Olá sejam bem-vindos PodChem seu podcast sobre ciência eu sou professora Simone
Schneider Amaral professora da UFCSPA, coordenadora desse podcast, que se atualizar
nos nossos episódios então como eu sempre digo segue a gente nas redes sociais @podchem_ufcspa no Instagram e Podchem UFCSPA no Facebook, favorita ou se inscreve no PodChem UFCSPA através do seu tocador de podcast favorito, hoje o PodChem entra no tema que com certeza vai interessar aos professores e professoras de todos os níveis de ensino e de todas as áreas o tema é pedagogia da inovação. A pedagogia da inovação ela trata em linhas gerais sobre como podemos ensinar de forma a desenvolver habilidades essenciais para a inovação e por que que inovar é tão importante, porque os desafios que o século XXI tem nos trazido são difíceis de prever e tendem a ser mais complexos do que estamos acostumados, dessa forma uma formação que busca desenvolver profissionais e cidadãos que saibam lidar com pessoas e problemas ainda inéditos serão essenciais para o bem-estar social e individual, bom depois que a gente explica, entende isso fica claro que esse tema também deve interessar todos os estudantes e também pais, pessoas que estão envolvidas de qualquer forma no ensino das futuras gerações, então vem com a gente para entendermos melhor sobre esse assunto. Quem vai nos ajudar nesse caminho é a professora Márcia Rosa da Costa que é atual pró reitora de graduação da UFCSPA, nossa convidada de hoje, professora Márcia é graduada em pedagogia pela UFRGS, mestre e doutor em educação pela mesma universidade, trabalha na UFCSPA desde 2009 e lá conosco ministra as disciplinas de educação em saúde em vários cursos de graduação, também vem trabalhando em cursos de formação docente, é professora do programa de pós- graduação no ensino em saúde e atua no projeto pedagógico do UNA-SUS que é um projeto que se desenvolve na UFCSPA, tem experiência na área de educação no ensino na pesquisa, principalmente dentro dos seguintes temas; infância, formação de professores, metodologias de ensino e currículo, formação de profissionais na área da saúde. [Professora Simone] professora Márcia, muito obrigada por ter aceitado o nosso convite, dividir um pouco do seu conhecimento conosco [Professora Márcia] eu que agradeço o convite, essa oportunidade de a gente poder conversar compartilhar esses conhecimentos [Professora Simone] isso é legal, a gente falar que o tema da pedagogia da inovação para nós aqui da UFCSPA tem ganhado destaque vamos dizer assim, porque a gente tem feito curso e tem capacitado um grupo de pessoas que posteriormente serão né multiplicadores, então para a gente divulgar esse tema é especialmente importante nesse momento. [Professora Márcia] eu ia dizer que essa divulgação e vocês terem tido a iniciativa de abrir para esse tema ela é importante, porque a gente daí vai trazendo também para a comunidade, para a comunidade acompanhar, às vezes a gente divulga, mas não o suficiente, então é uma grande oportunidade para a gente poder ir contando isso que a gente está fazendo os iniciativas que têm. [Professora Simone] então para que a gente possa situar todo mundo no tema eu queria te perguntar Márcia que que é a pedagogia da inovação e por que é importante nós falarmos sobre esse assunto? [Professora Márcia] bom, acho que é importante é a questão da abordagem dos conceitos, não que sejam muito complexos, mas que traduzem na realidade um campo que é o campo educacional que é complexo, então a gente está trabalhando com pedagogia da inovação que é tão importante a gente dizer aqui né, é uma abordagem de aprendizagem visando muitas questões práticas, criada e desenvolvida pela Universidade de Ciências Aplicadas de Turku na Finlândia, então a gente tem esse conceito. A pedagogia da inovação da universidade de Turku trabalha com um conceito de inovação pedagógica, a UFCSPA já vem discutindo há bastante tempo e já vem abordando há bastante tempo né, desde o nosso programa de iniciação à docência, mas desde também o nosso próprio projeto pedagógico institucional, aonde a gente já fala de inovação pedagógica. [Professora Simone] certo, no nosso grupo de estudo, nós sempre comentamos sobre uma percepção geral de que a pedagogia da inovação ela tá na convenção das pessoas muito relacionada com a tecnologia em sala de aula, como que tu poderia explicar pra gente Márcia qual o papel das tecnologias, softwares, aplicativos, dentro do cenário da pedagogia da inovação. [Professora Márcia] é um papel muito importante, mas a gente também tem que ter bem presente que para nós podermos utilizar estes recursos tecnológicos a gente tem que ter uma intenção, porque a inovação ela tem uma intenção, quando a gente quer fazer inovação pedagógica a gente tem que ter uma intenção objetivo muito claro, então o uso dos recursos, as tecnologias digitais da informação e comunicação são recursos, falarmos de tecnologias educacionais é anterior aos recursos da tecnologia da informação e comunicação, antes disso a gente já falava de tecnologias educacionais como todos aqueles recursos, ferramentas que a gente usa e prol da aprendizagem. As tecnologias da informação e comunicação então esse mundo digital ele contribui muito porque nós já estamos no nosso dia a dia convivendo diretamente com isso o tempo inteiro, se a gente pensar por exemplo no o uso do celular é algo que hoje a gente tem aí incorporado diretamente no nosso cotidiano. Utilizar esses recursos vai ajudar muito a nós podermos aprimorar as nossas práticas pedagógicas, mas o uso em si da tecnologia ele não traz diretamente uma inovação. O uso da tecnologia pra ser considerada e contribuir né como uma inovação pedagógica vai depender da forma como a gente utiliza, é o como, por isso a intenção né que a gente tem ao desenvolver uma prática pedagógica pensar sobre qual a nossa intenção, qual o nosso objetivo é tão importante, então se a gente quer pensar mesmo na inclusão das tecnologias e outros né, a gente pode ver que tem uma colaboração enorme para tornar a aprendizagem mais significativa. Então no momento que torna a aprendizagem mais significativa que envolve mais a participação dos alunos que os alunos estão tendo né efetivamente um papel como protagonistas do seu processo de aprendizagem ativamente interagindo com aquilo que ele está conhecendo, a gente diz o objeto de conhecimento vamos dizer assim, com conteúdo, com a informação, como é que ele está interagindo com aquela informação, aquilo ele está sendo feito de uma forma que dá significado maior para a sua aprendizagem, essa aprendizagem vai ser consolidada, melhor então a gente pode utilizar um software por exemplo só para uma memorização, memorização também faz parte da aprendizagem, mas hoje a gente já sabe que só a memorização ela não constitui o processo de aprendizagem. [Professora Simone] deixa eu te perguntar uma coisa para que todo mundo consiga entender o bem o que está querendo dizer, quando eu pego um aplicativo por exemplo eu utilizo um aplicativo na minha aula pra fazer um questionário por exemplo de múltipla escolha provavelmente não estou sendo inovadora então, ou não faz muita diferença entre fazer isso no aplicativo ou no papel é essa a nossa régua? [Professora Márcia] exatamente, e o que é que essencialmente diferencia isso é a nossa atitude, a nossa forma de fazer e a nossa intenção, então se eu continuo eu como professora me colocando no papel de só quem tem o saber, de quem detém o saber, de quem vai verificar só através né vai fazer avaliação só através de uma prova com questões de múltipla escolha, e isso eu não vou utilizar para outra, para verificar o quanto os meus alunos estão aprendendo, quanto está sendo significativo né, não vai fazer diferença eu fazer através do recurso que eu usei tecnológico ou eu fazer no papel aquela prova ela continua sendo uma prática aonde eu não mudo como a relação se dá, aonde eu não faço com que o meu estudante, a minha estudante tenha efetivamente uma ação sobre aquilo que ele está conhecendo. Ele até vai ter porque ele vai ele vai aprender mas talvez ele não aprenda de forma tão significativa, talvez ele demore mais para aprender, ele tenha que utilizar outros recursos por si só para poder consolidar a sua aprendizagem, então se eu pensar práticas, realizar práticas com uso de recursos, mas não visando, não pensando qual é a contribuição que esse profissional que esse sujeito vai ter na sociedade e aí não só profissionalmente, porque a gente tem que pensar que a educação ela é um todo, mesmo que nós estejamos na universidade formando profissionais aí nossa educação como sujeitos ela é um todo, a gente se forma como profissional para uma atuação por exemplo colaborativa sustentável, visando uma sociedade diferenciada mais igualitária, né mais justa com maior bem-estar social, se a gente não pensar que isso é o todo do sujeito ele vai agir assim profissionalmente, vai agir assim também no nosso cotidiano né, isso é o processo educativo, então pelo curso que a gente está fazendo, a gente já está vendo isso, tem uma intenção nos conceitos que a gente vê de forma geral como eu disse antes né, para outras universidades, outros sistemas educativos é a mesma coisa né, a inovação pedagógica tem uma intenção e ela é para romper com uma prática unilateral com uma prática opressora acho que a gente pode tranquilamente né dizer dessa forma, quer dizer se eu vou por exemplo fazer uma formação somente técnica né pra ensinar os estudantes como profissionais a serem somente técnicos, sem um posicionamento crítico perante a sociedade e perante o próprio uso das tecnologias. [Professora Simone] eu posso ser inovadora sem usar nenhum recurso digital? E outra, o que que tu acha que seria um dos pilares para que eu pudesse me auto denominar ou quem está nos ouvindo né, uma pessoa educadora inovadora, eu sei que a intenção você falou, mas se puder dar algum exemplo mais concreto para quem ainda não está tão familiarizado com o tema pudesse tentar se familiarizar. [Professora Márcia] sim, então primeira questão né a gente pode ser inovador sem utilizar nenhum recurso tecnológico pode, a gente pode pegar em termos de história da educação o todo o século XIX ali a partir da década de 20 e 30 tem grandes educadores que já traziam práticas inovadoras diferenciadas que vão dar origem ao que hoje a gente chama das metodologias ativas que são práticas efetivamente que rompem né com determinadas vamos dizer assim tradições dentro do âmbito educacional e não usam recursos tecnológicos, então a gente pode utilizar vamos dar um exemplo de uma metodologia, metodologia da problematização eu posso fazer né todo o percurso metodológico sem necessariamente utilizar recursos tecnológicos e ela pode dependendo da onde ela for ser utilizada se não é um local que está acostumado a ter uma prática desse tipo que não nunca desenvolveram né metodologias desse tipo onde tem que se buscar a informação na realidade, trazer informação, fazer um estudo sobre essas informações, pensar numa contribuição daquela realidade visitada, olhada. [Professora Simone] eu vejo, eu percebo bastante que as professoras dos anos iniciais são muito inovadoras e não usam tecnologia muitas vezes né. exato a gente pode ter ter muitas práticas né de inovação, utilizar vários recursos educacionais e tecnologias educacionais sem que sejam tecnologias digitais né. [Professora Simone] o que seriam essas tecnologias educacionais que não são digitais. [Professora Márcia] as tecnologias educacionais são todos os recursos, as ferramentas que a gente pode utilizar para auxiliar nesse processo de aprendizagem tá então para dar um exemplo vamos dizer assim mais na educação básica, na educação infantil, tem um método que se chama o cesto dos tesouros que a gente utiliza com crianças bem pequenas, aonde a gente coloca objetos né pra trabalhar com elas, assim com crianças de 1 ano 2 anos, para eles poderem identificar os objetos, a gente dá o nome eles estão aprendendo a falar, então a gente fala o nome daqueles objetos e tudo, isso é uma tecnologia educacional esse recurso que tu tá utilizando dentro de uma metodologia com uma intenção ela é uma tecnologia educacional, porque tudo aquilo que a gente utiliza intencionalmente com planejamento em termos de recursos, então não é só por exemplo, esse exemplo que eu dei só o cesto com os objetos, não, é o cesto com os objetos com uma intenção, um objetivo, então se torna uma tecnologia educacional, então a tecnologia educacional nesse sentido né é tudo que a gente traz para a sala de aula como uma intenção como planejamento e como uma finalidade para ter uma ideia né quando eu fiz pedagogia que já faz muito tempo né não fazia parte aliás nem se tinha o uso do computador, a gente começou a utilizar começou começamos a ter o computador individualmente, quero dizer para esse uso que a gente faz cotidiano, isso começou quando eu quando eu entrei lá pro mestrado, então quando eu comecei pedagogia a gente tinha disciplina sobre tecnologias educacionais e não existia o uso não tinha celular né, não tinha o computador, não tinham essas tecnologias digitais como a gente tem hoje, e a gente já tinha disciplinas sobre tecnologias educacionais, para a gente poder estudar os recursos, as ferramentas e a forma que era muito mais importante, então sempre batendo muito assim né, e a gente traz muito isso não os panos nossos cursos e nas nossas atividades de formação docente, sempre o porquê utilizar, o como utilizar, a intenção de utilizar, isso é muito mais importante do que o recurso em si, então é muito mais importante eu saber para que utilizar aquele software, como utilizar aquele software, do que em si o software. [Professora Simone] sim, então assim a gente já meio que deu um spoiler aqui da próxima pergunta, mas como tu disse é necessário para ser uma professora inovadora ou um professor inovador a intenção, uma visão mais holística no sentido do todo do estudante, da formação cidadã né, senso crítico, aquelas habilidades no século XXI que a gente sempre comenta aqui PodChem, a questão do meio ambiente né, sustentabilidade, que a gente também vem discutindo, se é assim, qualquer nível de ensino pode usar esses pilares para a construção do seu fazer educacional e mesmo aquelas pessoas que não têm recursos, aquelas escolas que não têm recursos podem ser super inovadoras. [Professora Márcia] com certeza, vou para exemplificar então né dentro até da minha própria experiência, da minha própria trajetória, eu trabalhava em escola tem muito tempo né, de docência no ensino superior, mas mais tempo ainda de docência na educação básica, trabalhando com a educação infantil nos anos iniciais então lá no final dos anos 90, início dos anos 2000 a gente já procurava nas escolas e já falava sobre inovação da prática pedagógica. Então lá nos anos 2000 na escola que eu trabalhava, a gente buscando a inovação da escola hoje foi criado um cargo que era direção de inovação pedagógica e de tecnologias educacionais que eu ocupei por um tempo, então fiz 2 cursos na Universidade de Santiago de Compostela com professores que faziam parte de um centro né de pesquisa sobre inovação pedagógica, então falar de inovação não são coisas novas no âmbito educacional desde a educação infantil, então quando eu comecei a trabalhar no ensino superior isso também era presente no ensino superior, isso já era falado, então a gente pensar em inovação pedagógica a gente está pensando e podemos pensar em inovação pedagógica desde a educação infantil né, desde o trabalho com bebês até o ensino superior e no ensino superior também trazendo a pós-graduação né. Então agora no trabalho esse que nós temos no assessoramento e no curso com a Universidade de Turku com a proposta deles que é o Innopeda, eles trabalham né e mostram pra gente o que são os pilares da pedagogia da inovação, da proposta deles e que está presente em toda educação na Finlândia desde a educação infantil, então antes do tinha lá na pergunta anterior perguntado sobre os pilares né, em primeiro lugar essa renovação né dos papéis do professor e do aluno que eu já tinha mencionado antes, que relação é essa que a gente estabelece entre professor e aluno, ativando né métodos de ensino e de aprendizagem, buscando métodos e metodologias ativas, trabalhando com currículos flexíveis e isso é sempre, então o que a gente pode pensar, sempre eu quero dizer desde os pequenos a gente pode pensar em um currículo flexível até o ensino superior, até após graduação, se a gente tá trabalhando na formação profissional que orientações para a vida profissional a gente traz, e essas orientações para a vida profissional então não diz respeito ao conhecimento técnico, também as questões das relações, das questões atitudinais, as competências atitudinais que são tão necessárias né, a colaboração, a cooperação, tudo isso é fundamental, a questão do multidisciplinar como é que a gente trabalha disciplinarmente para poder chegar ao interdisciplinarmente, como é que a gente percorre esse caminho né, como é que a gente pode fazer uma avaliação que seja também contribuidora, que seja orientada para o desenvolvimento educativo seja nesse âmbito então da educação básica ou uma educação profissional na formação dos profissionais né, e a gente poder também olhar hoje como é que a gente se coloca perante o mundo né, hoje a gente está tão interconectado com todos, como é que a gente faz esse processo na universidade. Hoje então é fundamental a gente falar em todo um processo de internacionalização e olhar para o mundo como um todo, então tu trouxeste né a questão toda da sustentabilidade, de olhar para as questões ambientais, a gente viu bem durante a pandemia né, o quanto a nossa vida aqui né e o modo de nós vivemos aqui altera né e afeta quem está vivendo lá em outros continentes, a gente percebeu isso, o quanto nós estamos interligados e somos interdependentes uns dos outros, então pensar dessa forma envolve todas essas práticas, então se a gente está com uma intenção na hora que vai da nossa sala de aula na hora, a gente planeja a nossa disciplina né que que é meu disciplina contribui para a formação esse profissional há eu atuo Na Na formação do do profissional da enfermagem da fisioterapia da química medicinal como é que a minha disciplina contribui para a atuação desse profissional no mundo é só com o conhecimento técnico o que mais que tem que ter como é que eu vejo a questão da da sustentabilidade como é que eu vejo a posição crítica desse sujeito na relação com os outros como é que eu me relacionei com meu aluno para que ele possa se posicionar criticamente e desenvolver essa aprendizagem com significado lá na sua prática dentro do laboratório por exemplo tem uma forma de fazer isso sim é como eu me relaciono com os meus alunos é como eu planejo comer o diálogo com os meus alunos seu possibilitou que eles tenham outras descobertas os eu limito que eles façam exatamente o que a gente quer e denso a resposta que a gente quer ou a gente possibilita que eles encontrem outras respostas que eles encontrem outros caminhos para fazer as descobertas então essa forma de se posicionar é que faz a diferença da gente ter uma prática pedagógica inovadora ou não sim já sinal da tua resposta que eu já falo um pouco sobre o que eu IA te perguntar logo em seguida sobre a questão do contexto da educação em saúde preciso tem algumas características que tu acha que seria 11 mais interessantes ainda se a gente colocasse No No IP educação em saúde Ana off pra gente tem procurado discutir pensaram muito né quais são os diferenciais e o que contribui para que nós tenhamos práticas inovadoras pedagogicamente no ensino na saúde nós estamos voltados para essas relações que se estabelecem no âmbito da saúde aí vendo a saúde também em toda a sua complexidade em todas suas relações né desde as questões ambientais né a nossa relação a relação do homem né com as questões ambientais em relação do homem no mundo com todos os seres vivos né como é que é que a gente se coloca então isso é importante que esteja presente no ensino porque se a gente não colocar isso presente no ensino da saúde como é que a gente vai querer num resultado de uma abordagem diferente da saúde no âmbito social se a gente não trabalha para que os profissionais tenham uma visão diferente depois na sua atuação na sociedade então por isso a gente pensar refletir e fazer uma prática pedagógica diferente na formação desses profissionais é o que nós acreditamos que vai diferenciar também essa prática depois na sociedade no âmbito da saúde em si né e da contribuição da saúde tudo que na realidade nem é uma contribuição porque ela já faz parte do nosso dia a dia do nosso cotidiano de nós como seres Na Na Na sua vida não é privada não inclui exato bom e assim agora vou para chegar ao momento da polêmica que pode quem se quem polêmica então assim ó do ponto de vista dos docentes agora quem é que deveria considerar empregar os pilares é e as estratégias da pedagogia da inovação e assim que eu tiver essa pergunta porque será que eu posso me considerar talvez maravilhosa eu atingi todos os meus objetivos na minha disciplina no método clássico e será que eu preciso me modificar será que eu preciso modificar a minha prática docente se não quais os indícios que um docente deve considerar mais relevantes na sua percepção para modificar sua prática pedagógica é que daí a gente vai ver assim que nem sempre só o resultado é que nos nos dias isso porque pode ter bons resultados mas não necessariamente o processo foi feito diferente como é que a gente estabelece esse processo então Oo um dos pontos fundamentais denovo né é como é que a gente estabelece essa relação como é que eu me relacionei com os alunos e como é que eu me relaciono com o conhecimento é uma questão com certeza muito mais atitudinal então eu me relaciono de uma forma diferente e o assim relacionar de uma forma diferente com os estudantes isso não significa que a gente não tenha objetivos que a gente não tenha diretrizes e que a gente não tenha um caminho definido a percorrer significa como nós vamos fazer esse caminho nós vamos percorrer esse caminho com os estudantes para que essa aprendizagem seja construída com significado com respeito com relações diferenciadas de cooperação de colaboração para efetivamente ele ser um profissional lá na ponta que sabe se colocar que sabe se posicionar criticamente sabe se relacionar com os outros de forma respeitosa e colaborativa ou não é esse é um dos pontos que fazem um dos principais pontos que fazem a diferença porque essa própria questão de relações de respeito de colaboração de cooperação também é o que vai permitir que a gente veja com a sociedade uma prática com maior sustentabilidade ou não porque quando a gente fala em práticas sustentáveis eu implica essas atitudes diferenciadas então é isso eu extraio do outro o que eu quero e me utilizo dele esse outro pode ser meu colega esse outro pode ser a natureza esse outro pode ser os animais eu faço isso nessa relação que é de um superior vamos dizer assim entre aspas com inferior ou eu estabeleço relações mais diretas e que sejam de troca e de colaboração essa visão é que vai contribuir para que a gente veja isso de outra forma ou não sim sem falar talvez assim para para bater uma bolinha contigo de que AA faz são meus objetivos meus objetivos são que eles atinjam certo conhecimento técnico tudo bem mas será que isso vai ser suficiente para o profissional e cidadão do século 21 então os estudos da Finlândia que são muito mais avançados em termos avançados não sei se é a palavra mas enfim já pegou percorreram uma trilha avançados nesse sentido o que eu queria dizer é nessa educação do século 21 é estudos da da própria nesse relatório da unesco vem mostrando isso será que isso é suficiente porque a gente vai chegar num momento isso vai para os profissionais da saúde e não ao meu ver também que a gente tem óbvio a técnica extremamente importante não vai deixar de ser nós não vamos abrir mão disso mas que as as questões de colaboração comunicação meio ambiente vão ganhar uma relevância muito maior uma vez que a gente quer estar lidando por exemplo com problemas extremamente complexos que sozinhos a gente não vai conseguir resolver então se a gente não souber colaborar não souber conversar não souber trabalhar em equipe a gente não vai conseguir resolver os problemas foco então dele sempre a do do e no pé da e do dos professores então e da prática educativa na Finlândia né eles vão falar e não só eles mas eles fazem isso muito presente então desde os pequenos e a gente viu isso quando a gente foi fazer a visita de imersão lá que era poder entender a cultura deles e daí entender o que que eles falam de inovação pedagógica eles vão trazer a importância né o foco no desenvolvimento de competências de inovação então o esse desenvolvimento de competências de inovação é justamente para nós podermos ter no nosso caso falamos de universidade profissionais que possam fazer diferença em termos de descobertas em termos de se colocar de fazer sociedade avançar até em termos científicos a gente também forma cientistas então como é que a gente vai querer formar cientistas se a gente não trabalhar isso na forma como eles aprendem eles têm que aprender eles têm que desenvolver as competências para poder encontrar coisas diferentes para poder fazer descobertas para poderem estar inst ligados a descobrir isso para poderem estar instiga a resolver problemas se a gente faz uma prática pedagógica aonde a gente só quer que o aluno responda da forma como a gente espera ou quer ou quer seja a única resposta certa de competência a gente está desenvolvendo para ele encontrar outras respostas para ele criar outra forma de responder ou para ele encontrar outro caminho talvez para atingir o mesmo resultado mas através de outro caminho se a gente não considerar que existem diferentes caminhos para chegar no mesmo resultado a gente não está desenvolvendo essas competências para inovação então isso é que é importante né o professor poder pensar no que a gente está falando bastante assim da da atitude né do professor mas é Oo processo de ensino aprendizagem né e essa relação como eu dizia antes essa relação então professor e aluno depende dos 2 querendo percorrer esses caminhos diferentes né porque o professor também pode chegar com uma proposta super diferente querendo desenvolver as competências na inovadoras e os estudantes as estudantes não não estarem querendo aprender através de uma metodologia diferente por exemplo então a isso também é a gente buscar o desenvolvimento de todos né por isso é importante para a gente falar para a comunidade sobre a inovação pedagógica dentro de um espaço educativo como a universidade todos nós temos um papel educativo todos nós temos um momento que nós somos ou educadores ou educandos ou até as 2 coisas ao mesmo tempo dizia lá o Paulo Freire nas suas escritas né os seus livros tão bem citado ao mesmo tempo que a gente ensina a gente também aprende então quando a gente estabelece a relação dessa forma entre todos né todos nós estamos assumindo a nossa responsabilidade como sujeitos no mundo e como sujeitos que têm uma responsabilidade garante esse mundo né compromisso de de sermos e buscarmos uma sociedade mais sustentável é de cada um mas como o resto o profissional que sai da universidade se ele sair com essa formação diferenciada né de como é que ele aprende e como ele estabelece essa relação um mundo do conhecimento ele pode exercer um papel diferente sim bom e que que tu pensa assim né que poderia comentar a partir desse teu olhar prático e também do científico é uma estudiosa né do tema da educação sobre a afirmação de que o quadro e o giz ou caneta de quadro branco ainda são a melhor estratégia de ensino e que inovar demais só atrapalha um só serve como estratégia teatral utilizada por alguns docinhos moderninhos e que não impactarão positivamente na qualidade do ensino bom primeiro que é muito difícil hoje a gente usar só o quadro e o giz né ou a gente poderia até dizer aquele professor que substitui o quadro giz pelo PowerPoint vou trazer de novo aqui o que eu já tinha citado forma como ele estabelecer essa relação com os alunos é que vai in com conhecimento é que vai fazer a diferença então pode até utilizar os teus moderninhos né que estão utilizando vários recursos e se a gente utilizar os vários recursos sim é uma interação e uma intervenção por exemplo a gente também pode cair no extremo oposto que é à toa que todos os materiais daqui tudo num rudo ter citado o software que é para vocês usarem os vídeos pra vocês assistirem os artigos para vocês lerem é claro que vocês podem aprenderem vários recursos tecnologias para vocês aprenderem então agora mais ou menos assim se virem né isso também não não garante nenhum tipo de aprendizagem assim como usar só o quadro giz e usar só o Power aula expositivo com o PowerPoint se a gente só usar aula expositiva com o PowerPoint sempre é nessa posição né eu detenho saber eu passo aqui o meu saber o meu conhecimento para os alunos a gente também não vai ter resultados tão efetivos a gente tem evidências na educação de trabalho também bom então é quando a gente consegue efetivamente ver se esse processo que o aluno percorreu que o forro o profissional informação percorreu se tem significado lá quando ele está na prática se ele consegue colocar esses conhecimentos em prática aí a gente vê o resultado se efetivo mesmo por isso é tão complicado fazer avaliação por isso conhecimento não é medido não a gente não pode emitir o conhecimento por isso só um pré-teste pós teste não dá a uma resposta efetiva porque tu pode aplicar o pré-teste algo que ele sabia antes aí desenvolveu as aulas agora aplica um pós teste pra ver se ele aprendeu até com softwares né muitas vezes faz isso funcionou tem uma resposta bem positiva no pós teste bom mas o quanto ele vai conseguir colocar desse conhecimento na prática é isso que efetivamente vai dar a resposta e aí é o que nos diferencia se somos professores ou se são estratégias que contribuíram para a aprendizagem e não adianta só então utilizar as estratégias teatrais né moderninhas assim como eu vou dizer também não vai adiantar só dá aula expositiva mesmo que seja dialogada e como é que vai só aprender com a aula expositiva dialogada e a importância da gente poder utilizar metodologias diferentes não fazer sempre mesma coisa então nem só uma coisa nem só outra mas poder usar as metodologias com uma relação estabelecida com o entre os alunos né com os alunos então entre os sujeitos e com o conhecimento de outra forma é isso que vai diferenciar isso é super importante da gente poder pensar porque a gente não vai conseguir ter também uma prática inovadora se a gente não conseguir descolar de determinadas coisas que a gente sempre fez sim e às vezes também acho que uma coisa é importante dizer o que eu tenho aprendido uma das coisas que eu tenho aprendido agora é que a várias coisas né mas o que eu gostaria de destacar uma é que a gente não perde o controle porque os alunos estão aprendendo e pelo contrário a gente passa a acompanhar melhor começa a ter mais domínio sobre o que está acontecendo e começa a também conseguir trabalhar de maneira que evite que eles terminem a disciplina sem aprender o que precisam saber né e a segunda coisa que eu acho importante é que a gente não precisa fazer grandes mudanças mudanças muito radicais na nossa disciplina pode ser uma mudança que vai aumentando ou ela pode ser uma pequena mudança que na verdade vai fazer toda a diferença no caminho da inovação então acho que isso é importante deixar claro porque às vezes as pessoas estão sobrecarregadas então é difícil ser professor ou professora de todo mundo quem trabalha com isso sabe então às vezes ai mas eu já estou com tanta coisa eu já estou tão desgastada né mas eu digo assim do meu depoimento que eu acho que vale a pena começar com incrementos pequenos EE sabe se acostumando EE ficando mais à vontade nesse nesse caminho para quem tem essa abertura né porque pra mim tem sido bem bem recompensadora é eu acho que essa é uma das principais sentimentos assim que eu já observei né vivenciei então com tanto tempo de prática e falando né de é de inovação de inovação curricular de inovação dentro da inovação curricular das metodologias é a gente vê que muitas vezes o professor fica angustiado porque ele disse assim ai mas como é que eu vou saber que eu consegui trabalhar todo o conteúdo ou como é que eu vou acompanhar seus alunos estão aprendendo ou não então é OA forma como a gente faz isso como acompanha esse processo de aprendizagem então essa essa mudança na forma de olhar que implica em a gente pensar sobre bem eu como professora como é que Eu Acredito que meus alunos as minhas alunas aprendem aprendem então a partir dessa pergunta é que a gente consegue ver assim bom se se eu penso que eles aprendem é eles pensando interagindo pesquisando buscando né dialogando trazendo a resposta escrevendo construindo eu vou conseguir acompanhá-los de outras formas e aí eu vou ver que efetivamente não tá como tu disse né perdendo esse controle eu não tô deixando de acompanhar mas se eu achar que eu vou fazer tudo isso que eu só vou conseguir fazer o acompanhamento dessa aprendizagem através de uma prova de múltipla escolha bem daí vai ficar difícil né porque daí eu estou abrindo possibilidades de aprendizagem para que eles realmente construíram um caminho de aprendizagem mas eu vou estar tentando olhar para essa forma como eles construíram aprendizagem com os olhos né ou com os óculos que eu usava antes então é às vezes até como a gente fala Na Na própria pesquisa usa uma determinada teoria como se aquela teoria fosse o teu óculos e tu olha para as coisas através daquele óculos esse tom mudou o teu aspecto teórico né a tua teoria a tua forma de ver o mundo nesse caso que a gente está vendo das relações de aprendizagem de ensino aprendizagem eu troquei óculos como é que eu vou ver tudo desde as relações entre todas as pessoas que estão ali as relações com o conhecimento mas eles podem encontrar muitas outras respostas além da resposta que está no artigo que eu disse para você é lindo quem sabe se eles buscarem outros artigos eles não encontrem outras respostas ou até as mesmas respostas mas eles fizeram a busca eles encontraram de outra forma né e que a gente possa discutir isso bem então eu estou olhando através deste óculos eu também vou poder olhar como é que eles estão aprendendo e o resultado que eles estão dando também de outra forma então eu acho que é isso que a gente tem que pensar assim bom eu posso usar o óculos para todas essas coisas comprar de com algumas pequenas práticas diferentes como tu disseste né pois um momento que eu mudei o óculos é mesmo essas pequenas práticas vão fazer grande diferença porque eu estou usando outro óculos para ver se as relações eu estou usando outro óculos para ver como é que se ensina e se aprende eu estou outro usando outro óculos para acompanhar os meus estudantes né para acompanhar os resultados por isso né os objetivos são tão importantes de saber onde a gente quer chegar as metodologias né que caminho a gente vai percorrer para chegar no na construção do conhecimento é esse como elas não são as milagrosas onde anta só usar a metodologia diferente é como eu estabeleço uma relação essa metodologia diferente aí eu também não estou fazendo uma avaliação diferente então está tudo junto é o todo desse processo sim é verdade Márcia para finalizar o nosso bate-papo a gente gostaria de te pedir uma dica cultural seja relacionada ou não o tema do episódio um bom tem alguns documentários assim que eu acho Superinteressante assim que a gente quando é professor pode olhar e nos levar várias reflexões mas em um documentário que apesar de não falar diretamente de ensino superior eu acho que para qualquer professor toca bastante é um documentário brasileiro que se chama quando sinto que já sei que fala de práticas diferentes em escolas no pelo Brasil acho que é bem legal assim tem um outro que acho muito interessante que é um documentário também é um documentário argentino que se chama educação proibida que fala assim de como é que a gente sobre as práticas escolares né práticas escolares muito duras práticas escolares mais flexíveis acho que os 2 tem a ver com questões de inovação porque trazem práticas diferentes mas tem um filme que eu acho fantástico eu já vi várias vezes assim e sempre indico também nas disciplinas quando eu trabalho tanto na graduação quanto na pós-graduação né se chama língua das mariposas é um filme espanhol muito interessante que mostra também a relação dos professores com seus estudantes eu acho que é um filme muito bonito assim tem outros tantos né você está esse estresse de livros assim eu acho que isso é sabe o que eu acho legal a gente já tem em português 2 livros que falam da experiência da Finlândia eu escritos organizados pelos professores da universidade de Turku que foram publicados pela pela editora da Universidade de Caxias do Sul aí eu acho que é bem legal assim pra quem quiser né ler e saber sobre o que a gente tem trabalhado está utilizando agora eu não curto e que a gente vai começar a falar mais não nesse ano pedagogia da inovação né e o outro é a tendência finlandesa e o outro é pedagogia da inovação preparando instituições de ensino superior para os desafios futuros que são 2 assim bem legais assim eu acho de da gente ler entender a cultura da Finlândia porque é que tem uma coisa bem importante de falar assim nessas indicações como em quaisquer outras Oo bom da da gente poder interagir né hoje a gente tem tantos recursos né para poder interagir conhecer outras experiências pelo mundo afora é que a gente pode fazer as trocas e nos inspirarmos nessas outras práticas nenhuma prática funciona quando a gente replica exatamente o que aconteceu em outro lugar numa cultura diferente e até tem que ser assim né para poder ser coerente com o que a gente estava falando no sentido de conceito de inovação pedagógica a gente não poderia falar de inovação pedagógica e dizer que é muito interessante se copiar né uma pedagogia de um outro lugar bom currículo de outro lugar um cara exato da nossa realidade não faz sentido exato então esse a gente tem outras experiências que são positivas de sociedades que já tem outros tipos de relações sociais culturais econômicas diferentes por que que por que não nos inspirarmos a ontem as pessoas vivem melhor para buscarmos as nossas soluções Cynthia Márcia olha muito obrigada mais uma vez eu sei que a tua agenda super concorrida né mas acho que era importante tanto a gente falar com a nossa comunidade como também com todos os professores e professoras do nosso país especialmente num momento delicado talvez desde sempre mas especialmente nos últimos tempos é que a posição de professor e professora passou a ter inclusive uma periculosidade maior é importante a gente também trazer coisas positivas e inspiradoras para essas pessoas que estão aí pensando sempre no futuro da nossa sociedade e do nosso país né muito obrigada mais uma vez por essa aula e pela uma excelente conversa e pela abertura de sempre não imagina eu que agradeço não me dizia assim né que todo todos estão convidados AA inovar não precisa ser só quem passou pelo bem-estar nesse grupo A gente vai começar aí nesse ano a fazer várias atividades mas a gente sabe de muitos colegas que já tem práticas super inovadoras no seu dia a dia e os estudantes a gente está sempre também aberto a escutar e temos procurado cada vez mais trazer também né os nossos colegas técnicos para estarem juntos nessa estamos todos juntos nessa caminhada pensando as práticas pedagógicas da ufcspa verdade tá bom marcinha obrigada um beijão te agradeço muito mesmo então é isso pessoal a gente espera que vocês tenham curtido esse episódio não se esqueçam de seguir a gente nas redes sociais e se inscreveram pode quem entra suspenso través da sua plataforma de áudio favorita estamos no Google podcast Spotify cat box Deezer e Apple podcast os novos episódios pode quem são as coisas de lizados mensalmente no primeiro sábado de cada mês obrigada por nos ouvirem não esquecendo que nesse episódio nós falamos sobre pedagogia o ensino ensino em saúde metodologia de ensino pedagogia da da inovação entre outros assuntos estou músicos importantes do episódio vão estar na discussão especial o pó de quem o é um podcast sobre ciência que traz temas de interesse de toda a sociedade de forma simples e acessível e que valoriza a diversidade dos conhecimentos das estás conheça nossa equipe e nosso trabalho nossas redes sociais então tá galera obrigada até mais tchau