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Estampagem de chapas finas

Estampagem é um processo de conformação mecânica, sem produção de cavacos,


geralmente realizado a frio, que compreende uma série de operações com a
finalidade de uma chapa plana ser submetida a uma ou mais transformações com
a finalidade de obtermos peças com geometrias e formas próprias, sendo ela
geométrica, plana ou oca.

Devido as suas características este processo é apropriado para as grandes séries


de peças, obtendo-se grandes vantagens:
Alta produção;
Custo por peça reduzido;

Com acabamento, não necessitando de processamento posterior;

Maior resistência das peças devido à conformação causarem o encruamento


no material.

Baixo custo de controle de qualidade devido à uniformidade da produção e a


facilidade para a detecção de desvios.
Materiais para Estampagem
As chapas metálicas de uso mais comum na estampagem são as feitas com as
ligas de aço de baixo carbono, os aços inoxidáveis, as ligas alumínio-manganês,
e o latão 70-30, que tem um dos melhores índices de estampabilidade entre os
materiais metálicos.
Qualidade da chapa
Os itens que ajudam na avaliação da qualidade são: a composição química, as
propriedades mecânicas, as especificações dimensionais, e acabamento e
aparência da superfície.

Operações de estampagem
Corte: Consiste em separar-se de uma chapa, mediante golpe de uma prensa,
uma porção de material com contorno determinado, utilizando-se ferramental
apropriado denominado estampo de corte.

Dobramento: consiste em dobrar uma chapa plana uma ou mais vezes, para
tal, utiliza-se uma ferramenta chamada estampo de dobra.
Embutimento ou Estampagem Profunda: tem como finalidade obter peças
em forma de recipientes, como canecas, caixas e tubos, obtidas pela deformação
da chapa, a golpes de prensas e empregando ferramental especial denominado
estampo de repuxo.
Nomenclatura básica do Processo de Estampagem
Punção: é o elemento da ferramenta que provoca a perfuração através de
movimento e força transmitidos pela prensa;

Matriz: é o elemento da ferramenta que fica na base da prensa e sob o qual


se apoia chapa;

Folga: espaço existente entre a punção e a matriz na parte paralela de corte;

Alívio de ferramenta: ângulo dado a matriz, após a parte de corte, para


permitir o escape fácil da parte cortada.
A dobra é um processo de fabricação em que uma ferramenta composta por um
conjunto de duas ou mais peças exerce uma força sobre uma superfície,
alterando-a.

Características da operação de dobra


Como todo material submetido a flexão, a chapa dobrada é solicitada por tração
no lado externo da dobra e por compressão no lado interno, caracterizando o
estado duplo de tensão. Assim sendo, as tensões a que está sujeito o material são
decrescentes das faces externas em direção ao núcleo da peça e, como as mesmas
são de sentido inverso haverá uma linha onde essas tensões se anulam, que é
chamada de linha neutra.

Raio de Curvatura
Cantos vivos ou raios pequenos podem provocar a ruptura durante o dobramento.
Em geral, a determinação do raio de curvatura é função do projeto ou desenho da
peça, do tipo de material usado, da espessura da peça e do sentido da laminação
da chapa.

Estampagem profunda
A estampagem profunda ou embutimento é um processo utilizado para fazer com
que uma chapa plana adquira a forma de uma matriz (fêmea), imposta pela ação
da punção, fazendo com que a chapa adquira a forma de um copo, ou seja, um
objeto oco, sem modificar a espessura da chapa.

As possibilidades de embutimento começam no limite elástico e terminam um


pouco antes do limite de ruptura. Portanto, quanto maior for a diferença entre o
limite elástico e o de ruptura, maiores serão as possibilidades de se trabalhar
determinado material.

Prensas excêntricas:
Nessas prensas, o volante acumula uma quantidade de energia, que cede no
momento em que a peça a cortar, dobrar ou embutir, opõe resistência ao
movimento.

Prensas de duplo efeito: São as que realizam ações distintas e sucessivas através
do uso de dois cabeçotes.
Prensas excêntricas inclináveis: São geralmente utilizados nos estampos de
duplo efeito e sua mesa dispõe de um disco central com ação de mola, permitindo
o funcionamento do expulsor adaptado nos estampos.
Produtos forjados
Os defeitos mais comuns encontrados nos produtos forjados são:
– formadas durante a expansão livre do material em
decorrência de grandes deformações ou fragilidade a quente;

– decorrentes da ineficiência da lubrificação, e as marcas


da ferramenta – quando o material é comprimido contra a borda do punção.
As etapas típicas de fabricação num processo de forjamento são: corte,
aquecimento, forjamento, rebarbação, tratamento térmico e tratamentos
superficiais posteriores.
Os defeitos de forjamento podem ser definidos como as imperfeições que
excedem certos limites.

Seção não preenchida: Como o nome indica neste tipo de defeito, parte da seção
de forjamento fica sem preenchimento. Isso se deve ao design inadequado da
matriz ou à técnica de forjamento inadequada. Isso também se deve a menos
matéria-prima ou aquecimento insuficiente.
Fechamento a frio: O fechamento a frio inclui pequenas rachaduras nos cantos.
Esses defeitos ocorrem devido ao design inadequado da matriz de forjamento.
Também é devido ao canto afiado e resfriamento excessivo no produto forjado.
Poços de Incrustação: Os poços de escamação são devidos à limpeza inadequada
da superfície forjada.
Deslocamento da Matriz: O deslocamento da matriz é causado pelo
desalinhamento da matriz superior e inferior. Quando ambas as matrizes não estão
alinhadas corretamente, o produto forjado não obtém as dimensões adequadas.
Flocos: Estas são rachaduras internas que ocorrem devido ao resfriamento
inadequado do produto forjado. Quando o produto forjado esfria rapidamente,
essas rachaduras geralmente ocorrem, o que pode reduzir a resistência do produto
forjado.
Rachaduras na superfície: Rachaduras superficiais ocorrem devido ao exercício
de trabalho em superfícies a baixa temperatura. Neste defeito, surgem muitas
trincas na peça de trabalho.

Defeitos do processos de forjamento (Ant-forjamento)


Falta de redução – caracteriza-se pela penetração incompleta do metal na
cavidade da ferramenta. Isso altera o formato da peça e acontece quando são
usados golpes rápidos e leves do martelo.

Trincas superficiais – causadas por trabalho excessivo na periferia da peça em


temperatura baixa, ou por alguma fragilidade a quente.

Trincas nas rebarbas – causadas pela presença de impurezas nos metais ou


porque as rebarbas são pequenas. Elas se iniciam nas rebarbas e podem penetrar
na peça durante a operação de rebarbação.

Trincas internas – originam-se no interior da peça, como consequência de tensões


originadas por grandes deformações. Gotas frias – são descontinuidades originadas
pela dobra de superfícies, sem a ocorrência de soldagem.
O primeiro passo na avaliação de peças forjadas é a inspeção visual de sua
superfície. Este método envolve a verificação de defeitos como rachaduras,
dobras, voltas e inclusões que podem afetar a integridade estrutural do forjado.
A forja mecânica é um processo de conformação mecânica em que o material é
moldado
sob alta pressão e temperatura para produzir peças de metal com alta resistência e

durabilidade.

Forja é uma fornalha de que se servem os ferreiros e outros artífices para


incandescer os metais para serem trabalhados numa bigorna.
O sistema é composto dos seguintes itens: fornalha (material carburante e ar),
bigorna, martelos, tenazes, limas e líquidos para arrefecimento (óleo/água).
Fornalha Pode ser num buraco na terra, parcialmente tapado, para manter calor.

Bigorna É uma ferramenta utilizada pelos ferreiros em carácter manual.


Martelo É basicamente um amplificador de força que serve para converter o
trabalho mecânico em energia cinética e pressão, com a utilização do cabo como
"momento físico", de actuação.
Tenazes é uma ferramenta usada, geralmente, por ferreiros e serralheiros.
Limas, Cinzéis e Grosas As Limas servem para desbastar o aço a os cinzéis são
ferramentas que vão auxiliar no processo de modelagem.
Forjamento é um processo de conformação mecânica em que o material é de
formado por martelamento ou prensagem.
Forjamento em matriz fechada
As matrizes usadas para o forjamento em matriz fechada são geralmente de uma
complexidade muito superior, sendo muitas vezes constituídas por várias formas
que permitem efetuar operações de pré-forma e de finalização numa só matriz, mas
em várias etapas.
Forjamento em matriz aberta
No forjamento em matriz aberta, as matrizes são predominantemente simples,
podendo ter faces paralelas e lisas, faces com concavidades
.

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