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A INFLUÊNCIA DAS ATITUDES PSICOLÓGICAS NA VISÃO DE MUNDO: UMA

PERSPECTIVA JUNGUIANA SOBRE O ORIENTE E OCIDENTE

Rafaella Fernandes Sily De Assis1,

Profa. Adriana Elisa de Alencar Macedo 2


1
Acadêmica do curso de Psicologia
2
Doutora - Docente Multivix - Vitória

1. INTRODUÇÃO

De acordo com Carl G. Jung (2013), psicólogo fundador da psicologia analítica, o


Ocidente precisa do Oriente para não se perder em abstrações racionalistas, e o Oriente
precisa do Ocidente para não se perder em uma mera contemplação de si mesmo. Diante
disso, evidencia-se que o corpo social do oriente e do ocidente apresentam formas distintas de
compreender aspectos religiosos, culturais e subjetivos que implicam na sua visão de mundo
e a maneira como os integrantes da sociedade se relacionam. Nessa perspectiva, evidencia-se
que a atitude religiosa extrovertida, ao se fundamentar em elementos externos ao indivíduo,
concebe a divindade e o divino como entidades externas, em contraste, a atitude religiosa
introvertida destaca os aspectos subjetivos da experiência divina, interpretando-a como algo
intrinsecamente pessoal, ou seja, ambas as perspectivas abordam o mesmo tema, porém de
maneiras fundamentalmente diferentes devido às diversas atitudes adotadas (JUNG, 2013).
É nesse sentido que este projeto de pesquisa tem como objetivo analisar a influência
das atitudes psicológicas e o impacto na visão de mundo oriental e ocidental analisando
diferenças e semelhanças que surgem diante da, dessa forma, o presente estudo consiste em
uma pesquisa de natureza básica, qualitativa, exploratória e bibliográfica, com o intuito de
explorar e adquirir informações relevantes que contribuam para a ampliação do conhecimento
nesse campo específico. Portanto, a fim de realizar esse estudo, é crucial entender que para
introduzir a temática, é importante apresentar os conceitos de alma, energia psíquica,
individuação e relacionar a influência das atitudes psicológicas na visão de mundo a partir de
uma perspectiva Junguiana.
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA

É importante destacar que na sociedade Ocidental a cultura vigente supervaloriza a


extroversão, em contrapartida a sociedade Oriental adota uma postura de introversão e isso
implica na forma de pensamento e de comportamento em sociedade. Uma vez que ao
compreender a influência das atitudes psicológicas descritas por Carl G. Jung torna-se
explícito uma diferenciação na cosmovisão Oriental e Ocidental. Nesse sentido, pode-se
pontuar uma diferenciação explícita entre o oriente e o ocidente. Sob esse ínterim, no
Ocidente, é comum encontrar a obsessão pela "imparcialidade", seja na postura desapegada
do cientista ou na mentalidade do operador de mercado que valoriza a magnificência e a
abrangência da existência em troca de uma meta mais ou menos ideal, enquanto, no Oriente,
busca-se a sapiência, a serenidade, o desapego e a estabilidade de uma mente que foi guiada
de volta às suas raízes sombrias e abandonou todas as inquietações e felicidades da vida, tal
como ela é e possivelmente será (JUNG, 2013). Portanto, evidencia-se a justificativa da
relevância do tema, uma vez que, é necessário estudar tais conjunturas.

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Ao escrever o livro Psicologia e religião oriental Jung distingue as atitudes


psicológicas extroversão e introversão e as relaciona com o pensamento e visão de mundo do
Oriente e do Ocidente . Nesse sentido, o trabalho apresentado delimita-se em analisar a
influência das atitudes psicológicas propostas por Jung correlacionando a lógica ocidental
materialista e a lógica oriental transcendente , o comportamento extrovertido do e
pensamento racional ocidental e o pensamento intuitivo oriental, e por fim considerar as
discrepâncias e semelhanças das visões de mundo do ocidente e oriente usando a lógica
junguiana para analizar tais tópicos. Portanto, é importante destacar outra perspectiva de
Jung, que introduziu o conceito de energia psíquica, afirmando que a civilização atual é
estruturada na maneira como a população interpreta a realidade em forma conjunta por meio
de elementos, signos e outros significantes, em outras palavras, no caso do tema, observa-se a
necessidade de compreender a estruturação psicológica das diferentes populações e seus
impactos nos âmbitos existenciais.

1.3 PROBLEMA DA PESQUISA


De acordo com Jung, a diferença entre as atitudes orientais e ocidentais não apenas
revela suas características distintas, mas também indica que elas podem ser tanto
complementares quanto antagônicas. O autor alerta que não se deve misturar elementos
incompatíveis, comparando-os metaforicamente como fogo e água. Ele enfatiza que a posição
oriental pode alienar o homem ocidental, assim como a posição ocidental pode alienar o
oriental. Ser um bom cristão e, ao mesmo tempo, seu próprio redentor, ou ser budista e adorar
a Deus simultaneamente, são exemplos de contradições que não são lógicas. Segundo Jung,
se houver uma solução real para essa diferença, ela só poderá ser irracional.
Essa divergência entre as atitudes orientais e ocidentais é de fundamental importância para a
compreensão do inconsciente. É especificamente na esfera do espírito que essa realidade se
manifesta. (JUNG,2013).
Nesse contexto, surge a seguinte questão de pesquisa: Qual é a relação entre as
atitudes psicológicas individuais, com foco nas atitudes introvertidas e extrovertidas, e a
formação da visão de mundo, considerando uma perspectiva junguiana, em indivíduos do
Oriente e do Ocidente?

1.4 HIPÓTESE

Evidencia-se a hipótese de que as atitudes psicológicas de extroversão e introversão


exercem influência na visão de mundo do Oriente e do Ocidente, sob a perspectiva junguiana.
A atitude extrovertida predominante no Ocidente, caracterizada pela valorização do mundo
externo e da lógica materialista, influencia as percepções e comportamentos individuais,
enquanto a atitude introvertida presente no Oriente, com ênfase no eu interior, na
espiritualidade e práticas como a meditação, molda a visão de mundo oriental. A
compreensão dessas atitudes e sua relação com a visão de mundo podem revelar pontos de
convergência e divergência entre as perspectivas psicológicas do Oriente e do Ocidente,
conforme proposto por Carl Gustav Jung.

1.5 OBJETIVOS

1.5.1 Objetivo Geral

Explorar a influência das atitudes psicológicas na visão de mundo sob a perspectiva


junguiana a respeito do Oriente e Ocidente
1.5.2 Objetivos Específicos

Apresentar os termos "alma", "energia psíquica" e "atitudes psicológicas"


dentro do contexto da psicologia analítica.
Identificar a atitude psicológica de extroversão no contexto da visão de mundo
ocidental, especialmente em relação à sua lógica materialista e sua influência nas
percepções e comportamentos individuais.
Observar como a atitude psicológica de introversão impacta a visão de mundo
oriental, explorando sua ênfase no eu interior, na espiritualidade e nas práticas como a
meditação.
Levantar uma correlação entre o pensamento oriental e ocidental, utilizando as
ideias e conceitos propostos por Carl Gustav Jung, com o objetivo de identificar
pontos de convergência e divergência entre essas duas perspectivas psicológicas.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Conceitos fundamentais

Para compreender a visão de Jung sobre a cosmovisão do oriente e ocidente, é


importante compreender alguns conceitos fundamentais. A psicologia de Jung considera os
fenômenos espirituais como afirmações metafísicas que têm origem no inconsciente. Essa
compreensão é resultado da perda gradual do sentido do conceito de alma no Ocidente,
especialmente a partir da Idade Média, quando passou a ser associado principalmente a uma
"função psíquica". Dessa maneira, o espírito passou a ser considerado como algo subjetivo
(JUNG, 2013).

Logo compreende-se que, toda a "experiência da chamada realidade é psíquica: cada


pensamento, cada sentimento e cada ato de percepção são formados de imagens psíquicas, e o
mundo só existe na medida em que formos capazes de produzir sua imagem" (JUNG, 2013).
A alma é um conceito fundamental em sua abordagem psicológica. Ele entendia a
alma como uma entidade complexa e multifacetada, que transcende a mera noção de
personalidade individual. Jung via a alma como a totalidade da psique humana,
compreendendo tanto os aspectos conscientes quanto os inconscientes. Ele acreditava que a
alma é composta por diferentes estruturas psíquicas, como o ego, o inconsciente pessoal e o
inconsciente coletivo.
Para Jung, a alma não se limita apenas ao indivíduo, mas também está conectada a
dimensões mais amplas, como a esfera do coletivo e o âmbito transcendental. Ele explorou os
símbolos e mitos presentes nas culturas ao redor do mundo para compreender as expressões
da alma e suas manifestações universais. “Coloca-se em evidência a própria dinâmica de um
inconsciente autônomo, em que esses processos psíquicos ocorrem independentemente da
percepção consciente. A proposta é entender que o inconsciente possui um funcionamento
próprio.” (PORTELA, 2013,p.34)
Além disso, Jung considerava a alma como o centro da individuação, um processo de
busca de totalidade e integração psicológica. Ele enfatizava a importância de entrar em
contato com os conteúdos da alma, incluindo os aspectos sombrios e objetos psíquicos, para
alcançar um estado de equilíbrio entre as polaridades que residem em nosso interior.
JUNG ( 2013, pg. 13) cita que:

Na verdade, o ser psíquico é a única categoria do ser da qual temos um


conhecimento direto e imediato, pois nenhuma coisa pode ser conhecida sem
apresentar-se como imagem psíquica. A existência psíquica é a única que pode ser
demonstrada diretamente. Se o mundo não assume forma de imagem psíquica, é
praticamente como se não existisse.

Conforme Edilza Rodrigues Campelo Da silva, a experiência do mundo e estes


objetos psíquicos são interpretados através de imagens psíquicas que chegam ao nosso
inconsciente. Essas imagens são símbolos que carregam significados profundos e
representam aspectos do nosso mundo interno e externo. Ao longo da história da
humanidade, ocorre um processo de transformação de energia por meio dos símbolos
(SILVA, 2020)
Ademais, a força de transformação de energia é uma medida natural, um valor
energético não sujeito ao controle e apenas parcialmente disponível à consciência. Não
possuímos a habilidade de transferir energia psíquica de maneira aleatória para um objeto
selecionado de forma racional. (SOUZA, 2023)
Nesse sentido, segundo Felipe Ribeiro Cazelli, a psique tende a oscilar entre dois
extremos opostos, conhecidos como "instinto" e "cultura". A energia psíquica, é parcialmente
utilizada para satisfazer as necessidades fisiológicas básicas, representando os instintos. No
entanto, existe um excedente de energia que pode ser direcionado para outras funções, que se
enquadram na esfera da cultura. A cultura, nesse contexto, surge a partir do redirecionamento
da energia psíquica para a criação de experiências que transcendem a simples satisfação das
pulsões instintuais.(CAZELLI, 2020)
A energia psíquica segue princípios similares às leis gerais de conservação de energia
da física, como o princípio da equivalência e os fatores de intensidade e extensidade. Isso
implica que uma atividade psíquica só pode ser substituída por outra que seja equivalente em
termos de energia. A compreensão energética revela que a substância representa um sistema
de energia, o que significa que uma determinada maneira de ver as coisas está em
consonância com atitudes e funções psicológicas correspondentes. (FERREIRA e
MARTINEZ, 2021)
Portanto, ao analisar a relação da energia psíquica com as atitudes psicológicas
obtém-se uma oposição entre as atitudes do mundo Oriental e do Ocidental. O mundo
Oriental é caracterizado por uma postura introvertida, enquanto o mundo Ocidental possui
uma postura extrovertida. Essas diferenças se manifestam também nos comportamentos
religiosos.
A tipologia proposta por Jung (2009) consiste em duas atitudes básicas: o introvertido
e o extrovertido. O indivíduo introvertido direciona sua atenção e energia psíquica do objeto
para o sujeito, valorizando o mundo interno em detrimento do mundo externo. Por outro lado,
o extrovertido concentra sua atenção principalmente fora de si mesmo, voltando-se para os
outros e para o objeto externo. Essas características de personalidade moldam a forma como
esses tipos se relacionam com o mundo externo e com suas ideias sobre ele. É importante
ressaltar que a introversão e a extroversão não representam a totalidade da personalidade de
um indivíduo, mas refletem atitudes gerais em relação ao mundo. Essas características
influenciam a maneira como expressamos e vivenciamos nossas filosofias. Além disso, elas
modulam nossa percepção e experiência do mundo de maneira geral. Embora haja outras
características que compõem a personalidade de cada indivíduo, a introversão e a extroversão
contribuem para o conjunto de elementos que torna cada pessoa única em sua forma de
existir, incluindo a maneira como vivenciam suas ideias sobre si mesmas e sobre seus
semelhantes e sobre o mundo.( MAMEDE, VALENTE, SERBENA,2017)
“Para ele, além do importante papel que o antagonismo dos tipos desempenha nas
dissensões religiosas, é também relevante nas explanações científicas, culturais, cosmovisuais
e nas relações humanas em geral” (SILVA, 2020).

Em tipos psicológicos Jung (1991) discorre sobre a direção da energia psíquica


A característica do extrovertido consiste na constante doação e intromissão em tudo,
já o introvertido tende a se defender das solicitações externas, criando para si
mecanismos fortes e seguros de defesa, precavendo-se do consumo de energia
direcionado ao objeto (JUNG,/1991, p. 319).

2.2. VISÃO DE MUNDO DO OCIDENTAL LIGADA A EXTROVERSÃO

Por conseguinte, a compreensão da visão de Jung sobre a religião ocidental também


pode ser enriquecida ao considerar as perspectivas históricas. Por exemplo, Michel Foucault,
em sua obra "História da Loucura", aborda o contexto medieval e sua cosmologia, em que
todas as partes do universo estavam intrinsecamente ligadas, não havendo uma distinção
sobrenatural, pois a natureza possuía um caráter amplo. Foi durante a Idade Média e início do
Renascimento que com o avanço do cristianismo, a palavra "espírito" perde seu caráter
místico, integrado e universal, o centro do mundo deixa de ser Deus e o eu e a
individualidade tomam este lugar (FOUCAULT, 2019).

O medo da condenação, e do inferno perpetuam em pinturas como as de Bosch e


Bruegel que retratam simbolicamente o aspecto animal, instintivo e pecaminoso que reside
dentro de nós. O "Jardim das Delícias Terrenas" é um exemplo dessa representação,
evidenciando a interação entre o sagrado e o profano nas raízes do inconsciente.
(IOSHIMOTO, 2009).

JUNG (2013 p. 11) pontua que:


O desenvolvimento da filosofia ocidental nos últimos dois séculos teve como
resultado o espírito em sua própria esfera e a ruptura de sua unidade original com o
universo. O próprio homem deixou de ser o microcosmos, e sua alma não é mais a
“scintilla” consubstancial ou uma centelha da anima.

Diante disso, Jung ressalta que há uma tendência global de ocidentalização, na qual o
pensamento racional e a ênfase na materialidade são valorizados na sociedade. Existe uma
prevalência em direcionar o interesse para aspectos tangíveis e factuais, gerando um
entusiasmo por acontecimentos concretos. (JUNG, 2013 p.13).
O materialismo científico introduziu apenas uma hipótese, e isso constitui um
pecado intelectual. Ele deu um nome novo ao princípio supremo da realidade,
pensando, com isso, haver criado algo inédito e destruído algo antigo. Designar o
princípio do ser como Deus, matéria, energia, ou quer que seja nada se cria de novo,
troca-se apenas o símbolo.

A visão materialista predominante considera a matéria como uma realidade tangível e


passível de conhecimento. No entanto, é importante reconhecer que o conceito de matéria em
si é uma construção simbólica que remete a algo além do alcance do conhecimento humano
"e que tanto pode ser o espírito como qualquer outra coisa, pode ser o próprio Deus. (JUNG,
2013)
Portanto, a atitude religiosa extrovertida, ao se apoiar em elementos externos ao
indivíduo, percebe a divindade e o divino como entidades externas, ela está relacionada ao
pensamento direcionado, funcionando por meio da linguagem conceitual e com o objetivo de
comunicação, incluindo a transmissão de ideias. Essa organização do pensamento
direcionado teve seu início com os escolásticos cristãos em suas práticas conceituais,
estabelecendo as bases para o desenvolvimento do pensamento estruturado voltado para o
exterior. (MAMEDE, VALENTE, SERBENA, 2017).
Como caracteriza Edilza Silva (2022), a intensidade do processo psíquico relacionado
a assuntos religiosos está direcionada para o exterior. Utilizamos o termo extroversão quando
o indivíduo concentra todo o seu interesse no mundo externo, no objeto, e atribui a ele uma
importância e valor extraordinários.
Jung ressalta que, na realidade ocidental, há uma concepção arraigada de que a
religião é o meio pelo qual o homem pode alcançar o conhecimento de Deus . Esse
entendimento tem levado a um conflito entre ciência e religião ao longo do tempo.
O homem ocidental busca obter a benevolência dessa "grande potência" divina por
meio do medo, da penitência, das promessas, da submissão, da auto-humilhação, das boas
ações e dos louvores. Essa "grande potência" não se refere ao homem em si, mas a algo
completamente diferente e perfeito, algo exterior a ele, representando a única realidade
existente. Se esta fórmula for modificada e Deus for substituído por outras grandezas, como
o mundo ou o dinheiro, surge um retrato completo do homem ocidental, que é zeloso,
temeroso de Deus, piedoso, humilde, empreendedor, ávido por acumular rapidamente todo
tipo de bens. O homem ocidental, independentemente de sua religião, considera a criatura
humana infinitamente pequena, quase insignificante. Além disso, como Kierkegaard afirma,
"o homem está sempre em falta diante de Deus". (JUNG ,2013 p.25).

O Ocidente é também extrovertido em sua atitude religiosa. Hoje em dia soa como
uma ofensa afirmar que o Cristianismo possui um caráter hostil, ou pelo menos uma
atitude de indiferença em relação ao mundo e suas alegrias.
Pelo contrário, o bom cristão é um cidadão jovial, um homem de negócios
empreendedor, um excelente soldado, o melhor em todas as profissões. Os bens
profanos são considerados, muitas vezes, uma recompensa especial ao
comportamento cristão, nada mais lógico, portanto, que uma extroversão tão ampla
não pudesse conceder ao homem uma alma que encerrasse em si algo que não
proviesse exteriormente do conhecimento humano, ou que não fosse produzido pela
graça divina.
As pessoas no Ocidente adotam a crença de que uma verdade é considerada
convincente somente quando é respaldada por evidências empíricas e fatos objetivos.
Confiam em observações e pesquisas precisas na natureza, visando encontrar uma
correspondência entre sua concepção da verdade e o comportamento do mundo externo.
Reconhecem que suas percepções imediatas possuem uma dose de subjetividade, exigindo,
assim, processos de verificação, análise e comparação para mitigar as reações influenciadas
pelo fator subjetivo. O termo "fator subjetivo" refere-se à disposição inconsciente que
influencia a qualidade da impressão e é extremamente difícil alcançar uma primeira
impressão objetiva. Geralmente, requer-se um meticuloso processo de verificação, análise e
comparação para moderar e ajustar as reações imediatas do referido fator subjetivo.
Apesar da tendência da atitude extrovertida em rotular o fator subjetivo como
puramente subjetivo, a importância atribuída a esse elemento não implica necessariamente
um subjetivismo de natureza pessoal. A psique e sua essência são amplamente reais. Como
mencionado anteriormente, elas transformam até mesmo objetos materiais em representações
psíquicas. Há um número infindável de coisas que podem ser observadas, experimentadas e
compreendidas de maneiras variadas. (JUNG, 2013)
Jung utilizou a palavra latina "religere" e o conceito de "numinoso" de Rudolf Otto
para definir o termo religião. Ele descreve que a religião é uma observação cuidadosa e
consciente do que Otto chamou corretamente de numinoso. Essa definição, segundo Jung, é
válida para todas as formas de religião, incluindo as mais antigas. Ele acredita que toda
confissão religiosa tem sua origem na experiência do numinoso, juntamente com a fidelidade,
fé e confiança relacionadas a essa experiência numinosa, resultando em uma transformação
da consciência. Numinoso é uma força inconsciente com um valor emocional tão intenso que
se impõe à vontade e ao eu consciente. Ele adota o conceito de numinoso para estabelecer
uma relação entre a experiência arquetípica do inconsciente coletivo e a experiência religiosa.
Jung sugere que as imagens simbólicas do self possuem uma numinosidade que representa
significativamente para a consciência, resultando em uma modificação especial nela.
(MARINHO, 2022).
O fator subjetivo, em sua essência, é composto pelas formas eternas da atividade
psíquica, ligando-o à numinosidade aqueles que depositam confiança nesse fator estão se
fundamentando na realidade dos princípios psíquicos subjacentes. Ao agir dessa maneira, eles
podem expandir sua consciência rumo às profundezas, permitindo-se assim entrar em contato
com as leis fundamentais da vida psíquica. Dessa forma, estarão habilitados a alcançar a
verdade intrínseca que emana naturalmente da psique, desde que essa verdade não seja
perturbada pelo mundo exterior não psíquico. Em qualquer caso, essa verdade compensará o
acúmulo de conhecimento adquirido por meio da investigação do mundo externo, através do
processo de individuação.

2.3. VISÃO DE MUNDO ORIENTAL E A INTROVERSÃO

No Oriente, o conceito de espírito é visto como um princípio cósmico que engloba a


existência como um todo, enquanto no Ocidente, o espírito é a condição essencial para o
conhecimento e, portanto, para a existência do mundo como representação e ideia. No
Oriente, não há um conflito entre ciência e religião, pois a ciência não é fundamentada apenas
na busca por fatos, assim como a religião não se baseia exclusivamente na fé. Existe um
conhecimento religioso e uma religião cognitiva. Por outro lado, no Ocidente, o homem é
considerado infinitamente pequeno em comparação à graça divina. No Oriente, porém, o
homem é visto como divino e capaz de se salvar por si mesmo (JUNG, 2013).
Os orientais expressam sua espiritualidade de maneira voltada para o interior,
buscando concentração, meditação e imersão. Eles acreditam que é no interior da alma que se
encontra com a divindade, dão menos importância ao mundo externo em relação a sua
subjetividade (SILVA, 2020). Elas focam em seus processos internos e valorizam o eu como
centro de seus interesses, enquanto o mundo objetivo recebe menos atenção.
“A consciência introvertida vê as condições externas, mas escolhe as determinantes
subjetivas como decisivas” (JUNG, 1991).
No Oriente, o sentido do eu é menos centrado no ego em comparação ao ocidente. Os
conteúdos do eu estão menos ligados ao sujeito de forma superficial, e os estados que
implicam uma fragilidade do eu parecem ser mais significativos. Jung reconhece que através
da Yoga e outras práticas de meditação ocorre a dissolução de um eu ilusório. (JUNG, 2013
p.22) pontua que

A impressão que se tem, igualmente, é de que a hataioga serve, antes de tudo, para
extinguir o eu pelo domínio de seus impulsos não domesticados. Não há a menor
dúvida de que as formas superiores da loga, ao procurar atingir o samadhi, têm
como finalidade alcançar um estado espiritual em que o eu se ache praticamente
dissolvido. A consciência reflexa, no sentido empregado por nós, é considerado
algo inferior, isto é, um estado de avidya (ignorância), ao passo que aquilo que
denominamos de "pano de fundo obscuro da consciência reflexa" é entendido, no
Oriente, como consciência reflexa "superior". O nosso conceito de "inconsciente
coletivo" seria, portanto, o equivalente europeu do bodhi, o espírito iluminado.
Podemos considerar que através da meditação as camadas semi fisiológicas inferiores
da psique são controladas pela prática através da exercitação e mantidas sob controle, não são
negadas ou reprimidas como acontece no processo ocidental. Esse processo particular parece
ser impulsionado pelo fato de que no Oriente se dá maior importância ao "fator subjetivo", o
que leva a uma restrição do eu e de seus desejos. A atitude introvertida geralmente se
manifesta nos dados iniciais da apercepção consciente. A apercepção consciente é composta
por duas etapas: a primeira é a apreensão do objeto, e a segunda é a assimilação dessa
apreensão à imagem ou conceito já existente que nos permite "compreender" o objeto. A
psique não é uma entidade vazia, sem nenhuma qualidade. Ela é um sistema definido, com
suas próprias condições e reage de maneira específica. Qualquer nova representação, seja
uma apreensão ou uma ideia espontânea, desperta associações que surgem do acervo de
memórias. (JUNG, 2013)

Portanto, podemos relacionar as práticas de meditação ao processo de individuação


proposta por Jung, Ivne Alencar Farias (2021) aponta que a individuação, é um processo de
desenvolvimento de uma personalidade mais completa e abrangente, ocorre de forma
espontânea e inconsciente, visando alcançar a realização do ser humano como um todo, ou
seja, a integração do conteúdo inconsciente na consciência. É importante ressaltar que esse
processo não se refere a uma unidade coerente e estática, mas sim a um sistema dinâmico e
contraditório de complexos psíquicos. A individuação não implica necessariamente em uma
conscientização completa dos conteúdos do inconsciente, mas sim em uma transformação que
liberta o indivíduo da influência dominante do inconsciente, por meio do contínuo confronto
com seus materiais. Quando o indivíduo adquire compreensão das interações entre o eu
consciente e os processos inconscientes, ele passa por uma profunda transformação da psique.
Esse processo de transformação é fundamental para o desenvolvimento da totalidade psíquica
e para o encontro com o seu verdadeiro eu, conhecido como si-mesmo.

2.4 CORRELAÇÃO ENTRE ORIENTE E OCIDENTE

Apesar de existir uma distinção notável entre a predominância da extroversão na


psicologia ocidental e da introversão na psicologia oriental, há um nível de funcionamento
psíquico em que essa diferença se dissolve e dá espaço a um elemento fundamental
compartilhado por todos os seres humanos: o desejo de desenvolver a consciência e o
processo de arbitrio (SOUZA PIRES 2023)
Jung (2013p.31) enfatiza que
Creio que através de minha exposição tornou-se claro que esses dois pontos de
vista, embora se contradigam mutuamente, têm um fundamento psicológico. Ambos
são unilaterais, porque não levam em conta os fatores que não se ajustam à sua
atitude típica. O primeiro subestima o mundo da consciência reflexa; o segundo, o
mundo do espírito uno.
O resultado é que ambos, com sua atitude extrema, perdem total, tornando-se
facilmente artificial e desumana.

Dessa forma é relevante ressaltar que que as diferentes atitudes, tanto a extroversão
quanto a introversão, revelam tanto grandiosidade quanto fraqueza. Ele enfatiza que
tendemos a subestimar aquilo que tememos. Em ambas as tradições, a característica
predominante é a unilateralidade, e Jung acredita que não há objeção a ser feita a isso, pois
sem essa unilateralidade, o desenvolvimento diferenciado do espírito humano seria
impossível.
A extroversão está sempre acompanhada de desconfiança em relação ao eu interior,
mesmo que muitas vezes essa percepção passe despercebida. No Oriente, o eu interior
exerceu um poder tão profundo sobre o eu exterior que o mundo nunca teve a oportunidade
de separá-lo de suas raízes mais profundas. O eu interior sempre esteve em destaque, levando
o indivíduo a se afastar de sua essência mais íntima. A unicidade do espírito, a unidade, a
indefinição e a eternidade sempre estiveram unidas no Deus uno. O homem se tornou
insignificante, um ser diminuto, e fundamentalmente imerso em uma consciência imperfeita
(JUNG, 2013 p.31).
A tendência extrovertida do Ocidente e a tendência introvertida do Oriente possuem
um objetivo comum muito importante: ambos fazem esforços desesperados por
vencer aquilo que a vida tem de natural. É a afirmação do espírito sobre a matéria, o
opus contra naturam, indício da juventude do homem, que se delicia toda a vida a
usar da mais poderosa das armas jamais inventadas pela natureza: o espírito
consciente. O entardecer da humanidade, que se situa ainda num futuro longínquo,
pode suscitar num ideal diferente. Com o passar do tempo talvez nem sequer se
sonhe mais com conquistas.

Carl G. Jung (2013) coloca em questão que perspectiva religiosa sempre reflete a
atitude psicológica e seus preconceitos específicos, mesmo para aqueles que esqueceram ou
nunca ouviram falar de religião. No contexto da psicologia, o Ocidente é cristão em todos os
aspectos, não apenas no sentido religioso, mas também psicologicamente. A ideia de graça
vem de uma fonte externa, de qualquer forma. É compreensível que a alma humana possua
complexos de inferioridade. Por outro lado, o Oriente tolera com compaixão esses estágios
espirituais "inferiores" em que o homem se envolve com o pecado devido à sua ignorância
sobre o carma, ou atormenta sua imaginação com a crença em deuses absolutos, que, se ele
olhar mais profundamente, perceberá serem meros véus ilusórios criados por sua própria
mente. Portanto, a psique é o elemento mais importante, é o princípio vital que permeia tudo,
é a essência de Buda; é o espírito de Buda, o Uno, o Dharma Raya. Toda vida emana da
psique, e todas as suas diversas formas de manifestação se reduzem a ela. Essa é a condição
psicológica primordial e fundamental que impregna o ser oriental em todas as fases de sua
existência, influenciando todos os seus pensamentos, ações e sentimentos,
independentemente da crença que ele professe.
Porém Jung também considera pontos positivos sobre o ocidente e o oriente no
comentário ao livro segredo da flor de ouro de Richard Wilhelm (2022) ele pontua que não
deve se menosprezar os méritos da ciência ocidental ao mesmo passo que a intuição oriental
não deve ser subestimada.

De fato, a ciência não é um instrumento perfeito, mas, nem por isso, deixa
de ser um utensílio excelente e inestimável, que só causa dano quando é
tomado como um fim em si mesmo. A ciência deve servir e erra somente
quando pretende usurpar o trono. Deve inclusive servir às ciências adjuntas,
pois devido à sua insuficiência, e por isso mesmo, necessita de apoio das
demais. A ciência é um instrumento do espírito ocidental e com ela se abre
mais portas do que com as mãos vazias. É a modalidade da nossa
compreensão e só obscurece a vista quando reivindica para si o privilégio de
constituir a única maneira adequada de apreender as coisas. O Oriente nos
ensina outra forma de compreensão, mais ampla, mais alta e profunda - a
compreensão mediante a vida. Conhecemos esta última a modo de um
sentimento fantasmagórico, que se exprime através de uma vaga
religiosidade, motivo pelo qual preferimos colocar entre aspas a "sabedoria"
oriental, remetendo-a para o domínio obscuro da crença e da superstição.
Desta forma, ignoramos totalmente o "realismo" do Oriente. Não se trata
porém de intuições sentimentais, de um misticismo excessivo que tocasse as
raias patológicas de um ascetismo primitivo e intratável, mas de intuições
práticas nascidas da flor da inteligência chinesa e que não temos motivo
algum para subestimar. (JUNG, 2022 p.17)

3. METODOLOGIA

Inicialmente, é essencial ressaltar que este estudo se enquadra na categoria de pesquisa


básica. Isso significa que é gerar novos conhecimentos que sejam valiosos para o progresso
da ciência, sem ter uma aplicação prática específica em mente. Busca-se investigar verdades
e interesses universais, visando ampliar a compreensão em determinada área do
conhecimento (SILVA e MENEZES, 2005) . Assim, o trabalho trata-se de uma pesquisa
conceitual, com viés teórico para explorar a influência das atitudes psicológicas na visão de
mundo, sob uma perspectiva junguiana sobre o oriente e ocidente.
Ademais, o estudo apresentado está pautado na abordagem do problema qualitativa.
Sob essa ótica, é importante ressaltar que a pesquisa qualitativa reconhece a existência de
uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, ou seja, uma conexão inseparável
entre o mundo objetivo e a subjetividade do indivíduo que não pode ser quantificada. Nesse
tipo de pesquisa, é fundamental a interpretação dos fenômenos e a atribuição de
significados, e não é necessário utilizar métodos estatísticos. A coleta de dados é realizada
no ambiente natural e o pesquisador desempenha um papel central como instrumento de
pesquisa. (SILVA e MENEZES, 2005).
.Desse modo, o estudo não está pautado em dados estatísticos, mas sim em um campo
subjetivo atrelado às visões de mundo ocidental e oriental, considerando a visão junguiana.
Outrossim, é importante pontuar que o trabalho é uma pesquisa exploratória. Nesse
sentido, tem como objetivo adquirir um maior conhecimento e compreensão sobre o
problema, a fim de torná-lo mais claro e estabelecer possíveis hipóteses. Isso é realizado por
meio da revisão de literatura, realização de entrevistas com pessoas que possuem experiência
prática relacionada ao problema em questão e análise de exemplos que ajudem a aprofundar a
compreensão. Geralmente, assume as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso.
Logo, entende-se que esse modelo de pesquisa, visa explorar as temáticas apresentadas, a fim
de fornecer compreensões científicas a respeito desse conteúdo, ou seja, o trabalho busca
explorar a visão junguiana a respeito da perspectiva de mundo ocidental e oriental.
Além disso, evidencia-se que o trabalho é uma pesquisa bibliográfica. Nesse viés,
entende-se que a pesquisa bibliográfica consiste na elaboração a partir de material previamente
publicado, composto principalmente por livros, artigos de periódicos e, atualmente, por material
disponibilizado na Internet (SILVA e MENEZES, 2005).
Assim, o trabalho busca realizar a pesquisa de artigos, livros e materiais por meio do
Google Acadêmico, restringindo-se a especificar a busca de materiais com as palavras
chaves: Jung, Ocidente, Oriente e Psicologia. Portanto, entende-se que estudar esse conteúdo
é uma forma de explorar o conhecimento de Jung e pode beneficiar profissionais de
psicologia ou estudantes interessados nessa temática.
Seguindo essa linha de pensamento, segundo Elizabeth Batista Pinto (2004), a
abordagem da psicologia analítica reconhece a subjetividade humana como o alicerce para a
construção do conhecimento científico, inserida em um contexto específico e embasada em
um sistema teórico. Diante disso, verifica-se que essa abordagem epistemológica valoriza a
necessidade de investigar o fenômeno em estudo de maneira imersiva e contextualizada.
Dessa forma, os princípios teóricos dessa metodologia de pesquisa respaldam a validade do
conhecimento construído, pois tal compreensão destaca a importância da abordagem
qualitativa na busca por uma compreensão mais profunda e significativa da realidade
investigada no campo da psicologia clínica (PINTO, 2004).
Durante o processo de pesquisa, é essencial que o pesquisador identifique e delimite
um problema, que muitas vezes se apresenta como uma questão complexa. Ao longo da
investigação, os limites e os indicadores que fundamentam as categorias propostas vão sendo
delineados e especificados (PINTO, 2004). Nesse sentido, a teoria psicológica adotada é a
psicologia analítica de Carl Gustav Jung, e a problemática em foco é a análise do impacto das
atitudes psicológicas no Oriente e no Ocidente. Dessa forma, o estudo possui um caráter
subjetivo, pois busca considerar as experiências individuais e as particularidades inerentes ao
processo.

4. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA

Atividades Março Abril Maio Junho

1. Avaliar a x
importância do
tema

2. Buscar x x x x
bibliografia para
o estudo

3. Selecionar x x
e separar o
conteúdo
escolhido

4. Estrutura o x x x
conteúdo da
pesquisa

5. Elaborar a x x
introdução do
trabalho

5. Criar o x x x
referencial
teórico

6. Terminar o x
trabalho

7. Efetuar a x
revisão do
material

8. Finalizar a x
entrega do
trabalho

5. REFERÊNCIAS

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em C. G. Jung., REFLEXUS, v. 14, ed. 1, 30 jun. 2020. DOI
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PSICOLOGIA ANALÍTICA: COTEJAMENTOS E CONSIDERAÇÕES. Fortaleza:
Universidade Federal do Ceará, 2021 Acesso em: 10 jun. 2023.
JUNG, C. G. . Psicologia e religião oriental Vol. 11/5: Psicologia e Religião Ocidental e
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MAMEDE, A. Z.; VALENTE, A. G.; SERBENA, C. A. A TIPOLOGIA DE JUNG E A


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