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“A empresa Concretix instalou-se na cidade de Vitória, no Espírito Santo, para a produção de

cimento. Teve um início promissor, na medida em que conquistou diversos clientes em razão de
seu preço competitivo, passando a deter 10% do mercado relevante após dois anos de
operação. No entanto, ao longo do terceiro e quarto ano de operação passou a enfrentar sérios
problemas, pois os seus dois principais concorrentes, que detém 35% e 40% do mercado
relevante, respectivamente, passaram a impor cláusulas de exclusividade a seus clientes, de
forma coordenada e concertada. Em razão da progressiva perda de mercado, a Concretix teve
que encerrar as suas atividades. Pergunta-se: que providências pode ela tomar para
ressarcir-se dos prejuízos causados. Quais os fundamentos jurídicos e doutrinários que
embasam a sua resposta?”

Aluno: Raimundo Vinícius Silva de Arruda NUSP: 13715231

Diante da situação descrita, a empresa Concretix pode adotar algumas


providências para buscar o ressarcimento dos prejuízos causados pela imposição
das cláusulas de exclusividade por seus concorrentes.

Uma das possibilidades seria a apresentação de uma denúncia formal


junto ao CADE, relatando os fatos ocorridos e fornecendo as evidências necessárias
para comprovar a existência de uma conduta coordenada e concertada por parte
dos concorrentes. Nesse sentido, a Concretix poderia buscar amparo na Lei de
Defesa da Concorrência (Lei nº 12.529/2011), que proíbe práticas anticompetitivas
que possam prejudicar a livre concorrência.

Os fundamentos jurídicos que embasam a resposta estão relacionados


ao princípio da livre concorrência, que visa garantir a eficiência econômica, a
proteção do consumidor e o estímulo à inovação. A imposição de cláusulas de
exclusividade pelos concorrentes, de forma coordenada e concertada, configura
uma prática anticompetitiva que pode prejudicar a entrada e a permanência de
novos competidores no mercado, além de limitar a escolha dos consumidores.

Referências:

Cartel dos compressores: Agravo de Instrumento n. 2000707-12.2015.8.26.0000 –


TJ/SP e Medida Cautelar n. 24.408 - SP (2015/0133626-1) – STJ.

Cartel dos gases. Ação n. 0008983-48.2012.4.09.6105 – Justiça Federal em


Campinas/SP

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