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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

NÚCLEO CORAÇÃO EUCARÍSTICO

Guia de Aulas
Laboratório de Acionamentos Elétricos

Prof. Gustavo G. Parma


Índice
TEMA 1 – Apresentação da Disciplina............................................................................................3
1.1) Apresentação do Laboratório...............................................................................................3
1.2) Cronograma das atividades..................................................................................................3
1.3) Distribuição dos pontos.......................................................................................................3
TEMA 2 – Revisão de máquinas Elétricas......................................................................................4
2.1) Equações de Interesse..........................................................................................................4
TEMA 3 – Revisão de Máquinas Elétricas – Cont..........................................................................8
3.1) Demais equações de interesse..............................................................................................8
3.2) Máquina de indução trifásica...............................................................................................8
3.3) Equação de Interesse..........................................................................................................15
TEMA 4 – Dispositivos de comando e proteção...........................................................................18
4.1) Simbologia.........................................................................................................................18
4.2) Dispositivos de comando e proteção.................................................................................19
TEMA 5 – Dispositivos de comando e proteção – Cont................................................................24
TEMA 6 – Partida Direta...............................................................................................................35
TEMA 7 – Projetos de acionamentos utilizando lógica de relés...................................................40
TEMA 8 – Projetos de acionamentos utilizando Relé Programável - LOGO...............................41
TEMA 9 – Partida Direta e Frenagem por Inversão de Fases – Projeto........................................43
TEMA 10 – Partida Y-D / Partida Compensada / Inserção de Resistência no Rotor.....................45
10.1) Partida YD.......................................................................................................................45
10.2) Partida Compensada........................................................................................................50
10.3) Partida com Inserção de Resistência no Rotor.................................................................54
TEMA 11 – Partida YD - Projeto...................................................................................................57
TEMA 12 – Partida Compensada - Projeto...................................................................................59
TEMA 13 – Partida Com Soft Starter e Partida Com Inversor de Frequência..............................61
13.1) Soft Starter.......................................................................................................................61
13.2) Inversor de Frequência....................................................................................................66
TEMA 14 – Partida Com Soft Starter - Projeto.............................................................................72
TEMA 15 – Inversor de Frequência - Projeto................................................................................75

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TEMA 1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

1.1) Apresentação do Laboratório


O laboratório possui quatro bancadas distintas, além de diversas máquinas
que serão utilizadas na implementação dos projetos desenvolvidos pelos alunos. As
montagens são realizadas pela interligação, com cabos terminados em pinos banana, dos
diversos componentes disponíveis nas bancadas.
O laboratório possui, ainda, computadores que serão utilizados em algumas
práticas. É importante que os alunos possuam login/senha individual para a utilização dos
computadores.
Por questões de segurança pessoal, solicita-se evitar o uso de adereços no
pescoço (correntinhas, colares, gravatas e afins), bem como especial atenção para
cabelos longos. Apenas calçados fechados devem ser utilizados no laboratório.

1.2) Cronograma das atividades


A programação de atividades está descrita no CANVAS, bem como todas as
demais informações pertinentes à disciplina

1.3) Distribuição dos pontos


A distribuição de pontos também está descrita no CANVAS.

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TEMA 2 – REVISÃO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS

2.1) Equações de Interesse


Para o desenvolvimento das atividades do laboratório, é fundamental o
conhecimento de três equações e do modelo da máquina de indução (MI).

Primeira equação
P=T⋅ω importante

• Válida para toda máquina rotativa


• P: potência ativa no eixo
• T: torque no eixo
• w: Velocidade angular

Perguntas:
1 – Quais as unidades para as variáveis P, T e w?

2 – Considerando o espaço de trabalho definido no gráfico T x w, considere


uma carga TL hipotética e represente tal carga no espaço definido, considerando:
a) Carga de torque constante (TL1)
b) Carga de velocidade constante (TL2)
c) Carga de potência constante (TL3)

3 – A variável “tempo” aparece no espaço de trabalho apresentado?

4 – Existe uma carga (no mundo real) que seja, realmente de potência
constante em todo o primeiro quadrante do espaço de trabalho?

4
T


J⋅ =T e −T L− B⋅ω
dt
ou , simplesmente ,

J⋅ =T e −T L Segunda equação
dt importante

J: momento de inércia do conjunto máquina/carga


B: coeficiente de atrito viscoso. Representa as perdas da própria máquina e,
portanto, do pondo de vista da máquina, o termo B⋅ω representa uma carga.

Te w

Máquina Carga

TL

5
Perguntas:
1 – Com base nas informações apresentadas, defina o que são as variáveis
Te, TL e w.


2 – Como a física clássica define o termo ?
dt

3 – O que se pode dizer da variável w, quando:


>0 :
dt


=0 :
dt


<0 :
dt

4 – Com base nas informações, analise o gráfico a seguir e responda:


a) O que significa “Partir uma máquina”?

b) Considerando uma das cargas por vez, indique para quais cargas o
sistema composto pela máquina/carga partirá.

c) Indique, no gráfico, qual será a velocidade de regime para cada uma das
cargas.
d) É possível definir para qual das cargas (T L1 ou TL2) a máquina chegará
primeiro à velocidade de regime? Como?

6
5 – Identifique, no gráfico, a região de operação estável e instável do motor
de indução.

7
TEMA 3 – REVISÃO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS – CONT.

3.1) Demais equações de interesse


Conversão de unidades:

P [W ]=P [ HP ]⋅745,7
P [W ]=P [CV ]⋅735,5
[rad / s]=[rpm]⋅ π
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Eficiência:

Potência de saída
η=
Potência de entrada
P
= out
P in
P out = P in − Perdas
Principais fontes de perdas:
• Resistivas
◦ Efeito Joule, nos enrolamentos
• Mecânicas
◦ Atrito dinâmico/viscoso
• Magnéticas
◦ Fluxo de dispersão
◦ Histerese/Foucault

3.2) Máquina de indução trifásica


• Robustas
• Baixo Custo
• Fácil manutenção
• Controle de velocidade não trivial

8
• Alta corrente de partida: 4 a 8 vezes a corrente nominal
Dois tipos
• Rotor em gaiola (de esquilo): Barras longitudinais curto-circuitadas
• Rotor bobinado: Presença de anéis deslizantes

Perguntas:
1 – Identifique, nas figuras abaixo, qual o tipo de cada máquina de indução.

2 – Identifique, no laboratório, ao menos uma máquina de cada tipo.

Velocidade síncrona:
• Velocidade do campo girante

4⋅π⋅f s
ω s=
p

◦ fs: frequência elétrica de alimentação da máquina


◦ p: polos (e não pares de polos)

Velocidade de Escorregamento x Escorregamento:


• Velocidade de escorregamento:

S vel =ω s −ωm [rad / s]

9
• Escorregamento
ω s −ωm
S= ωs
Perguntas:
1 – Qual(is) os pré-requisitos necessários para que apareça um campo
girante no estator de uma máquina de indução?

2 – Qual a frequência da corrente de estator e da corrente de rotor de uma


máquina de indução alimentada com uma frequência fs?

3 – Qual outra equação para o cálculo da velocidade do campo girante pode


ser utilizada? Qual a diferença entre as equações?

Modelo da Máquina de Indução


• Modelo por bobina da máquina: para cada bobina
• Modelo fasorial: regime permanente elétrico.

I1f

v1 ϕ
i 1 ϕ= importante
Z eq( s)

10
( j⋅θeq( s))
Z eq (s) =|Z eq ( s)|e
• Lls → indutância de dispersão do estator
• Llr → indutância de dispersão do rotor
• Lm → indutância de magnetização (mútua)
• Rc → perdas no núcleo

L s = L Ls + L m
L r = L Lr + L m

Perguntas:
1 – Considere o gráfico mostrado a seguir. Considere uma carga por vez,
aplicada ao eixo da máquina.

11
a) O que acontece com o escorregamento (S) durante a partida? E com a
variável Z eq(s ) ? E, consequentemente, com a corrente de estator?

b) Esboce a curva da corrente de estator (ao longo do tempo, considerando


que em t=0 a máquina é energizada) durante a partida da máquina, considerando as duas
cargas apresentadas.

|I1f|

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c) Considerando que o valor de T L2 é maior do que o valor de T L3, a corrente
inicial (t=0) para TL2 é maior do que para TL3? Justifique.

d) Onde a carga influencia no gráfico da corrente?

e) defina “corrente de partida”.

Demais equações de interesse:


• Potência elétrica de entrada (Pin)

P in =3⋅v1 ϕ s⋅i 1 ϕ s⋅cos θ


= √ 3⋅V L⋅I L⋅cos θ

• Potência convertida (Pconv)

2 Rr
P conv =3⋅I R⋅ [W ]
S
• Perdas no Rotor (efeito Joule)

P rr =S⋅P conv
• Modelo da máquina considerando as perdas no rolamento do rotor:

13
(1−S )
Rr⋅ →carga mecânica
S

• Torque Eletromagnético
2
3⋅I r ⋅R r
T e=
S⋅ω s

◦ Considerando o modelo equivalente de Thévenin e algumas simplificações:

( )
j⋅X L
V th=V 1 ϕ s⋅ M

R s + j⋅( X L + X L )
s M

Z th = Rth + j⋅X th ω e =2⋅π ⋅f s


p 2
X L =ω e⋅L Lr
3⋅ ⋅Rr⋅V th
Lr

X th=ω e⋅Lth
2
T e=

[( ) ]
2
Rr 2
S⋅ω e⋅ R th + +( X th + X L )
S r

◦ Sem qualquer simplificação:

14
( )
2
3 V 1ϕ s 2
⋅p⋅ ω ⋅S vel⋅X L / Rr
2 e M

T e=

][ ]
2 2

[
2
S vel S vel⋅R s⋅X
⋅( X L ⋅X L − X L )
2 Lr
R s− + X Ls +
ωe⋅Rr s r M
ωe⋅Rr
Pergunta:
1 – Considerando a equação acima e uma máquina de indução alimentada
com tensão e frequência nominal, qual a variável independente da equação de torque?

3.3) Equação de Interesse


A equação acima pode ser analisada, para um ponto de operação,
simplificadamente, por:

( )
2
Vs Terceira equação
T e∝ importante
fs

A equação do torque permite traçar a curva de torque para qualquer máquina, conhecidos
os parâmetros do modelo equivalente e variando a velocidade de −∞<ω <∞ .

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T
Te
máx

Te
nom

Perguntas:
1 – O que significam “Dados de Placa”?

2 – Identifique, no gráfico anterior:


a) o ponto de velocidade nominal;
b) o ponto da velocidade síncrona;
c) a região de operação da máquina como motor e como gerador;

3 – Trace, no gráfico anterior, o eixo de escorregamento (S), indicando sua


origem e seus valores de referência ( S =0 , S=+1 , S=−1 )

4 – Reescreva as três equações mais importantes da disciplina, bem como o


modelo da máquina de indução.

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Cálculo do torque máximo:
O torque máximo pode ser calculado a partir da equação do torque da
máquina:
2
3 V 1ϕ s 1
Te = ⋅ω ⋅
2 Rs + √ R s +( X Ls + X Lr )
max s 2 2

• Te max
independe de Rr

Escorregamento no qual acontece T e max


:

Rr
S Te =max
√ R +( X
2
s Ls + X Lr )
2

• Diretamente proporcional à Rr

Perguntas:
1 – É possível ter algum nível de controle da curva de torque de uma
máquina de indução já construída? Como? Para quê? Qual o tipo de máquina necessário
para tal controle?

2 – Considere um MIRB 220/380V, 2 pólos, alimentado com tensão de rede


de 220V, 60 Hz, com os parâmetros apresentados a seguir. Calcule a corrente de linha de
partida da máquina e o fator de potência no instante inicial da partida. Desconsidere as
perdas no núcleo.
Rs = 4,08 W, Rr = 4,87 W, LLS = 10,40 mH, LLR = 18,50 mH, Lm = 305,00 mH

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TEMA 4 – DISPOSITIVOS DE COMANDO E PROTEÇÃO

4.1) Simbologia
A simbologia adotada será aquela apresentada na IEC 113.2 E NBR 528,
disponibilizada no laboratório e, resumidamente, nas figuras a seguir.

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4.2) Dispositivos de comando e proteção
Os dispositivos de comando e proteção podem ser, didaticamente,
agrupados em 4 grandes grupos:
A - Contatos
B - Contatores
C - Relés de comando
D - Relés/Dispositivos de Proteção/Supervisão

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Perguntas:
1 – Defina os três tipos de contatos com os quais trabalharemos.

2 – O que significa o termo “contato seco”?

B - Contatores
Duas tecnologias de construção:
• Contatores eletromecânicos
• Contatores de estado sólido

Contatores eletromecânicos:
Constituição:
• Bobina de comando
◦ Circuito magnético
• Contatos elétricos
◦ Principais ou de força ou de potência
▪ Numerados com um dígito
• Lado da linha (entrada): 1, 3, 5 (L1, L2, L3)
• Lado da terminal (saída): 2, 4, 6 (T1, T2, T3)
◦ Auxiliares ou de comando
▪ Numerados com dois dígitos
• Terminados com 1 (entrada) e 2 (saída): NF
• Terminados com 3 (entrada) e 4 (saída):NA

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Perguntas:
1 – Desmonte um contator, no laboratório, e identifique suas partes
constituintes.
2 – O que acontece com o contator ao se alimentar sua bobina com uma
tensão contínua?

3 - O que acontece com o contator ao se alimentar sua bobina com uma


tensão senoidal?

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4 – Considere parte do núcleo de um contator, mostrado na figura a seguir.
Qual a função da peça destacada?

Simbologia:

Utilização
• Bobina e os contatos auxiliares: diagrama de comando (ou controle)
• Contatos principais: diagrama de força (ou potência)
Especificação do contator
• Tensão da bobina do contator
• Os contatos de força devem ser compatíveis com a potência da carga
◦ Regime de emprego/trabalho do contator
◦ Aplicados em AC ou DC

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Regime de emprego do contator
• Categorias de emprego (exemplos)
◦ AC1: Cargas CA com fator de potência maior ou igual a 0,95: ôhmicas ou pouco
indutivas sujeitas a manobras leves. Serviço normal ao ligar e desligar: 1 x In.
Ex.: Aquecedores, lâmpadas incandescentes e fluorescentes com fator de
potência corrigido.
◦ AC2: Comando de motores com rotor bobinado. Desligamento em regime. No
fechamento, pode estabelecer a corrente de partida próxima a 2,5 In, na
abertura, é capaz de interromper a In, com tensão próxima à da rede. Ex.:
Bombas, guinchos, compressores.
◦ AC3: Aplicações onde são utilizados motores de indução com rotores de gaiola.
No fechamento, pode estabelecer a corrente de partida que é de 5 a 7 vezes a
In, na abertura, é capaz de interromper a In, quando a tensão entre bornes é
aproximadamente, 20% da tensão nominal. Ex.: Bombas, ventiladores,
compressores.
◦ AC4: Acionamentos que requerem manobras pesadas, como acionar motores a
plena carga, com comando intermitente, reversão a plena marcha e paradas por
contra-corrente (ponte rolante). Ao ligar e desligar: 6 x In. Ex.: Pontes rolantes e
tornos.

Pergunta:
1 – Projete e implemente um circuito utilizando um contator e uma lâmpada,
tal que, quando o contator for energizado a lâmpada deverá acender.

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TEMA 5 – DISPOSITIVOS DE COMANDO E PROTEÇÃO – CONT.

C – Relés de comando
É muito importante ter em mente que um “relé” não possuiu contatos de
potência. Portanto, seus contatos só poderão aparecer nos diagramas de comando.
É muito comum e útil, ao se trabalhar com relés de comando, estudar o
“diagrama de energização” do relé. Tal diagrama apresenta tanto a energização da bobina
quanto o estado dos contatos do relé, como será visto posteriormente.
Os relés de comando podem ser subdivididos em dois grupos:
• Relés de comando instantâneos
• Relés de comado temporizados

C.I - Relés de comando Instantâneos


Constituição:
• Bobina de comando
◦ Circuito magnético
• Contatos elétricos
◦ Auxiliares ou de comando
▪ Numerados com dois dígitos
• Terminados com 1 (entrada) e 2 (saída): NF
• Terminados com 3 (entrada) e 4 (saída):NA

24
Perguntas:
1 – Qual a diferença entre um contator e o relé instantâneo?

2 – Apresente um exemplo de possível utilização para um relé instantâneo.

C.II - Relés de Comando Temporizados


Existem diversos tipos diferentes de relés temporizados, sendo que serão
estudados apenas os mais utilizados no laboratório.

C.II-1 Relé temporizado na energização/temporizado ao trabalho/retardado na


energização/ Temporizador de conexão/on-delay
• Ton segundos após a energização, o relé comuta seus contatos

• Simbologia

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C.II-2 Relé temporizado na desenergização/temporizado ao repouso/retardado na
desenergização/ Temporizador de desconexão/off-delay
• Toff segundos após a desenergização, o relé volta seus contatos ao repouso

• Simbologia

C.II-3 Relé temporizado na energização e desenergização/temporizado ao trabalho e ao


repouso/retardado na energização e na desener-gização/ Temporizador de conexão e
desconexão/on-off-delay
• T segundos após a energização/desenergização, o relé comuta seus contatos/volta
ao repouso

• Simbologia

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C.II-4 Relé de porta (função G)
• Ao ser energizado, o relé comuta seus contatos, mantendo-os assim por Tpulso, ao
final do qual retorna os contatos para o repouso

• Simbologia

C.II-5 Relé Cíclico/ Relé intermitente


• Após ser energizado, o relé começa um ciclo de comutação/repouso de seus
contatos
◦ Dr: cíclico com retardo
◦ Di: Cíclico instantâneo

• Simbologia

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Perguntas:
1 – Quais as possíveis tecnologias para se implementar relés temporizados?

2 – Utilizando um multímetro na função teste de continuidade, verifique o


funcionamento de um relé on-delay e off-delay, pneumáticos, no laboratório.

D - Relés/Dispositivos de Proteção/Supervisão
D.I - Relés de sobrecarga (Bimetálico ou eletrônico)
• Relé bimetálico
◦ Baseado na dilatação linear de duas lâminas metálicas com coeficientes de
dilatação térmicas diferentes, acopladas rigidamente (bimetal).
◦ Quando ocorre uma sobrecarga no sistema (aumento de corrente), ocorre o
aquecimento do bimetal, com uma das lâminas dilatando mais do que a outra,
resultando em um arqueamento do bimetal e consequente comutação de
contato auxiliar
◦ O rearme é manual, através de botão próprio para tal.

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• Sensor trifásico de um relé bimetálico
◦ Utilizado no diagrama de potência

• Possui, geralmente, um único contato reversível


◦ Utilizado no diagrama de comando

Perguntas:
1 – Ao identificar uma sobrecarga, o relé de sobrecarga interrompe a
circulação da corrente que estava passando por seu sensor?

2 – Considere a forma de onda apresentada a seguir. O relé de sobrecarga


protege o sistema contra a perturbação identificada pelo número 1? E as perturbações
identificadas pelos números 2 e 3? Haverá diferença na atuação contra estas duas
últimas perturbações?

2 3
1

Inom

3 – Manipule um relé de sobrecarga no laboratório e identifique suas partes


constituintes.

29
4 – Considere o diagrama de comando e de potência apresentado a seguir.
Nomeie cada um dos componentes dos diagramas e os identifique nas bancadas do
laboratório. Descreva o funcionamento do acionamento projetado.

30
D.II - Relés de Supervisão
• Geralmente trifásicos
• Podem supervisionar tensão ou corrente
• Implementam uma ou mais das seguintes supervisões
◦ Falta de fase
◦ Assimetria de fase (modular e/ou angular)
◦ Subtensão
◦ Sobretensão/sobrecorrente
◦ Inversão de sequência de fase
• Importante: Quando a grandeza monitorada estiver DENTRO dos parâmetros de
normalidade, os contatos do relé estarão COMUTADOS.
◦ Contatos em repouso quando algo estiver errado!

Perguntas:
1 – Qual a principal diferença entre a atuação de um relé de proteção e a
atuação de um relé de supervisão?

31
2 – Defina:
Falta de fase:
Subtensão:
Sobretensão:
Assimetria modular de tensão:
Assimetria angular de tensão:

D.III - Disjuntores
• Dispositivo de proteção e manobra de emergência
• Acionamento manual e/ou comandado
▪ Bobina de desligamento
D.III.1 - Disjuntor termo-magnético
• Térmica: bimetal. Proteção contra sobrecarga
◦ Ação lenta
• Magnética: bobina eletromagnética. Proteção contra curto-circuito
◦ Ação rápida

D.III.2 - Disjuntor magnético


◦ Proteção apenas contra curto-circuito
D.III.3 - Disjuntor motor
◦ Equivalente a um disjuntor convencional
◦ Associado a um relé, para a sinalização do estado do disjuntor
▪ Contatos auxiliares
◦ Substitui relé bimetálico, seccionadora e fusível, quando for possível o
chaveamento manual

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D.IV - Fusível
◦ Efeito térmico
◦ Curvas de fusão padronizadas (tempo x corrente)
◦ Diversos tipos, em função da aplicação
▪ Rolha
▪ Cartucho
▪ Faca
▪ Diazed (Neozed, Silized, minized, etc.)
▪ NH
▪ Alta tensão
▪ Baixa corrente

Pergunta:
1 – Considere o diagrama de potência e o digrama de comando
apresentados a seguir. Identifique cada um dos elementos de circuito mostrados. Analise
e descreva, de forma sucinta, o acionamento implementado.

33
15 s

34
TEMA 6 – PARTIDA DIRETA

Na partida direta a máquina é conectada diretamente à rede de alimentação.


É a técnica mais simples e direta de acionamento.
Considerações importantes:
• Alta corrente de partida
◦ De 4 a 8 vezes a corrente nominal
▪ Dado de placa (Ip/In)
◦ Sistema de proteção adequado
◦ Possibilidade de afundamentos de tensão
• Estresse mecânico no conjunto máquina/carga

Perguntas:
1 – Em uma determinada fábrica foi implementada a partida direta de uma
máquina de indução, a qual era mantida sempre conectada a uma carga. Verificou-se,
entretanto, que no momento da partida o sistema de alimentação não comportava a
corrente de partida, desarmando o sistema. Cogitou-se, portanto, manter a partida direta
da máquina, porém desconectando-a da carga, a qual só seria conectada após a partida
completa da máquina. Tal solução resolverá o problema de desarme do sistema no
momento da partida?

2 – Considere uma MIRB 220/380V.


a) 1 – O que significa dizer uma máquina MIRB 220/380 V?

b) Obtenha a equação para o cálculo da corrente de linha do sistema,


considerando essa máquina ligada em uma rede de 220V. Considere que cada bobina da
máquina possui uma impedância dada por Z eq(s ) .

c) Considere, agora, a mesma máquina conectada a uma rede de 380V.


Obtenha, novamente, a equação para o cálculo da corrente de linha do sistema.

35
Considerando o circuito apresentado a seguir, a corrente de linha possuirá o
seguinte perfil (corrente eficaz) :

IL

IL

36
Em termos de valores instantâneos, a corrente de linha (iL) e a tensão nos
terminais da máquina (vu1v1) apresentarão os comportamentos mostrados na figura a
seguir.

vu1v1

iL

Perguntas:
1 – O perfil da corrente eficaz apresentado é o mesmo daquele obtido a
partir do modelo da MI? Justifique.

2 – É possível observar, em vu1v1 um pequeno afundamento de tensão nos


200ms iniciais da partida. Por que tal afundamento ocorre? Se este afundamento for muito
grande, o que poderá ocorrer?

37
Calculando-se a corrente eficaz, a partir da corrente instantânea, obtêm-se a
figura a seguir:

O torque desenvolvido pela máquina possuirá a seguinte forma de onda:

38
Utilizando dados de placa da máquina, é possível determinar sua corrente de partida

Ip
I p = I n⋅
In
P out I
I p= ⋅ p
√ 3⋅V L⋅η⋅FP I n
• Ip/In: dado de placa
• FP: fator de potência (dado de placa ou calculado a partir do modelo de circuito da
máquina)
• h: rendimento (dado de placa ou calculado a partir do modelo de circuito da
máquina)

Perguntas:
1 – É possível determinar a corrente de partida de uma máquina, a partir de
seus dados de placa, mesmo se a máquina estiver funcionamento a vazio?

2 – Monte o diagrama de potência e o diagrama de comando da partida


direta e meça a corrente de linha da máquina (durante o transitório de partida), a tensão
em seus terminais e a velocidade em regime da máquina. Compare os valores medidos
com os dados de placa.

39
TEMA 7 – PROJETOS DE ACIONAMENTOS UTILIZANDO LÓGICA DE
RELÉS

A lógica de relés foi a primeira tecnologia de projetos de acionamentos


elétricos utilizada na indústria. Ela se baseia na utilização de relés de comando discretos
para o desenvolvimento do acionamento desejado.
O projeto inicia-se, sempre, pelo diagrama de potência, o qual fornecerá os
elementos necessários ao diagrama de comando.
Uma vez desenvolvido o diagrama de potência, parte-se para o diagrama de
comando, o qual deverá implementar as especificações definidas para o projeto do
acionamento.
Regras básicas de segurança no projeto de acionamentos elétricos:
• Não se utilizam chaves com retenção para a partida/parada da(s)
máquina(s);
• Para partir uma máquina deve-se fechar contatos;
• Para parar uma máquina, deve-se abrir contatos.

Pergunta:
1 – Em sala de aula, com o auxílio do professor, desenvolva um sistema de
acionamento, baseado em lógica de relés, que atenda às especificações apresentadas a
seguir:

Deseja-se fazer a partida direta de dois motores (M1 e M2), de modo que atenda às
seguintes condições:
• Os dois motores devem permanecer, inicialmente, desligados;
• Ao se pressionar o botão (sem retenção) LIGA, o motor M1 é ligado
imediatamente;
• O motor M2 é, então, ligado automaticamente 10 segundos após a partida de M1;
• Ao se pressionar o botão (sem retenção) DESLIGA, o motor M1 é desligado
instantaneamente e, após 5 segundos, o motor M2 também deve ser
automaticamente desligado;
• A atuação do relé de sobrecarga do motor M1 desliga-o imediatamente e, após 5
segundos, o motor M2 também deve ser automaticamente desligado;
• A atuação do relé de sobrecarga do motor M2 desliga os dois motores
instantaneamente;
• Caso ocorra uma inversão de fase do sistema de alimentação, as duas máquinas
deverão ser imediatamente desligadas;
• Se ao menos uma máquina estiver em funcionamento, deverá ser acendida uma
lâmpada vermelha, caso contrário deverá ser acendida uma lâmpada verde.

40
TEMA 8 – PROJETOS DE ACIONAMENTOS UTILIZANDO RELÉ
PROGRAMÁVEL - LOGO

Os relés programáveis surgiram como desenvolvimento natural da lógica de


relés. No laboratório, será utilizado o LOGO, relé programável da Siemens. O LOGO é um
sistema de hardware modular, podendo ser expandido à media do necessário, até seu
limite máximo de operação.
O LOGO é um relé programável, sendo que em sua versão mais atual pode-
se considerá-lo como um micro PLC. Sua função básica é, portanto, concatenar a função
de todos os relés de comando para dentro de sua lógica.
Deve-se ter em mente que, em se tratando de um relé, o LOGO não possui
contatos de potência, aparecendo apenas no diagrama de comando. Dessa forma, a
utilização de um relé programável não altera o diagrama de potência, mantendo a
necessidade de utilização de contatores para o efetivo acionamento das máquinas.
Apesar de o LOGO permitir programação por Diagrama LADDER, diagrama
UDF e Diagrama de Bloco de Funções (FBD), no laboratório será abordado apenas a
programação em FBD.
A programação FBD compreende, portanto, a união de blocos de funções
para se obter um comportamento desejado do comando. Os blocos disponíveis são todos
os estudados em lógicas digitais, acrescidos de blocos com funções mais elaboradas que
implementem, por exemplo, os relés de comando temporizados. Para sua programação,
tem-se, portanto, o desenvolvimento de um sistema digital utilizando blocos de funções.
É necessário, ainda, entender como o LOGO trabalha com suas entradas e
saídas. Por ser um sistema digital, internamente o LOGO trabalha com sistemas digitais,
ou seja, um sistema binário. Entretanto, em suas entradas poderão estar conectadas (a
depender do modelo do LOGO utilizado), tensões senoidais. De forma sucinta, o LOGO
entenderá que uma determinada entrada está em nível lógico alto quando houver uma
tensão eficaz maior do que zero aplicada à entrada, com relação ao seu terminal de
referência. Caso a tensão seja zero, o LOGO entenderá que a entrada está em nível
lógico baixo. Com relação às suas saídas, considerando o modelo adotado de saída em
contato seco, em sua programação o que o LOGO faz é simplesmente abrir ou fechar o
contato da saída.
Apesar da flexibilidade dos sistemas digitais, no desenvolvimento do
sistema, deve-se adotar todas as regras básicas de segurança no projeto de
acionamentos elétricos.

41
Ao desenvolver um sistema de acionamento com o logo, são elaborados três
diagramas, na ordem apresentada a seguir:
1 - Diagrama de potência
2 - Diagrama de conexão
3 - Diagrama de programação
Os dois últimos se constituem no diagrama de comando, sendo
fundamentais para o projeto.

Pergunta:
1 – Em sala de aula, com o auxílio do professor, desenvolva um sistema de
acionamento, utilizando o LOGO, que atenda às especificações apresentadas a seguir:

Deseja-se fazer a partida direta de dois motores (M1 e M2), de modo que atenda às
seguintes condições:
• Os dois motores devem permanecer, inicialmente, desligados;
• Ao se pressionar o botão (sem retenção) LIGA, o motor M1 é ligado
imediatamente;
• O motor M2 é, então, ligado automaticamente 10 segundos após a partida de M1;
• Ao se pressionar o botão (sem retenção) DESLIGA, o motor M1 é desligado
instantaneamente e, após 5 segundos, o motor M2 também deve ser
automaticamente desligado;
• A atuação do relé de sobrecarga do motor M1 desliga-o imediatamente e, após 5
segundos, o motor M2 também deve ser automaticamente desligado;
• A atuação do relé de sobrecarga do motor M2 desliga os dois motores
instantaneamente;
• Caso ocorra uma inversão de fase do sistema de alimentação, as duas máquinas
deverão ser imediatamente desligadas;
• Se ao menos uma máquina estiver em funcionamento, deverá ser acendida uma
lâmpada vermelha, caso contrário deverá ser acendida uma lâmpada verde.

42
TEMA 9 – PARTIDA DIRETA E FRENAGEM POR INVERSÃO DE FASES –
PROJETO

Na frenagem por inversão de fases, também chamada de frenagem por


plugueamento (plugging) ou frenagem por contra-corrente, quando se deseja parar o
motor é realizada a rápida inversão da sequência de fases que alimenta a máquina. Para
isso a conexão de duas fases quaisquer é invertida, nos terminais da máquina.
É importante salientar que caso seja mantida a inversão de fases, além do
motor começar a girar no sentido inverso ao anterior, a máquina e o sistema de
alimentação sofrerão um transitório cuja corrente inicial e tempo de duração serão
maiores do que o transitório de partida direta da máquina. Tal situação pode resultar em
sobrecarga no sistema elétrico e sobreaquecimento da máquina.
Na etapa de projeto do sistema de comando, em situações que possam
ocorrer curto-circuito na potência quando do fechamento de contatos de potência
de contatores diferentes, é muito importante implementar o intertravamento físico dos
contatores. O intertravamento físico é implementado colocando-se um contato de
comando NF de um contator em série com a bobina do outro contator, e vice-versa.
Dessa forma impede-se que os dois contatores sejam energizados simultaneamente,
prevenindo o curto-circuito da potência.

Perguntas:
1 – Obtenha uma equação para o escorregamento no momento da inversão
de fases.
2 – Em se mantendo a inversão de fases (até a reversão do sentido de giro
da máquina), por que transitório no momento da reversão terá corrente inicial e tempo de
duração maior do que o transitório de partida direta?

Projeto:
Desenvolva um sistema de acionamento, utilizando LÓGICA DE RELÉS,
para o acionamento de um motor de indução (M1), de modo a atender às seguintes
condições:
• O motor deverá permanecer, inicialmente, desligado;
• Ao se pressionar o botão (sem retenção) LIGA, o motor M1 é
imediatamente ligado (partida direta);
• Ao se pressionar o botão (sem retenção) DESLIGA, o motor M1 deverá
ser frenado por plugueamento durante 0,5 segundo, sendo
imediatamente desenergizado após este tempo;
• A atuação do relé de sobrecarga do motor M1 desliga-o imediatamente;

43
• Caso ocorra uma subtensão do sistema de alimentação, o motor deverá
ser imediatamente desligado;
• O sentido de giro direto de M1 deverá ser sinalizado por uma lâmpada
vermelha. Enquanto que, quando no sentido inverso, a sinalização será
por uma lâmpada laranja. Quando a máquina estiver parada, deve ser
acendida uma lâmpada verde.

Faça a montagem do projeto anterior e meça a corrente instantânea de linha


(ramal de alimentação da máquina) durante os transitórios. Meça, também, a velocidade
de regime do motor.

Relatório:
Apresente o relatório no formato de arquivo PDF (trabalho individual),
formato A4 branco, o qual deverá conter, no mínimo:
a) objetivo
b) desenvolvimento
c) conclusão

O objetivo da prática será analisar o comportamento da máquina (na partida


e frenagem) e dos transitórios da corrente de linha do ramal de alimentação da máquina,
comparando com valores de placa.
O desenvolvimento deverá conter, necessariamente:
• Respostas para as perguntas apresentadas no guia da aula, para o
projeto em questão;
• Projeto efetivamente montado;
• Dados de placa da máquina utilizada;
• Formas de onda da corrente instantânea, medida no ramal de
alimentação da máquina, contendo todos os transitórios esperados;
• Análise quantitativa e qualitativa das formas de onda apresentadas
(comparando com valores de placa da máquina utilizada). Deverão
ser analisados/explicados os parâmetros de amplitude e tempo dos
transitórios;
• Análise da velocidade medida, comparando-a com dados de placa;
A conclusão deverá conter, no mínimo, a análise da consequência da
corrente/torque na máquina/carga e no ramal de alimentação durante os transitórios,
extrapolando sempre para a utilização de máquinas de grande potência. “Funcionou como
esperado” não é conclusão!

44
TEMA 10 – PARTIDA Y-D / PARTIDA COMPENSADA / INSERÇÃO DE
RESISTÊNCIA NO ROTOR

O problema da partida direta é a alta corrente de partida. Algumas técnicas


de acionamento tentam reduzir a corrente de partida reduzindo a tensão aplicada à
máquina. Este é o princípio de operação de técnicas clássicas como a partida
estrela/triângulo (YD) e a partida compensada.

10.1) Partida YD
Na partida YD, considerando uma máquina que deveria ser conectada em D
ao sistema de alimentação, para receber tensão nominal, no momento da partida tal
máquina é conectada em Y, reduzindo a tensão aplicada em cada bobina da máquina e,
consequentemente, a corrente de partida.
• Efeito colateral:
◦ Torque reduzido
▪ Geralmente utilizada para partida a vazio
◦ Menor aceleração durante a partida
▪ Maior tempo para atingir velocidade nominal
▪ Maior tempo com corrente acima da nominal (mesmo que reduzida)
• Transição de Y para D:
◦ Necessário zerar a corrente da máquina antes de reconectá-la em D
◦ Transitório de tensão
◦ Transitório de corrente
▪ Pode haver um pico de corrente igual ao valor da corrente de partida em D.
◦ Comutação de Y para D com a velocidade em regime para Y (próxima de 90%
da nominal).

Perguntas:
Considere um MIRB com tensão de alimentação 220/380 V, alimentada por
uma rede com tensão VL = 220V.
1 – O que significa dizer uma máquina MIRB 220/380 V?

45
2 – Qual seria a forma de conexão dessa máquina, para uma partida direta?

3 – Apresente a equação para o cálculo da corrente de linha do sistema de


potência, considerando a partida direta da máquina. Considere o circuito apresentado a
seguir.

VL

ILD

Z eq(s )

Z eq(s ) Z eq(s )

4 – Considere, agora, que antes de ser conectada em D, a máquina será


ligada em Y. Calcule qual será a corrente de linha para esta situação. Considere o circuito
apresentado a seguir.

46
5 - Calcule qual o fator de redução da corrente de partida.

6 – Calcule o fator de redução do torque de partida.

7 – Esboce qual seria a corrente com a partida em D e em Y.

|I1f|

47
8 – Considerando que a máquina tenha partido em D, é realmente
necessário alterar a conexão da máquina, colocando-a em Y, após a partida? Por quê?
Para esta análise, considere o gráfico apresentado a seguir.

9 – Considerando o esboço realizado na questão7, qual seria o momento


ideal para fazer a comutação de Y para D? Caso a comutação seja realizada neste
momento, o que poderia acontecer?

48
• Diagrama de potência para a partida YD:

Pergunta:
1 – Analise o diagrama de potência apresentado e indique qual deve ser a
sequência de comando dos contatos de potência K1, K2 e K3.

2 – Quais o pré-requisitos para se implementar uma partida YD?

49
10.2) Partida Compensada
Na partida compensada (ou partida por chave compensadora), a redução da
tensão de alimentação da máquina é obtida pelo uso de um autotransformador. Dessa
forma, a máquina é alimentada por um autotransformador abaixador de tensão, com fator
de redução dado por K (K<1).
Na prática, os autotransformadores utilizados nas chaves compensadoras
possuem TAPs (derivações) mais comuns de 65%, 80%, 90% (K=0,65, K=0,80 e K=0,90).
Além disto, estes autotransformadores geralmente possuem um termostato para informar
seu sobreaquecimento, uma vez que eles são geralmente utilizados para máquinas acima
de 50 CV.
• Efeito colateral:
◦ Torque reduzido
▪ Mas permite a partida com carga
◦ Menor aceleração durante a partida
▪ Maior tempo para atingir velocidade nominal
• Transição da tensão reduzida para a tensão plena
◦ Transitório de tensão
◦ Transitório de corrente
▪ Transitório minimizado pelo autotransformador
◦ Comutação quando a máquina chega na velocidade em regime para a tensão
reduzida

Perguntas:
1 – Apresente a equação para o cálculo da corrente de linha do sistema de
potência, considerando a partida direta da máquina. Considere o circuito apresentado a
seguir.

VL

ILD
Z eq(s )

Z eq(s ) Z eq(s )

50
2 – Considere, agora, que a máquina será alimentada por um
autotransformador. Calcule qual será a corrente de linha para esta situação. Considere o
V2 I1
circuito apresentado a seguir. Lembre-se que, para um autotransformador = =k ,
V1 I2
sendo que os índices 1 e 2 se referem ao primário e secundário, respectivamente.

VL

ILAT

Z eq(s )

Z eq(s ) Z eq(s )

3 - Calcule qual o fator de redução da corrente de partida.

4 – Calcule o fator de redução do torque de partida.

51
5 – Considere a situação hipotética apresentada no gráfico a seguir. Qual o
valor mínimo do TAP do autotrafo, para garantir que o sistema parta?

Esboce qual seria a corrente com a partida para cada um dos TAPs,
incluindo a corrente de partida direta.

|I1f|

t
6 – Obtenha uma equação para a terminação do valor mínimo de K,
considerando o torque de partida da máquina (para tensão nominal) e da carga.

52
• Diagrama de potência para a partida compensada:

Pergunta:
1 – Analise o diagrama de potência apresentado e indique qual deve ser a
sequência de comando dos contatos de potência K1, K2 e K3.

2 – O que acontecerá se todos os contatos de potência se mantiverem


fechados?

53
10.3) Partida com Inserção de Resistência no Rotor
Nesta técnica de partida, a tensão do estator é mantida constante, mas
varia-se a resistência do rotor.
• Só aplicável a máquinas de indução de rotor bobinado (MIRB)
• Geralmente utilizam-se vários estágios de resistência ou um único
reostato
• Torque de partida elevado
◦ Torque máximo
• Corrente de partida baixa
◦ Aumenta Zeq
• Aumento das perdas
◦ Aumento de S

Perguntas:
Considere um sistema composto por uma MIRB e uma carga, representado
pelo espaço de trabalho mostrado a seguir:

54
1 – Esboce o gráfico da corrente de linha, caso seja realizada a partida
direta do sistema.

|I1f|

t
2 – Considere, agora, que seja possível aumentar a resistência de rotor. O
que acontecerá com o valor do T e ? E com S Te
max
? Justifique.
max

3 – Considere que, durante a partida, podem ser utilizados dois bancos


resistivos em série com o circuito de rotor, resultando em dois valores de resistência
rotórica, tal que R r 2 > R r 1 >R Rnom . Com isso, obteve-se o gráfico mostrado a seguir. É
possível, agora, partir o sistema? Como?

55
4 – Uma vez o sistema tendo partido utilizando o valor de R r2, é possível
reduzir a resistência de rotor diretamente para seu valor nominal? Justifique.

5 – Esboce, no mesmo gráfico da questão 1, qual será o perfil da corrente


durante a partida com inserção de resistência de rotor.

• Diagrama de potência:

56
TEMA 11 – PARTIDA YD - PROJETO

Pergunta:
1 – Qual o fator de redução da corrente dessa partida, quando comparado
com a partida direta?

2 – Qual o fator de redução do torque dessa partida, quando comparado


com a partida direta?

Projeto:
Desenvolva um sistema de acionamento, utilizando o LOGO, para o
acionamento de um motor de indução (M1), de modo a atender às seguintes condições:
• O motor deve permanecer, inicialmente, desligado;
• Ao se pressionar o botão (sem retenção) LIGA, o motor M1 é ligado por
um sistema Y/D, devendo permanecer 9 segundos em Y, com um
intervalo de 20 ms entre a comutação de Y para D;
• Ao se pressionar o botão (sem retenção) DESLIGA, o motor M1 é
desligado instantaneamente;
• A atuação do relé de sobrecarga do motor M1 desliga-o imediatamente;
• Caso ocorra uma inversão de fase do sistema de alimentação, a máquina
deverá ser imediatamente desligada;
• Enquanto M1 estiver funcionando (inclusive durante toda a partida), deve
ser acendida uma lâmpada vermelha. Quando M1 estiver desenergizado,
deverá ser acendida uma lâmpada verde. Enquanto M1 estiver em Y,
deverá ser acendida uma lâmpada laranja.

Faça a montagem do projeto anterior e meça a corrente instantânea de linha


(ramal de alimentação da máquina) durante os transitórios. Meça, também, a velocidade
de do motor quando conectado em Y e quando conectado em D.

Relatório:
Apresente o relatório no formato de arquivo PDF (trabalho individual),
formato A4 branco, o qual deverá conter, no mínimo:
a) objetivo
b) desenvolvimento
c) conclusão

57
O objetivo da prática será analisar o comportamento da máquina (na partida)
e dos transitórios da corrente de linha do ramal de alimentação da máquina, comparando
com valores de placa.
O desenvolvimento deverá conter, necessariamente:
• Respostas para as perguntas apresentadas no guia da aula, para o
projeto em questão;
• Projeto efetivamente montado;
• Dados de placa da máquina utilizada;
• Formas de onda da corrente instantânea, medida no ramal de
alimentação da máquina, contendo todos os transitórios esperados;
• Análise quantitativa e qualitativa das formas de onda apresentadas
(comparando com valores de placa da máquina utilizada). Deverão
ser analisados/explicados os parâmetros de amplitude e tempo dos
transitórios;
• Análise das velocidades medidas, comparando-as com dados de
placa;
• Compare a corrente de partida em Y com a corrente de partida direta
da máquina.
A conclusão deverá conter, no mínimo, a análise da consequência da
corrente/torque na máquina/carga e no ramal de alimentação durante os transitórios,
extrapolando sempre para a utilização de máquinas de grande potência. “Funcionou como
esperado” não é conclusão!

58
TEMA 12 – PARTIDA COMPENSADA - PROJETO

Pergunta:
1 – Qual o fator de redução da corrente dessa partida, quando comparado
com a partida direta?

2 – Qual o fator de redução do torque dessa partida, quando comparado


com a partida direta?

Projeto:
Desenvolva um sistema de acionamento, utilizando LOGO, para o acionamento de um
motor de indução (M1), de modo a atender às seguintes condições:
• O motor deve permanecer, inicialmente, desligado;
• Ao se pressionar o botão (sem retenção) LIGA, o motor M1 é ligado por
uma chave compensadora, devendo ser alimentado pelo tap de 80% por
5 segundos;
• Ao se pressionar o botão (sem retenção) DESLIGA, o motor M1 é
desligado imediatamente;
• A atuação do relé de sobrecarga do motor M1 desliga-o imediatamente;
• Caso ocorra uma inversão de fase do sistema de alimentação, a máquina
deverá ser imediatamente desligada;
• Enquanto M1 estiver funcionando (inclusive durante toda a partida), deve
ser acendida uma lâmpada vermelha. Quando M1 estiver desenergizado,
deverá ser acendida uma lâmpada verde. Enquanto M1 estiver com
tensão reduzida, deverá ser acendida uma lâmpada laranja.

Faça a montagem do projeto anterior e meça a corrente instantânea de linha


(ramal de alimentação da máquina) durante os transitórios. Meça, também, a velocidade
de do motor quando alimentado com tensão reduzida e com tensão plena.

Relatório:
Apresente o relatório no formato de arquivo PDF (trabalho individual),
formato A4 branco, o qual deverá conter, no mínimo:
a) objetivo
b) desenvolvimento
c) conclusão

59
O objetivo da prática será analisar o comportamento da máquina (na partida)
e dos transitórios da corrente de linha do ramal de alimentação da máquina, comparando
com valores de placa.
O desenvolvimento deverá conter, necessariamente:
• Respostas para as perguntas apresentadas no guia da aula, para o
projeto em questão;
• Projeto efetivamente montado;
• Dados de placa da máquina utilizada;
• Formas de onda da corrente instantânea, medida no ramal de
alimentação da máquina, contendo todos os transitórios esperados;
• Análise quantitativa e qualitativa das formas de onda apresentadas
(comparando com valores de placa da máquina utilizada). Deverão
ser analisados/explicados os parâmetros de amplitude e tempo dos
transitórios;
• Análise das velocidades medidas, comparando-as com dados de
placa;
• Compare a corrente de partida compensada com a corrente de
partida direta da máquina.
A conclusão deverá conter, no mínimo, a análise da consequência da
corrente/torque na máquina/carga e no ramal de alimentação durante os transitórios,
extrapolando sempre para a utilização de máquinas de grande potência. “Funcionou como
esperado” não é conclusão!

60
TEMA 13 – PARTIDA COM SOFT STARTER E PARTIDA COM INVERSOR
DE FREQUÊNCIA.
Soft Starters e Inversores de Frequência (também chamados de conversores
de frequência) são dispositivos eletrônicos (baseados em semicondutores) utilizados para
controlar o acionamento de máquinas elétricas.

13.1) Soft Starter


• Equipamento eletrônico para o ajuste da tensão eficaz aplicada a máquinas
• Ponte de SCR´s (Retificador Controlado de Silício) em antiparalelo

• O sistema de controle do soft starter controla o ângulo de disparo dos SCR´s,


controlando, dessa forma, a tensão eficaz aplicada nos terminais da máquina.

VRMS = 48,89 V

VRMS = 203,09 V

61
• É possível, portanto, implementar uma rampa de tensão na qual se controla a
tensão inicial da rampa e sua inclinação. A rampa pode ser aplicada tanto na
partida quanto na parada da máquina.

Perguntas:
1 – Por que se implementar uma rampa de tensão, em vez de aplicar a
tensão plena ou,então, degraus de tensão?

2 – Com o soft starter, qual a maior tensão disponibilizada nos terminais da


máquina?

3 – Por que não se inicia a rampa de tensão, simplesmente, a partir de 0 V


(zero volts)?

62
4 – Após completar a rampa, na partida, o soft starter possui alguma função?

5 – O soft starter altera a frequência da forma de onda que chega aos


terminais da máquina?

6 – O que acontece com o torque da máquina, durante a rampa de tensão?

7 – Qual seria o valor de tensão inicial da rampa, para o conjunto


máquina/carga representado no espaço de trabalho mostrado a seguir?

8 – Considerando o espaço de trabalho T x w, para uma determinada


máquina, qual é a região de operação de um Soft Starter?

63
• Importante:
O soft starter não altera a frequência da forma de onda de tensão que chega
nos terminais da máquina, ele controla, apenas, o valor da tensão eficaz
aplicada à máquina.
• Apesar de o soft starter não controlar a frequência da forma de onda de tensão
aplicada aos terminais da máquina, ele deforma tal forma de onda, resultando em
harmônicos tensão (harmônicos de baixa ordem) aplicados à máquina, durante a
rampa de tensão.

VRMS = 48,89 V

Pergunta:
1 – O gráfico anterior apresenta os harmônicos de tensão aplicados à
máquina, em um determinado ponto da rampa de tensão (V RMS = 48,89 V). O gráfico dos
harmônicos de corrente teria o mesmo formato dos harmônicos de tensão? Justifique.

64
• Um soft starter pode implementar diversas funções de partida/parada, não somente
a rampa de tensão

65
• Possível diagrama de potência

13.2) Inversor de Frequência


• Equipamento eletrônico para o controle da tensão e frequência da forma de onda
aplicada à máquina.
• Composto por três grandes blocos: retificador + barramento CC + inversor

66
• Bloco retificador
◦ Pode ser não controlado (ponte de diodos) ou controlado (ponte de IGBTs)
▪ Inversor não regenerativo: Não permite devolver a potência gerada pela
máquina, durante frenagens, para a rede. Neste caso é necessária especial
atenção durante frenagens da máquina, para não danificar o equipamento.
▪ Inversor regenerativo: Permite devolver a potência gerada pela máquina,
durante frenagens, para a rede. Dispositivo mais caro, por ser mais
complexo.
◦ No caso de ponte não controlada, injeta harmônicos de corrente no lado rede,
constantemente.

67
• Barramento CC
◦ Também chamado de link DC
◦ Responsável por fazer a conexão entre os blocos retificador e inversor
◦ É considerado como sendo uma tensão CC constante
• Bloco Inversor
◦ Responsável por gerar uma forma de onda “senoidal” com amplitude e
frequência controlada. A princípio, o controle da frequência é independente do
controle da tensão.
▪ Técnicas de controle mais utilizadas para o acionamento da MI:
• Controle V/f constante ( V / f =cte ): Tensão e frequência variam juntas,
mantendo sua proporcionalidade
• Controle vetorial: Tensão e frequência variam de forma independente
◦ A tensão de saída, geralmente, é controlada por PWM, resultando em forma de
onda de tensão com conteúdo harmônico de altas frequências, as quais são
mais facilmente filtradas pela característica indutiva da máquina de indução.

68
Perguntas:
Considere uma MIRB 220/380V, acoplada a uma carga, tal que o sistema é
representado pelo gráfico mostrado a seguir.

69
1 – Quais técnicas de partida já estudadas podem, efetivamente, partir tal
sistema?

2 – Um inversor de frequência, trabalhando no modo v/f constante poderia


partir tal sistema? Justifique?

3 - Considerando o espaço de trabalho T x w, para uma determinada


máquina, qual é a região de operação de um inversor de frequência?

70
71
TEMA 14 – PARTIDA COM SOFT STARTER - PROJETO

Em projetos com Soft Starter é fundamental que, uma vez definido o modelo
a ser utilizado, o manual seja devidamente lido para se conhecer as funcionalidades e
recursos do dispositivo.

Perguntas:
1 – Qual grandeza um soft starter controla?
2 – O soft starter altera a frequência da tensão aplicada à máquina?
3 – O soft starter controla o tempo de partida da máquina?
4 – Qual a função de um soft starter?

Projeto:
Desenvolva um sistema de acionamento, utilizando um soft starter, que
atenda às especificações apresentadas a seguir:
1. O circuito de potência deverá possuir um contator e um disjuntor;
2. O circuito de comando deve conter duas únicas botoeiras (sem retenção),
uma para partir (LIGA) e outra para parar (DESLIGA) a máquina;
3. A bobina do contator só deve ser energizada quando houver o comando
de partir a máquina e desenergizada quando o sof-starter tiver finalizado
a parada da máquina;
4. No caso de qualquer erro no soft starter a bobina do contator deverá ser
automaticamente desenergizada;
5. O soft starter deverá ser programado para partida com rampa de tensão
com limitação de corrente e parada normal (sem rampa).

• Apresente o diagrama de comando/potência do sistema, considerando


tanto a alimentação da máquina quanto o comando do soft starter. Tal
projeto deverá ser feito com o auxílio do software CADe_SIMU (utilizar
os dispositivos “Eletronic Starter a.c.” e “”Eletronic Starter Control a.c.”,
disponíveis no menu “Power”), em um único arquivo, o qual deverá
conter o diagrama de potência, o diagrama de comando e a lista de
parametrização.
• Deverão ser apresentados dois projetos, um considerando o soft starter
modelo 3RW4026-1BB14 e outro para o soft starter modelo 3RW4422-
1BC4. Sugere-se verificar, nos capítulos finais do manual do
equipamento, exemplos de circuitos com os dois modelos.

Faça a montagem do projeto com um dos modelos de soft starter e realize


as análises solicitadas, aplicando carga à máquina.

72
Relatório:
Apresente o relatório no formato de arquivo PDF (trabalho individual),
formato A4 branco, o qual deverá conter, no mínimo:
a) objetivo
b) desenvolvimento
c) conclusão

O objetivo da prática será analisar a utilização de soft starters na partida de


máquinas de indução, analisando o comportamento da máquina, as formas de onda de
tensão aplicada à máquina e da corrente de linha do ramal de alimentação da máquina e
no lado da rede.
O desenvolvimento deverá conter, necessariamente:
• Respostas para as perguntas apresentadas no guia da aula, para o
projeto em questão;
• Projeto efetivamente montado, com a parametrização utilizada;
• Dados de placa da máquina utilizada;
• Faça as seguintes análises:
a) Observe as formas de onda de tensão e corrente no lado máquina
(com o uso de um osciloscópio), considerando a ausência de
limitação de corrente;
a.1) Apresente e explique a forma de onda da tensão;
a.2) Apresente e explique o formato da forma de onda de corrente;
a.3) Faça uma análise qualitativa da qualidade da energia
entregue para a máquina (tanto tensão quanto corrente);
b) Observe as formas de onda de tensão e corrente no lado máquina
(com o uso de um osciloscópio), considerando a implementação de
limitação de corrente;
b.1) Varie o tempo da rampa de partida e apresente e explique o
que acontece com a forma de corrente;
b.1) Qual a possível consequência de se implementar uma
limitação de corrente muito restritiva?
c) Variando o tempo da rampa de partida, explique a relação do
tempo da rampa com o tempo efetivamente gasto pela máquina para
completar a partida.

73
d) Observe as formas de onda de tensão e corrente no lado rede
(com o uso de um osciloscópio);
d.1) Apresente e explique as formas de onda;
d.2) Existe diferença entre a forma de onda da corrente no lado
rede e no lado máquina?
d.3) Faça uma análise qualitativa da qualidade da energia no lado
rede (tanto tensão quanto corrente);

A conclusão deverá conter, no mínimo, a análise da utilidade de um soft


starter na partida de uma máquina de indução, extrapolando sempre para a utilização de
máquinas de grande potência. Deverá ser abortado, também, a importância de uma
parametrização adequada do dispositivo. “Funcionou como esperado” não é conclusão!

74
TEMA 15 – INVERSOR DE FREQUÊNCIA - PROJETO
Em projetos com inversor de frequência é fundamental que, uma vez
definido o modelo a ser utilizado, o manual seja devidamente lido para se conhecer as
funcionalidades e recursos do dispositivo.

Perguntas:
1 – Qual(is) grandeza(s) um inversor controla?
2 – Considerando um espaço de trabalho definido por T x w, apresente a
região de operação de um inversor, comparando-a com a de um soft starter.
3 – O que significa o termo “controle escalar”?

Projeto:
1 – Desenvolva um sistema de acionamento, utilizando o MicroMaster 440,
modelo 6SE6440-2UC23-0CA1, para a partida de uma máquina de indução, de tal forma
que:
1. O circuito de potência deverá contar com um fusível ultra-rápido;
2. O inversor deverá ser programado para operar no modo V/f constante,
com referência externa de velocidade;

• Apresente o diagrama de comando/potência do sistema, considerando


tanto a alimentação da máquina quanto o comando do inversor. Tal
projeto deverá ser feito com o auxílio do software CADe_SIMU (utilizar os
dispositivos “Variable speed a.c. III” e “”Drive speed control a.c.”,
disponíveis no menu “Power”), em um único arquivo, o qual deverá conter
o diagrama de potência, o diagrama de comando e a lista de
parametrização.
• Para a parametrização do modelo em questão, sugere-se verificar o fluxo
de “comissionamento rápido”, descrito no manual do dispositivo.

Faça a montagem do projeto e realize as análises solicitadas, com carga


aplicada à máquina.

Relatório:
Apresente o relatório no formato de arquivo PDF (trabalho individual),
formato A4 branco, o qual deverá conter, no mínimo:
a) objetivo
b) desenvolvimento
c) conclusão

75
O objetivo da prática será analisar a utilização de inversores na partida de
máquinas de indução, analisando o comportamento da máquina, as formas de onda de
tensão aplicada à máquina e da corrente de linha do ramal de alimentação da máquina e
no lado da rede.
O desenvolvimento deverá conter, necessariamente:
• Respostas para as perguntas apresentadas no guia da aula, para o
projeto em questão;
• Projeto efetivamente montado e parametrização efetivamente
utilizada;
• Dados de placa da máquina utilizada;
• Faça as seguintes análises:
a) Observe as formas de onda de tensão e corrente no lado máquina
(com o uso de um osciloscópio);
a.1) Varie a referência de velocidade e apresente e explique o que
acontece com a forma de onda da tensão (amplitude e frequência);
a.2) Apresente e explique o formato da forma de onda de corrente;
a.3) Faça uma análise qualitativa da qualidade da energia entregue
para a máquina (tanto tensão quanto corrente);
b) Durante a inversão de sentido de giro da máquina, observe (no
AOP do inversor) e explique o motivo da variação da tensão do
barramento do inversor; Faça a mesma observação no momento da
parada da máquina.
b.1) Quais as formas possíveis de impedir danos ao inversor no
momento da inversão de velocidade?
b.2) O que significa parada de emergência? Qual parâmetro do
inversor influencia tal situação? Qual cuidado se deve ter com a
parada de emergência? O que pode acontecer em tal situação?
d) Observe as formas de onda de tensão e corrente no lado rede
(com o uso de um osciloscópio);
d.1) Apresente e explique as formas de onda;
d.2) Observe a corrente no lado rede durante a reversão de
velocidade (ou parada da máquina). Explique o que foi observado;
d.3) Faça uma análise qualitativa da qualidade da energia no lado
rede (tanto tensão quanto corrente);
A conclusão deverá conter, no mínimo, a análise da função de um inversor
na partida de uma máquina de indução, extrapolando sempre para a utilização de

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máquinas de grande potência. Deverá ser abortado, também, a importância de uma
parametrização adequada do dispositivo e os riscos de se danificar o equipamento.
“Funcionou como esperado” não é conclusão!

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