapartida da 71 -


contrapartida das contas de existências vendas de mercadorias e produtos; 99.1 - Vendas 71- Vendas
(95.1) pelo valor do custo industrial dos
• 99.6.2-proveitos financeiros por
produtos vendidos;
contrapartida da conta 78 - proveitos
• 99.4 - custos de distribuição ou por financeiros;
contrapartida da classe 62 -
• 99.7.2 - outros proveitos e 99.8.1 -
fornecimentos e serviços externos ou
resultados extraordinários ou 99.8.2 de
por contrapartida do centro de custo de
exercícios anteriores, por contrapartida 95.2- Existências 99.2 - Custo
distribuição (93.3);
da conta 69. produtos acabados vendas
• 99.5 - custos administrativos ou por
contrapartida da classe 62 -
fornecimentos e serviços externos ou
por contrapartida do centro de custo
administrativos (93.4);
• 99.6.1- custos financeiros por
contrapartida da classe 68 - custos 93.3 - Centro custo 99.4 - Custos
financeiros; distribuição distribuição
• 99.7.1 - outros custos e 99.8.1 -
resultados extraordinários ou 99.8.2 de
exercícios anteriores, por contrapartida
das contas de custos e perdas
extraordinárias - 69.
99.5 Custos
93.4 - Centro custo
administrativos
administrativo

Contas da classe 6

99.6- Custos e
68- Custos 78-Proveitos
proveitos
financeiros financeiros
financeiros

IV IV
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IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA IEFP IEFP IV. ORGANIZAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA

5. TEXTOS COMPLEMENTARES PARA O FORMADOR


Resultados Extraordinário:

99.6- Custos e • http://www.dashofer.pt


68- Custos 78-Proveitos
proveitos
extraordinário extraordinario
extraordinário • http://www.apotec.pt

• http://www.boletimempresarial.pt

• http://www.ctoc.pt

IV IV
Contabilidade Analítica Guia do Formador 77 78 Guia do Formador Contabilidade Analítica
V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP

1. RESUMO

1. Apuramento do custo de produção e regimes de fabrico

Um ciclo produtivo inicia-se com a compra das matérias-primas e encerra-se com a venda dos
produtos:

Compra de Entrada Venda dos Recebimento


matérias- dos produtos do valor da
primas produtos acabados venda e nova
acabados compra de
em matérias-
armazém primas

Transformação Expedição
das matérias- dos
primas em produtos
produtos acabados
acabados
Figura V.4 - Ciclo produtivo

2. Com base nestas divisões, existem tipos de fabricação principais: a fabricação contínua de um
único produto, a fabricação de produtos diferentes do ponto de vista de qualidade, a fabricação
V. REPARTIÇÃO DE GASTOS por fases e fabricação por obras ou por tarefas.

3. Em função do regime de fabrico vamos ter, também, formas de apuramento distintas do custo
de produção, distinguindo-se dois métodos principais: método directo ou dos custos por
ordens de produção ou da encomenda e método indirecto ou dos custos por processos.

4. O coeficiente de imputação é uma relação verificada entre duas grandezas, sendo o


denominador a base de imputação. Podemos trabalhar com coeficientes de imputação reais ou
teóricos.

CONTABILIDADE 5. Quando imputamos os custos por quotas teóricas aos produtos, vamos ocasionar as chamadas
ANALÍTICA diferenças de imputação.

6. Os gastos gerais de fabrico podem, ainda, ser repartidos de acordo com uma única base de
repartição. Trata-se da chamada imputação de base única. As bases possíveis são:

• Custo da mão-de-obra directa;

• Número de horas de mão-de-obra directa;

• Número de unidades fabricadas;

• Quantidade de matérias-primas consumidas;

• Custo das matérias-primas consumidas;

• Número de horas de trabalho das máquinas.

V
Contabilidade Analítica Guia do Formador 81
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP

16. Podemos, de outra forma, classificar as secções ou centros de custos em:


7. Na produção conjunta podemos obter os produtos principais ou co-produtos, subprodutos e,
ainda, resíduos ou desperdícios: • Industriais:

• Os produtos principais ou co-produtos são os produtos que, obtidos da produção conjunta, Secções principais - responsáveis pelo aprovisionamento, produção e venda;
têm o mesmo grau de importância.
Secções auxiliares - para produzir bens ou prestar serviços para outras.
• Os subprodutos são produtos secundários. Existe um produto principal e um subproduto.
• Não industriais:
• Os resíduo são produtos de baixo valor.
Secções administrativas - secções de contabilidade, pessoal, etc...
8. Na produção conjunta vão ser individualizadas três fases: fase conjunta, ponto de separação
e fase especifica. 17. Chama-se unidade de imputação à unidade de medida que vai ser incorporada nos produtos
finais ou noutras secções.
• Se estivermos perante uma produção conjunta teremos um ponto de separação de onde
resultarão produtos diferentes e cada um terá custos específicos.
18. A unidade de custeio expressa o custo de determinada secção.
9. Os critérios de repartição dos custos de produção conjuntos:
19. A unidade de obra expressa a actividade de cada secção e é simultaneamente unidade de
Rubricas Critérios de repartição custeio e unidade de imputação.

Co-produtos. • Quantidades produzidas; 20. O método das secções caracteriza-se por, em primeiro lugar, reflectir nas secções os custos de
• Valor de venda da produção; funcionamento e, em segundo lugar, o custo de produção ser apurado pelos consumos de
unidades dessas mesmas secções.
• Valor de venda da produção reportado ao
ponto de separação.
21. Os custos das secções
Subprodutos e resíduos. Critério do lucro nulo.
• Directos - que ocorrem ou que estão directamente relacionados com cada secção;

10. A produção descontínua ou por tarefa caracteriza-se por podermos identificar o produto em • Reembolsos - custos indirectos, ou seja contribuição de outras secções que são imputados
cada fase do ciclo produtivo de fabricação. nas secções principais beneficiárias, que estão a ser valorizadas, através de bases
repartição.
11. método mais apropriado para apurar o custo industrial dos produtos vendidos é o directo.
22. Nas secções ou centros de custos industriais, de aprovisionamento ou armazéns temos:
12. método das secções homogéneas consiste no cálculo do custo industrial e dos custos não
industriais recorrendo a centros de custos ou secções. • custo total de cada secção - soma dos custos directos com os reembolsos;
13. Os custos de funcionamento devem ser repartidos pelos centros de responsabilidade • custo total dividido pela actividade da secção - unidade de obra;
existentes, devendo estes estarem divididos em centros de custos.
• custo total dividido pela base de imputação - unidade de imputação;
14. Para se considerar uma secção homogénea, o centro de custo tem que respeitar as seguintes
características: ter um só responsável, as funções devem ser semelhantes e a actividade tem
• custo total dividido pelo número de meses ou de dias - unidade de custeio.
que ser medida numa unidade.

15. Podemos considerar a seguinte classificação de secções, derivada das funções estabelecidas 23. As secções, ou centros de custos não industriais, vão ser totalizadas e directamente levadas à
na empresa: secções de aprovisionamento, secções de produção, secções de distribuição e Demonstração de Resultados, não entrando na valorização dos produtos, nomeadamente, as
secções administrativas e financeiras. secções administrativas e financeiras.

24. Após o cálculo do custo de transformação vamos apurar os custos de produção utilizando só os
custos das unidades de obra das secções principais.

V V
82 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 83
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP

25. Bases de repartição utilizadas para repartir os gastos não industriais:


2. PLANO DAS SESSÕES

Gastos Bases de imputação


Neste capítulo vão ser estudadas as formas de repartir os gastos pelos produtos, em função dos
Secção de vendas: • Valor das vendas;
produtos fabricados e dos métodos utilizados.
• Administrativos; • Quantidades vendidas;
• Comerciais puros; • Número de encomendas; No final desta unidade temática o formando deve estar apto a:
• Publicidade e promoção. • Valor das vendas. • Efectuar a repartição dos gastos gerais de fabrico em função de diferentes critérios;
Armazenagem de produtos acabados. • Quantidades entradas em
armazém; • Caracterizar produção conjunta;
• Quantidades saídas de armazém;
• Efectuar a valorização dos sub – produtos;
• Valor produtos entrados em
armazém; • Explicar a importância do ponto de separaçã;
• Valor dos produtos saídos de
armazém. • Definir e classificar centros de custos;
Distribuição e entrega de produtos. • Distâncias percorridas;
• Aplicar o método das secções homogéneas;
• Pesos dos produtos.
Contabilidade, tesouraria e outros. • Valor das vendas; • Fazer a repartição de custos;
• Número de documentos; • Identificar e aplicar o conceito de prestações recíprocas;
• Valor de vendas.
• Determinar o custo unitário dos produtos fabricados.

26. A repartição dos gastos não industriais é de dois grandes tipos: os de distribuição relativos Duração estimada: 35 horas
às acções de vendas, marketing e outras rubricas e os administrativos relativos às secções de
contabilidade, expediente, tesouraria, etc...

V V
84 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 85
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP

3. ACTIVIDADES/AVALIAÇÃO
Resolução

Exercício 1 Método directo Método indirecto

Regimes de fabrico
• Produção múltipla, diversificada e • Produção uniforme ou pouco
descontínua. diferenciada e contínua.
Identifique se são verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações, justificando as suas respostas
num máximo de 10 linhas por afirmação: Forma de cálculo do custo industrial
• Por ordens de produção - custo por • Por produtos - custo unitário.
1. A fabricação continua está associada a um regime de fabricação múltiplo. obra ou ordem.

2. No regime de fabricação por obras ou tarefas sabemos em cada momento os custos incorridos. Período a que respeita o custo industrial do produto
• Relativo ao tempo necessário para • Relativo ao mês.
3. Num regime de fabricação descontinuo conseguimos identificar as diversas fases em que o cada obra.
produto se encontra.
Identificação do produto
4. O regime de produção complexa caracteriza-se pela existência de uma única operação de
• Identificável ao longo de todo o • O produto não é identificável ao
transformação.
processo de produção pela ordem; longo da produção;
• Os custos de cada ordem de • Os custos do mês são do produto.
Resolução: produção estão identificados.
Acumulação dos custos industriais
1. FALSA
• Feita por ordem de produção, obra • Feita por cada produto;
2. VERDADEIRA a obra;
• Feita durante todo o período de • Acumulação mensal.
3. VERDADEIRA produção da obra.
4. FALSA Determinação do custo da produção em vias de fabrico no fim do mês
• Pelo saldo apresentado na ficha da • Pela inventariação da produção em
obra. vias de fabrico e correspondente
Exercício 2 valorização.

Identifique, caracterizando cada um dos aspectos distintivos dos métodos directo e indirecto que se
podem utilizar para o apuramento do custo de produção ( não exceder 5 linhas por cada um dos
aspectos).

V V
86 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 87
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP

Produto Produto Produto


Rubrica: Unidade C. Unitário Total
Exercício 3 P1 P2 P3
Custos fixos S2 1.569.250
A empresa D dedica-se à produção de três produtos o P1, o P2 e o P3. Custos fixos S3 496.000
Custos variáveis S1 4.548.750
A produção resulta da transformação das matérias-primas MP1 e MP2 nas secções S1, S2 e S3,
estas são três secções fabris cuja unidade de imputação é a Hora Homem (Hh). Custos variáveis S2 1.350.000
Custos de 250.000
Conhecemos os elementos referentes ao mês de Junho do ano 199Z que constam no quadro 1. distribuição
Com base nestes elementos e sabendo que: Custos 375.000
administrativos
• a empresa utiliza o critério LIFO na valorização do custo das existências vendidas;
Vendas - quantidade ton 25.000 17.000 6.000
• os gastos gerais de fabrico são imputados aos produtos em função do número de horas de mão preço unitário u.m. 400 300 200
de obra directa consumidas;

• os consumos de mão de obra directa são considerados custos variáveis; S1 S2 S3


Calcule: Custos Fixos 1.598.325 1.569.250 496.000
Custos Variaveis 4.548.750 1.350.000 0
1. O custo de produção industrial da produção acabada no mês em estudo pelos sistema de
custeio total e custeio variável, repartindo os gastos gerais de fabrico numa base única e numa Total 6.147.075 2.919.250 496.000
base múltipla;
Horas 1.800 1.500 900
2. A valorização das existências finais em cada um dos sistemas referidos em 1; trabalhadas
Cuto Unitário total 3.415 1.946 551
3. O resultado líquido gerado por cada um dos sistemas de custeio apresentados.
Custo Unitário 2.527 900 0
Resolução variavel

Produto Produto Produto


Rubrica: Unidade C. Unitário Total
P1 P2 P3 Mapa do custo de
Produção produtos Ton 25.000 15.000 5.000 produção Custeio Total
acabados P1 P2 P3
Exist. iniciais prod. Ton 5.000 4.000 1.500 Custo Quantidade Quantidade
Acabados Valor Valor Quantidades Valor
Unitário s s
Custo / Ton 350 250 180 Materias primas
Matérias-primas MP1 Kg 15 3 / ton 1,5/ton 2 / ton MP1 15 225.000 3.375.000 22.500 337.500 10.000 150.000
Matérias-primas MP2 Kg 20 0,5 /ton 0,5 /ton 0,5 / ton MP2 20 12.500 250.000 7.500 150.000 2.500 50.000
Mão-de-obra directa Hora 1.750 2.050 1.950 200 Total 3.625.000 487.500 200.000
GGF - Secção S1 Hh 1.000 700 100 Mao de obra 1.750 2.050 3.587.500 1.950 3.412.500 200 350.000
GGF - Secção S2 Hh 750 700 50 directa
GGF - Secção S3 Hh 300 550 50 Total 3.587.500 3.412.500 350.000
Custos fixos S1 1.598.324

V V
88 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 89
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP

Custos de Valorização das Existências Finais -


Transformação LIFO - Custeio Total
S1 3.415 1.000 3.415.042 700 2.390.529 100 341.504 P1 P2 P3 Total

S2 1.946 750 1.459.625 700 1.362.317 50 97.308 Existências Q 5.000 4.000 1.500
iniciais
S3 551 300 165.333 550 303.111 50 27.556 Custo 350 650 180
Total 5.040.000 4.055.957 466.368 unitário
Custo do produto 12.252.500 7.955.957 1.016.368 Total 1.750.000 2.600.000 270.000 4.620.000
acabado Produção Q 25.000 15.000 5.000
Quantidades 25.000 15.000 5.000 Custo 490 530 203
produzidas unitário
Custo unitário 490 530 203 Total 12.252.500 7.955.957 1.016.368 21.224.825
Vendas Q 25.000 17.000 6.000
Mapa do custo de produção Custeio Custo 490 544 199
Variável unitário
Total 12.252.500 9.255.957 1.196.368 22.704.825

P1 P2 P3 Existências finais Q 5.000 2.000 500


Custo 350 650 180
Custo unitário
Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor
Unitário
Total 1.750.000 1.300.000 90.000 3.140.000
Materias primas
MP1 15 225.000 3.375.000 22.500 337.500 10.000 150.000 Valorização das Existências Finais - LIFO -
MP2 20 12.500 250.000 7.500 150.000 2.500 50.000 Custeio variável
P1 P2 P3 Total
Total 3.625.000 487.500 200.000
Existências Q 5.000 4.000 1.500
Mao de obra 1.750 2.050 3.587.500 1.950 3.412.500 200 350.000 iniciais
directa
Custo 350 650 180
Total 3.587.500 3.412.500 350.000 unitário
Custos de Total 1.750.000 2.600.000 270.000 4.620.000
Transformação
S1 2.527 1.000 2.527.083 700 1.768.958 100 252.708 Produção Q 25.000 15.000 5.000
S2 900 750 675.000 700 630.000 50 45.000 Custo unit 417 440 170

S3 0 300 0 550 303.111 50 0 Total 10.414.583 6.602.069 847.708 17.864.361


Vendas Q 25.000 17.000 6.000
Total 3.202.083 2.702.069 297.708
Custo 417 465 171
unitário
Custo do produto 10.414.583 6.602.069 847.708
acabado Total 10.414.583 7.902.069 1.027.708 19.344.361
Existências finais Q 5.000 2.000 500
Quantidades 25.000 15.000 5.000
produzidas Custo 350 650 180
unitário
Custo unitário 417 440 170
Total 1.750.000 1.300.000 90.000 3.140.000

V V
90 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 91
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP

Determinação do Resultado 4. TRANSPARÊNCIAS


Liquido
Custeio Custeio Um ciclo produtivo inicia-se com a compra das matérias primas e encerra-se com a venda dos
Total Variável produtos .

Compra de Entrada Venda dos Recebimento


Vendas 24.800.000 24.800.000
matérias dos produtos do valor da
Custo das 22.704.825 19.344.361 primas produtos acabados venda e nova
Vendas acabados compra de
em matérias primas
Margem bruta 2.095.175 5.455.639
armazém
Custos Industriais 0 3.663.574
Custos 250.000 250.000
Transfor- Expedição
Distribuição
mação das dos
Custos 375.000 375.000 matérias produtos
Administrativos primas em acabados
produtos
Total Custos não 625.000 4.288.574
acabados
incorporados
Resultado Liquido 1.470.175 1.167.065
Existem diversos regimes de fabrico ou de produção:

• uniforme - a empresa fabrica um único produto - exemplo electricidade;

O produto é só um e não
sofre transformações.

• múltipla - a empresa fabrica diversos produtos;

• conjunta - de uma mesma matéria prima obtêm-se diversos produtos, por exemplo a farinha e o
farelo;

Produto 1

Matéria-prima Produto 2

Produto 3

V V
92 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 93
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP

• disjunta - os diferentes produtos obtêm-se em operações completamente separadas, por


Com base nestas distinções existem tipos de fabricação principais:
exemplo industria de calçado;

• fabricação contínua de um único produto;


Cada uma
destas setas • fabricação de produtos diferentes do ponto de vista de qualidade;
representa
um produto. • fabricação por fases;

• fabricação por obras ou por tarefas;

Em função do regime de fabrico vamos ter também formas de apuramento distintas do custo
• contínua - em qualquer momento da fabricação temos produção em curso, por exemplo numa
de produção, distinguindo-se dois métodos principais:
cimenteira;

• método directo ou dos custos por ordens de produção ou da encomenda:


O produto só está
acabado quando
• os custos industriais são apurados relativamente às ordens de produção ou às encomendas;
se terminar a
“volta” toda. • os trabalhos são independentes entre si;

• por exemplo quando levamos o nosso carro à manutenção, é aberta uma ordem de produção
onde são registadas as peças substituídas e o número de horas utilizadas, sendo apurado um
• descontínua - a fabricação é efectuada por fases, por exemplo na industria de calçado; valor total a pagar e cada obra.

Na operação 1 cortaram-se • método indirecto ou dos custos por processos:


Operação 1 as solas ;nestas formam-se
as peles para fazer os
• os custos industriais são acumulados por produtos;
sapatos.
• posteriormente são calculados os custos unitários através da divisão dos custos acumulados
• simples - a transformação faz-se numa única operação; pelo total da produção verificada;

• é o caso da produção de pão, em que sabemos os custos totais e dividimos pelo peso total do
De uma só operação resulta pão fabricado, ou pelo número de unidades obtidas;
um trabalho final.
• os objectos contabilisticos são as entidades portadoras de custo, por exemplo, as secções, os
produtos ou os clientes.

Aspectos distintivos dos dois métodos:

• complexa - existe um conjunto de operações de transformação, Método Directo Método Indirecto

Cada uma destas peças representa Regimes de fabrico


uma operação de transformação,
• Produção múltipla, • Produção uniforme ou pouco
individualmente não obtemos nenhum
diversificada, descontínua. diferenciada, contínua.
produto mas no seu conjunto obtemos
um produto final. Forma de cálculo do custo industrial

V V
94 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 95
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP

Na imputação de base múltipla vamos ter critérios diferentes para repartir os Gastos Gerais de
• Por ordens de produção. • Por produtos.
Fabrico, decompondo-se o seu valor em rubricas equiparáveis em termos de base de imputação,
• O custo é por obra ou ordem. • Temos custo unitário. estabelecendo-se critérios diferentes para cada uma destas rubricas.

Produção Conjunta:
Período a que respeita o custo industrial do produto
• Corresponde ao tempo • Corresponde ao mês.
Diz-se que a produção é conjunta quando ao proceder-se à transformação de uma ou diversas
necessário para cada obra.
matérias primas se obtém diversos produtos, por exemplo óleos refinados e ácidos gordos.

Identificação do produto Na produção conjunta podemos obter os produtos principais ou co-produtos, subprodutos e, ainda
resíduos ou desperdícios:
• É identificável ao longo de • O produto não está
todo o processo de produção identificável ao longo da
pela ordem. produção. • Produtos principais ou co-produtos são os produtos que obtidos da produção conjunta têm o
mesmo grau de importância, são produtos semelhantes, por exemplo carne de vaca para bife
• Os custos de cada ordem de • Os custos do mês são custos ou para assar;
produção estão identificados. do produto.
• Subproduto é um produto secundário, existe um produto principal, por exemplo a carne de vaca
para bife e um subproduto que pode ser o fígado de vaca;
Acumulação dos custos industriais
• Resíduo é um produto de baixo valor, no caso do exemplo referido podemos considerar os
• È feita por ordens de • É feita por cada produt.o
ossos como um resíduo.
produção, obra a obra.
• È feita durante todo o período • A acumulação é mensal. Na produção conjunta vão ser individualizadas três fases:
de produção da obra.
1. Fase Conjunta
Determinação do custo da produção em vias de fabrico no fim do mês
2. Ponto de Separação
• Pelo saldo apresentado na • Pela inventariação da
ficha da obra. produção em vias de fabrico e 3. Fase Especifica
correspondente valorização.
Se estivermos perante uma produção conjunta da qual resultam produtos diferentes teremos:
Coeficientes de Imputação:
Custos
específicos
• Custo da mão de obra directa; Produto A
• Número de horas de mão de obra directa;

• Número de unidades fabricadas;


Produção Ponto
• Quantidade de matérias primas consumidas; Conjunta separação
Produto B
• Custo das matérias primas consumidas;
Custos
• Número de horas de trabalho das máquinas. específicos

A dificuldade, ou os principais cuidados colocam-se na forma como os custos conjuntos vão ser
Assim, em alternativa à forma anterior a que chamamos base única de imputação vamos ter a
repartidos pelos produtos finais.
imputação de base múltipla.

V V
96 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 97
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V. REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP

Os critérios adoptados são geralmente os seguintes:


O Método das Secções Homogéneas:
Critérios de repartição Secção Homogénea
Co-produtos Quantidades produzidas;
Uma secção para ser considerada homogénea tem que respeitar algumas características:
Valor de venda da produção;
Valor de venda da produção reportado ao • ter um só responsável;
ponto de separação.
• as funções ou actividades desenvolvidas devem ser semelhantes, para que os custos respeitem
Subprodutos e Critério do Lucro Nulo. a funções ou actividades idênticas;
Resíduos
• a actividade tem que ser medida numa unidade, por exemplo:

Produção descontínua ou por tarefa: • ras homem (Hh);

• Horas máquina (Hm).


A produção descontinua ou por tarefa caracteriza-se por podermos identificar o produto em cada
fase do ciclo produtivo de fabricação. Podemos considerar a seguinte classificação geral, derivada das funções estabelecidas na
empresa:
O método mais apropriado para apurar o custo industrial dos produtos vendidos é o método directo.
• Secções de aprovisionamento;
Esta forma possibilita-nos a identificação do produto e a determinação de todos os custos
incorridos para o colocar, em cada estado de fabrico. • Secções de produção;

• Secções de distribuição;
A ordem de produção:
• Secções administrativas e financeiras.
O Método Directo utiliza-se em presença de empresas cujo processo de fabrico seja realizado por
encomendas, onde a produção é descontínua e múltipla e, permite distinguir e identificar
claramente os produtos. Podemos, de outra forma, classificar as secções ou centros de custos em:

Por este método, cada um dos produtos é sempre identificado ao longo de todo o processo de • Industriais, e estas em:
fabrico e é possível determinar e atribuir directamente a cada um deles os seus respectivos custos
de produção. • Secções principais - responsáveis pelo aprovisionamento, produção e venda;

• Secções auxiliares - existem para produzir bens ou prestar serviços para outras;
Exemplos:Empresas de Construção Civil, Construção Naval, entre outras.O método directo
desenvolve-se em três fases: • Não industriais
1ª Fase) São apurados todos os custos do produto em análise. • Secções administrativas - secções de contabilidade, pessoal, etc.
2ª Fase) Para cada produto é elaborada uma ficha de custos, em que são imputados todos os
custos respeitantes a esse produto ( Exemplo: Mão-de-Obra Directa, Gastos Gerais de Fabrico, Unidade de imputação:
entre outros).

3ª Fase) Após a conclusão da fabricação, somam-se todos os custos e divide-se o total destes pelo Unidade de custeio:
número de unidades produzidas.

Unidade de obra:

V V
98 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 99

100
IEFP

V
mesmas secções.

Guia do Formador
Este método caracteriza-se por :
Caracterização do método das secções:

Em primeiro lugar reflectir nas secções os custos de funcionamento


V. REPARTIÇÃO DE GASTOS

Em segundo lugar o custo de produção ser apurado pelos consumos de unidades dessas

Contabilidade Analítica
V CONJUNTO DE TRANSPARÊNCIAS IEFP

Esquematicamente podemos representar:

Classe 6 - custos e 94.1 - Centro de 94.2 - Centro de 95 - Fabricação


perdas custos de custos industriais
aprovisionamento

93 - Existências 94.3 - Centro de 98.4 - Custos de


custos de distribuição
distribuição

92 - Encargos a 94.4 - Centro de 98.5 - Custos


repartir custos Administrativos
administrativos

V
Contabilidade Analítica Guia do Formador
101
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP

Apuramento dos custos pelo método das secções:

Mapa de apuramento de custos das secções:


Vamos apurar os custos de transformação de cada secção apurando os seguintes tipos de custos:

1. Directos - custos que ocorrem ou que estão directamente relacionados com cada secção;
Secção A Secção B
2. Reembolsos - custos indirectos, ou seja contribuição de outras secções que são imputados nas Rubricas Unidade Actividade: Actividade: Total
secções principais beneficiárias, que estão a ser valorizadas, através de bases repartição.
Física Quant Valor Quant Valor
1- Custos Directos
Os custos directos mais usualmente considerados são: Salários
Ordenados
• mão de obra, salários e encargos;
Encargos sociais
• combustíveis; Energia

• energia eléctrica; Amortizações


Seguros
• água;
............
• matérias subsidiárias e materiais diversos; Total (1)

• conservação e reparações; 2-Reembolsos


Secção Aux 1
• ferramentas e utensílios;
Secção Aux 2
• amortizações de edifícios e equipamentos; ..............

• seguros de equipamento e instalações; Total (2)


3-Custo total
• etc.
Global
Unitário
Nas secções ou centros de custos industriais, de aprovisionamento ou armazéns teremos
que: Unidade de obra
Unidade de imputação
• O Custo Total de cada secção corresponde à soma dos Custos Directos com os Reembolsos; Unidade de custeio

• O Custo Total dividido pela actividade da secção dá-nos a Unidade de Obra;

• O Custo Total dividido pela base de imputação dá-nos a Unidade de Imputação;

• O custo total dividido pelo número de meses ou de dias, dá-nos a Unidade de Custeio.

V V
102 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 103
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS V REPARTIÇÃO DE GASTOS IEFP

A repartição dos gastos não industriais:

Mapa de apuramento do custo de produção:


O tipo de custos não industriais
Produto X Produto Z • de distribuição compreendem todos os custos relacionados com as secções de vendas,
Rubricas Uni. Custo Produção:__ Produção:__ Total marketing ou outras existentes, sendo as rubricas variáveis consoante as actividades;
Física Unit. Quant Valor Quant Valor • os administrativos dependem da forma como a empresa está organizada:
1- Matérias directas
1. são englobadas as secções de contabilidade, expediente, tesouraria, pessoal, etc.
M1
M2 Apresentamos alguns exemplos das bases mais utilizadas:

.........
Gastos Bases de imputação
Total (1)
Secção de vendas: • Valor das Vendas
2-Custos de
transformação • Administrativos • Quantidades vendidas
Secção A • Comerciais puros • Número de encomendas
Secção B • Publicidade e promoção • Valor das Vendas
.............
Total (2)
Armazenagem de produtos • Quantidades entradas em
3-Produtos vias acabados armazém
fabrico
• Quantidades saídas de
No inicio mês (+) armazém
No final mês (-) • Valor produtos entrados em
Total (3) armazém

4-Subprodutos • Valor dos produtos saídos de


armazém
S1
S2
Distribuição e entrega de • Distâncias percorridas
................. produtos
Total (4)
• Pesos dos produtos
5-Custo do produto
principal
Contabilidade, tesouraria e outros • Valor das Vendas
Global
Unitário • Número de documentos
• Valor de Vendas

V V
104 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 105
IEFP V. REPARTIÇÃO DE GASTOS

5. TEXTOS COMPLEMENTARES PARA O FORMADOR

• http://www.dashofer.pt

• http://www.apotec.pt

• http://www.boletimempresarial.pt

• http://www.ctoc.pt

VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS

CONTABILIDADE
ANALÍTICA

V
106 Guia do Formador Contabilidade Analítica
VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS IEFP IEFP VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS

13. Desvios em gastos gerais de fabrico:


1. RESUMO
Para os custos fixos o factor de desvio não está nos gastos gerais de fabrico, mas na base e
imputação escolhida.

1. O desvio é diferença entre uma situação real e uma situação prevista. Neste tipo de custos podemos dividir o desvio total em desvio de preços e desvio de
quantidade:
2. O desvio do resultado global é explicado por duas bases: o desvio sobre os custos e sobre as
margens comerciais. 14. Controlo contabilístico dos desvios:

3. O modelo geral da análise de um custo dá-nos duas realidades distintas: o desvio sobre a As contas utilizadas são as seguintes:
quantidade, mantendo os preços inalterados e o desvio sobre o preço, mantendo as
96 - Desvios sobre preços pré estabelecidos
quantidades inalteradas.
96.1 - Desvios de compras
4. Alguns custos são imputados na actividade real, por custos básicos, componentes de análise:
as quantidades reais valorizadas a custos reais e quantidades reais valorizadas a custos
96.2 - Desvios das secções
básicos.
96.3 - Desvios de fabricação
5. Deste cálculo de desvio surgem os desvios de incorporação de custos.
96.4 - .........
6. O desvio da produção é formado pelos desvios de matérias, de mão de obra e de gastos
gerais de fabrico. Estas contas serão debitadas pelos desvios desfavoráveis e creditadas pelos desvios
favoráveis.
7. Desvios em matérias:

O desvio de matérias ( Dm ) resulta da diferença das duas expressões:

Dm = Qr x Pr - Qo x Po

8. Desvio de preços:

Dp = Qo x (Pr - Po)

9. Desvio de quantidades:

Dq = Po x (Qr - Qo)

10. Desvios em mão-de-obra:

O desvio de mão-de-obra (Dmdo) resulta da diferença das duas expressões:

Dmdo = NHr x CHr - NHo x NHo

11. Desvio sobre o custo horári:o

Dch = NHr x (CHr - CHo)

12. Desvio de rendimento (Dr):

Dr = CHo x (NHr - NHo)

VI VI
Contabilidade Analítica Guia do Formador 109 110 Guia do Formador Contabilidade Analítica
VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS IEFP IEFP VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS

2. PLANO DAS SESSÕES


3. ACTIVIDADES/AVALIAÇÃO

Vamos estudar o conceito de desvio e sua aplicação no domínio da Contabilidade Analítica a nível
do desvio de Produção. Exercício 1

No final desta unidade temática o formando deve estar apto a:

• Utilizar os elementos produzidos pela Contabilidade Analítica para comparar com os custos Certa empresa dedica-se ao fabrico de dois produtos ( A e B) utilizando o seguinte processo de
orçamentados; fabrico:

• Calcular e justificar os principais desvios que formam o desvio do custo de produção, • As matérias primas utilizadas são X, Y e Z;
nomeadamente, o desvio de matérias, de mão de obra e de gastos gerais de fabrico.
• Utilizam-se secções homogéneas:

Duração estimada: 12 horas • S1 - unidade de obra - Hm

• S2 - unidade de obra - Hm

• Serviços gerais de produção - critério de imputação - ás restantes secções fabris

• unidade de custeio - mês;

• Armazém 1 - unidade de imputação - quantidade de matérias primas saídas

• unidade de custeio - mês

• Armazém 2 - unidade de imputação - quantidade de produtos acabados entrados

• unidade de custeio - mês.

Consideram-se variáveis as secções 1 e 2 e fixas as restantes.

A empresa adopta o custeio total básico.

Elementos referentes ao mês de Maio de 199X:

Actividade das secções : S1 - 3.520 Hm e S2 - 2.440 Hm

Custo das secções (custos directos):

S1 S2 Serv.Gerais A1 A2
Fixos 8.192 1.944 2.500 1.104 824
variáveis 2.680 860
10.872 2.804 2.500 1.104 824

VI VI
Contabilidade Analítica Guia do Formador 111 112 Guia do Formador Contabilidade Analítica
VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS IEFP IEFP VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS

Produção: Custos de produção:


Produto A - 3.280 unidades
Produto B - 20.400 unidades Produto A Produto b

Vendas: Custo Unidade 38.400 uni. 240.000 uni

Produto A - 3.000 unidades a 2.2 u.m. cada Unitário física Consumo Custo Consumo Custo
produto B - 18.000 unidades a 1.8 u.m. cada unitário Total unitário Total

Compras: 1 - MP

Matéria prima X - 47.200 unidades a 0.31 u.m. cada X 0.300 unidade 2,0 23.040 1,9 136.800
Matéria prima Y - 4.400 unidades a 0.12 u.m. cada Y 0.120 unidade 0,14 644 0,18 5.184
Matéria prima Z - 7.400 unidades a 0.05 u.m. cada Z 0.050 unidade 0,25 480 0,3 3.600
Custos de produção: diversos u.m. 0,070 2.688 0,030 7.200

Matérias Produto A Produto B Subtotal 26.852 152.784

X unidade 6.724 37.944 2 - C.T.

Y unidade 464 3.628 S1 3.150 Hm 0,14 16.936 0,15 113.400

Z unidade 800 6.528 S2 1.180 Hm 0,12 5.436 0,10 28.320

Diversos unidade monetária 232,88 4.663 A1 0,014 unidade 1.240 7.712

Custo de transform. A2 0,036 unidade 1.364 8.520

S1 unidade monetária 452,64 3.080 Subtotal 24.976 157.952

S2 unidade monetária 396,88 2.040 3-Custo total 51.828 310.736


Custo unitário 1.350 1.295
Do Orçamento Anual da empresa para 199X foram retiradas as seguintes informações:

Custos de transformação:
Pretende-se que elabore pelo custeio total:

1. mapa de custos das secções;


Descrição S1 S2 Serviços Gerais A1 A2
41.376 Hm 28.608 Hm 662.976 unid 278.400 unid 2. mapa de custos de produção;
Custos directos
3. apuramento dos desvios contabilisticos.
Fixos 83.672 14.140 28.800 8.952 9.884
Variáveis 29.384 8.096
Subtotal 113.056 22.236 28.800 8.952 9.884
Reembolsos
Serviços gerais 17.280 11.520
Custos de transform.
Global 130.336 33.756 28.800 8.952 9.884
Unidade de obra 3,15 1,18
Unidade imputação 0,014 0,036
Unidade custeio 2.400 744 824

VI VI
Contabilidade Analítica Guia do Formador 113 114 Guia do Formador Contabilidade Analítica
VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS IEFP IEFP VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS

Resolução Matérias primas saidas 44.668


de armazem
1.
Mapas de Custos Secções - Secções 4.092 38.400
Variáveis
7.328 240.000
Mês de Maio 199X
56.088 278.400
S1 S2
Custos Fixos 8.192 1.944 2.
Custos 2.680 860 Mapa do Custo de
Variaveis Produção
Reembolsos 1.440 960 Produto A Produto B
Total 10.872 2.804 Custo Unidade Cons.Unit. Custo Cons.Unit. Custo
Unitário Fisica Total Total
Horas 3.280 20.400
trabalhadas 3.280 20.400
Cuto Unitário 3,315 0,137 Materias
total Primas
X 0,3 6.724 2.017 37.944 11.383
Mapas de Custos Secções - Secções
Fixas Y 0,12 464 56 3.628 435

Mês de Maio 199X Z 0,05 800 40 6.528 326

Serviços Armazém 1 Armazém 2 diversos 233 4.663


Gerais Sub Total 2.346 16.808
Custos Fixos 2.500 1.104 824
Custos 0 0 0 Custos Transformação
Variaveis
S1 3,15 453 1.426 3.080 9.703 11129,076
Total 2.500 1.104 824
S2 1,18 397 468 2.040 2.407 2875,5184
Unidade 2.500
custeio A1 26 161 186,5
Unidade 0,020 0,003 A2 28 178 205,91666
Imputação 67
Sub Total 1.948 12.449
Custo Total 4.294 29.257
Custo Unitário 1,309 1,434

VI VI
Contabilidade Analítica Guia do Formador 115 116 Guia do Formador Contabilidade Analítica
VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS IEFP IEFP VI. ANÁLISE E CÁLCULO DOS DESVIOS

3. 4. TRANSPARÊNCIAS

Desvios do
Mês
Desvios das Secções
Sistemas de contas:
Gastos Gastos Desvios
Reais Imputados
Existem dois sistemas de contas em função da forma como se articulam com a contabilidade geral:
Secção
• Sistemas monistas;
S1 10.872 11.129 257
• Sistemas dualistas.
S2 2.804 2.876 72
Serviços 2.500 2.400 -100 Dentro de cada um deles vamos ainda dividir em:
Gerais
• Monista radical ou único diviso;
Armazém 1 1.104 187 -918
Armazém 2 1.104 206 -898 • Monista diviso;

18.384 16.797 -1.587 • Dualista duplo contabilistico;

• Dualista duplo misto.


Desvios do Custo de
Produção
Planificação e normalização:
Gastos Gastos Desvios
Reais Imputados A normalização contabilistica visa o desenvolvimento de um modelo uniforme e geral a ser aplicado
Produto A 4.294 4.428 134 pelas diferentes empresas por forma a que a informação seja comparável.

Produto B 29.257 26.418 -2.839 Normalizar é estabelecer princípios, conceitos e critérios, por forma a que a contabilização dos
51.935 47.643 -4.292 movimentos, e consequente apresentação de informação e resultados seja uniforme
independentemente da localização geográfica ou sectorial.

Normalizar apresenta vantagens aos seguintes níveis:

• da empresa;

• do profissional da contabilidade;

• do aspecto didáctico e pedagógico.

A nível de contabilidade analítica é difícil ultrapassar a barreira sectorial, existindo já alguns


sectores em que esta realidade está a ser implementada.

VI VI
Contabilidade Analítica Guia do Formador 117 118 Guia do Formador Contabilidade Analítica
VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA CONTABILIDADE GERAL IEFP

1. RESUMO

2. Existem dois sistemas de contas, em função da forma como se articulam com a Contabilidade
Geral, são os sistemas monistas e sistemas dualistas.

3. Por sua vez o, sistema monista está dividido em único indiviso ou diviso. O dualista em duplo
contabilístico e em duplo misto.

4. Ligação da Contabilidade Analítica com a Contabilidade Geral:

Os sistemas monistas não separam as duas Contabilidades, Geral e Analítica. A Contabilidade


Geral apresenta, no POC (Plano Oficial de Contabilidade), as seguintes classes de contas:

• Classe 6 - Custos e perdas;

• Classe 7 - Proveitos e ganhos;

• Classe 9 - Contabilidade de custos.

5. O sistema único indiviso, ou das contabilidades integradas, caracteriza-se pela existência das
contas da Contabilidade Analítica a par das contas da Contabilidade Geral.

6. No sistema único diviso a integração destas duas contabilidades não é integral. Neste sistema
VII. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS E A SUA INTEGRAÇÃO NA existe uma conta cumulativa que reflecte todas as contas da Contabilidade Analítica.
CONTABILIDADE GERAL 7. O sistema duplo contabilístico é caracterizado pela existência da Contabilidade Geral que
actua de forma habitual e da Contabilidade Analítica que apresenta as operações internas de
apuramento de custos de produtos e a análise de resultados.

O método utilizado é o digráfico - das partidas dobradas. Verifica-se a existência na


Contabilidade Geral de contas de ligação - as chamadas contas reflectidas.

91- Contas reflectidas


CONTABILIDADE 9161 Custo das compras reflectido
ANALÍTICA 91.62 Fornecimentos e serviços externos
reflectidos
91.63 Impostos reflectidos
91.64 Custos com pessoal reflectidos
91.65 Outros custos e perdas reflectidas
91.66 Amortizações reflectidas
91.67 Provisões reflectidas
91.68 Custos e perdas financeiras reflectidas
91.71 Vendas reflectidas
91.72 Prestação de serviços reflectidas
etc.

VII
Contabilidade Analítica Guia do Formador 121
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8. O sistema duplo misto caracteriza-se pela execução da Contabilidade Analítica em mapas e


2. PLANO DAS SESSÕES
registo e não pelo método das partidas dobradas.

9. A normalização contabilística visa o desenvolvimento de um modelo uniforme e geral, a ser


aplicado pelas diferentes empresas por forma a que a informação seja comparável.
Vamos completar o estudo realizado no capítulo IV sobre a contabilização dos custos e sua
Normalizar apresenta vantagens aos seguintes níveis: ao nível da empresa, do profissional da integração na Contabilidade geral, bem como analisar o processo prático de implementação e
contabilidade e do aspecto didáctico e pedagógico. organização de uma Contabilidade analítica.

A nível de Contabilidade Analítica é difícil ultrapassar a barreira sectorial. No final desta unidade temática o formando deve estar apto a:

Exemplos de planos sectoriais: • Distinguir e utilizar os diferentes sistemas de contas da Contabilidade Analítica com a
Contabilidade Geral;
• Plano de contas das Instituições de Segurança Social (Decreto Lei nº 24/88);
• Identificar os tipos de sistemas existentes, o monista e o dualista;
• Plano de contas dos Serviços municipalizados e Federações de municípios (Decreto Lei nº
226/93); • Justificar a necessidade da normalização contabilística;

• Plano para os Serviços de Saúde (Decreto Lei nº 410/89). • Definir “plano sectorial” exemplificando os já existentes;

10. A escolha entre os diversos sistemas deve ter em conta a natureza da exploração, numa • Explicar a implementação e organização de uma Contabilidade Analítica.
perspectiva técnica, e as características da empresa.

11. Para se proceder à escolha dos diversos sistemas de Contabilidade Analítica tem de se definir a Duração estimada: 14 horas
organização interna da empresa, precisar a informação necessária, implementar, quando
necessário, o sistema de inventário e decidir o tipo de valorização dos diversos circuitos
internos. Por fim, tem de se analisar os custos de implementação e o respectivo benefício.

12. O plano de contas da Contabilidade Analítica envolve um trabalho de preparação que abarca a
definição das secções, de produtos ou serviços, a escolha do sistema de custeio e a definição
do tipo de informação que se deseja obter.

VII VII
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3. ACTIVIDADES/AVALIAÇÃO
Resolução

Custo de transformação:

Rubricas Montante Uni.


Exercício 1 Fornecimentos e serviços externos 500 u.m.
Impostos 10 “
1. Com base nas seguintes informações, efectue os lançamentos, seguindo o método do sistema Despesas com pessoal:
único diviso, efectuando todos os cálculos intercalares necessários.
Ordenados 400 “
A empresa X fabrica o produto A na secção de Produção e valoriza os seus produtos pelo FIFO Encargos sociais 140 “
(First In First Out). Durante o mês de maio de 200Z foram efectuados os seguintes movimentos:
Amortizações 400 “
• Compra de matérias-primas de 400 ton. a 20 u.m. a ton.;
Total 1.450 “
• As existências iniciais de matérias-primas ascendem a 20 ton. ao preço de 17 u.m.;
• As existências iniciais de produto A ascendem a 25 ton. ao preço de 50 u.m. por tonelada; Custo da produção acabada:
• O consumo de matérias-primas foi de 390 ton.;
Rubricas Montante Uni.
• A produção foi de 520 ton.;
1 - Matérias primas
• As vendas efectuadas foram de 490 ton. ao preço de 30 u.m. por ton.;
20 ton x 17 u.m. + 370 ton x 20 7.740 u.m.
• Os custos financeiros do mês ascenderam a 200 u.m. 2 - Custos de transformação 1.450 u.m.
3 - Custo global (1+2) 9.190 u.m
Os encargos do mês foram os seguintes:
4 - Quantidade produzida 520 ton
5 - Custo unitário dos produtos 17.67 u.m.
Custos de Custos de Custos Total acabados
transformação distribuição administrativos
3/4)
Fornecimentos e 500 605 175 1 280 Custo das vendas:
serviços externos
Impostos 10 5 15 30 critério : FIFO
Despesas com
pessoal:
Quantidade Preço Preço
• Ordenados 400 750 120 1 270
unitário total
• Encargos soci- 140 250 40 430
ais 25 50 1.250

Amortizações 400 300 5 705 465 17.67 8.217


Total 1 450 1 910 355 3 715 490 9.467

VII VII
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2 - Os lançamentos a fazer para reflectir esta realidade na contabilidade analítica seriam:


Lançamentos a efectuar no Diário:
(3) Diversos
1 - Contabilidade geral
A Diversos

(1) Diversos Custos do mês

a Diversos 92.1 Custo das compras 8.000

Custos do mês 92.2 Encargos sociais 430

31 Compras 8.000 94.2 Centro de custo de 1.310


transformação
62 Fornecimentos e 1.280
serviços externos 99.4 Custos de 1.660
distribuição
63 Impostos 30
99.5 Custos 455
64 Custos com pessoal 1.700 administrativos
66 Amortizações do 705 99.6.1 Custos financeiros 200
exercício
11.915
68 Custos e perdas 200
financeiras a 31.9 Compras 8.000
11.915 a 62.9 Fornecimentos e 1.280
serviços externos
a 12 Depósitos à ordem
a 63.9 Impostos 30
a 22 Fornecedores 11.915
a 64.9 Custos com pessoal 1.700
------------//------------
a 66.9 Amortizações do 705
(2) 21 Clientes exercício
a 71 Vendas a 68.9 Custos e perdas 200 11.915
Vendas do mês 14.700 financeiras
-----------------//---------
(4) 71.9 Vendas
a 99.1 Vendas liquidas 14.700
Transferência

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3 - Em terceiro lugar temos que lançar os movimentos internos da empresa nomeadamente 4. TRANSPARÊNCIAS
existências, encargos a repartir e custos das vendas.

(5) Diversos
Definição das Principais Contas da Contabilidade Analítica
a 92.2 Encargos a repartir
Pela imputação dos
60% de encargos
sociais Neste ponto da matéria, iremos tratar das principais contas da Contabilidade Analítica e a sua
respectiva movimentação contabilística.
94.2 Centro custo de 140
transformação
Conta 91 – Contas Reflectidas:
99.4 Custos de 250
distribuição
Esta conta serve de contrapartida para os movimentos da Contabilidade Analítica, no caso de
99.5 Custos 40 430 existir uma separação entre a Contabilidade Analítica e a Contabilidade Geral. Assim sendo, utiliza-
administrativos se apenas no Sistema Duplo Contabilístico ou Dualista.
-------------//-----------

(6) 94.1 Fabricação Conta 92 – Reclassificação dos Custos:


a Diversos
Esta conta serve para transferir os Custos Industriais da Contabilidade Geral para a Contabilidade
Pelos custo de Analítica.
produção do mês
a 93.2 Centro de custo 1.450 São subcontas típicas:
industrial
• 92.1 – Custo das Compras;
a 95.6 Matérias primas 7.740 9.190
• 92.2 – Mão-de-Obra Directa;
----------------//----------

(7) 958.6 Matérias primas • 92.3 – Gastos Gerais de Fabrico;

a 92.1 Custo das compras • 92.4 – Custos de Transformação.


Transferência do 8.000
custo das compras Conta 93 – Centros de Custos:
-----------------//---------
Esta conta é utilizada quando a empresa encontra-se decomposta em centros de custos, os quais
(8) 95.3 Produtos acabados e
correspondem a centros de responsabilidade (matéria desenvolvida no capítulo 7).
semi-acabados
a 94.1 Fabricação Pertencem a este grupo de contas:
Custo da produção 9.191
• 93.1 – Centro de Custos de Aprovisionamento;
acabada do mês
---------------//----------- • 93.2 – Centro de Custos de Produção;
(9) 99.2.1 Custo das vendas • 93.3 – Centro de Custos de Distribuição;
a 95.3 Produtos acabados e • 93.4 – Centro de Custos Administrativos.
semi-acabados
Custo das vendas 9.467 Conta 94 – Fabricação:

Esta conta serve para apurar o Custo de Produção dos bens e serviços fabricados. Decompõe-se
esta conta em função do número de produtos que a empresa produza.

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• 94.1 – Fabricação Produto A • 99.7 – Resultados Extraordinários;


• 94.2 – Fabricação Produto B 99.7.1 – Custos e Perdas Extraordinários;
99.7.2 – Proveitos e Ganhos Extraordinários.
Conta 95 –
Existências:
Sistemas de Contas ou de Contabilização
Esta conta é utilizada como armazém das existências iniciais e finais, quer de mercadorias, como
de produtos acabados e intermédios, de subprodutos e resíduos, e ainda de produtos em vias de
fabrico e matérias-primas e subsidiárias.
De acordo com a relação existente entre a Contabilidade Analítica e a Contabilidade Geral, existem
• 95.2 – Armazém de Mercadorias; dois sistemas de contas ou de contabilização:
• 95.3 – Armazém de Produtos Acabados; • Sistema Duplo Contabilístico ou Dualista;
• 95.4 – Armazém de Subprodutos e Resíduos
• Sistema Monista Radical ou Único Indiviso.
• 95.5 – Armazém de Produtos em Vias de Fabrico;
• 95.6 – Armazém de Matérias-Primas e Subsidiárias.
Definição e Representação Esquemática do Sistema Duplo Contabilístico ou Dualista:

Conta 97 – Desvios sobre Custos Pré-Estabelecidos: Neste sistema, as contabilidades encontram-se separadas:

Esta conta é apenas movimentada no custeio básico, e registam-se os desvios contabilísticos • por um lado existe a Contabilidade Geral que está a funcionar e a apurar os seus valores;
encontrados no final de cada mês. • e, em paralelo, existe a Contabilidade Analítica que também esta a funcionar e a apurar os seus
valores.
Conta 98 – Diferenças de Incorporação:
Isto significa que não há transferência de dados entre as contabilidades.

Em presença deste sistema, somos obrigados a utilizar as chamadas Contas Reflectidas (Conta
91), que servem para registar as transacções / movimentos de Custos e Proveitos contabilizados na
Contabilidade Geral.
Conta 99 – Resultados Analíticos:

Esta conta apresenta os resultados do período contabilístico adoptado e as subcontas evidenciadas Definição e Representação Esquemática do Sistema Monista Radical ou Único Indiviso:
assemelham-se às rubricas que compõem a Demonstração de Resultados por Funções.
Trata-se de um sistema integrador, pois integra a Contabilidade Analítica e a Contabilidade Geral.
• 99.1 – Vendas Líquidas; Não existe um divórcio entre as contabilidades. Isto significa então que um valor, ou está na
• 99.2 – Custos das Vendas; Contabilidade Analítica, ou está na Contabilidade Geral. O que nunca acontece neste sistema é um
determinado valor estar tanto na Contabilidade Geral como na Contabilidade Analítica.
• 99.3 – Custos de Distribuição;
• 99.4 – Custos Administrativos;
• 99.5 – Outros Custos e Proveitos Operacionais;
99.5.1 – Outros Custos;
99.5.2 – Outros Proveitos;
• 99.6 – Resultados Financeiros;
99.6.1 – Custos e Perdas Financeiros;
99.6.2 – Proveitos e Ganhos Financeiros;

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130 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 131
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Esta conta tem um movimento igual ao das contas 92.2 e 92.3, dado que se adopta como
Neste sistema, um determinado valor é, em primeiro lugar, classificado como Custo ou Proveito da alternativa a elas.
Contabilidade Geral, e depois transferido para as contas da Contabilidade Analítica, por forma que
as contas de Custos e Proveitos da Contabilidade Geral estejam sempre saldadas.Movimentação
Contabilística Conta 93 – Centros de Custos:

Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 6 ( contas 61,62,63,64
Conta 91 – Contas Reflectidas: (MOD+MOI),65,66) e da conta 95.6- Armazém de Matéria Subsidiária.

Esta conta é debitada por contrapartida das contas usadas para registar os proveitos na classe 7. Esta conta é creditada por contrapartida das contas 99.4 e 99.5.
Exemplificando, as vendas de uma empresa, é debitada a conta 91.71 por contrapartida da conta
99.1.
Conta 94 – Fabricação:
Esta conta é creditada por contrapartida das contas usadas para registar os custos na classe 6.
Exemplificando, a electricidade consumida por uma empresa, é debitada a conta 92.3 por Esta conta é debitada por contrapartida das contas 95.6- Armazém de Matérias-Primas, 92.2 e 92.3
contrapartida da conta 91.62xxx. (ou , no caso de se estar a tratar de tudo de uma forma global, utiliza-se a conta 92.4 em vez das
contas 92.2 e 92.3) e 95.5- Armazém de Produtos em Vias de Fabrico (Inicial).
Nunca esquecer que esta conta só existe quando se está a trabalhar no sistema duplo
contabilístico: Esta conta é creditada por contrapartida das contas 95.3 e 95.5- Armazém de Produtos em Vias de
Fabrico (Final).

Conta 92 – Reclassificação dos Custos:


Conta 95 – Existências:
Permite reclassificar os custos da Contabilidade Geral segundo as opções de gestão da empresa.
• Conta 95.2- Armazém de Mercadorias
• Conta 92.1- Custo das Compras

Esta conta é debitada por contrapartida da conta 92.1.


Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 3 ou 91.3x (em caso de se tratar do
sistema duplo contabilístico). Esta conta é creditada por contrapartida da conta 99.2- Custo das Vendas.

NOTA: Depois de efectuada a compra, é necessário transferir o seu valor para Armazém, pelo que • Conta 95.3- Armazém de Produtos Acabados
debita-se a conta 95.6- Armazém de Matéria-Primas e Subsidiária por contrapartida da conta 92.1.

• Conta 92.2- Mão-de-Obra Directa Esta conta é debitada por contrapartida da conta 94.

Esta conta é creditada por contrapartida da conta 99.2- Custo das Vendas.
Esta conta é debitada por contrapartida da conta 64 ou 91.64 (em caso de se tratar do sistema
duplo contabilístico). • Conta 95.4- Armazém de Subprodutos e Resíduos

Esta conta é creditada por contrapartida da conta 94.


Esta conta tem um movimento semelhante ao que foi descrito para a conta 95.3.
• Conta 92.3- Gastos Gerais Fabrico
• Conta 95.5- Armazém de Produtos em Vias de Fabrico

Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 6 (contas 62,63,64 (MOI),65,66) ou
91.6x (em caso de se tratar do sistema duplo contabilístico), e da conta 95.6- Armazém de Matéria Esta conta é debitada em contrapartida da conta 94.1.
Subsidiária.
Esta conta é creditada em contrapartida da conta 94.1.
Esta conta é creditada por contrapartida da conta 94.
• Conta 95.6- Armazém de Matérias-Primas e Subsidiárias
• Conta 92.4 – Custos de Transformação

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Esta conta é debitada por contrapartida da conta 92.1. • Conta 99.6 – Resultados Financeiros

Esta conta é creditada por contrapartida da conta 92.3 ( Matéria Subsidiária) ou 92.4, e da conta
94.1 ( Matéria(s)-Prima(s)). Conta 99.6.1 – Custos e Perdas Financeiros
Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 6 ( conta 68) ou 91.68 (em caso
Conta 97 – Desvios sobre Custos Pré-Estabelecidos: de se tratar do sistema duplo contabilístico).

Esta conta é debitada em contrapartida das contas das classe 6. Conta 99.6.2 – Proveitos e Ganhos Financeiros

Esta conta é creditada em contrapartida das contas dos grupos 92 e 93. Esta conta é creditada por contrapartida das contas da classe 7 ( conta 78) ou 91.78 (em caso
de se tratar do sistema duplo contabilístico).
Conta 99 – Resultados Analíticos:
• Conta 99.7 – Resultados Extraordinários
O saldo final desta conta tem de ser igual ao Resultado Líquido do Exercício apurado na
Contabilidade Geral.
Conta 99.7.1 – Custos e Perdas Extraordinários
• Conta 99.1 – Vendas Líquidas Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 6 ( contas 69) ou 91.69 (em caso
de se tratar do sistema duplo contabilístico).

Esta conta credita-se por contrapartida das contas 71.1 ou 91.71 (em caso de se tratar do sistema Conta 99.7.2 – Proveitos e Ganhos Extraordinários
duplo contabilístico).
Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 7 ( contas 79) ou 91.79 (em caso
de se tratar do sistema duplo contabilístico).
• Conta 99.2 – Custos das Vendas

A finalizar este capítulo, importa ainda referir que, caso estejamos a trabalhar no sistema monista
Esta conta debita-se por contrapartida da conta 95.2 ( Mercadorias) e/ou 95.3 ( Produtos radical, torna-se necessário verificar em que mês nos encontramos. Esta situação assume
Acabados). particularmente importância se estivermos no mês de Janeiro ou Dezembro, pois temos que fazer a
transferência do valor das existências inicias da Contabilidade Geral para a Contabilidade Analítica
• Conta 99.3 – Custos de Distribuição (Janeiro) ou então, transferir o valor das existências finais da Contabilidade Analítica para a
Contabilidade Geral (Dezembro).

Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 6 ( contas 62,63,64,65,66) ou 91.6x Em Janeiro, debitam-se as contas 95.2, 95.3, 95.4, 95.5 e 95.6 em contrapartida das contas 32
(em caso de se tratar do sistema duplo contabilístico) e da conta 95.6 ( Matéria Subsidiária). (Mercadorias), 33 (Produtos Acabados), 34 ( Subprodutos e Resíduos), 35 (Produtos em Vias de
Fabrico) e 36 (Matérias-Primas e Subsidiárias), respectivamente.
• Conta 99.4 – Custos Administrativos
Em Dezembro, debitam-se as contas 32 (Mercadorias), 33 (Produtos Acabados), 34 (Subprodutos e
Resíduos), 35 (Produtos em Vias de Fabrico) e 36 (Matérias-Primas e Subsidiárias) em
Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 6 ( contas 62,63,64,65,66) ou 91.6x contrapartida das contas 95.2, 95.3, 95.4, 95.5 e 95.6, respectivamente.
(em caso de se tratar do sistema duplo contabilístico) e da conta 95.6 ( Matéria Subsidiária).

• Conta 99.5 – Outros Custos e Proveitos Operacionais

Conta 99.5.1 – Outros Custos


Esta conta é debitada por contrapartida das contas da classe 6 ( contas 62,63,64,65,66 e 67) ou
91.6x (em caso de se tratar do sistema duplo contabilístico).

Conta 99.5.2 – Outros Proveitos


Esta conta é creditada por contrapartida das contas da classe 7 ( contas 72,73,75) ou 91.7x (em
caso de se tratar do sistema duplo contabilístico).

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134 Guia do Formador Contabilidade Analítica Contabilidade Analítica Guia do Formador 135

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