Você está na página 1de 32

IGNORÂNCIA CULPÁVEL DOS FALSOS PROFESSORES

Livre exame
Seio de (interpretação)
Abraão

INTRODUÇÃO Intercessão Considerações


dos Finais
Jesus
Justos
Único e
Kadish
Suficiente
Mediador
Introdução
● O presente trabalho pretende apresentar temas
não abordados por protestantes, os quais estão
presentes na bíblia, ou são costumes judaicos
da época de Cristo, ou, ainda, são realidades
cridas e professadas desde antes da vinda de
Cristo, mas os protestantes ignoram tais
realidades de uma forma muito proveitosa para
manter suas narrativas, principalmente em
ataque á Igreja Católica.
IGNORÂNCIA CULPÁVEL DOS FALSOS PROFESSORES

Livre exame
Seio de (interpretação)
Abraão

INTRODUÇÃO Intercessão Considerações


dos Finais
Jesus
Justos
Único e
Kadish
Suficiente
Mediador
Seio de Abraão
● Os pregadores da dormição da alma, ou da
inconsciência da alma após a morte, no aguardo
da ressurreição do último dia ignoram de forma
muito oportuna para suas narrativas o que Jesus
narra em Lc 16,19-31.
● Ocorre que o termo “Seio de Abraão” não é uma
criação de Cristo naquele momento, mas uma
realidade crida pelos judeus desde muitos séculos
antes. Senão vejamos.
Seio de Abraão
● Tal realidade é citada também no 4º livro dos
Macabeus, Apocalipse de Sofonias, dentre outros
livros apócrifos.

Não estou usando a


autoridade de tais livros
para confirmar essa
realidade, mas apenas
para descrevê-la.
Seio de Abraão
● No quarto Livro de Macabeus, 13,17 há a
descrição do seio de Abraão como um lugar
para onde as almas dos justos, dos mártires,
dos bem aventurados iam após a morte. Tanto
as almas dos justos, quanto as dos injustos,
todas iam para o Hades, no entanto, as almas
dos justos eram preservadas dos sofrimentos
do Inferno, ficando na proteção de Abraão.
Seio de Abraão
● O Apocalipse de Sofonias descreve um rio e não um
abismo como divisor entre o local das almas dos bem
aventurados e o lugar de tormento.
● O importante é saber que as almas estão em um
mesmo ambiente, tanto as dos justos, quanto aquelas
dos injustos, aparecendo nos livros de Macabeus,
Apocalipse de Sofonias e outros da mesma época a
idéia de vida eterna e morte eterna, que posteriormente
foi abandonada pelos judeus, mas reafirmada por Cristo
e pelos apóstolos.
Seio de Abraão
● Logo em Dn 12,2 há o relato dessa realidade binária, “uns para
a vida eterna, outros para ignomínia, a infâmia eterna”.
● Alguns Deuterocanônicos também falam dessa dualidade, como
Sb 4,19.
● Dessa forma, havia uma realidade, a qual foi confirmada por
Cristo na parábola de Lázaro e o rico opulão, chamada de Seio
de Abraão, sendo que tal realidade é descrita em alguns livros
apócrifos que, longe de querer que tais livros confirmem tal
realidade, é justamente o Evangelho que confirma os apócrifos,
sendo ainda confirmado com riqueza razoável de detalhes por
Cristo,
IGNORÂNCIA CULPÁVEL DOS FALSOS PROFESSORES

Livre exame
Seio de (interpretação)
Abraão

INTRODUÇÃO Intercessão Considerações


dos Finais
Jesus
Justos
Único e
Kadish
Suficiente
Mediador
Kadish
● Kadish é uma forma de oração, muitas vezes
vinculadas ao luto, dentro da cultura judaica.
Havia o hábito de se rezar pelas almas dos
falecidos e ainda há tal hábito também dentro
da cultura judaica. Os que pregam que a bíblia
não autoriza rezar pelos mortos, não sabem
informar em qual passagem Jesus ou os
apóstolos proibiram os judeus de seguirem com
tal prática.
Kadish
● Jesus e os apóstolos trataram de vários hábitos
judaicos, tais como ratos, copos, utensílios de
metal, lavar as mãos, hábitos alimentares,
usando de palavras bem duras como “o deus
deles é o estômago” (Fl 3,19);
Kadish
● Em que pese os irmãos macabeus tenham
morrido por causa da recusa de comer carne
de porco, Paulo orienta em 1Cor 10,25-27 que
o fiel pode comer de tudo o que vende no
açougue, inclusive podendo comer na casa de
um infiel e fala, ainda, para não recusar nada
por motivo de consciência.
Kadish
● Dessa forma, apesar da riqueza de detalhes em falar de
alguns hábitos, ao não abordar tais hábitos no Novo
Testamento, em vez de dizer que os Evangelhos não
autorizam, nós devemos dizer que o Evangelho não proíbe.
● Assim sendo, da mesma forma que em 2Mc 12,46 há o relato
do sacrifício pelo pecado do povo, da mesma forma, mesmo
alguns considerando o livro como apócrifo, não se trata de
não haver permissão, mas não haver proibição, tendo em
vista que havia tal costume na época de Cristo e dos
apóstolos, da mesma forma que lavar talheres, copos,
utensílios de metal, etc.
IGNORÂNCIA CULPÁVEL DOS FALSOS PROFESSORES

Livre exame
Seio de (interpretação)
Abraão

INTRODUÇÃO Intercessão Considerações


dos Finais
Jesus
Justos
Único e
Kadish
Suficiente
Mediador
Intercessão dos Santos
● Da mesma forma que havia o costume de se
rezar na intenção de diminuir o sofrimento das
almas no Hades, também havia o hábito de rezar,
pedindo a intercessão dos santos.
● No último dia do ano judaico, um dia antes de
Rosh Rashaná, é hábito dos judeus visitarem os
túmulos, clamando pela alma dos entes queridos,
bem como, clamando a misericórdia de Deus
pelos méritos dos que jazem na terra.
Intercessão dos Santos
● Uma pessoa deveria pedir misericórdia a D'us
pelo mérito dos justos que repousam na terra.
● Certamente é permitido pedir uma bênção a
D'us no túmulo de um tsadic (justo), pelo mérito
deste justo. Além disso, a pessoa pode dirigir-
se diretamente à alma do justo, implorando a
ele que desperte a misericórdia no céu.
https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/3168639/jewish/Por-que-rezar-nos-tmulos-dos-justos.htm
IGNORÂNCIA CULPÁVEL DOS FALSOS PROFESSORES

Livre exame
Seio de (interpretação)
Abraão

INTRODUÇÃO Intercessão Considerações


dos Finais
Jesus
Justos
Único e
Kadish
Suficiente
Mediador
Livre Exame (Interpretação)
● Dentre os falsos dogmas protestantes, o do livre
exame é, certamente, um dos que menos são
fundamentados, encontrando apenas Mt 22,29,
II Tm 3,15, até porque há poucas ocorrências
de tal termo no NT, sendo que, quando há tal
ocorrência, às vezes se refere a um grupo de
livros distinto do que os próprios protestantes
aceitam e até diferente daquele aceito pela
própria Igreja.
Livre Exame (Interpretação)
● Foi a autoridade da Igreja que definiu a lista dos
livros sagrados, sendo que diversos concílios e
sínodos regionais definiram a lista dos livros
litúrgicos (que seriam lidos na missa), vindo
apenas a ser definido uma lista de livros
sagrados em Trento, mas confirmando os livros
do Canon de Muratóri (inclusive Sabedoria),
presente na Septuaginta, Vulgata Latina e na
Bíblia de Gutemberg.
Livre Exame (Interpretação)
● Em MT 22,29, muito embora alguns digam que Jesus
estava mandando os judeus examinarem as Escrituras,
o que ocorreu é exatamente o oposto disso. Cristo
estava criticando eles por examinarem cuidadosamente
as Escrituras e não entenderem que elas mesmas
davam testemunho de Cristo.
● Se o pastor apresenta tal informação como um
mandamento de Deus (Examinem as Escrituras, porque
elas dão testemunho de mim), então o pastor está
mentindo.
Livre Exame (Interpretação)
● Já em Tm 3,15-17 é evidente que o que Paulo
está falando é para ele usar tudo o que
aprendeu nas Escrituras “para ensinar, para
repreender, para corrigir e formar na Justiça”,
evidente que é no contexto da pregação dele
como Bispo que era, recebendo o episcopado
por imposição das mãos de Paulo (2Tm 1,6).
Livre Exame (Interpretação)
● Tal afirmação se mostra plausível quando
lemos os versículos seguintes:
prega a palavra, insiste oportuna e
inoportunamente, repreende, amea­ça, exorta com
toda paciência e empenho de instruir (2Tm 4,2).
● E ainda:
Tu, porém, sê prudente em tudo, paciente nos
sofrimentos, cumpre a missão de pregador do
Evangelho, consagra-te ao teu ministério. (v. 5).
Livre Exame (Interpretação)
● Dessa forma, sempre que alguém aborda o tema
sobre a Assistência do Espírito Santo para examinar
e interpretar a Bíblia e não enfrenta o problema de,
sempre que a Bíblia manda ler, interpretar, exortar ou
fazer qualquer tipo de pregação, interpretação, ou o
que quer que seja, com base nas Escrituras, a
mensagem é restrita a um bispo, presbítero, ou
apóstolo, sendo que não existe, na bíblia, uma
assistência do Espírito Santo para leigos
interpretarem adequadamente as Escrituras.
IGNORÂNCIA CULPÁVEL DOS FALSOS PROFESSORES

Livre exame
Seio de (interpretação)
Abraão

INTRODUÇÃO Intercessão Considerações


dos Finais
Jesus
Justos
Único e
Kadish
Suficiente
Mediador
Jesus, Único e Suficiente Mediador
● Tal alegação deve ser confrontada com um
dado da vida real. Jesus não intercede por nós.
● Há 5 ocorrências da palavra “mediador” no
Novo Testamento, todas falando de Cristo,
como esse mediador:
Jesus, Único e Suficiente Mediador
Porque há um só Deus e há um só mediador entre
Deus e os homens: Jesus Cristo, homem (I Timóteo
2, 5).
Em verdade, todo pontífice é escolhido entre os homens e
constituído a favor dos homens como mediador nas coisas que
dizem respeito a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos
pecados. (Hebreus 5, 1). Ver Versículo 5.
Ao nosso Sumo Sacerdote, entretanto, compete
ministério tanto mais excelente quanto ele é
mediador de uma aliança mais perfeita, selada por
melhores promessas. (Hebreus 8, 6). Ver 7,22.
Jesus, Único e Suficiente Mediador
Por isso, ele é mediador do novo testamento. Pela
sua morte expiou os pecados cometidos no decorrer
do primeiro testamento, para que os eleitos recebam
a heran­ça eterna que lhes foi prometida.* (Hebreus
9, 15). Ver 9,11.14.
enfim, de Jesus, o mediador da Nova Aliança, e do sangue da
aspersão, que fala com mais eloquência que o sangue de
Abel.* (Hebreus 12, 24).
● Destarte, em nenhum momento aparece Jesus intercedendo
por nós, para que obtivéssemos algum bem, favor ou dom.
Jesus, Único e Suficiente Mediador
● Na verdade, colocar Jesus como intercessor e
não como mediador, é retirar dele o próprio
protagonismo, ou negar a divindade de Deus.
Dizer que Jesus não é Deus.
● Jesus não intercede por nós, porque Ele não
precisa interceder a Deus por nós para fazer algo
em nosso favor. Mais que isso, Cristo não precisa
pedir, porque a vontade do Pai e a do Filho é uma
só.
Jesus, Único e Suficiente Mediador
● Os santos, por outro lado, não têm o poder de, por eles
mesmos, conseguir algo em nosso favor. Na verdade, não
podem, sequer nos responder. Isso seria espiritismo.
● Então os santos, que, sequer podem nos dar uma
resposta, eles sim, por não poderem fazer nada por nós e,
de certa forma, nem por eles mesmos, porque Eles vivem
na presença e na providência de Deus, eles intercedem,
pedem, suplicam e rezam por nós e com a gente. O tema
da Intercessão dos santos já foi abordado e não será,
novamente revisitado por motivo de brevidade.
IGNORÂNCIA CULPÁVEL DOS FALSOS PROFESSORES

Livre exame
Seio de (interpretação)
Abraão

INTRODUÇÃO Intercessão Considerações


dos Finais
Jesus
Justos
Único e
Kadish
Suficiente
Mediador
Considerações Finais.
● Os supostos professores têm que enfrentar algumas
realidades que não lhes são favoráveis, tais como:
1 Essa realidade, mesmo não estando na Bíblia, era crida pelo povo na época de Cristo?

2 Mesmo não havendo menção a determinadas práticas nos livros protocanônicos e no Novo Testamento,
tais práticas eram realizadas naquela época pelos judeus?

3 Se Cristo falou até do hábito de lavar pratos, copos, talheres, hábitos alimentares, circuncisão, por que,
exatamente quanto aos hábitos católicos, não há proibição nenhuma?

4 Se Cristo é Deus, por que ele precisa interceder ao Pai por nós e não pode, ele mesmo, sem recorrer ao
Pai, fazer algo em nosso favor?

5 A Assistência do Espírito Santo para interpretar as Escrituras é dada a qualquer um, ou a um grupo
determinado de pessoas apenas? Quais os exemplos de pessoas comuns que tinham o ofício de pregar,
sem que tivesse recebido dos apóstolos, pela imposição das mãos, tal Ofício?
Considerações Finais.
● Os supostos professores têm que enfrentar
algumas realidades que não lhes são
favoráveis, tais como:
1 Essa realidade, mesmo não estando na Bíblia, era crida pelo povo na época de Cristo?
2 Mesmo não havendo menção a determinadas práticas nos livros protocanônicos e no Novo
Testamento, tais práticas eram realizadas naquela época pelos judeus?
3 Se Cristo falou até do hábito de lavar pratos, copos, talheres, hábitos alimentares, circuncisão,
por que, exatamente quanto aos hábitos católicos, não há proibição nenhuma?

4 Se Cristo é Deus, por que ele precisa interceder ao Pai por nós e não pode, ele mesmo, sem
recorrer ao Pai, fazer algo em nosso favor?

Você também pode gostar