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FormeLibras
PROJETO DE FORMAÇÃO EM LIBRAS
1
Governador do Estado do Ceará Texto
Camilo Sobreira de Santana Maria Virgínia Tavares Cruz
Graduada em enfermagem pela UECE
Graduada em pedagogia pela UVA
Secretário da Ciência, Tecnologia e Especialização em Educacao continuada e a distância pela UNB
Educação Superior Mestre em Educação pela UECE
Coordenadora do CVT Polo UAB de Beberibe
Inácio Arruda Especialização em Gestão Escolar
Especialização em Gestão dos Servicos de Saúde
Texto e imagens
Instituto Centro de Ensino Tecnologico
Rejane Moreira da Costa
Centec Graduada em Letras Português/Inglês - UECE
Especialização em Deficiência Auditiva - UNIFOR
Especialização em Atendimento Educacional Especializado (AEE) - UFC
Diretor Presidente Ex-Coordenadora Pedagógica do Instituto Cearense de Educação de
Silas Barros de Alencar Surdos - ICES e Centro de Atendimento ao Surdo - CAS/CREAECE
Diretor Administrativo
Antônio Elder Sampaio Nunes Diagramação e projeto gráfico
Atila Ulisses Tahim de Sousa
Designer Gráfico do Instituto Centec
Graduando em Design - UFC
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Sumário
Apresentação 4
História da Educação de Surdos 8
1.Alfabeto Manual 26
2.Números 27
3.Saudações 28
4.Dias da Semana 30
31
5.Calendário
39
6.Animais
41
7.Cores
47
8.Alimentos
39
9.Antônimos
41
10.Profissões 47
11.Material Escolar 51
12.Verbos 61
13.Estados e Países 67
Anexo I
Parâmentros de Libras 75
AnexoII
Marcos Legais da Comunidade Surda 85
3
Apresentação
Terje Basilier
4
A inclusão de surdos é tema de discussão em espaços escolares e
não escolares, de forma a mudar a realidade anteriormente vigo-
rada. Diante desse contexto, há a necessidade de se instituir pro-
jetos que fomentem a inclusão da pessoa com deficiência, não
obstante a pouca oferta de cursos na área com demanda reprimi-
da, especialmente no interior.
FormeLibras
PROJETO DE FORMAÇÃO EM LIBRAS
5
Os conteúdos programáticos que compõem a organização curri-
cular estão articulados, fundamentados e integrados, numa pers-
pectiva interdisciplinar e orientados pelo perfil profissional de
conclusão, ensejando ao educando a formação de uma base de
conhecimentos científicos e tecnológicos, bem como a aplicação
de conhecimentos teórico-práticos específicos.
CONTEUDO PROGRAMÁTICO
6
A avaliação do conhecimento primará pelo caráter diagnóstico,
contínuo e formativo, consistindo em um conjunto de ações que
permitirá constatar o nível de conhecimento que o educando
adquire, visando à análise das competências do aluno. Ao concluir
a sua qualificação profissional, o egresso do FORMELIBRAS
deverá demonstrar um perfil que lhe possibilite interagir com
a pessoa surda, dialogando com facilidade, e contribuir com a
inclusão da mesma nos ambientes escolares e não escolares.
7
História da Educação de Surdos
Nídia Limeira de Sá
8
Inicialmente, trazemos as definições de povo surdo e comunidade
surda que são importantes para um melhor entendimento do
contexto de pessoa surda, conforme conceito referido por Strobel,
2008, ao definir:
Povo Surdo
Comunidade Surda
9
Para ambientação na história e aproximação com a comunidade
surda, utilizaremos as escritas produzidas por Karin Strobel em que
retratam um cronograma extraído de muitas publicações sobre his-
tória dos surdos com marcos históricos que vão de 476 d.C. a 2006.
10
Para o Egito e a Pérsia, os surdos eram considerados criatu-
ras privilegiadas, enviados dos deuses, porque acreditavam
que eles se comunicavam em segredo com os deuses. Havia
um forte sentimento humanitário e respeito, protegiam e
tributavam aos surdos a adoração, no entanto, os surdos ti-
nham vida inativa e não eram educados.
500 a.C.
470 a.C.
355 a.C.
11
Idade Média 476 - 1453
530
1500
12
O monge beneditino Pedro Ponce de Leon (1510-1584),
na Espanha, estabeleceu a primeira escola para surdos em
um monastério de Valladolid. Inicialmente, ensinava latim,
grego e italiano, conceitos de física e astronomia aos dois ir-
mãos surdos, Francisco e Pedro Velasco, membros de uma
importante família de aristocratas espanhóis; Francisco
conquistou o direito de receber a herança como marquês
de Berlanger e Pedro se tornou padre com a permissão do
Papa. Ponce de Leon usava como metodologia a dactilo-
logia, escrita e oralização. Mais tarde, ele criou escola para
professores de surdos. Porém ele não publicou nada em vida
e, depois de sua morte, o seu método caiu no esquecimento
porque a tradição na época era de guardar segredos sobre
os métodos de educação de surdos. Nessa época, só os sur-
dos que conseguiam falar tinham direito à herança.
1613
13
Juan Pablo Bonet publicou o primeiro livro sobre a educa-
ção de surdos em que expunha o seu método oral, “Reduc-
cion de las letras y arte para enseñar a hablar a los mudos”,
no ano de 1620, em Madrid, Espanha. Bonet defendia tam-
bém o ensino precoce de alfabeto manual aos surdos.
1644
1648
1700
1741
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surda e utilizou o ensino de fala e de exercícios auditivos
com os surdos. A Academia Francesa de Ciências reconhe-
ceu o grande progresso alcançado por Pereira: “Não tem
nenhuma dificuldade em admitir que a arte de leitura labial
com suas reconhecidas limitações, (...) será de grande uti-
lidade para os outros surdos-mudos da mesma classe, (...)
assim como o alfabeto manual que o Pereira utiliza”.
1755
15
lizada, denominada de “Sinais metódicos”. L’Epée recebeu
muita crítica pelo seu trabalho, principalmente dos educa-
dores oralistas, entre eles, Samuel Heinicke.
1760
16
Idade contemporânea 1789 até os nossos dias
1789
1802
1814
17
não ter uma escola para frequentar, pois na época não havia
nenhuma escola de surdos nos Estados Unidos. Gallaudet
tentou ensinar-lhe pessoalmente e, juntamente com o pai
da menina, o Dr. Masson Fitch Gogswell, pensou na possi-
bilidade de criar uma escola para surdos. O americano Tho-
mas Hopkins Gallaudet parte para a Europa, em busca de
métodos de ensino para surdos.
18
1846
1855
1857
19
1861
1862
1864
1867
1868
20
1890, Alexander Grahan Bell publicou vários artigos criti-
cando casamentos entre pessoas surdas, a cultura surda e as
escolas residenciais para surdos, alegando que são fatores
de isolamento dos surdos com a sociedade. Ele era contra a
língua de sinais, argumentando que a mesma não propicia-
va o desenvolvimento intelectual dos surdos.
1872
1873
1875
1880
21
de sinais foi proibida oficialmente, alegando que a mesma
destruía a capacidade da fala dos surdos, argumentando
que os surdos são “preguiçosos” para falar, preferindo a
usar a língua de sinais. Alexander Graham Bell teve grande
influência nesse congresso que foi organizado, patrocina-
do e conduzido por muitos especialistas, ouvintes na área
de surdez, todos defensores do oralismo puro (a maioria já
havia se empenhado, muito antes do congresso, em fazer
prevalecer o método oral puro no ensino dos surdos). Na
ocasião da votação, na assembleia geral, realizada no con-
gresso, a todos os professores surdos foi negado o direito de
votar e foram excluídos. Dos 164 representantes presentes
ouvintes, apenas 5 dos Estados Unidos votaram contra o
oralismo puro.
1932
22
1951
1957
1960
1961
O surdo brasileiro Jorge Sérgio L. Guimarães publicou, no
Rio de Janeiro, o livro “Até onde vai o Surdo”, onde narra
suas experiências de pessoa surda em forma de crônicas.
23
1969
1977
1994
1986
1987
24
1997
1999
2002
2006
25
1. Alfabeto Manual
Destacamos o alfabeto manual como recurso essencial na
comunicação com a pessoa surda.
A B C Ç D
E F G H I
J K L M N
O P Q R S
T U V W X
Y Z
26
2. Números
Cardinais: Para realizar os cardinais você utilizará as configurações
sabaixo de 0 a 9 e a partir daí criará qualquer número.
0 1 2 3 4
5 6 7 8 9
27
3. Saudações
Bom dia
Boa tarde
Boa noite
28
Mal Tudo Bem
Mais ou Menos Oi
29
4. Dias da Semana
Toda Semana
30
Domingo
Calendário Mês
Dia
31
Ano
Janeiro Fevereiro
Março
32
Abril
Maio
Junho
33
Julho
Agosto
Setembro
34
Outubro Novembro Dezembro
6. Animais
Animais
35
Aranha
Sapo
Cobra Porco
36
Tartaruga Barata Peixe
Pássaro
37
Bode Boi Leão
Coelho Elefante
Rato Gato
38
7. Cores
Branco Lilás
39
Preto Vinho Rosa
Azul
Escuro
40
Claro
8. Alimentos
Alimentação
41
Açucar Farinha Cuzcuz
42
Rapadura Fígado Carne
43
Maçã Mamão Melão
44
Repolho Jerimun
Alface
Pepino
45
Tomate
Cenoura
46
09. Antônimos
Antônimos
Limpo Sujo
Inteligente Ignorante
47
Bom Mau
Amigo Inimigo
Alegre Triste
48
Forte Fraco
Vida Morte
Calmo Nervoso
49
Igual Frio Quente
Diferente
Fácil Difícil
50
10. Profissões
Profissões
Chefe
Cabeleireiro Arquiteto
51
Advogado Desenhista
Diretor
Médico Juiz
52
Empregada Motorista
53
Professor Vigia
Fonoaudiólogo
Carteiro
54
Bombeiro Dentista
Intérprete Pesquisador
Vendedor
55
Gerente
Lápis Apontador
Borracha Cola
56
Papel
Mochila
Caneta Apagador
57
Estojo Durex
Régua
58
Caderno
Agenda
Grampeador
59
Livro
Perfurador
60
12. Verbos
Mandar Aprender
Detestar Achar
Desprezar Trocar
61
Esquecer Ter
Convidar Esperar
62
Falar Pagar Fazer
Comprar Conhecer
63
Receber
Dormir Rezar
Cansar
64
Passear Procurar
Almoçar Encontrar
Jantar
65
Estudar
Acordar
66
13. Estados e Países
Alagoas Bahia
Amazonas Brasília
Maranhão Goiás
67
Ceará Amapá Rio Grande do Norte
68
Minas Gerais Vitória Tocantins
Santa Catarina
69
País Mundo América do Sul
Africa China
70
Austrália Argentina América do Sul
71
Suiça Suécia
Peru Polônia
México Paraguai
72
Itália Japão Irã
Dinamarca França
73
Estado Unidos Espanha Escócia
Escócia Colômbia
Bolívia
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
Marcos Legais da Comunidade Surda
No Brasil, temos marcos importantes para a comunidade surda a
exemplo dos instrumentos legais que seguem:
85
A lei Nº 13.146 de 6 de julho de 2015 - Lei Brasileira de Inclusão
que no inciso V, versa sobre a comunicação:
REFERÊNCIAS
Brasil. Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002 - Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras.
_______. Lei No 10.098, de 19 de dezembro de 2000 – Lei de Acessibilidade.
_______. Decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Brasília: MEC, 2005.
________. Língua brasileira de sinais. Brasília. SEESP/MEC, 1998.
STROBEL, K. História de educação dos surdos. Texto-base de curso de Licenciatura de Letras/ Libras, UFSC, Floria-
nópolis, 2008b. Disponível em: http://www.libras.ufsc.br/colecaoLetrasLibras/eixoFormacaoEspecifica/historiaDa-
EducacaoDeSurdos/assets/258/TextoBase_HistoriaEducacaoSurdos.pdf .
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LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002
Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 2º Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas
concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e
difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e
de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.
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