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O

de INCLUSÃO
PERFEITO

Por que seu aluno


não aprende com
as suas adaptações?
(e como resolver isso)
O
de INCLUSÃO
PERFEITO

Por que seu aluno não aprende


com as suas adaptações?
(e como resolver isso de vez)

Seja muito bem-vindo ao Plano de Inclusão Perfeito!

Olá, sou o Leandro Rodrigues e sou produtor material didático há mais de 20


anos, para escola (já trabalhei em escola), para faculdade (já trabalhei numa editora),
como também criando materiais para cursos EAD (já trabalhei em plataforma EAD).

E nessa jornada percebi que nem todo mundo aprende com o material que
entregamos.

Mas foi nos últimos 7 anos à frente do Instituto Itard que entendi que o material
didático precisa ser acessível para que todo aluno possa aprender através dele.

E junto com professores e com meus próprios alunos percebi que cada aluno é
único, cada turma é única, cada dia também é único e por isso o seu material didático
precisa ser único também.

Chega de usar atividades feitas por outras pessoas, em outras épocas e com
contextos desatualizados!

Chega de atividades com barreiras. É hora de dar um basta à falta de materiais


didáticos.

Este material é para uso exclusivo dos participantes inscritos no evento mencionado sendo
vedada a sua reprodução total ou parcial de forma onerosa ou gratuita sob pena de prática
de violação de direito autoral passível de medidas judiciais cabíveis.

O Plano de Inclusão Perfeito 1


Não é só adaptar atividades,
é produzir material didático acessível.

Essa semana de treinamento gratuita é para você que já entendeu que as


atividades escolares que existem por aí deixam muito a desejar, não te representam,
não são o que seu aluno precisa, e que ficar adaptando atividades uma de cada vez, de
forma artesanal e sem método não vai te ajudar a chegar ao final do ano fazendo a
diferença que você quer fazer no mundo.

Então vamos juntos, uma aula após a outra, entender essa nova função dos
profissionais da educação: o produtor de materiais didáticos acessíveis.

O que eu quero te dizer é que você pode produzir suas próprias atividades,
aquelas que vão te representar como professor, que tem o seu jeitinho, e que ainda vão
cumprir o papel delas com seu aluno, de forma acessível, independente do diagnóstico
dele.

A Educação Inclusiva é a oportunidade para você encontrar sua própria forma de


criar materiais didáticos acessíveis e não depender mais de atividades de terceiros e
livros didáticos chatos.

Tudo que você precisa é estar numa sala de aula e ter vontade de aprender as
técnicas e estratégias para dominar a produção de materiais acessíveis.

E antes de começar preciso te contar o que não fazer. Parar de errar é o melhor
caminho para começar a acertar, afinal, de nada adianta xxxx

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O Plano de Inclusão Perfeito 2


Erro 1:
A atividade chove não molha
(a atividade desinteressante)
Já percebeu que a maioria das atividades que são aplicadas nas escolas são
muito parecidas? Na verdade acredito que são as mesmas.

É bom que exista internet e as pessoas compartilhem as coisas, mas não é


porque alguém colocou uma atividade na internet que ela vai necessariamente
funcionar para seu aluno, ainda mais se o seu aluno tem dificuldade de aprendizagem,
transtorno de aprendizagem ou ainda algum déficit intelectual.

As chances são de que a atividade feita pelo outro professor desconhecido que
você está usando não ajude seu aluno a aprender.

Mas lembre-se de que todos podem aprender.

Se o aluno não está aprendendo, é porque ele não está conseguindo exercitar
aquilo que você ensinou, em outras palavras, ele não está conseguindo fazer a
atividade aplicada.

A culpa nunca é do aluno. Mas a culpa geralmente é da atividade.

Outro ponto importante sobre a atividade chove não molha é que ela geralmente
está parada no tempo.

É fácil encontrar atividades sobre assuntos do milênio passado. Tirinhas de


jornal, chico bento e menino maluquinho são coisas maravilhosas, mas não é adequado
usá-las para ensinar algo novo, principalmente quando o aluno tem dificuldade de
abstração ou de atenção.

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O Plano de Inclusão Perfeito 3


Erro 2: Síndrome da Nazaré
(preocupação com diagnósticos)

Existem mais de 55 mil códigos únicos de CID para lesões, doenças e causas de
morte. Conhecer todos eles não vai te ajudar em sala de aula.

Saber todas as dificuldades que o aluno tem, ou provavelmente deve ter por
causa de um diagnóstico não te dá o próximo passo.

Quem busca um norte através do diagnóstico irá ficar perdido com certeza. Isso
porque todo diagnóstico é uma generalização. É uma forma de classificar e nada mais.

E na educação inclusiva devemos passar longe de generalizações e


classificações. Aqui é terra da individualização.

Cada ser humano é único e nenhum diagnóstico vai representar tudo o que seu
aluno é e ainda pode ser.

Existem profissionais da educação tão preocupados em aprender mais sobre


diagnósticos que fazem especialização em diagnósticos.

Não é difícil você encontrar um professor de português especialista em


deficiência intelectual.

Olha, as chances de a pós de deficiência intelectual ajudar o professor de


português no dia a dia dele é baixíssima.

Isso porque, mais uma vez, o diagnóstico trata da generalização e cada aluno
terá demandas diferentes de aprendizagem.

A única forma de aprender essas demandas é em sala de aula, passando tempo


com o aluno e com um olhar treinado para identificar padrões de comportamento.

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Erro 3: O mendigo de recursos
(quem está sempre com falta de recursos)

Se você está sempre em busca de um recurso aqui, outro ali, tenho uma má
notícia para você: o que seu aluno precisa é ele quem vai dizer e você que vai ter que
produzir.

O tempo que você gasga buscando, pedindo ou pagando por recursos de


terceiros é o tempo que você precisa para preparar as atividades da semana toda de
forma acessível como um bom produtor de materiais didáticos.

A questão é escolher assumir essa função. E se você está aqui é porque eu


acredito que você queira se tornar um produtor.

Erro 4: Atividade Monalisa


(o perfeccionista na produção
de atividades)

Fazer uma atividade bonita, vistosa, colorida, com imagens, figuras, contornos,
dobraduras incríveis… dá até vontade de chorar de emoção né? Os olhos brilham!
Pois é, mas seu aluno não precisa que você seja uma artista e nem precisa que sua
atividade seja sua última obra de arte.

Seu aluno precisa de você com disposição e energia. Precisa de você


descansado e com a cabeça fresca.

E isso não vai acontecer se você passar mais que 10 minutos para produzir uma
atividade.

São 200 dias letivos e pelo menos 1 atividade por dia.

Se você ficar 1 hora para produzir uma atividade a conta não vai fechar e você
vai trabalhar na hora do lazer (e sem receber hora extra).

Por isso é importante parar de criar atividades como um artesão e começar a


pensar como um produtor. Precisamos de produtividade aqui (com qualidade) e é isso
que veremos ao longo do evento.

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O Plano de Inclusão Perfeito 5


Erro 5: A culpa é da Rita
(perder tempo com o que
você não pode mudar)
Existem muitos problemas na educação inclusiva: falta de apoio, famílias que não
colaboram, colegas que não entendem, gestão que falha, o próprio sistema
educacional, a gestão municipal, estadual e federal, salários que atrasam e muito mais
que isso.

Mas eu te pergunto: você vai aplicar atividade com seu aluno em 2023?

Se a resposta for sim, não é nenhum desses problemas que vai te impedir de
fazer isso.

Mas você pode escolher onde você quer colocar sua energia: nos problemas ou
na atividade que você entrega.

Para você ter idéia, eu nem fico assistindo o repórter, apenas em raríssimas
exceções, isso porque praticamente nenhuma notícia vai me ajudar no meu dia hoje.

Se a notícia for importante alguém vai acabar contando e eu vou acabar sabendo
uma hora ou outra.

Meu foco é no que eu posso melhorar.

Eu te convido a pensar assim também.

Por exemplo:

“Mas Leandro, a família não faz as atividades que mando pra casa. A culpa é da
família”.

Certo, primeiro devemos nos perguntar se o aluno consegue fazer sozinho a


atividade enviada para casa, e se consegue fazer em tempo hábil, sem ajuda da
família.

Consegue? Então o que falta é realmente o estímulo da família. O que está no


seu controle? Comunicar e avisar a família, chamar para uma reunião. Enviar um
bilhete… e só. Nada mais que isso.

E se eles não mudarem de atitude? Não tem o que você pode fazer, ficar
pensando nisso só vai te consumir e tirar seu foco do que está no seu controle: seu
tempo com o aluno em sala de aula. Pegou a ideia? Esse conceito se aplica para a
maioria dos problemas externos.

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Erro 6: Quem poderá me defender?
(esperar apoio de quem não pode te ajudar)

Você tá se afogando na piscina e todo mundo do lado de fora não sabe nadar.
Adianta pedir ajuda?

Pois é, será que você está com falta de atividades e materiais didáticos
acessíveis para seu aluno autista, com síndrome de down, deficiência intelectual,
TDAH, ou qualquer outro diagnóstico ou transtorno e está esperando alguém para te
apoiar e ajudar?

Se sim, tenho uma má notícia.

Ninguém sabe nadar, ninguém sabe produzir material didático acessível.

Quando você pede apoio nessa hora tá arriscado aparecer um “chapolim”, herói
desastrado, trapalhão, mas de bom coração. E você sabe que precisa mais do que um
bom coração para sua atividade funcionar.

Então ou você encontra ajuda especializada de verdade, ou aprende você


mesmo a fazer.

A Ana Maria Braga já dizia: “Parei de esperar o trem certo, quando descobri que o
trem certo era eu”.

Em outras palavras, tem uma lacuna na produção de material didático acessível


na educação inclusiva e pouquíssimas pessoas tem capacidade e formação para fazer
certo e te ajudar de verdade.

Ou você veste o chapéu de produtor de materiais e toma as rédeas da situação,


ou você vai ficar esperando um apoio que pode não chegar.

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Erro 7: Sorria e acene
(paralisar por causa da inexperiência)

Todos os dias novos profissionais (e antigos também) tem seu primeiro contato
com um aluno com deficiência e pensam que não vão dar conta porque nunca
trabalharam com um aluno com “aquele diagnóstico.”

Quem vai contar para esses profissionais que nenhum aluno vai ser igual ao
outro, mesmo se tiverem o mesmo diagnóstico e forem gêmeos idênticos?

Pois é. Na educação inclusiva você é inexperiente a cada novo aluno, porque


cada novo aluno será um aprendizado para você.

Por isso, se você é o “recruta” lá dos pinguins de Madagascar e está com medo
de ousar e desobedecer as loucuras do “capitão” só porque ele tem mais tempo de
casa que você, te convido a parar de sorrir e acenar.

Você pode seguir seu próprio caminho, sabendo que será diferente dos outros
profissionais experientes e que será único. A boa notícia é que é disso mesmo que seu
aluno precisa, um olhar novo e único.

Erro 8: Maria vai com as outras


(quem não sabe por onde
começar e segue a multidão)

Você está lecionando para o 7º ano, vai ensinar o que? Isso, o currículo do 7º
ano.

Mas o seu aluno tem defasagem, nãõ tem os pré-requisitos para entender esse
conteúdo. O que você faz?

Olha para o que estão fazendo lá na outra escola e descobre que está “todo
mundo” seguindo o currículo do ano letivo atual.

Então você pensa: vou fazer isso também, deve ser a coisa certa.

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Errado. O que seu aluno precisa não é o que todo mundo precisa.

Seu aluno tá longe de ser só mais um na multidão. Ele pode sim precisar de um
currículo adaptado e talvez até de um plano de ensino individualizado.

Isso quer dizer que você terá sim algo único nas mãos, diferente de todos os
seus colegas professores.

E tá tudo bem, viu?

Se você quer ensinar para os “diferentes”, prepare-se para ser um “professor


diferente”.

Importante entender isso pois nem sempre a atividade certa vai vir do currículo
atual e não adianta produzir material didático para ensinar o objetivo errado para seu
aluno hoje.

Errado. O que seu aluno precisa não é o que todo mundo precisa.

Seu aluno tá longe de ser só mais um na multidão. Ele pode sim precisar de um
currículo adaptado e talvez até de um plano de ensino individualizado.

Isso quer dizer que você terá sim algo único nas mãos, diferente de todos os
seus colegas professores.

Hora da Atividade!

Vamos fazer uma autoavaliação?

Dê uma boa olhada em cada um desses 8 erros e veja se você está cometendo
eles num grau que pode variar de 0 até 10.

Então anote uma nota para cada erro, sendo 10 se você comete muito esse erro
ou 0 se você nunca comete esse erro.

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HORA DA ATIVIDADE

Some todas as notas e veja seu diagnóstico:

Até 20 pontos (aparentemente saudável, estamos contratando)


Entre 20 e 50 (tá na enfermaria tomando soro)
Entre 50 e 70 Apartamento, internado indo pra cirurgia.
Entre 70 e 90 Ainda bem que você veio, tá em coma na UTI.

Seu diagnóstico está bom? Olha, não é porque você não está errando que você
está acertando. São coisas diferentes e você vai entender isso na próxima aula.

Seu diagnóstico foi ruim? Que maravilha, então as chances do seu 2023 ser
muito melhor do que 2022 são altíssimas. Bora pra cima.

Mão na massa!!

Colete todas as atividades que você tem guardadas dos anos anteriores.
Liste as 10 atividades que mais fizeram sucesso com seus alunos
Dessas 10, tente identificar quais estruturas a atividade usou. (questões dissertativas,
relacionar, associar, múltipla escolha, textão, quadrinhos, etc)

Agora mande uma prova de que você fez o exercício lá por DIRECT no meu
Instagram @institutoitard.

Pode ser foto do caderno, pode ser print.

Lembre-se: tudo isso é para você chegar ao próximo nível e ser reconhecido
como produtor de material didático acessível.

Te vejo na próxima aula.


Abraços inclusivos,
Leandro Rodrigues.

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O Plano de Inclusão Perfeito 10

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