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1) (Peso 1,75) O papel da liberdade e do agir consciente de cada sujeito é um critério essencial para
entender a diferença entre ética e moral? Por quê? Explique dando um (ou mais) exemplo(s).
Quando uma pessoa tem condições de pensar sobre seus atos, sendo os do passado, ou
presente, entende-se que, ela poderá escolher como agir no fututo, mostrando então sua
liberdade. Partindo deste ponto, acredito sim que a liberdade, e o agir consciente de cada
sujeito possa ser essencial para entendermos a diferença entre ética e moral. Quando
relacionamos ética e moral, podemos analisar que, embora ambas contribuam para o
estabelecimento de bases que guiem a conduta do homem, são duas coisas que falam por si só.
Exemplo disto é: antigamente as mulheres não tinham o poder do voto, então as mesmas, por
uma questão moral, não votavam. Porém, a partir do momento em que elas passaram a
questionar sua liberdade, entenderam que o ato de não votar na verdade era um costume da
sociedade, e partindo disto, promoveram um debate ético, que contribuiu com a mudança de
concepção de moralidade. Neste exemplo podemos ver que a ética pode ser uma reflexão sobre
o comportamento moral, que no mesmo, precisou que houvesse liberdade e o agir consciente,
para que então ocorresse tal mudança, destacando assim, suas diferenças.
2) (Peso 1,75) “A justiça é uma espécie de meio-termo, porém não no mesmo sentido que as
outras virtudes, e sim porque se relaciona com uma quantia ou quantidade intermediária, enquanto
a injustiça se relaciona com os extremos. E justiça é aquilo em virtude do qual se diz que o homem
justo pratica, por escolha própria, o que é justo (...)."
Este trecho, extraído de uma obra clássica da filosofia ocidental, trata de uma discussão da justiça
considerada como
a) simetria, dentro da filosofia estética de Platão.
b) medida, dentro da concepção rigorista e positivista de Hans Kelsen.
Partindo da leitura do texto, podemos citar como fins do Direito, Regra, Justiça e Resolução de conflitos.
No mesmo, Antigona acaba não cumprindo com uma lei imposta por Creonte, por entender que a mesma
não ia de acordo com sua moralidade, ou seja, seus costumes, e crenças, desencadeando assim, um
conflito, tendo como consequência uma condenação. Com base nisto, percebe-se que o fato de Antigona
não ter reconhecido a utilidade da regra bem como sua importância, permitiu-se que a mesma acabasse
desobedecendo às regras. Entende-se então que quando passamos a conhecer as regras, estuda-lás, e
reconhecer suas utilidades e importâncias, criamos uma conexção entre as mesmas e nossos princípios,
tendo como consequência, a obediência.
4) (Peso 1,75) De acordo com Georges Abboud et al (Introdução à teoria e à filosofia do Direito, p.
141), “Quando se menciona o conceito da ciência jurídica, a estrutura de significados que primeiro
vem à presença é aquela que aponta para a construção de um conhecimento rigoroso para o direito.
Dizendo de melhor maneira: o conceito de ciência jurídica indica a elaboração de uma série de
elementos – ferramentas – que permitam acessar, de um modo rigoroso, o conhecimento das
chamadas formas jurídicas. Certamente, o modelo de rigor que fez mais sucesso no ambiente da
ciência jurídica contemporânea foi aquele praticado a partir de uma analogia com o método das
ciências da natureza, em especial a matemática, que gestou e gerou a construção dos grandes
modelos sistemáticos de conhecimento do direito”.
Discuta os limites do Direito, como área do conhecimento destinado à regulação de condutas e à
solução de conflitos, para a adequação aos modelos rigorosos de ciência que se aplicam aos
fenômenos naturais e matemáticos.
Ao contrário das ciências exatas, e da natureza, o Direito não possui uma resposta imediata.
Na matemática por exemplo, sabemos que quando subtraímos 1(um) de 1(um) é igual a 0
(zero). Entretanto, no Direito não podemos afirmar que à um limite no julgamento dos casos,
fato é que nunca obteremos o mesmo resultado sempre. Uma vez que, o Direito possui como
finalidade a solução de conflitos, e atingir a justiça, não há possibilidade de julgarmos igual
um caso de roubo e outro de destrato contratual. Sendo assim, fica claro que o Direito possui
problemas para resolver, e precisa buscar decisões fundamentáveis, seja partida de uma
norma jurídica vigente, questões de validade fática, ideal e ética, sistematização jurídica... Não
há como fundamentar uma decisão a partir de um modelo apenas, como nas outras ciências.