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FACAPE- Faculdade de Petrolina

Curso de Férias de Direito das Minorias.


O presente relatório tem como objetivo registrar as principais informações
transmitidas na palestra da aluna Luana acerca da ausência de legislação específica sobre
direito dos homossexuais.
A palestrante explanou que identidade de gênero é a maneira como você se enxerga, o
gênero que você se sente parte (mulher, transgênero e homem) e que a orientação sexual
indica pelo que você sente atração, mostra para que lado a sua sexualidade está “orientando”
(heterossexual, bissexual e homossexual).
Posteriormente foi apresentado o contexto histórico, mostrando que em Creta a
homossexualidade era algo comum. Em Atenas havia um estatuto social que o ato sexual com
indivíduos do sexo oposto era para atender a necessidade de procriação.
Foi ressaltado que a homossexualidade era definida como homossexualismo,
considerando que o sufixo ismo significa doença, distúrbio, anormalidade, mas com o
decorrer do tempo e várias pesquisas biológicas e psicológicas, a homossexualidade foi
retirada do rol de doenças. A partir de então o homossexual começou a ter mais visibilidade.
É imperioso destacar que o legislativo sempre negligenciou a necessidade de dar
proteção legal para quem vive em homoafetividade.
Foi levantado que algumas minorias possuem legislação específica, como o Estatuto
do Idoso (proteção ao idoso), Lei Maria da Penha (proteção às mulheres), dentre outras.
No âmbito do Judiciário, apenas em 2011 O Supremo Tribunal Federal decidiu,
equiparar as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre homens e
mulheres. Na prática, a união homoafetiva foi reconhecida como um núcleo familiar como
qualquer outro. O reconhecimento de direitos de casais gays foi unânime.
Somente a partir de 2013, também se tornou possível que pessoas do mesmo gênero
se casem, após o Conselho Nacional de Justiça editar a Resolução nº 175/2013, que impede
que cartórios se recusem a celebrar casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo
território nacional. Antes disso, quando a união homossexual não era juridicamente
reconhecida como entidade familiar, muitas vezes se negava a adoção por estes casais sob a
alegação de que a dupla não vivia em união estável, nem era casada, requisito essencial
estabelecido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
Atualmente, entretanto, após a equiparação de direitos das uniões homoafetivas com
as heteroafetivas, a controvérsia sobre a constituição ou não de casamento ou união estável
desaparece, tornando-se possível que os homossexuais atendam todos os requisitos objetivos
estabelecidos pelo Estatuto.
Em 25/10/2013ocorre o primeiro casamento homoafetivo em Petrolina.
Em junho de 2019, através do julgamento da ADO 26, a homofobia e transfobia
passam a ser crime de racismo e a pena para tal crime prevê três anos de reclusão e multa,
além de ser crime inafiançável.
Também foi mencionado o nome do Deputado Federal Jean Wyllys (PSOL-RJ),
primeiro parlamentar assumidamente gay a encampar a agenda LGBT no Congresso
Nacional, tornando-se um dos principais alvos de grupos religiosos e conservadores,
principalmente nas redes sociais.
Relatório 3

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