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Devolutiva sobre Avaliação na Educação Infantil

No tocante à Avaliação Infantil, o processo precisa considerar o


percurso trilhado pelos pequenos, sem julgamentos, notas ou rótulos e
fornecer elementos para a equipe repensar as práticas. As Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) determinam,
desde 2009, que as instituições que atuam nessa etapa de ensino criem
procedimentos para a avaliação do desenvolvimento integral das crianças
em suas múltiplas linguagens. Esse processo não deve ter como objetivo a
seleção, a promoção ou a classificação dos pequenos e precisa considerar "a
observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações
das crianças no cotidiano" e empregar múltiplos registros, através de uma
escuta atenta e sensível. Tais apontamentos, no entanto, ainda geram
dúvidas e interpretações equivocadas, assim como constou às
páginas: ................. deste documento, solicito rever o conceito – “avanços
e dificuldades” citado, levando em consideração o contexto explicativo
acima. Vislumbrando o estudo pormenorizado da temática, sugiro ainda,
rever na BNCC que versa sobre a Avaliação na Educação Infantil:

A aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em 2017 trouxe algumas mudanças para

a Educação Infantil que devem impactar, também, a maneira como as crianças são avaliadas. Entre as

diretrizes da Base estão a definição de seis direitos de aprendizagem (conviver, brincar, participar,

explorar, expressar e conhecer-se) e uma nova organização do currículo que coloca a criança como

protagonista do processo educativo

Esta proposta está anunciada também em vários documentos já


publicados pela Secretaria Municipal de Educação (SME), dentre eles as
Diretrizes contidas no Programa de Reorganização Curricular “Mais
Educação São Paulo” – Reorganização Curricular e Administrativa,
Ampliação e Fortalecimento da Rede Municipal de Ensino de São Paulo e a
Orientação Normativa nº 01/13 – Avaliação na Educação Infantil:
aprimorando os olhares. O Currículo Integrador da Infância Paulistana traz
em seu bojo aspectos sobre a Avaliação Infantil, que seguem:

[...] desconstruir concepções de infância cristalizadas em imagens que retratam as crianças como
se elas fossem todas iguais, como se todas tivessem a mesma história, o que justifica tratá-las de forma
massificada, uniforme e anônima. Estas concepções contribuem para a invisibilidade das crianças e das
infâncias reais, pois não revelam suas identidades, singularidades, histórias, culturas, pertencimentos,
diversidades e contextos de vida. Assim, a ideia presente no imaginário social de que “criança é criança,
só muda de endereço” é equivocada e precisa ser questionada, pois o endereço e o cenário sócio-histórico-
cultural das crianças influenciam de forma direta e permanente as formas de viver as infâncias e produzir
sua identidade. (SÃO PAULO, 2015a, p. 9)

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