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Clínica cirúrgica de equinos  

 
 Desmotomia patelar medial  
Indicação: tratamento da fixação dorsal da patela – último recurso  
Anestesia e preparação cirúrgica: estação sob sedação e anestesia local – amarrar a cauda,
anestesia local subcutânea (2ml sobre a borda medial dos ligamento patelar central) - parte
distal do ligamento, tricotomia e antissepsia, bloqueio local  
 Técnica cirúrgica:  
 incisão de 1 cm sobre a borda medial do ligamento patelar próximo à junção do
ligamento à tuberosidade da tíbia.  
 Passar uma pinça (kelly curva) por baixo do ligamento patelar medial  
 Seccionar o ligamento através do túnel formado pela passagem da pinça (tenótomo ou
tesoura) 
 Sutura pele com fio inabsorvível (nylon 2-0) ponto simples e interrompido  
 Conduta pós-operatória:  
 Repouso durante 4 a 6 semanas  
 Caminhar puxando ao cabresto a partir de 14 dias  
 Retirada de sutura – 10 a 12d  
 Antibióticos - penicilina (se necessário)  
 Aines – fenilbutazona 4,4mg\kg no dia da cirurgia  
 Soro antitetânico  

 Complicações pós-cirúrgicas: 
 incisão do ligamento errado 
 penetração do tenótono na articulação 
 fragmentação do aspecto distal da patela 
 proliferação óssea próxima a inserção do ligamento patelar intermédio 
 desmite 

 neurectomia do nervo digital palmar\plantar 


→ anatomia: 
 continuação dos nervos palmares lateral e medial 
 palmar\plantar a artéria 
 profundo em relação ao ligamento do ergot 
 0,5 da superfície

→ indicações:
 alívio da dor crônica 
 síndrome do navicular 
 fratura do osso navicular fratura da asa lateral da falange distal 
 calcificação das cartilagens colaterais da falange distal  
→ posicionamento e preparação:
 pode ser realizado com o animal em estação com anestesia local ou com anestesia geral no CC
 animal em estação: sedação e anestesia local (bloqueio abaxial dos ossos sesamóides) 
 os nervos podem ser palpados nesta região, e a infiltração evita que tenha traumas adicionais e
irritação no local cirúrgico 
 10 min após o bloqueio 
 bupivacaína, lidocaína 
 maior risco 
 a região cirúrgica tem que ser tricotomizada e usar campo cirúrgico 
 anestesia geral no cc: o animal pode ficar em decúbito lateral ou decúbito dorsal (melhor) 
 técnica cirúrgica: 
 método da guilhotina: 
 incisão de 2cm de comprimento por cima da borda dorsal dos tendões flexores 
 o nervo é cortado na extremidade distal da incisão 
 o tecido subcutâneo poderá ser fechado com suturas de material sintético absorvível (vicryl) 
 a pele é fechada com fio inabsorvível - nylon - sutura simples separado
 a sutura geralmente não é realizada com animal em pé
 pós-operatório:
 bandagem compressiva por 21d – mínimo
 fenilbutazona (aine) 4,4mg\kg, EV 5 a 7d
 antibioticoterapia pouco usada mas se for pode ser penicilinas
 retirada de suturas – 10d
 repouso por 60d – caminhadas puxado após o 10d
 complicação cirúrgica
 neuroma
 ruptura de tendão flexor digital profundo
 reinervação
 exungulação
 desmotomia do ligamento acessório do TFDP – CHECK INFERIOR
indicações:
 desmite crônica
 deformidade flexura interfalangiana distal
 contratura do TFDP
 potros causas: fator nutricional, predisposição genética e restrição do exercício
 adultos causas: dor e trauma

 Posicionamento e preparação:
 Anestesia geral – decúbito lateral ou dorsal
 Tricotomia ampla da área e antissepsia
 Técnica cirúrgica:
 Incisão de 3 a 4cm da borda cranial do tfdp lateral ou medial
 Dissecação romba do tecido conjuntivo, incisão no paratendão
 Separação do ligamento
 Incisão do ligamento
 Remoção de 1cm do ligamento
 Paratendão e fáscia – sutura em única camada com ponto simples contínuos – fio absorvível (vicryl 2-0)
 Pele - sutura simples continua ou simples separada com fio inabsorvível – nylon 2-0
 Pós-operatório:
 Curativo estéril sobre a incisão
 Bandagem: parte proximal metacarpo até a faixa coronária do casco (troca 3 a 4d) – 3 semanas
 Fenilbutazona 4,4mg\kg bid 24h
 Controle da dor
 Retirada de sutura: 12 a 14 dias
 Caminhar puxado a partir do 5 dia
 Complicação pós-cirúrgica:
 Fibrose
 Contratura recorrente – falha no exercício pós cirúrgico
 Prognóstico: favorável

 Tenotomia do extensor digital lateral:



Anatomia

Ligamento colateral da soldra na fíbula e na tíbia proximal

Palpável 1\3 proximal metatarso
indicações:
 Harpejo: hiperflexão involuntária dos posteriores
 Posicionamento e preparação
 Estação: sedação com anestesia local, anestesia geral – decúbito lateral ou dorsal
 Técnica cirúrgica:
 Incisão lateral: sobre o tendão extensor lateral, logo após junção extensor longo
 Incisão proximal sobre o ventre muscular através da fáscia
 Liberação do musculo
 Dissecação romba e elevação do tendão
 Exérese sobre o tendão na incisão distal
 Liberação do músculo
 Incisão do músculo: retirada de margem de segurança
 Fáscia e tecido subcutâneo: sutura simples separada ou contínua com fio absorvível n0
 Pele: sutura simples separada com fio inabsorvível n.0
 Pós-operatório:
 Bandagem compressiva desde a tíbia até a quartela
 2 a 3 semanas
 Sutura – 12 d]
 Repouso
 14 dias caminhar

 Tenotomia do flexor digital profundo (TFDP)


 Anatomia:
 indicações:
 Deformidade flexural da articulação interfalangiana distal
 Laminite crônica: rotação da 3 falange
 Posicionamento e preparação:
 Região da quartela – animal sob anestesia geral e decúbito lateral
 Região do metacarpo – animal em estação, sob sedação e anestesia local (4 pontos altos)

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