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04/05/23, 11:17 FGTS - FGTS - Regras Gerais - Obrigatoriedade, GRF, GRRF, Distribuição de Resultados, COVID-19

FGTS
Boletim Trabalhista n° 06 - 2ª Quinzena. Publicado em: 16/03/2022

 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

FGTS - REGRAS GERAIS


Obrigatoriedade, GRF, GRRF, Distribuição de Resultados, COVID-19

Roteiro 

1. Introdução
2. Obrigatoriedade
2.1. Empregado
2.2. Aprendiz
2.3. Empregado Doméstico
2.4. Empregado Aposentado
2.5. Contrato Verde e Amarelo
2.6. Empregado Intermitente
3. Forma de Recolhimento
3.1. GRF - Guia de Recolhimento do FGTS
3.1.1. Prazo de Pagamento
3.1.2. FGTS em Atraso
3.1.3. Pagamento em Duplicidade
3.2. GRRF - Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS
3.2.1. Prazo de Pagamento
3.2.2. Multa Rescisória 40%
3.2.3. Multa Rescisória 20%
4. Distribuição de Resultados
5. COVID-19
5.1. Medida Provisória n° 927/2020
5.2. Medida Provisória n° 1.046/2021

1. Introdução
O FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), foi implementado pela Lei n° 5.107/66, tendo como principal objetivo a retirada da estabilidade decenal,
prevista na CLT, mais precisamente em seu artigo 492.

Com a promulgação da Constituição Federal, no dia 05.10.1988, o FGTS passou a ser um direito para os empregados urbanos e rurais, de acordo com o
artigo 7°, inciso III, da CF/88.

2. Obrigatoriedade
A obrigatoriedade para o depósito na conta vinculada do FGTS está previsto no artigo 15 da Lei n° 8.036/90, onde informa que todos os empregadores estão
obrigados a fazer o depósito, até o dia sete de cada mês, na conta vinculada, da importância relativa a 8% referente às remunerações pagas ou devidas no
mês anterior, para cada trabalhador.

Nota ECONET: a Lei n° 14.438/2022, a qual converteu a MP n° 1.107/2022 alterou a regra do recolhimento do FGTS, instituindo que, a partir da
implementação do FGTS Digital, os empregadores em geral deverão efetuar, até o dia 20 do mês seguinte, o recolhimento do FGTS mensal. No caso de
rescisão, também deverá ser recolhido o FGTS rescisório no dia 20, caso este recaia antes do 10° dia após o desligamento.

O artigo informado acima apresenta a regra geral do percentual para depósito, pois, como veremos abaixo, existem exceções de percentuais para diferentes
tipos trabalhadores.

2.1. Empregado
Empregado é, de acordo com o artigo 3° da CLT, toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a sua dependência e
mediante o pagamento de salário.

Ainda, de acordo com o artigo 15, § 2°, da Lei n° 8.036/90, será considerado trabalhador, toda pessoa física que exerce atividade para empregador, locador ou
tomador de mão-de-obra, excluídos os eventuais, os autônomos e os servidores públicos civis e militares, sujeitos a regime jurídico próprio.

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 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

Regra geral, para os empregados, deverá o empregador fazer o pagamento do FGTS no percentual de 8%, sob o valor devido ou creditado em uma
determinada competência.

2.2. Aprendiz
O aprendiz é aquele jovem de 14 anos até 24 anos de idade que está cursando um programa de formação técnico profissional, e possui um contrato de
aprendizagem formalizado com o empregador, conforme prevê o artigo 403 da CLT, bem como, a IN MPT n° 002/2021.

Este trabalhador é considerado um empregado regido pela CLT, ou seja, haverá a contribuição previdenciária, bem como, o recolhimento de FGTS sob a
remuneração desse aprendiz.

Neste sentido, de acordo com o artigo 15, § 7° da Lei n° 8.036/90 e o artigo 218, parágrafo único, inciso I, da IN MPT n° 002/2021, o valor que o empregador
deverá depositar à conta vinculada do FGTS ao aprendiz é 2% sob a sua remuneração.

2.3. Empregado Doméstico


Com relação ao empregado doméstico, o pagamento mensal do FGTS também é no importe de 8%, como é o caso de empregado de empresas em geral, e
esse recolhimento é efetuado de forma unificada pelo DAE (Documento de Arrecadação do Empregador), conforme artigo 34 da Lei Complementar n°
150/2015.

Importante ressaltar que, no DAE, além do recolhimento mensal do FGTS, no importe de 8%, também haverá o recolhimento das seguintes verbas:

- 7,5% a 14% de contribuição previdenciária a cargo do segurado empregado doméstico, de acordo com a Portaria Interministerial MTP/ME n° 012/2022.

- 8% da contribuição previdenciária patronal, a cargo do empregador doméstico, de acordo com a Portaria Interministerial MTP/ME n° 012/2022.

- 0,8% de contribuição social para financiamento de seguro contra acidentes de trabalho

- 8% de recolhimento para o FGTS

- 3,2% destinado ao pagamento de FGTS da indenização compensatória da perda do empregado, quando ocorre rescisão sem justa causa, ou por acordo
entre as partes, de acordo com o artigo 22 da Lei n° 150/2015.

- Imposto de renda retido na fonte, quando for o caso.

Importante destacar que, caso o empregado doméstico faça um pedido de demissão ou alguma outra forma de rescisão que não possua direito, de forma
total ou parcial, à multa do FGTS, o valor referente aos 3,2% mensal que o empregador doméstico faz o pagamento mensalmente, será liberado para saque,
de forma total ou parcial, conforme a rescisão, para o próprio empregador doméstico.

2.4. Empregado Aposentado


O empregado aposentado que voltar a exercer atividade remunerada como empregado ou que continuar a exercer atividade que já vinha exercendo antes da
aposentadoria será considerado empregado normal, tanto para fins de recolhimento do FGTS, quanto para fins de contribuição previdenciária, nos termos do
artigo 12, § 4°, da Lei n° 8.212/91.

Ou seja, mensalmente o empregador deverá fazer o recolhimento do percentual relativo ao FGTS para esse empregado, normalmente.

2.5. Contrato Verde e Amarelo


O contrato verde e amarelo foi instituído pela Medida Provisória n° 905/2019, no dia 12.11.2019, porém, foi revogado no dia 20.04.2020 com a publicação da
MP n° 955/2020.

Era um contrato diferenciado, com o intuito de criar novos postos de trabalho, para o 1° emprego, de pessoas entre 18 e 29 anos de idade.

Uma das principais diferenças desse contrato era ser possível uma redução do percentual de FGTS, sendo de 2%, conforme previa o artigo 7° da MP n°
905/2019.

Ainda, neste contrato de trabalho, de acordo com o artigo 6° da MP n° 905/2019, o empregador poderia acordar com o empregado o pagamento, mensal, do
valor da multa rescisória, assim, caso ocorresse uma rescisão contratual, não haveria tantos encargos trabalhistas ao empregador.

Para maiores informações referentes à esse contrato de trabalho, orienta-se a leitura do seguinte boletim:

Contrato de Trabalho Verde e Amarelo - Beneficiários, Prazo, Profissões Vedadas, Salário, Férias, Décimo
Boletim n° 24/2019
Terceiro, Jornada, Isenções

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2.6. Empregado Intermitente


O contrato intermitente surgiu com o advento da Reforma Trabalhista - Lei n° 13.467/2017, no artigo 443, § 3° da CLT, trata-se de um contrato de trabalho que
não há o requisito da habitualidade na prestação de serviços, ou seja, existem períodos de atividade e inatividade, de forma alternada, mas não deixando de
ser considerado empregado, e não deixando de possuir todos os direitos e deveres do empregado.

Assim, diferente do que ocorre com empregados habituais na empresa, o empregado intermitente recebe a sua remuneração a cada término de convocação,
com o empregador promovendo o recolhimento do INSS, bem como, do FGTS, porém ocorrerá apenas uma vez ao mês (Artigo 452-A, § 8° da CLT).

O empregador também terá obrigatoriedade de fazer o recolhimento do FGTS, no importe de 8%, sobre os empregados intermitentes.

3. Forma de Recolhimento
O depósito mensal do FGTS é feito por meio de uma guia GRF (Guia de Recolhimento do FGTS), já a multa do FGTS de 40% é recolhida por meio de uma guia
GRRF (Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS).

Ambas as guias são geradas por meio do portal do Conectividade Social, trata-se de um canal obrigatório a todos os empregadores, onde são transmitidos
os arquivos gerados pelo aplicativo SEFIP e GRRF Cliente e geradas as guias GRF e GRRF para recolhimento (Manual de Recolhimentos Mensais e
Rescisórios do FGTS).

Quando ocorre uma rescisão contratual o empregador tem que tomar cuidado para proceder com o recolhimento do FGTS através da guia correta, assim,
para fazer o recolhimento o empregador deverá observar a forma da rescisão para verificar se será feita uma GRRF ou se será feito o recolhimento na GRF
normal do mês:

Tipo de rescisão GRRF GRF

Rescisão a pedido do empregado Não Sim

Rescisão sem justa causa Sim Não

Rescisão por justa causa Não Sim

Rescisão por acordo entre as partes Sim Não

Sim, apenas 8% de FGTS


Rescisão por término de contrato determinado sobre as verbas Não
rescisórias.

Rescisão por quebra antecipado do contrato por prazo determinado (pelo


Não Sim
empregado)

Rescisão por quebra antecipada do contrato por prazo determinado (pelo


Sim Não
empregador)

Rescisão por força maior Sim Não

Resumidamente, caso a forma de rescisão tenha alguma multa do FGTS, com a posterior liberação do saque para o empregado, o empregador deverá fazer o
recolhimento através da GRRF.

3.1. GRF - Guia de Recolhimento do FGTS


A GRF, ou Guia de Recolhimento do FGTS, é o documento utilizado para o empregador fazer o recolhimento do FGTS para trabalhadores que possuem esse
direito, conforme item 6.3.1.1. do Manual de Recolhimentos Mensais e Rescisórios do FGTS.

Essa guia é destinada, especificamente, para os seguintes trabalhadores:

- Trabalhadores regidos pela CLT, que firmaram contrato de trabalho a partir do dia 05.10.1988;

- Trabalhares rurais;

- Trabalhadores intermitentes;

- Trabalhadores temporários;

- Trabalhadores avulsos;

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- Safreiros;

- Atletas profissionais;

- Aprendizes;

- Entre outros;

Para os empregadores fazerem o recolhimento da GRF, deverão prestar informações dos trabalhadores e do contrato de trabalho através da SEFIP.

Agora para empregadores domésticos, a guia para recolhimento, é uma guia única, e deverá ser gerada dentro do eSocial Doméstico, utilizando o serviço
“Emitir Guia de Recolhimento”, nos termos do artigo 34 da LC n° 150/2015 e item 6.3.5.1 deste Manual.

3.1.1. Prazo de Pagamento


O prazo para pagamento da GRF será até o dia sete do mês seguinte ao da competência à que se refere, nos termos do artigo 15 da Lei n° 8.036/90 e item
8.2.2.1 Manual de Recolhimentos Mensais e Rescisórios do FGTS.

Ainda, o referido manual, em seu item 8.2.1.2, determina que se o dia sete do mês seguinte não recair em dia útil, o prazo de pagamento é antecipado para o
dia útil imediatamente anterior.

3.1.2. FGTS em Atraso


De acordo com o artigo 22 da Lei n° 8.036/90, caso o empregador não proceda com os depósitos dos valores relativos ao FGTS no prazo determinado na
legislação, ficará sujeito a Taxa Referencial - TR, sobre a importância não recolhida.

Além da TR sobre o valor não recolhido também irá incidir juros de mora e multa.

Para os empregadores que fazem o recolhimento por GRF, a atualização da guia será feita pela Conectividade Social pelo envio da SEFIP, de acordo com o
item 8.2.1.5 do Manual de Recolhimentos Mensais e Rescisórios do FGTS.

Para os empregadores domésticos, para recolhimentos do FGTS em atraso das competências anteriores à 10.2015, é só acessar o Portal do eSocial,
selecionar a opção “Orientações e Suporte - Empregador Doméstico”, tópico “Guia FGTS - Recolhimento anterior à 10/2015”. Já a partir de 10.2015 basta
gerar a guia DAE novamente, que a mesma já sairá com juros e multa.

Veja a calculadora do FGTS - Recolhimento em Atraso, desenvolvida pela Econet Editora, para simular o valor de recolhimento em atraso do FGTS mensal.

3.1.3. Pagamento em Duplicidade


Ocorrendo o pagamento em duplicidade da guia do FGTS, o empregador poderá solicitar a devolução desses valores pagos a maior através do formulário
RDF, ou então, por meio do Conectividade Social, caso o empregador possua certificado digital.

Conforme o item 6.2.1 do Manual de Orientações - Retificação de Dados, Transferência de Contas Vinculadas e Devolução de Valores Recolhidos a Maior, a
solicitação de devolução por meio do Conectividade Social somente será processado para o pedido pelo motivo de "Pagamento em Duplicidade", para o tipo
de Guia “Mensal” e para devolução “Total”.

Ademais, o Manual informa que o formulário RDF está disponível no site da Caixa, na opção Downloads/FGTS/Extrato e Retificação de Dados, devendo ser
preenchida e entregue em qualquer agência da Caixa.

Caso a sua localidade não possua uma agência da Caixa, o formulário deverá ser enviado diretamente à Centralizadora Nacional de Operações para o
Empregador FGTS.

3.2. GRRF - Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS


A Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS - GRRF, é o documento utilizado para o empregador fazer o recolhimento dos valores referente à multa do FGTS,
aviso prévio, se for o caso, o depósito do FGTS do mês da rescisão, bem como do mês anterior, caso ainda não tenha sido feito o recolhimento, nos termos
do artigo 18, § 1° da Lei n° 8.036/90 e item 7.1.1.1 e 7.1.1.2 do Manual de Recolhimentos Mensais e Rescisórios do FGTS.

Ainda, o referido manual em seu item 7.1.2, determina que a guia GRRF poderá ser gerada nas formas abaixo:

- GRRF - Aplicativo Cliente - guia gerada no aplicativo após a transmissão do arquivo rescisório por meio do Conectividade Social;

- GRRF - Conectividade Social - guia gerada pelo empregador no serviço do CNS;

- GRRF Internet - guia gerada pelo empregador doméstico, na Internet, para rescisões do contrato de trabalho doméstico ocorridas até 31.10.2015.

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Em relação a GRRF Aplicativo Cliente (programa disponível para download no portal da Caixa), o passo a passo para emissão da guia, pode ser consultado
no Manual GRRF ICP versão 3.3.3.1 a partir da página 30.

3.2.1. Prazo de Pagamento


Conforme o item 8.2.3.1 do Manual de Recolhimentos Mensais e Rescisórios do FGTS, o prazo de vencimento da GRRF é até o 10° dia corrido a contar do dia
imediatamente posterior ao desligamento.

Caso o décimo dia seja após ao dia sete do mês subsequente, o vencimento da rescisão e do aviso prévio indenizado vai ocorrer no próximo dia sete.

Ainda, o referido manual em seu item 8.2.1.2 determina que se a data de vencimento cair em dia não útil ou com o último dia útil do ano, o recolhimento será
antecipado para o primeiro dia útil imediatamente anterior ao vencimento.

Dia não útil, para recolhimento da guia GRRF, será considerado o sábado, o domingo e todo aquele constante no Calendário Nacional de Feriados Bancários
que é divulgado anualmente pelo Banco Central do Brasil (Item 8.2.1.1 do Manual de Recolhimentos Mensais e Rescisórios do FGTS).

3.2.2. Multa Rescisória 40%


Primeiramente, importante ressaltar que, com a publicação da Lei n° 13.932/2019, ficou extinta a contribuição social instituída por meio do artigo 1° da Lei
Complementar n° 110/2001, que é o 10% a mais da multa do FGTS em rescisões sem justa causa, a partir de 01.01.2020.

A multa de 40% do FGTS é a regra geral, e será uma obrigatoriedade para o empregador que dispensar o empregado através de uma rescisão sem justa
causa ou uma quebra antecipada de um contrato por prazo determinado, é a previsão trazida pelo artigo 18, § 1°, da Lei n° 8.036/90.

3.2.3. Multa Rescisória 20%


Existe a possibilidade, em algumas situações, da multa rescisória ser de 20%, ao invés de 40%.

Assim, de acordo com a previsão trazida pelo artigo 484-A, inciso I, alínea “b”, da CLT, quando ocorrer uma rescisão por acordo entre as partes, a indenização
sobre o FGTS será reduzido pela metade, ou seja, 20%.

Ainda, de acordo com o artigo 18, § 2°, da Lei n° 8.036/90, quando ocorrer a rescisão por culpa recíproca ou rescisão por força maior, está desde que
reconhecida pela Justiça do Trabalho, o percentual da multa do FGTS também será reduzido para 20%.

Logo, verifica-se que, ocorrendo uma rescisão por acordo entre as partes, uma rescisão por culpa recíproca ou uma rescisão por força maior, desde que
reconhecida pela Justiça, ocorrerá uma redução no percentual da multa do FGTS.

4. Distribuição de Resultados
A distribuição de resultados do FGTS está prevista no artigo 13, § 5°, da Lei n° 8.036/90, inicialmente, se faz necessário entender o que é essa distribuição,
vejamos orientação constante no portal da Caixa:

Fonte: https://www.fgts.gov.br/Pages/sou-trabalhador/distribuicao-de-resultados.aspx

Ou seja, os valores que ficam depositados na conta do FGTS são investidos pela Caixa e o lucro desse investimento é distribuído a todos os trabalhadores
que possuem conta vinculada de FGTS com saldo.

Ademais, para fazer jus ao recebimento da distribuição de resultados, o trabalhador deve ser participante do fundo, ter uma conta vinculada do FGTS com
saldo positivo em 31 de dezembro do exercício-base do resultado auferido, nos termos do artigo 13, § 5°, inciso I, da Lei n° 8.036/90.

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Por exemplo, no ano de 2021 a Caixa pagou a distribuição de resultados aos trabalhadores participantes do Fundo que contavam com saldo em 31.12.2020.
O trabalhador pode conferir o valor recebido em seu extrato do FGTS, o lucro foi distribuído da seguinte forma: para cada R$ 100,00 na conta vinculada do
trabalhador, foram creditados R$ 1,86 conforme notícia do portal da Caixa.

Por último, importante ressaltar, que a distribuição de resultados paga pela Caixa não é a base de cálculo para multa do FGTS de 40% na dispensa sem justa
causa, ou de 20% na rescisão por acordo, pois se trata de um rendimento (lucro) pago pelo Fundo e não depósito de FGTS, conforme prevê o artigo 13, § 7°,
da Lei n° 8.036/90.

5. COVID-19
Durante o período de calamidade pública, em virtude do Coronavírus, o Governo Federal publicou Medidas Provisórias com o intuito de ajudar o empregador,
uma das possibilidades para auxiliar foi a prorrogação e/ou parcelamento o pagamento do FGTS de alguns meses, conforme será exposto a seguir.

Para informações sobre o Coronavírus, veja a área especial desenvolvida pela Econet Editora sobre o assunto.

5.1. Medida Provisória n° 927/2020


Com a publicação da Medida Provisória n° 927/2020, o empregador teve a opção de suspender, de forma temporária, o pagamento do FGTS das
competências de março, abril e maio de 2020, podendo efetuar esse recolhimento, de forma parcelada, posteriormente, sem incidências de multa e juros.

Para maiores informações sobre essa medida, orienta-se a leitura da seguinte matéria:

Coronavírus - Medida Provisória n° 927/2020 - Acordos Individuais, Medidas Trabalhistas, FGTS,


Boletim n° 06/2020
Profissionais da Saúde

5.2. Medida Provisória n° 1.046/2021


Em 2021, com a publicação da Medida Provisória n° 1.046/2021, ficou estabelecido, dentre outras medidas preventivas, a possibilidade de o empregador
fazer a opção de suspender o pagamento do FGTS das competências de abril, maio, junho e julho, mediante a possibilidade de parcelamento em 4 vezes,
sem incidências de multas e juros.

Para maiores esclarecimentos, sugere-se a leitura da seguinte matéria:

Coronavírus - Medidas Trabalhistas - Medida Provisória n° 1.046/2021- Antecipação de Férias, Antecipação


Boletim n° 09/2021
de Feriados, Banco de Horas Negativo, Parcelamento de FGTS

Autor: Equipe Técnica Econet Editora

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