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Pimenta: Eu vou te perguntar algumas coisas tá jú, pra gente ir construindo junto, esse é o
público do projeto mesmo ou vocês ainda estão definido isso?
Eu: é a gente ainda está definindo isso, mas como a gente já conversou isso antes, é a
comunidade escolar. Porque são todos educadores. Porque pra gente definir bem o projeto,
por exemplo: a lari vai abordar mais a questão infantil, eu vou ficar mais com a questão dos
professores, da comunidade. Enfim a adri talvez entre com uma outra proposta, pra gente
estruturar esse programa.
Pimenta: é o que eu tava falando com a adri. Pra gente construir tá?! Talvez eu não vou te dar
a resposta hj ainda, nada concreto. Mais o que eu tenho conversado com ela. É a história do
processo néh, é o que tem dado certo e eu não sei como a gente faria isso. A demanda dos
professores é de fato essa questão dos conteúdos. é o que a gente tem visto isto. A falta de
conteúdo do parque. Eles tem materiais didáticos, mas essa demanda de levar atividades pra
eles, ideias de atividade, materiais, n materiais, quais são os resultados ..... outra demanda é
formação. Eles aprenderem outros métodos transversais que atendam a BNCC, então eles tb
tem essa demanda. A gente tá fazendo isso com a Nilcéia agora.... a ideia é envolve-los vcs
diretamente, vc essencialmente.
Pimenta: 3 ano. Porque com ele tem sido legal, mais do que a série em si. É o método que a
gente tá desenvolvendo com ela. Que é esse método que os pais, os outros educadores fora
da escola estão ajudando a construir a prática da professora, enquanto método. Método de
pesquisa que foi no caso o que aqui aconteceu. Que por meio da pesquisa dos alunos, ela pode
desenvolver os conteúdos e os alunos aprenderem, no caso deles, muitos ainda estão sendo
alfabetizados e a operações matemáticas, então é isso que tá rolando.
Pimenta: Projetos. E pra isso tb precisa capacitar professor. Então na prática o que a gente tem
feito com ela nas reuniões. São reuniões de capacitação. Que inclusive a Mari e a Renata elas
foram chamadas, como eles terminaram aquela pós graduação naquela universidade no
paraná. A pós graduação chamaram elas para elas tutoriarem processos em atividades tanto
na ANE lá, quanto aqui. E aí elas pegaram essa história da prof. Nilcéia ..... Núcleo, que vc está
junto, eu já vou te colocar, pra gente discutir já com a ANE e com todo esse coletivo, discutir
essas métodos. Pra gente conseguir usar essa metodologia, porque os professores precisam
ser formados, as práticas, a gente precisa conhecer novos métodos. Então talvez uma parte do
seu trabalho que vc vai pode puxar um pouco da adri inclusive, que é o que a adri não fez e eu
falo que é uma sugestão pra adri, que é o que: são os métodos neh?!quais são os métodos que
a adri usou que funcionaram ?cadê essa medotologia? Embasar isso, porque não foi
embasado, porque ela fez um monte de coisa e se perdeu entre “” neh? Está na cabeça dela,
mas cadê isso? Qual o método? Aonde a literatura casa com isso neh? A gente entendendo
isso neh? Então vc vai colar muito o que a adri fez, o que a gente fez agora nesses 5 anos que
eu tenho participado tb, como vc fez a discrição ali das oficinas (de bomba de sementes) neh?
Essa metodologia começar a filtrar isso, pra ver o que tudo isso vai funcionar para a formação
de professores, porque tudo que a gente tem feito aqui de certa forma para uma formação de
educadores, vai servir pra quase tudo. Minha hipótese é essa. A hora que a gente tiver tudo
que a gente tem feito organizado mesmo, materializado isso em escrita e todo muito absorver.
-ahh então aquilo lá foi feito com esse método, a gente não sabia. Como é esse método? Com
algum embasamento mais científico, neh? Trazendo a teoria junto, nossa vai clarear muito
nossas práticas aqui....
Se eu pegar sua apresentação, eu mudaria algumas coisas, não ser crítica, nem melhor nem
pior.
Ju: Sim, cada formação é diferente uma da outra neh? A gente tem que estruturar a base pq o
resultado final a gente não sabe o que vai dar.
Pimenta: eu acho legal isso td, mas eu acho que nós, nossa contribuição, temos que
transcender um pouco esse negócio da extensão. De levar a oficina x,y,z e pronto, vai embora.
O que a gente tem que desencadear num programa aqui de fato são esses processos essas
intercolações neh? Como construir parcerias numa formação de educadores. Isso tb é outra
questão neh. Como construir parcerias pro negócio continuar neh?! Começar um processo lá,
lógico sempre pode ter o input externo do parque, mas a coisa tb tá andando e a gente vai
cada vez criando coisas novas, pra transformação do território. Porque isso no final que é. Pq a
escola é um agente de transformação. A gente tem um monte de demanda que não é dos
professores em si, mas são demandas do parque neh? De implementar as trilhas, uso público,
de trabalhar as vivências nas áreas protegidas, com cada vez mais segurança para que as
escolas venham não só aqui no centro de visitantes, mas em outros espaços neh? O parque é
super rico. Envolver atividades mais lúdicas neh? Pra educação infantil. Então como a gente
pode organizar isso neh? Mais ou menos eu penso assim hj. E essa construção mesmo. Então
se tiver alguns métodos de td que a gente faz, organizado, e a gente pode apresentar isso para
os professores, num curso de formação, e além disso ter essa coisa de desencadear os
processos. Os resultados a gente não sabe o que pode ter.
Ju: E assim iniciativas que vc tem como referencias, assim, o que vc sugere pra mim dar uma
pesquisada, com relação a inspirações? O que deu certo que vc viu ?
Pimenta: Boa pergunta viu Jú. Hj de trabalho em UC’s? sabe que a gente é meio privilegiado
neh? O que a gente faz aqui é meio. Não é querer se achar. A gente tá num lugar meio único,
como uma equipe, pensando isso, fazendo isso.
Pimenta: sim....
Pimenta: acho que olha, posso estar equivocado, espero estar, mas eu não lembro assim, por
incrível que pareça. Ó vou falar aqui, na grande floripa quem que é o grupo ou a unidade que
tem algo muito parecido com o nosso? pode ser algo até diferente. Pq hj o CV no geral, esse
modelo, nosso de trabalho, é um modelo importado. É um modelo norte americano.
Que a ideia é ter a estrutura lá, a galera visita, tem show room do parque, faz os atrativos e tal.
Aqui a coisa virou um programa mesmo assim. As escolas vem, tem os conteúdos, faz palestra.
Que é o modelo mais simples.
Pelo que eu vejo, é que as pessoas reproduzem esse modelo que é, qualquer um faz. Se a
gente sair daqui, botar uma outra equipe aqui. Palestra, trilha e algumas atividades, outras
pessoas vão construir tb neh jú. Vão fazer. Ou seja, por um lado nós somos substituíveis. Se
botar um monte de biólogo aqui, engenheiro, geógrafo, outros profissionais, a galera vai dar
um jeito de construir alguma do seu jeito ..... vai fazer coisas. Isso qualquer um faz, agora a
gente vai ter que fazer algo mais. Formação de educadores é mesmo fazer a extensão, é sair
daqui para as comunidades, é todo um processo de mobilização. É bem mais avançado que é a
história do programa neh? É o que eu sempre penso: o que que um programa de educação do
parque, o que ele pode fazer realmente de transformação? essa coisa da educação mais
integral. a gente pode construir com essas comunidades? E não ser um trabalho de
atendimento de uma sede. Atendimento de uma sede, tem em vários lugares do Brasil, e que
acontece mais ou menos dessa forma. Palestra do parque, vc chega lá, senta lá, o cara dá uma
palestra, põem um vídeo de 15 min, esse eu tenho vários exemplos pra te falar. É assim hj, vc
vai visitar a caverna de botuverá, cada caverna tem um guia falando: a caverna é isso, isso,
isso.esse padrão, esse modelo, acontece em 99% das unidade de conservação. Que tem
visitação e tem guia e em centro de visitantes, é isso, esse é o modelo padrão, valando até do
atendimento aqui neh? A gente tá falando de formação, pra fora, então é coisa integral com
os espaços tb. Agora nesse modelo que eu conheci de iniciatovas, foram iniciativas pontuais.
Por exemplo o projeto lá da adri, escola parque. Eles fizeram formação de professores, focados
no ensino médio, e daí todas as turmas visitavam os parques, eles fizeram um programa
estadual. E daí eles fizeram por exemplo, se fosse o parque do tabuleiro: eles pegaram os 9
municipios, formação dos professores do ensino médio, depois traziam todas as turas de
ensino médio dentro da sede aqui pra conhecer o parque. É uma forma, é um meio, é um
método.
Pimenta: daí eles fizeram uma apostila com o curso EAD a distância pros professores, e depois
trouxeram os alunos para uma visita. Todos os alunos. É um projeto de mais de 3 milhões.
Então eles fizeram isso durante um tempo, não sei, orra legal neh ?!
Ju: e isso foi em que ano? Vc sabe?
Pimenta: 2012, 2011. Depois... não sei o que eles estão fazendo hj em dia. To meio
desconectado da galera lá, mas dá da gente saber se eles estão fazendo alguma coisa ou não...
mas é isso aí neh? Vai lá faz a formação. O que eu penso é que aqui a gente pode desencadear
processos.
O que eu acho muito interessante de fazer, jú, muitas vezes, é um pré-diagóstico, neh? Que é
mais ou menos o que a gente está fazendo com a FMP.
Jú: humhummuito
Pimenta: Talvez vc, pra sua pesquisa. É pegar o universo que vc queira trabalhar, o territorial,
msm, territoria. Não, vou trabalhar o município de palhoça, vou, quero ver o que está
acontecendo no parque, e fazer uma pesquisa.
Pimenta: com alguns professores, vendo quais são as demandas atuais. Mas demandas não
são só deles, demandas da comunidade. Com perguntas não só pra escola, mas pra
comunidade mesmo. Pra entender o que o educador aqui do parque, precisa fazer neh? E
tendo essas metodologia tds de trabalhos que a gente fez na sede esses anos tds, que uma
parte é o trabalho da adri, já dá um caldo aí, grande pra subsidiar qualquer ação neh. O que eu
tava falando com a adri. Pô, imagina adri, vc ó por exemplo, a adri fez um trablaho que foi um
trabalho do CV, que a adri era mentora e prof. da escola, que a gente juntou a escolinha do
rincão daqui da BR com os índios da escola Itaty.
Pimenta: o que ei falei, muito mais do que atividade feita lá, se foi a pintura, se foi .... isso tb é
importante tem está no método, teve um processo de integração fantástico. Que existe um
preconceito com os guaranis, é que absurdo jú, então, o método ele propiciou uma integração,
então esse método de integração por meio das várias atividades a gente tem que ter claro.
Como foi feito ? e se a gente aplicasse esse método hj de novo ? adaptado, mais ele? A gente
conseguiria integrar os guaranis da escola Itaty com a escola da pinheira ? a gente conseguiria?
Então se consegue, se a gente replica e fala consegue nós temos um método de integração
entre as escolas. Ah existe outros métodos, existem, então, pq eu vejo isso tb, uma coisa que é
fantástica é, tanto a formação de educadores, como a gente pode integrar aos poucos essa
rede neh? Fazer a constituição dessa rede. E daí é o projeto da shygueko. Daí a gente
resgatando o projeto da REMOPAR, que é o que a adri vai fazer um pouco também, pq como
era o objetivo? Capacitar educadores, mas no caso lideranças comunitárias, pra criar uma rede
de educadores e monitores do parque, teve várias oficinas, atividades. Regatando isso a gente
vai falar, puta isso aqui deu certo, isso aqui não deu. Pq que não deu certo? A gente, acho que
vc vai te esse tempo de amadurecer essas coisas, sabe jú. Pegar e a gente te ajudar nisso, pq
talvez o que eu poderia te ajudar bastante, e a adri um pouco. A adri vai pegar o que ela fez. A
ideia .. como desenvolveu. Eu também fiz, eu participei tão ativamente quanto ela em todo
processo, mas eu não ... mas quem desencadeava, quem era a ponte era a adri. Então ela vai
organizar. E tem outras coisas que ela não vai consegui organizar. Que é importante. Eu falei
adri, eu vou puxar isso. De repente a gente pode puxar pra vc aproveitar na sua reflexão de
pesquisa essas metodologias jú.
Jú: sim
Pimenta: pq só as metodologias que a gente já fez é muita coisa. Acho que se trabalhar. É
lógico agora se vier uma coisa inspiradora fora, puxar, pq eu sei que nosso trabalho que era um
sonho, que nem essa história das músicas neh? Agora o Matheuzinho desencantou, o Matheus
vai voar, demorou esse tempo todo até amadurecer, absorver, faz parte. A horas falava, vai
matheuzinho faz as músicas, agora fez uma, fez duas, agora tá bolsista já, agora vai voa, pq
agora virou bolsa, que nem vc neh jú, agora entrou doutorado, agora pá. Então isso vai
tomando uma forma, que a gente nem sabe o que pode acontecer. Essa história do Matheus
pode surgir um negocio aí que, ou não pode ser uma pesquisa legal e tal, mas pode acontecer
outras coisas. Eu acho que é, vou dar outro exemplo pra vc do meu pensamento nesse
momento, igual o Samuel, Samuel é outro. Pegar um Samuel, chegou ai pronto neh? Entre
aspas, daí foi levar ele pra as universidades, agora eu to escrevendo o método, que eu vi que
deu certo, podia não dar certo, eu poderia levar o Samuel lá e não dar liga. Pq pode acontecer
neh jú? Eu poderia chegar lá e os caras falar, não, legal, mas. Não, eu levei e vi que pra ele,
pras pessoas tb foi inspirador. Um jovem, novo, tá começando uma carreira, chega lá o
Paulinho Simões que é final de carreira, final de carreira no sentido assim, um cara gente boa,
vê um moleque desse, fala cara, que sonho ter um moleque desse, então é.
Jú: sim, ele foi uma das coisas que me inspirou, também. Eu ver esse processo aí do Samuel
acontecendo aqui, foi muito inspirador assim.
Jú: quando a gente apresenta o trabalho dele para os professores, parece que nossa, olha só.
Pimenta: e agora colou um outro jovem, eu to esperando ele voltar, quando voltar eu vou
fazer isso com ele. Ele vai colar em vc inclusive e na Monica. Que o gurizão, ele montou um
viveiro de orquídeas, e agora tá trabalhando com as abelinhas nativas. E olha como o mundo é
louco, e eu botei umas caixinhas de abelha nativa em casa, e agora ontem o Érico da UFSC já
me mandou msg, que os caras querem montar um projeto com abelhas nativas aqui no
Cambirela, no pé do Cambirela, na comunidade
Pimenta: Daí o moleque vai vir, o que eu vou fazer? Já vou pegar o moleque e vou levar ele pra
fazer essa ponte. A mesma coisa que eu fiz com o Samuel eu vou fazer com ele. ..... eu já
entendi que esse é o método, é um dos neh? Não é o único que dá resultado, pegar um jovem
com a idade do Samuel, e o Gabriel tem a mesma idade do Samuel, que tenha um tralho que é
inspirador e que esteja ligado com o parque, conectando ......vou fazer a mesma coisa que eu
fiz com o Samuel, vou levando ele na UFSC, levar ele na visita ao Sarakura, que é o Pedro. Va
formando uma rede, então vou botar ele nessa rede... e ele vai produzir a parada dele, que ele
já tá fazendo, que nem o Samuel.
Jú: o que eu é um nos objetivos que eu quero fazer é esse, vê se conseguimos perceber os
elementos ali para que a gente possa fazer essas conexões com os alunos neh?
Pimenta: e a construção dessa rede, pq eu vejo assim, vc vai estar 4 anos com pesquisa neh jú.
Pq sua pesquisa ela vai, isso eu não sei como ela apareceria na formação, pq a grande, pra
gente trabalhar essas ações, tem que trabalhar em rede neh? Ninguém vai fazer nada sozinho.
Jú: outra pergunta é a questão do público alvo, assim. O que vc acha. Se o objetivo é formação
de educadores nesse espaço. Quais são o público alvo, que tu ve assim, que a gente dá conta
de atinguir?
Pimenta: é integrá-los, a gente pensar como integrar, pq precisa essa integração, e a educação
é fundamental nesse processo e isso é um olhar diferente que se for trabalhar com os
quilombolas é diferente dos guaranis, é diferente dos pescadores da guarda e da pinheira, que
é diferente dos agricultores alemães lá de São Bonifácio, são públicos que ao mesmo tempo é,
ah comunidade tradicional, mas é bem distinto neh ? trabalhar com os alemão é uma coisa,
trabalhar com os guarani é outra, trabalhar com os pescadores da guarda é outra. Se tiver algo
pensado e pensando em fazer esse desenvolvimento regional, territorial, planejamento. Pq eu
vejo assim, uma demanda que a gente tem aqui é que as pessoas não conseguem, é – o que vc
quer para o futuro desse lugar? é uma pergunta mesmo, uma visão de futuro, o que vc acha,
como é que é que deveria ser esse parque aqui na comunidade? O que que seria um sonho da
comunidade o parque do tabuleiro funcionando? seria um monte de casa? Seria as trilhas
implantadas? Com as crianças lá? Com espaços para a comunidade utilizar? A gente tb não
sabe o que a comunidade pensa, sabe? O que eles pensam do parque, não to falando a parte
negativa, to falando de uso mesmo. O que seria o sonho dos municípios de implementação...
as pessoas no geral não conseguem, estão meio limitadas de visão de futuro, pq tb por mais
que, essas comunidades tem muito conhecimento acumulado neh, jú? Então esse programa
de educação é a chave para desenvolver esse conhecimento tradicional. O que eu vejo assim, a
nossa potência em termos educativos é que a gente juntar o conhecimento tradicional e o
conhecimento cientifico, a gente fez isso com as bombas de sementes -consciência ....
Pimenta: Conhecimento tradicional, que ele é cientifico tb, mas colocando nas caixinhas isso
pode potencializar, imagina ir lá pegar um mateiro, alemão, conhece todas essas madeiras de
lei, já foi madeireiro... que a gente consegue levar nas florestas, que é um pouco a linha da
Déia, a Déia tá falando muito da história da educação florestal tal. Então eixos temáticos que a
gente pode ter dentro do nosso programa de formação, que precisa, é de uma educação mais
conectada com os nativos, que nem a coisa da parte marinha aqui. Pô, se a gente os
pescadores neh, esse conhecimento ancestral da pesca no processo de educação,
transformando isso em material didático, pesquisa. A gente tá começando agora tá td certo,
por isso que vcs tem que participar. A gente tá trabalhando com a parte oceana, a parte
marinha. E primeira coisa que eu foquei na reunião foi olha que legal Nilceia, a gente tá numa
comunidade de pesca, alguns filhos, são filhos de pescadores. Então quantas pesquisas a gente
pode fazer com as famílias.... marinho, que se deixar a escola não trabalha, tá entendendo,
então a escola .....
Pimenta: Sozinha é, como professora. Então assim a gente não trabalha a questão marinha,
neh? As crianças passam ..... vezes ... é usar esse entorno escolar, neh jú. A gente precisa por
um programa que use esse entorno escolar, tanto área urbana, quanto área rural, quanto área
natural, que é as 3... do território. E aí essa coisa de uso de território... dos programas, essa
história de educação integral, eu vou te dar um site pra vc dá uma lida, por esse site tem muita
coisa pra vc.
Pimenta: é... se quiser eu te passa lá, dá uma lida. Ahh lembrei de outro, o instituto alana,
Pimenta: eles tem feito uns trabalhos, umas publicações fantásticas, e eles estão trabalhando
em rede no brasil inteiro. Talvez vc entrar em contato com a ...., acho que é ... o nome dela, do
instituto Alana, a cabeça, pq inclusive ela teve aqui no tabuleiro, a gente começou a construir
por causa da Carol. A Carol foi no instituto Alana e o Guilherme Blaut do Jardins da Brincadeira,
que eu vou levar vcs lá
Jú: eu sai qual é essa dos jardins da brincadeira, até esse coletivo que eu tô de mães que a
gente formou lá, falam muito que querem ir lá.
Pimenta: é então, legal que o Guilherme começa a montar brinquedos com a natureza, bambu.
Faz brincadeira lá que é pra estimular a criançada. Então jú, esse instituto Alana é muito legal
de vc pesquisar. Pq não é com centro de visitantes, com parque em si, mas os métodos e o que
eles trazem de reflexão que é essa parte mais filosófica, a pesquisa sabe, e essa coisa do
trabalho em rede. Então a gente tem é ....uso do território, a gente trabalhar o território, isso
no nosso programa, e é um conceito geográfico importante, na geografia, a Ana vai curtir tb, é
essa coisa da gente trabalha a importância, esse cuidado do território. É isso que a gente faz o
tempo td néh jú. Essa sensibilização dentro do nosso programa talvez ela é chave tb
transversal para qualquer público, que daí a gente pode pensar .... o que é transversal para
qualquer público...
Jú: exatamente
Pimenta: independente se já faz inclusive isso, o que for, daí a gente vai reforçar e se não faz a
gente tem que ajudar a pensar, a refletir e fortalecer, que é o cuidado neh? Com as pessoas e
com o território. Assim se o nosso trabalho de educação, ele pode ajudar as pessoas a
refletirem isso e quem sabe de repente mudarem, ótimo ! a educação é a construção, talvez o
que vc pode a partir de uma pesquisa fazer tb jú pra constituir um programa que é um pouco
aí a pegada do Pacheco é – quais são os valores ? que isso a gente vai ter que construir junto
tb. Pq a nossa missão e a nossa visão foi aquele inicio neh? Mas quais são os valores dentro de
um programa de formação que são essenciais? Que a gente quer estimular em qualquer
público? Vou dar um exemplo prático: autonomia, a gente quer estimular? Ahh a gente quer,
então a gente tem botar lá, nosso programa quer autonomia. Ah a gente quer trabalhar o
cuidado com o território? Ah então, o cuidado com o território. Então eu acho que essa
construção, essa carta de princípios e valores.
Jú: tem ficar sempre ressonando dentro da gente. Pra gente sempre ter a direção
Pimenta: sempre ressonando, pra gente sempre ter a direção, e a gente falar pô, o que a gente
tá estimulando aqui é pra isso? a gente tá funcionando? ... pq daí a gente tá trazendo as
metodologias de integração, essas coisas todas que eu to falando, acho que se a gente não
construir isso. Que é um pouco a pegada da Renata. Acho que seria interessante vc conversar
com a Renata....................... que traz um pouco isso neh ? lógica, cada um tem seus defeitos,
seus problemas, .... fala e pensa e depois o que a gente faz tb.
Jú: não, com certeza é bem complexo neh? Quando vc lida com pessoas, lida com redes, lida
com várias tradições, é bem complexo
Pimenta: é
Jú: e outra pergunta assim, agora quase no final já: pq vc acha que isso não se formou aqui,
ainda assim? Pq esse tipo de programa, esse tipo de formação ainda não aconteceu no parque
assim ainda?
Pimenta: Não, na verdade aconteceu jú. Acho que a pergunta não é pq não aconteceu,
acontecer, aconteceu. Aconteceu muitas coisas boas, mas muitas, no entanto que a gente viu
muitas pessoas se transformarem aqui, já transformou muita gente já. Inclusive todos os
monitores que passaram aqui todos se transformaram, mais de 40 famílias diretamente
Pimenta: enquanto programa daí sim, daí vou te falar. Enquanto programa porquê? por vários
motivos: uma foi a falta de maturidade nossa, da equipe que estava a frente disso e eu me
incluo, é uma crítica, eu como sempre sendo uma das pessoas a frente não tinha maturidade
mesmo e visão assim de como a coisa acontecer, neh? Quer dizer tinha visão, mas não tinha
maturidade e metodologicamente falando a coisa organizada pra falar, ... nós estamos
estruturados e o foco é esse. Então muitas ideias, muitas coisas, muitas experiencias, a gente
experimentou muita coisa, e isso fez com que a gente fizesse muitas coisas. De certa forma
consolidou o centro de visitantes. ....que é o que a turma fala hj, é o que a turma fala, o IMA
sempre se esforçou, mesmo sendo capenga o projeto, com problemas... o IMA.... e isso já é um
resultado de sucesso desse programa que o IMA, o estado, fala, não, a gente tem que manter
aquele espaço aberto. Agora o programa enquanto Parque do Tabuleiro ele não aconteceu
porque pintou uma transição ... a questão da descontinuidade de contrato neh? Que nem
agora nos estamos com o Instituto, daí acaba o contrato, um vai pra lá, outro vai pra cá,
neh?.... pq não é o IMA ... estado.. se dependesse do estado, são pessoas externas neh, esse
contrato, então tem uma questão financeira de sustentabilidade, que ela é chave pra vc
manter as continuidades das ações. Eu acho que são essas duas coisas, a falta de maturidade,
das equipes, da gente enquanto processo de educação, o que a gente queria com educação
aqui .... que é a questão da sustentabilidade, quanto tinha recurso bobou, faziam várias cursos,
inclusive com o próprio IMA mesmo, participei de vários, desde a REMAPAR lá, a gente fez
várias, a REMOPAR a gente fez.... foram várias formações 2 anos, daí depois teve o micro-
bacias, teve formações de professores, a gente fez várias formações, fizerem formações aqui
pelo CV, mas aqui pela região, tiveram algumas formações. Mas os métodos, eu vejo, acho que
não foram adequando, das coisas que aconteceram. Então em relação a aqui o CV acho que
faltou um pouco de maturidade lá trás e a descontinuidade e quando foi o IMA que promoveu,
o IMA mesmo, o estado diretamente com o nosso apoio, pq teve coisas que forma nossas
iniciativas e coisas que foram iniciativas do IMA, o estado ..... foi aquele método tradicional.
Talvez a metodologia pro exemplo pq o método qual é ? o que a gente fez aqui: é botar os
professores em uma sala de aula, e falava a legislação sobre a educação ambiental, uma
palestra do parque, fala sobre reciclagem, elaboração de projeto, e daí botava eles numa mesa
pra elaborar projetos pro parque. Foi isso. .... e o IMA estava .. recursos que depois bancaram
os projetos. Então é um método, que a gente pode fazer um curso desse, não precisa fazer um
doutorado, sem desmerecer, não a gente vai fazer um curso de 20 h, palestra sobre legislação
do parque, palestra sobre o parque, biodiversidade.
Jú: Não, é justamente disso que eu quero fugir, por isso eu to perguntando qual é o defeito.
Pimenta: Todo muito faz isso. Todo muito faz isso, inclusive o curso da FMP, que é muito legal,
não to desmerecendo, pq isso é importante tb. Faz parte desse processo. A gente precisa, mas
a gente só faz isso. É o que foi feito lá tras. Daí as pessoas participam, é bem legal, daí
morre..... é o desencadear de processos, os processos são, pelo menos pegando aqui pelo CV.
O que aconteceu, o que eu vejo que tá que tá dando certo por exemplo, daí falando de um
processo maior, e no que eu acredito que a a gente pode dar o salto. A 13, 14 anos atrás eu fiz
o que eu to fazendo agora... falar com os professores, tem um monte de demanda de pesquisa
lá no parque, sentei com eles lá, fiz uma reunião com tds os professores, por iniciativa minha,
ninguém me mandou ir lá fazer, sentei lá e daí eu consegui 5 professores, sensibilizei 5
professores, pra fazer pesquisa no tabuleiro. Daí durante 3 anos rolou várias pesquisas, o
programa de pesquisa da geografia da ufsc aqui no tabuleiro. Desses aí apenas 1 professor
continuou até hj, que é o professor Marcelo que estuda as turfeiras, tá publicando um material
fudido tem 10 anos de pesquisa lá. Todos os outros pesquisaram, fizeram uma pesquisa legal,
mas depois. Mas eu não continuei estimulando, que é o papel....
Pimenta: mas eu fiz isso que estava fazendo, ia lá falava lá, trazia os professores, levava pro
campo, levava pra guarda, levava. Daí a galera começou a fazer pesquisa, viu a logística, falei
com os pescadores...então a logística funcionou, a galera curtiu. Mas daí não é os professores
que pararam, tem que ficar mobilizando os alunos, os alunos tem que ter interesse. Então tem
que ter alguém falando pô, o parque tá um uma demanda lá agora de estudar os
foraminíferos, tem a pesquisa lá com fauna. Então vc tem que levar as coisas lá, pro cara falar
puta, eu quero fazer isso.
Pimenta: deu super certojú.. nunca mais ..... desde 2018 quando apareceu a Ana Preve aqui...
o Samuel. A gente tinha acabado de fazer a trilha das Antas teve teve todas esse discussão das
meninas, da escola, estava tudo funcionando. A escola Raulino ali ... falou em 2019 fazer a
disciplina de estágio aqui ..... replicamos no outro semestre com o IFSC, outr curso, outro ....
outra galera, deu a mesma coisa, ...dois terminaram em evento, estamos na terceira agora
remota, até remota, agora saiu material didático. Então o que eu visualizo nesse processo... vcs
entrando na pós graduação, que é resultado dessa integração... vcs talvez não teriam se
estimulado, não sei a lari, talvez a lari por causa da Ana, mas vcs 2 iam estar .... o que eu quero
dizer com isso é que agora a gente tem , a metodologia ela é fundamental, os métodos, não
sei se é a metodologia ou os métodos,... mas os métodos são fundamentais para o sucesso
desse trabalho. Pq a hora que a gente conseguir organizar os métodos, os que deu certo
principalmente, o que deu errado como referencia, mas o que deu certo para talvez replicar,
adaptar, melhorar.. daí eu acho que a gente vai conseguir avançar pra isso se tornar realmente
um programa ... ele começa a tornar uma perna. Pq não é somente a escola no caso, pq o
programa de educação ambiental que eu vejo aqui, o programa tá, não tô falando a formação
em si. É com as universidades tb. Pq as universidades ela tem a demanda de trabalhar a
pesquisa, o ensino e a extensão. Nesse momento o mapa mental que eu tenho feito jú, em
função do que a gente tem aprendido, eu to pensando assim, pq o programa nosso aqui teria
que ter 3 eixos iniciais, de ensino, pesquisa e extensão. É lógico que na pratica td se
retroalimenta, o ensino não está descolado da pesquisa, que não está descolado da extensão,
mas na universidade quando a gente vai fazer os trabalhos lá, os projetos, a captação de
recursos, a gente põem em caixinhas.
Jú: Uma última, pergunta, pra ti, o que o parque representa? O que tem de tão especial no
parque?
Pimenta: eu até brinco, eu vou falar a mesma coisa que eu falei pra adri, ... acho que é muito
tempo trabalhando em área natural, imagina, ... contato com a natureza ... eu moro aqui ..
chão, mar direto. Tive a oportunidade de fazer geografia sem querer...assim como a biologia
ela nos abre essa visão dos processos, do mundo da natureza, então. É uma conexão que é
muito espiritual neh? Espiritual, eu não consigo me ver mais trabalhando em outra coisa que
não seja estar aqui..... não precisa nem ser no programa, pode ser em outra área ... somos hj
os guardiões, nós representamos de forma humana um pouco dessa natureza, a gente que
representa. As pessoas olham em vc, olham em mim, olham na . quem são os ... que
representam o parque do Tabuleiro? Somos nós, a gente que representa. A gente tras .... ainda
mais eu que estou a mais tempo aqui ... mas esse sentimento que vc tem, eu tenho igual. Na
real é muito louco, que é isso que eu vejo tb todo mundo que passou por aqui desenvolve
uma, não sei se é um sentimento, uma conexão com esse lugar que é igual, cada um vai falar
de uma forma diferente, mas a gente sente igual, e isso até nos uni tb. Por isso que tem essa
inspiração que consegue facilitar, então .... nos conecta ... intelectualmente, fisicamente,
emocionalmente com o lugar, então e sem apego ao mesmo tempo viu jú, por exemplo ....
vendo o que aconteceu de 2018 pra cá principalmente, eu praticamente, não sei se eu, de
repente ... não sei se vai ser minha missão ficar aqui, talvez minha missão é ir pra outro lugar,
pra oxigenar a mente, mas com natureza, conectado sempre com esse lugar. Fico pensando,
pq se a gente tá constituindo um momento muito único ... acho que td pode acontecer aí fora
com a gente neh? Mas eu acho que se tiver nessa vida assim, tiver nesse movimento .... então
o parque é isso,... é uma natureza ... ser humano.... uma unidade de conservação ... coisa mais
profundo filosófica .... nossos folhos, com os amigos, ... trazer cada vez mais gente, então é
isso que me motiva neh? Eu acho que a grande motivação é tá em contato com a natureza, o
parque representa essa natureza mais divina .... é a felicidade né jú ... natureza, com pessoas e
poder trazer td os públicos aqui sem distinção de ração, credo, cor .... a gente tem que ser
totalmente, trazer todo mundo que queira... independente da condição, neh? Sem distinção
de nada. E isso é legal, pq tb é super democrático o negócio.. de todos, todos, é isso que eu
acho que é o nosso. E o programa acho que tem que se pautar nisso sabe? ............... nessa
missão, hj eu me sinto mesmo um guardião, por tá muitos anos aqui e tá fazendo só isso neh?
É um privilégio na real e vc tb é privilegiada jú