O documento descreve a experiência da autora trabalhando com uma criança diagnosticada com TEA em sua primeira turma como professora. A escola não fornecia apoio adequado para inclusão e a autora questionou como desenvolver práticas inclusivas significativas de acordo com os documentos regulatórios. Isso a levou a pesquisar mais sobre inclusão na educação infantil.
O documento descreve a experiência da autora trabalhando com uma criança diagnosticada com TEA em sua primeira turma como professora. A escola não fornecia apoio adequado para inclusão e a autora questionou como desenvolver práticas inclusivas significativas de acordo com os documentos regulatórios. Isso a levou a pesquisar mais sobre inclusão na educação infantil.
O documento descreve a experiência da autora trabalhando com uma criança diagnosticada com TEA em sua primeira turma como professora. A escola não fornecia apoio adequado para inclusão e a autora questionou como desenvolver práticas inclusivas significativas de acordo com os documentos regulatórios. Isso a levou a pesquisar mais sobre inclusão na educação infantil.
A escolha do tema se deu a partir do momento em que iniciei minha trajetória como
profissional da educação e trabalhei com três alunos diagnosticados com o
Transtorno do Espectro Autista (TEA). Seis meses após me formar no (terminar o) magistério, tive a oportunidade de (ser professora titular de) assumir uma turma de Maternal 2 (crianças de 3 a 3 anos e 11 meses) em uma escola privada de Educação Infantil do município de Sapucaia do Sul. Estar ali, (para mim) já era marcante, pois todo professor, não importa o tempo de (atuação) profissão, lembra da sua primeira turma, e comigo não foi diferente. Eu só não imaginava, que a partir dali, daquela turma, um ser tão pequenininho, mudaria minha visão de inclusão e traria o maior dos meus desafios, logo na minha primeira experiência como docente. O aluno J, era não verbal, emitia apenas sons repetitivos com a boca; aspecto que (causou) ocasionou (muitas das) todas essas minhas inquietações: “Como de fato, eu vou fazer a inclusão das práticas (na perspectiva desse aluno)?” “ (é possível) Tem como fazer a inclusão na Educação Infantil?”, e o clássico: “E agora, o que eu faço?”. Como eu estava iniciando minha construção (pedagógica) docente, não dispunha de conhecimentos, estratégias e práticas que poderiam potencializar o trabalho com alunos com essa especificidade. Dessa forma, tive receio e muitas incertezas de como desenvolver caminhos e práticas que realmente pudessem ser inclusivos e significativos de acordo com os parâmetros nacionais da Educação Infantil, bem como, com minha perspectiva de uma vivência de infância e escola positivas. Naquele momento, busquei auxílio junto à Pedagoga da escola, com intuito de ser aconselhada para que pudéssemos pensar em práticas e maneiras de adaptar as propostas que já estavam sendo desenvolvidas, a fim de possibilitar uma real inclusão desses alunos. A pedagoga disse não ser necessário realizar tais adaptações e, além disso, notei que em outras turmas crianças com algum diagnóstico também pareciam não participar efetivamente das práticas. Elas ficavam sentadas ou presas em cadeirinhas de balanço, cenas que ficaram marcadas negativamente em minha memória e me causaram desconforto com relação a forma de atuar do ambiente, dito pedagógico, em que eu estava. (Nesse contexto, penso que não poderia ser diferente, infelizmente,) A Educação Infantil, não (fez) brilhou meus olhos (brilharem), desde (então) o começo, o meu chão (me encontrei e me identifiquei), onde eu me encontro, é nos anos iniciais, mas é justamente por me encontrar nos alunos maiores, que eu entendo e valorizo a inclusão desde a educação infantil, para que o percurso de ir para a “escola dos grandes” não seja tão difícil, para que as dificuldades não sejam um empecilho, e a partir desse momento, me questionei sobre a importância da inclusão na educação infantil, se ela de fato acontece e quais seriam os documentos que regem a Educação Infantil e o que eles abordam e determinam para o desenvolvimento de práticas de inclusão, pois naquele momento, eu não tinha o conhecimento da Base Nacional Comum Curricular, pois a mesma, não era um documento norteador exigido pela escola para os momentos de planejamento das práticas, então eu acreditava que em todas as redes de educação infantil as docentes não tinham uma rede de apoio para incluir, e que na verdade, a inclusão não acontecia . Assim, ao vivenciar tais experiências e perceber claramente que essas crianças não estavam sendo incluídas, notei a importância, a necessidade de pesquisar e de trazer mais conhecimento para a área da Educação Infantil voltada para a Inclusão. Mas porque a inclusão? Pois percebi ao longo da caminhada com o aluno em questão, insegurança, tristezas e medos meus e da família, que ainda não tinha me deparado na minha formação docente, pois a dúvida de como ele seria incluso e como seria a chegada dele na escola regular, nos trazia muitos questionamentos. Afinal, mesmo que esse não seja um tema recente, ele ainda precisa de estudo e pesquisa para que as práticas escolares sejam repensadas e potencializadas, a tal nível que, de fato, sejam inclusivas. Além disso, a construção da Base Nacional Comum Curricular é uma temática recente ainda e que pode, e deve, ser problematizada dentro das instituições escolares para que atinja suas reais intenções pedagógicas. Tornando assim, fundamental que a educação infantil seja inclusiva de maneira geral e adaptada às necessidades individuais de cada criança. A Base Nacional Comum Curricular deve ser aplicada de forma inclusiva para garantir que todas as crianças tenham acesso a uma educação de qualidade e possam se desenvolver plenamente. Ao considerar que a inclusão deve ser realizada desde a etapa creche, entendemos a importância de promover:
Práticas pedagógicas que possibilitem às crianças, a
ampliação das potencialidades de seu desenvolvimento e apropriação dos conhecimentos produzidos socialmente e culturalmente pela sociedade. Convida-se ainda a compreender que as diferenças são enriquecedoras e só por meio delas a sociedade conseguirá a igualdade para todos (RIO GRANDE DO NORTE, 2018, p. 54).
Com essas inquietações e implicações, definiu-se como objetivo geral deste
trabalho,compreender a inclusão na Educação Infantil a partir da execução das normativas da Base Nacional Comum Curricular. Os objetivos específicos são: a) Identificar quais as práticas de inclusão que aparecem nos planos de aulas de docentes da Educação Infantil; b) Problematizar as práticas educacionais desenvolvidas com alunos de inclusão a partir das concepções da BNCC e c) Analisar como o conceito de inclusão está presente dentro da BNCC. Essa pesquisa será orientada pela seguinte questão norteadora: a) De que forma são desenvolvidas práticas inclusivas na educação infantil a partir das orientações presentes na BNCC? Dessa forma, para que seja possível responder às perguntas norteadoras e atingir os objetivos propostos, a metodologia utilizada será de acordo com a pesquisa qualitativa. Serão realizadas duas etapas da pesquisa: i) análise documental da BNCC; e ii) entrevista com docentes para identificar como constroem e pensam no seu planejamento a partir da BNCC.