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Objetivos

AULA 6
•  Metodologia da análise radiográfica
•  Tipos de fratura
•  Consolidação de fratura
•  Doença da articulação

DOENÇA DA ARTICULAÇÃO

Ø Estreitamento do espaço articular

Ø Edema de partes moles

Ø Osteoporose periarticular

Ø Erosões periarticulares

Ø Esclerose subcondral
O TENDÃO

Augusto Castelli von Atzingen


Pouso Alegre
Objetivos AULA 7
•  Definições
•  Tendinose x tendinite
•  Processo de cicatrização
•  Doenças do Ombro, Cotovelo, Punho, Quadril,
Tornozelo e Pé
•  Lesões musculares
TENDINOPATIA à 30 A 50% de todas as lesões
esportivas.

LESÃO à macrotraumática / microtraumática*.

TENDINITE X TENDINOSE

Níveis altos de tensão e por longos períodos à
determinando a resposta inflamatória e
reparação.
Baixo nível de atividade metabólica e vascularização
variável.
ANATOMIA E FISIOLOGIA

Tecido cartilaginoso que une um músculo a um


osso, geralmente próximo a uma articulação.
Função é desempenhada através de constante
solicitação de tração.

F i b r a s c o l á g e n a s à s u b s t â n c i a r i c a e m
proteoglicanos.
Fibras colágenasà dispostas de forma paralela,
com discreta ondulaçãoà maior resistência a
tração.

Metabolismo baixo, vascularização baixa em
relação a sua funçãoà hipóxiaà áreas de
fricção, torção e compressão.

Transição miotendínea e transição ósteo-
tendínea.

Trauma do tendão(fases):
a)Inflamatória;
b)Proliferativa fibroblástica;
c)Reparação.

Cicatrização depende da proximidade das
extremidades lesadas.

a)Fase inflamatória: efusão hemorrágica e
necrose, migração de fagócitos, proliferação
celularàtendão de calibre aumentadoà
aspecto exsudativo.
b)Fase proliferativa: produção de fibroblastos e
neovascularização.

c)Fase reparação: organização dos fibroblastos e
reorganização do tendão.

Fases proliferativa e inflamatóriasà4
semanasà alterações de calibre e textura.
Fase reparaçãoà mais 4 semanasà colágeno
mais maduro e resistente.

Maturação máxima do colágeno após 4 a 6
meses.

CLASSIFICAÇÃO
a)Tendinite aguda: macrotrauma ou agudização
de microtraumas. Dura no máximo 30 dias.
b)Tendinite crônica: microtraumas ou pós-
macrotrauma com reparação tecidual.
c)Rotura parcial ou total.

CLASSIFICAÇÃO Clancy e Bonar:
a)Tendinite: curto período degeneração
sintomática com lesão vascular e resposta
inflamatória reparadora.
b)Paratendinite: camada externa do tendão com
ou sem envolvimento sinovial.
c)Tendinose: degeneração intratendínea sem
sinais de resposta inflamatória clínica ou
c a u s a d a p e l o e n v e l h e c i m e n t o o u
microtraumas.
d)Rotura macroscópica parcial ou total.
OMBRO
Músculos em diversas orientações.
Manguito rotadorà anel tendões.
Ombro dolorosoàsegunda maior incidência no
consultório ortopédico, sexta década e 30% da
população.

BIOMECÂNICA DO OMBRO

BIOMECÂNICA DO OMBRO

Articulação instável, arco córaco-acromial/
cabeça umeral, manguito rotador e deltóide.
Manguito rotador: subescapular, supra-espinhal,
infraespinhal e redondo menor.

PATOLOGIAS
a)Síndrome do impacto: 1972, dolorosa,
natureza microtraumática e degenerativa.
Zona críticaà hipovascularizada. Atrito contra
o arco córaco-acromial.

Fases clínicas da síndrome do impacto:
Fase 1: Dor aguda, reversível, 3ª década, edema,
micro-hemorragias, aumento do calibre e
hipoecogenicidade textural.
Fase 2: dor crônica, noturna, arremesso, rotura
microscópica, contornos irregulares, fibrose e
heterogenicidade. Volume aumentado ou não.

Fase 3: rotura macroscópica, dor constante e
perda da força. Acima dos 40 anos, 90% supra-
espinhal e 25% infra-espinhal. “Cabeça
careca” , irregularidade óssea e degeneração
gordurosa muscular.
b)Rotura aguda do manguito rotador: trauma
agudo, efusão líquida na goteira bicipital e
distensão líquida da bursa subacromio
deltóidea . Tamanho da lesão.

c)Bursite: primária líquida e espessamento
parietal, com clínica semelhante a síndrome
do impacto.

d ) T e n d i n o p a t i a c a l c á r i a : e t i o l o g i a
desconhecida, dor(macrófagos)e 30 -70 anos.

e)Capsulite adesiva: rigidez progressiva
àombro congelado, volume reduzido,
associação com diabetes, hipotireoidismo e
epilepsia.

f)Artrite acrômio-clavicular: traumática ou
atraumática, hauterofilismo e progressiva.
Aumento do volume, redução do espaço e
irregularidade óssea.

g)Instabilidade gleno umeral: ombro doloroso
em jovem.
g.1)Traumática: unilateral, lesão de Bankart,
recorrência em 95%, anterior 98% e lesão de
Hill Sachs
g.2)Atraumática: pode ser bilateral, frouxidão
ligamentar com hipermotiliidade articularà
voleibol, tênis e natação.

h)Ombro pós-cirurgico: anatomia alterada,
rotura? tendinite?
MANGUITO ROTADOR
< 60 anos > 60anos

ROTURA TRAUMÁTICA LESÃO MÚLTIPLA E/OU CRÔNICA


ROTURA ISOLADA SUPRA-ESPINHAL ATROFIA MUSCULAR

BOM PROGNÓSTICO MAL PROGNÓSTICO


COTOVELO
Dobradiça, tendinopatias de inserção à
epicôndilos laterais e mediais, triceps e biceps
braquial.
Tendões epicondileanos laterais: extensores
radial longo do carpo, radial curto do carpo,
comum dos dedos e próprio do dedo mínimo
e ulnar do carpo.
Tendões epicondileanos mediais: flexores ulnar
do carpo, digitais superficiais, radial do carpo
e pronador redondo.
Ligamentos medial e lateral.
Nervo ulnar.
Tendão do triceps.
Bursa olecraniana.
Tendão do biceps braquial.

PATOLOGIAS

a)Epicondilite lateral: preensão, dorsiflexão e
pronação. Tenistas quarta década.

b)Epicondilite medial: sobrecarga da origem
flexora, arremessadores e golfistas. Diferencial
lesão crônica do ligamento colateral ulnar e
neurites.

c)Tendinopatia do bíceps: levantadores de peso.

d)Tendinopatia do tríceps: queda com a mão
e s p a l m a d a . I n s e r ç ã o n o o l é c r a n o .
Hiperparatireoidismo e Lupus.

e)Bursite olecraniana: trauma direto no olécrano.
f) Lesão do ligamento colateral medial: estresse
em valgo do cotovelo. Diferencial avulsões do
epicôndilo medial.

g)Subluxação do nervo ulnar: trauma local do
retináculo.

h)Derrame articular: primário por artrite ou
secundário a lesão ligamentar ou óssea.
PUNHO
Articulações e movimentos do punho são
inseparáveis da mão.
Movimentos complexos.
DORT - Doenças osteomusculares relacionadas
ao trabalho.
LER.
Sídrome do túnel do carpo.
ANATOMI A

Tendões extrínsecos.
Face dorsal e ventral.
Face dorsal: seis túneis ósteo-fibrosos.
Da face radial para a ulnar:
1º túnel: abdutor longo(ventral) e extensor
curto do polegar(dorsal). Inserem na base do
primeiro metacarpo e falange proximal do
primeiro dedo. Borda epifisária radial e
tabaqueira.
2º tunel: extensores radial longo (radial) e curto
(ulnar) do carpo. Inserem na base do segundo
e terceiro metacarpo. Ponto de conflito na
antebraçono cruzamento da musculatura.

3º tunel: extensor longo do polegar. Insere na
falange distal do polegar. Conflito tubérculo
de lister.

4º túnel: extensor próprio do indicador e
comum dos dedos. Inserem na falange média
dos dedos.

5º túnel: extensor próprio do mínimo.
Articulação rádio-ulnar distal.

6º túnel: extensor ulnar do carpo. Insere na
base do quinto metacarpo. Conflito processo
estilóide da ulna.

Face ventral: flexão dos dedos e punho. Túnel
do carpoà nervo mediano.
Quatro flexores superficiais e quatro profundos
dos dedos, flexor longo do polegar e o nervo
mediano.

Polias arciformes: face ventral na articulação
metacarpo-falangeana.

Articulação: face dorsal do punhoà cistos,
espessamentos sinoviais ou irregularidades da
superfície óssea.

PATOLOGIA
Aumento do calibre, com halo de edema sinovial
focal na área de conflitoàtenossinovite.
Dor local, edema, hiperemia e creptação.
1º túnel: tenossinovite de Quervain. Mulheres com
alteração hormonal, desvio ulnar da mão,
pinçamento com flexão e extensão.

2º túnel: síndrome da intersecçãoàmusculatura
comprime o primeiro túnel.

Síndrome do túnel do carpo: neuropatia
compressiva mais frequente, mulheres,
sensibilidade da mão e melhora com massagem.
Inserção muscular, fraturas mal consolidadas,
cistos sinoviais, tumores e retenção líquida.

Cistos sinoviais: distensão articular. Mais
comum: face dorsal entre o segundo e o
quarto túnel , adjacente ao osso semi-lunar no
carpo e na face ventral adjacente ao feixe
v á s c u l o - n e r v o s o r a d i a l . C i s t o s
tendíneosàadjacente ao tendão e sem
comunicação articular.

Tenossinovite estenosante da 1ª polia
arciforme (dedo em gatilho): flexores dos
dedos no nível da articulação metacarpo-
falangeana. Mulheres de 40 e 60 anos,
terceiro e quarto dedos.

Artrite reumatóide: agressiva para articulação e
tendões. Extensorà terceiro e quarto túneis.
Flexorà túnel do carpo.
QUADRIL ADULTO
Equilibrio estático vertical à coluna.
Músculos vigorosos.
Impotência funcional e dores.

PATOLOGIA

Crista ilíaca: periostites focais à musculatura
abdominal. Desinserções da musculatura na
região posterior da crista ilíaca.

Fratura por arrancamento da espinha ilíaca ântero-
superior pela tração brusca da inserção do
sartório e tensor da fáscia lataà corrrida, saltos
e saltos em altura. Dor abrupta, estalido,
impotência funcional, tumefação e jovens.

Lesão muscular: movimento da coxa e coluna
lombar. Lesões frequentes estiramento dos
adutores, reto anterior e ilío-psoasà futebol.

Tendinopatias: esforço repetitivo (microtraumas).
Mais comum tendinite do glúteo médioàdor ao
longo do membro inferior e trocânter maior.

Tendinopatia calcária.
Adutores do pubis: trações musculares no
pubisàquadro inflamatório osteocondral
(pubalgia)à irradia para região inguinal,
pioracom arrancadas, mudanças rápidasda
posição sentada par de pé, leito, tosse e ato
sexual.
Bursite trocantérica: dor na face lateral do
membro inferiorà efusão líquida.

Coxo-artrose.

JOELHO
Articulação de sustentaçãoà traumas indiretos.
Pouca proteçãoà poucas estruturas tecidos moles.

PATOLOGIA

Tendinopatias : quadro agudo após atividade
esportiva e limitação funcional.

Tendinopatia quadriceps: retofemoral anterior,
vastos lateral, medial e intermédio. Acima dos 40
anos.
Tendinopatia patelar: gordura de Hoffa e <
40anos. Osgood Schlatter.

Tendinopatia da pata de ganso: semitendinoso,
grácil e sartórioàposteriormente e
adjacentes ao côndilo medial do fêmur,
anteriormente ao côndilo medial da tíbia até
inserir na superfície ântero medial.

Tendinopatia do biceps femural: inserção na
cabeça da fíbula.

Bursas: espaços virtuaisà dimimuir o atrito.
Pré-patelar, supra-patelar, infra-patelar profunda,
pata de ganso e cisto de Baker.

C i s t o d e B a k e r à d i s t e n s ã o d a b u r s a
semimembranoso/gastrocnêmio medialà dor e
limitaçãode movimento.

Derrame articular.

Lesão menisco-ligamentar: dor inchaço, mais
frequente são degenerativas, menisco medial e
ligamentos.
TORNOZELO E PÉ
Tornozeloà extremidade distal da tíbia e seu
maléolo, o maléolo da fíbula e o ligamento
transverso inferior.
Péà retropéà tendão de Aquiles na tuberosidade
posterior do calcâneo e músculos tibiais e
fibulares equilibram o calcâneo.
Antepéàmovimentos de deslocamento e
impulsão.
Lesões crônicas passam despercebidas.
ANATOMIA

Tornozelo à quatro grupos de tendão:

a)Anterior(tibial anterior, extensor longo do
halux e extensor longo dos dedos)
b)Posterior(aquilesàmais espesso do corpo).
c)Medial(tibial posterior, flexor longo dos dedos
e flexor longo do hálux).
d)Lateral(fibular longo e fibular curto)

PATOLOGIA

Tendinopatiasà defeitos de apoio, marcha,
calçados inadequados e excesso de atividade
física.
Aquilesà atletas de fim de semana, faixa 40
anos e calçados.
Enfermidade de Haglundà proeminência
póstero-superior do calcâneo.
Bursite.

Neuroma plantar interdigital (neuroma de
Morton): nódulo por hipertrofia do ramo digital
do nervo plantar na articulação metatarso-
falageana, entre o terceiro e quarto dedos em
topografia epifisária. Trauma crônico por uso de
sapatos justos ou trauma agudo.

F a s c i t e p l a n t a r : p r o c e s s o i n f l a m a t ó r i o
microtraumático por tração do complexo
músculoaponeurótico, na face póstero-interna.
Comum em atletas maratonistas e mulheres por
sobrecarga crônica.

Lesão ligamentar: ligamento fíbulo-talar
anterior(70% em entorses, medindo 2 cm),
calcâneo-fibular(20%) e deltóide(10%).

MÚSCULO
Ø 620 músculos, 30% das lesões desportivas são de
origem muscular: quadríceps, ísquio-tibiais,
adutores, bíceps femoral e tríceps sural.
Ø Trauma e força extrínseca.
Ø Tipos de fibras: contração lenta, contração rápida
e fatigável e intermediárias.

Edema muscularà aumento sorológico de enzimas


musculares com infiltração hemorrágica e
inflamatória localà microroturas de fibras.
Lesão muscular estágio I: lesões leves,
estiramento, dor focal, não existe perda da
f u n ç ã o , e q u i m o s e e e d e m a d i s c r e t o .
Recuperação entre 7 a 15 dias.

Lesão muscular estágio II: roturas parciais, menos
de 1/3 do calibre do músculo. Dor, fraqueza
muscular e recuperação em 15 a 30 dias.

Lesão muscular estágio III: roturas parciais
moderadas e mesmo totais, dor intensa perda
funcional, grande equimose local, recuperação
em 30 a 60 dias.

Cicatrização muscularà três fases:

a)Inflamatória: dura 6 dias.
b)Proliferativa: 3 a 12 dias.
c)Remodelação: 15 a 60 dias.

Complicações:
Fibrose, hematoma encistado, recidiva e miosite
ossificante.

MILES DAVIS

augustovonatzingen@gmail.com

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