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Patologias dos membros

superiores
Flávia Didier
Doenças do Ombro

 Mais frequentes:
• Lesão do manguito rotador
• Tendinite calcárea
• Capsulite adesiva
• Luxação
Anatomia
 Cintura Escapular:

Gleno-umeral
Esterno-clavicular
4 articulações
Acrômio-clavicular

Escápulo-torácica
Cinesiologia

 ADM do Ombro:
Cinesiologia

 Ritmo Escapuloumeral:
Falha destes mecanismos

 Instabilidade:
Luxação

 Incongruência articular:
Luxação
Luxação

 Eventos traumáticos podem ocasionar


roturas do labrum e levar a
instabilidade glenoumeral ou luxação
recidivante do ombro.
Luxação

 Lesão do labrum (Bankart) – Reparo artroscópico


Luxação
 Processo coracóide:
importantes estruturas
vásculo-nervosas
medialmente.
Luxação
 Processo coracóide: utilizado como anteparo ósseo em cirurgias para
instabilidade do ombro.
Ombro

 3 Camadas:

 Superficial (muscular):
 Deltóide
 Peitoral Maior

 Média (muscular):
 Manguito Rotador

 Profunda:
 Estruturas fibroligamentares e cápsula articular
Ombro

 Rotadores– inserções:

Supraespinhal
Tuberosidade
Infraespinhal maior
Redondo menor

Tuberosidade
Subescapular
menor
Ombro Doloroso

 Ombro Doloroso = Múltipla causas

 Tendinites
 Roturas de Manguito
 Calcificações
 Lesão de cartilagem
 Instabilidades
 Bursites
Síndrome do Impacto

 Impacto repetitivo da bursa e tendões do manguito rotador no arco


coracoacromial
Síndrome do Impacto

 Etiopatogenia:
• fenômeno degenarativo primário
• microtraumas em Elev, Ad e RI
• desequilíbrio entre as forças do deltoide e MR
• alterações anatômicas
Síndrome do Impacto

 Etiopatogenia:
• ação de rolamento e abaixamento da cabeça umeral realizada pelo MR
Síndrome do Impacto

 Etiopatogenia:
Síndrome do Impacto
Síndrome do Impacto

 Fase I
 < 25 anos
 dor aguda após esforço prolongado
 edema e hemorragia na bursa e tendões
 Reversível
 não há ruptura
Síndrome do Impacto

 Fase II
 25 – 40 anos
 dor crônica
 processo inflamatório crônico
 fibrose e tendinite
 ruptura parcial
Síndrome do Impacto

 Fase III
• > 40 anos
• dor constante
• perda de força de elevação
• ruptura completa de um ou mais tendões
Síndrome do Impacto

Tratamento Fase I Tratamento Fase II

• Conservador  Conservador - 70% de resposta


• AINH  AINH
• Crioterapia  FST
• FST - ????  Cirúrgico – após 3 a 6 meses de
tratamento conservador
Síndrome do Impacto

 Reabilitação Fase II
 FST anti-inflamatória e analgésica (crioterapia, TENS, U.S, ondas curtas)
 fortalecimento dos músculos do MR e adutores do ombro (responsáveis pelo
abaixo da cabeça umeral) para redução do atrito acromioumeral e da
evolução do processo inflamatório e degenerativo.
Síndrome do Impacto

 Reabilitação Fase II

Adutores RI RE
Síndrome do Impacto

 Cirurgia Fase II (se não houver nenhuma ou pouca


melhora em 3 meses)
• descompressão subacromial aberta ou artroscópica

Regularização da borda
acromial ântero-inferior,
com ressecção de
osteófitos e sinovectomia
subacromial-subdeltódea
Síndrome do Impacto

 Tratamento Fase III


• Cirúrgico
• Idade <60 anos indicação absoluta

Descompressão
subacromial + reparo
tendinoso e reinserção
óssea
Roturas de Manguito Rotador
Roturas de Manguito Rotador

 Ressonância magnética:
Roturas de Manguito Rotador

 Rotura Supraespinhal
Roturas de Manguito Rotador

 Tratamento

Tendinoses do Roturas do
manguito manguito
rotador, cabeça rotador
longa do bíceps,
bursites

CONSERVADOR CIRÚRGICO
Roturas de Manguito Rotador

 Reparação do manguito via artroscópica:


Roturas de Manguito Rotador

 Reparação cirúrgica:
Tendinite Calcária

 Resumo:
• Degeneração e calcificação tendinosa
• Supra-espinhal mais frequente
• > 30 anos
• Mais frequente em mulheres
• Maioria assintomáticos (?)
• Auto-limitada
Tendinite Calcária

 Imagem
Tendinite Calcária

•Fase I •Fase II •Fase III


•Pré-calcificação •Calcificação • Pós-calcificação

-metaplasia - formação -maturação do


fibrocartilaginosa - reabsorção tecido de
- assintomática granulação
-produção de
colágeno
Tendinite Calcária

 Tratamento
 Conservador (analgesia, anti-inflamatório, perservação da mobilidade,
prevenção da calcificação)
• Cirúrgico:

- progressão dos sintomas

- dor constante que prejudica as atividades


Tendinite Calcária
Capsulite Adesiva

 Redução do ADM do ombro devido à retração e redução volumétrica da


cápsula articular
 20% idiopática
Capsulite Adesiva

 Estágios:
• 1 - pré-adesivo: reação inflamatória sinovial.
• 2 - sinovite adesiva aguda: sinovite proliferativa aguda e início do
colabamento dos recessos articulares e aderências da cápsula à cabeça
umeral.
• 3 - maturação: regressão da sinovite e colabamento do recesso axilar
• 4 - crônico: aderências maduras, intensa restrição do ADM
Capsulite Adesiva

 Classificação:
 primária x secundária

• Secundária:

- intrínseca: tendinite do MR, artrose, bursite

- extrínseca: fratura do punho, AVC, epilepsia, lesões da coluna cervical,


doença pulmonar crônica

- sistêmica: diabetes, hipotireoidismo


Capsulite Adesiva

 Quadro Clínico (dor, limitação de movimento)


Capsulite Adesiva

 Tratamento
• Analgésicos e AINH
• Corticoides
• Bloqueio anestésico do n. suprasescapular
• FST
Capsulite Adesiva

 Fisioterapia:
- crioterapia 30min 2 a 3x/dia
- TENS
- exercícios pendulares e de mobilização passiva do ombro 2 a 3x/dia iniciados
por fisioterapeuta e repetidos em casa
Capsulite Adesiva
Capsulite Adesiva
Capsulite Adesiva
Capsulite Adesiva

 Tratamento
• Casos graves e refratários
- manipulação sob anestesia
- desbridamento do tecido sinovial e liberação capsular
Avaliação Ombro

 Boa avaliação → Boa conduta

 Anamnese

 Exame Físico:
 Inspeção
 Palpação
 Testes específicos
 Goniometria
 Teste de força muscular

 Exames complementares

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