Você está na página 1de 6

Pratica da Psicoterapia

AULA 1
APRESENTAÇÃO DO LIVRO
O livro baseia-se nas experiências práticas de Jung com seus pacientes e também na analise crítica dos métodos da
época.
Jung defendeu o método terapêutico através da dialética, onde o analisando e o analista podem chegar à há um fim
comum através da arte da conversação.
Jung (1971) diz que: "A pessoa é um sistema psíquico, que atuando sobre outra pessoa, entra em interação com o
outro sistema psíquico. Estabelecendo aí a relação psicoterapêutica psicólogo-paciente ou ainda, interação
psíquica."
Jung debateu as formas de interpretações predominantes da época, sobre a escola Francesa, terapia de sugestão e
principalmente a interpretação de Freud com sua teoria com ênfase na sexualidade e de Adler com sua teoria de poder e
as ficções conscientes.
Jung também aborda sobre as antinomias fundamentais da psique, que é esse paralelo, paradoxo. Primeiro que a psique
depende do corpo e o corpo depende da psique, e o segunda antinomia diz que o individual não importa perante o
genérico e o genérico não importa perante o individual. Essas duas antinomias são muito essenciais.
Mesmo com todas as suas atenues da crítica, ouso dizer que Jung teve até seu censo de humor. Tem um trecho do livro
que ele explica sobre o assunto do individual não importa perante ao genérico, que arrancou sorrisos da minha parte
pelo seu censo de humor. No primeiro capitulo diz : "É sabido que cem pessoas inteligentes juntas formam uma só
CABEÇA DE BAGRE, logo as virtudes e os talentos são distinções essencialmente individuais, não são características
do homem genérico."
Essa expressão CABEÇA DE BAGRE teve origem graças a característica do bagre, um peixe que tem um CEREBRO
muito PEQUENO e uma CABEÇA muito GRANDE, por esse motivo, alguém considerado cabeça de bagre, é um
indivíduo tolo, imbecil e sem juízo.
Ouso dizer que Jung rebateu os pensantes da época também com humor comparando-os a cabeça de bagre.
AULA 2
CONTINUAÇÃO AO ASSUNTO SER HUMANO GENÉRICO E INDIVIDUAL
Jung ressalta uma observação sobre a individualidade do paciente em um trecho do livro que diz: " A alma é um
território em si, com leis que lhes são próprias. A essência da alma não pode ser derivada de princípios de outros
campos da ciência, caso contrário violar-se-ia a natureza particular do psiquismo."
Para Jung o terapeuta deveria abrir mão de seus conhecimentos técnicos e reconhecer que cada indivíduo é um universo
particular. No livro Jung diz: " Como se sabe o terapeuta nele se relaciona com outro sistema psíquico, não só para
perguntar, mas também para responder; não mais como superior, perito, juiz e conselheiro, mas como alguém que
vivencia junto, que no processo dialético se encontra em pé de igualdade com aquele que ainda é considerado
paciente"... outro trecho do livro diz: " ...quanto mais o conhecimento penetra na essência do psiquismo, maior se torna
a convicção de que a multiplicidade de estratificação e as variedades do ser humano também requerem uma variedade
de pontos de vista e métodos, para que a diversidade das disposições psíquicas seja satisfeita. O melhor que o médico
pode fazer nesses casos é dispensar todo o seu equipamento de métodos e teorias e confiar, velando unicamente por sua
personalidade para que ela tenha firmeza suficiente para servir de ponto de referência ao paciente."
Jung aborda também sobre neuroses e nos ensina que é muito mais importante descobrir o “para quê” do que o “por
quê” de nossas neuroses. A neurose, de acordo com Jung, não é apenas algo negativo, mas também positivo.
O objetivo da psicoterapia, na concepção junguiana, não consiste em acabar com a neurose, mas sim transformar em
experiências aquilo que ela significa.
AULA 4
COMO SURGIU A PSICOTERAPIA
Jung explica em seu livro que a psicoterapia surgiu como um método auxiliar, surgiu como métodos nascidos da pratica
e de improvisação.
No livro diz: " A psicoterapia é um campo da terapêutica e as opiniões nesta área foram mudando e diferenciando-se de
várias maneiras. Pouco a pouco foi-se verificando que se trata de um tipo de procedimento de um diálogo ou discussão
entre pessoas."
A meu ver Jung viu a necessidade de tratar cada caso como único e não generalizando os comportamentos dos
pacientes.
AULA 5
CRITICAS AOS MEDICOS E AOS TRATAMENTOS

Jung fez críticas as universidades e a formação do médico que a época era quem lidava com as neuroses e rebateu a
forma de tratamento.
Jung menciona sobre as divergências entre ele e Freud, e uma dessas divergências foi como Fred vê os sonhos.
Freud acredita que o sonho é uma fachada, que ele pode ser interpretado às avessas e além disso, que um ou outro fator
do sonho foi eliminado por algum sensor... para Jung o sonho é tão genuíno quanto a albumina na urina, o que afinal
pode ser tudo, menos fachada.
Outra divergência é sobre o assunto do aspecto sexual que Freud abordava.
Jung diz que são fatos reais, apenas na aparência; porque na realidade se trata principalmente de interpretações. Freud
tem um método especial de interpretar o material psíquico; ele chega a conclusões TIPICAMENTE SUAS, não só
porque o material tem um aspecto sexual, mas, sobretudo, porque ELE ENXERGA de um determinado ângulo.
Sobre o desejo incestuoso Jung fala que Freud só avalia seu aspecto negativo. Para Jung o desejo incestuoso é a busca
de proteção, amor e segurança, é um sentimento inocente da infância, que enfim é algo que pode ser chamado de muitas
maneiras.
E sobre o inconsciente Freud fala que é uma espécie de recipiente, ou porão, para armazenar o material reprimido,
desejos infantis e coisas do gênero. Para Jung é mais que isso, é simplesmente, a base, a condição preliminar da
consciência. É a vida psíquica antes, durante e depois da tomada de consciência.
AULA 6
CUIDADOS DO PSICOTERAPEUTA ENQUANTO TRATA O SEU PACIENTE
Manejo:
Jung explica no livro que o processo terapêutico é trabalhoso e demorado, porque as neuroses são efeitos dos defeitos
que vem surgindo há anos. Por isso, não existe um processo curto que solucione anos e anos de uma evolução
defeituosa da psique.
O tempo é muito valioso para o processo da cura do paciente.
O método analítico redutivo de Freud vai apresentar um número maior de sessões durante a semana, porem o método
Junguiano as sessões são menos frequentes, não correndo o risco das sessões não se tornarem repetitivas. O objetivo de
Jung é trabalhar os símbolos de uma forma mais sintética. O foco de Jung é que o paciente não crie uma dependência do
analista, pelo contrário Jung mostra que o paciente deve se desenvolver gradativamente de uma forma
independentemente que tenha a capacidade de se responsabilizar pelo seu processo de autoconhecimento e
individuação.
“O trabalho, feito pelo paciente, conduz, através da assimilação progressiva do inconsciente, à integração final da sua
personalidade, e com isso à eliminação da dissociação neurótica.” Parágrafo 27 do livro.
Seguindo adiante, Jung defende que o analista precisa também de analise.
Menciona da seguinte maneira: " O terapeuta não deve tentar esquivar-se das próprias dificuldades, como se ele mesmo
não as tivesse, apenas porque está tratando as dificuldades de outrem."
Também no livro: "Estas resistências, o médico tem que supera-las dentro de si mesmo, porque, como pode educar, se
ele mesmo não foi educado, como pode esclarecer, quando está no escuro no que diz a respeito a si mesmo, e como
purificará, se ainda é impuro?"
Isto é, que o médico também se transforme para ser capaz de transformar o doente.
AULA 07
INDICADORES PARA PSICOTERAPIA
Jung vai falar que a pratica da psicoterapia não deve ser unilateral, então ele menciona dos tipos psicológicos: da
extroversão e introversão. Jung fala que a psique tem um movimento pendular, e que é preciso alcançar o equilíbrio, nem
mais e nem menos.
Existem pessoas que são mais materiais e outras espirituais e para cada tipo de pessoa uma visão para o tratamento.
No livro menciona: “... ao meu ver, a tarefa mais nobre da psicoterapia no presente momento é continuar firmemente a
serviço do desenvolvimento do indivíduo. Procedendo desta forma, o nosso esforço estará acompanhado a tendencia da
natureza, isto é, estaremos fazendo com que desabroche em cada individuo a vida na maior plenitude possível, pois o
sentido da vida só se cumpre no indivíduo, não no pássaro empoleirado dentro de uma gaiola de ouro.
Nesta aula abordou um comparativo da teoria de interpretação dos sonhos de Freud e Jung.
Jung tem uma visão sobre o sonho, como genuíno e uma experiencia única para cada individuo e para Freud Segundo
Freud, os sonhos constituem "uma realização (disfarçada) de um desejo (reprimido)".
Para Jung encontrou através dos sonhos um caminho alternativamente rico para chegar na psique.
AULA 8
PROBLEMAS DA PSICOLOGIA MODERNA
Jung acentua problemas na psicologia moderna, problemas que ele analisava na época em vivia.
A observação era que a psicoterapia não era vista como remédio para alma.
Diante desse contexto ele se vê na necessidade de definir o que é psicologia analítica, expressão que foi adotada por
Jung. Em seu livro ele diz: “Diante desses pontos de vista, baseados em pressupostos nitidamente condicionados pelo
momento histórico, tenho insistido na necessidade de uma maior individualização do método terapêutico e na
irracionalização ao fixar as suas metas, a fim de garantir a maior imparcialidade possível”.
Diante disso ele define psicologia analítica como uma junção da “psicanalise”, psicologia individual e outras
tendencias no campo da psicologia complexa. A finalidade de Jung ela atender os aspectos e as dificuldades peculiares
de cada paciente, ele priorizava o individual e criticada a psicologia da época nos métodos onde não tinham um olhar
criterioso a cada caso dos pacientes.
Em seu livro ele explana esse pensamento que diz: “Outra restrição é a falta de uma psicologia que seja realmente
médica, embora possa existir uma psicologia para médicos. A psicologia não é assunto exclusivo para especialistas,
nem se limita a certas doenças. É universal e humana; e como a humanidade, ela se diversifica, de acordo com o tipo
de profissão, de doença etc. Também não se restringe ao instintivo ou biológico. Se assim fosse, ela poderia até
constar de um manual de biologia sem o menor problema. Mas não é isso que acontece, muito pelo contrário: seus
aspectos sociais e culturais revestem-se de uma importância tal, que sem eles nem seria possível imaginar a psique
humana. Por isso, é impossível falar de uma psicologia geral e normal, como se ela resultasse simplesmente do embate
entre instinto e moral, ou outras oposições do gênero.”
Mais adiante Jung vai fazer uma tentativa de síntese dos pontos de vista da psicoterapia e divide em 4 etapas.
No livro ele diz: “Faço, portanto, esta tentativa de dividir as propostas e o trabalho, em classes, ou melhor, em etapas,
com a reserva expressa de que se trata de um empreendimento provisório, que poderá ser taxado de arbitrário, tão
arbitrário, digamos, como estender uma rede trigonométrica sobre um país. Em todo caso, vou arriscar-me a enfocar o
resultado global em quatro etapas:
ETAPA I – CONFISSÃO: ou Cartase, no livro diz: “O próprio nome escolhido para o primeiro método – catarse =
purificação – é um conceito correntenas iniciações da antiguidade.”
Fase de reconhecimento e elaboração de afetos relacionados a situações reprimidas, traumas, desejos inapropriados,
mágoas, angústias e etc. É o momento em que o analisando tenta trazer à tona tudo o que lhe causa desconforto e que
considera defeito e esse momento é difícil, porque não é fácil admitir os próprios erros ou defeitos.
“A confissão é uma conexão pela raiz, irracional e psíquica, torna -se difícil para quem está de fora. No momento em
que o espírito humano conseguiu inventar a ideia do pecado, surgiu a parte oculta do psiquismo, em linguagem
analítica: a coisa recalcada. O que é oculto é segredo. Segredo e contenção são danos aos quais a natureza reage
finalmente por meio da doença. Soltas o que tens e serás acolhido”.
ETAPA II – ESCLARECIMENTO:
A etapa do esclarecimento consiste no momento em que o paciente passa pela percepção e pelo reconhecimento de seu
sofrimento interno. Através do entendimento de suas angústias, o paciente percebe a sua força real, criando novas
possibilidades de lidar com suas questões emocionais. Também nessa fase de tomada de consciência o paciente pode
usar o terapeuta como objeto de transferência e reproduzir a relação base lar. (Pai e Filho).
Essa transferência surge naturalmente. O terapeuta é como espelho e começa a surgir o processo dialético. Nesse
momento o terapeuta colocará em confronto o analisando, abrindo os olhos do paciente para o próprio esclarecimento.
AULA 09
CONTINUAÇÃO DAS ETAPAS
ETAPA III – EDUCAÇÃO:
O processo de educação nos remete a etapa em que o paciente já começa a partir para a ação. Nesta etapa do
tratamento, o indivíduo entra em confronto com todos os fatores que originaram o sofrimento atual. Durante esta fase
no tratamento, o Consciente do paciente se prepara para assumir uma nova postura perante os sofrimentos. É a fase do
insight, a educação do ser social.
“O esclarecimento ou a elucidação pressupõe pessoas de índoles sensíveis, aptas a tirarem conclusões morais,
independentes de sua formação. Somente saber a causa do problema, não vai trazer a transformação. O paciente tem
que buscar recursos para a auto educação.”
ETAPA IV – TRANSFORMAÇÃO:
Ou auto regulação, o Ego muda de atitude em relação ao Inconsciente. Trata-se do ponto crucial do confronto, mas
para que ele aconteça é preciso que todas as outras etapas sejam realizadas, afinal, uma etapa depende da outra. É um
ciclo, uma jornada dolorosa, porém transformadora.
A Psicologia Analítica carrega em si a arte de ajudar o paciente a elaborar os seus conflitos e caminhar para a sua
individuação.
Jung fala também que nessa fazer acontece a contra transferência. No livro diz assim: “Na etapa da transformação
acontece o encontro de duas personalidades... O encontro de duas personalidades é como a mistura de duas
substâncias químicas diferentes: no caso de se dar uma reação, ambas se transformam. Com isso, começa a ter a
contratransferência provocada pela transferência.”
Jung diz isso no quesito da relação entre medico e paciente onde existem fatores irracionais que produzem
transformações mutuas.
Por isso Jung sempre defendeu que era primazia o terapeuta também fazer terapia.
Obs.: Lembrando que as etapas não possuem algo definido e estático, é mais fácil de entende-las como um ciclo.

AULA 10
PSICOTERAPIA E VISÃO DE MUNDO
MEDICINA E PSICOTERAPIA
Jung nessa parte do livro menciona que a psicoterapia surgiu através de métodos da pratica da improvisação e como
método auxiliar, porem ela tomou proporções das quais não podia ser ignorada.
No livro Jung diz: “Mais cedo ou mais tarde, era preciso constatar, forçosamente, que não se pode tratar da psique,
sem mexer no todo, isto é, no último e no mais profundo, da mesma forma que não se pode tratar de um corpo
enfermo, sem considerar a totalidade de suas funções, ou mesmo sem levar em conta a pessoa do doente, conforme se
tem ouvido ultimamente aqui e ali da boca de alguns representantes isolados da medicina moderna. Quanto mais
“psíquico” um estado, mais complexo é ele e mais relacionado está ele com o todo. É certo que as formas psíquicas
elementares estão intimamente ligadas aos processos fisiológicos do corpo, como também não resta a menor dúvida de
que o fator fisiológico representa pelo menos um dos polos do cosmo psíquico.” O que Jung quis dizer que se deve
levar em consideração o estado total do enfermo e a sua individualidade. Ou seja, a medicina propõe o isolamento,
mas a psicoterapia propõe a TOTALIDADE.
Jung fala que a medicina e a psicoterapia veem as neuroses de forma diferente e Jung salienta a questão do olhar que o
psicoterapeuta deve ter.
Jung menciona sobre as diferenças da anamnese, no livro diz: “O primeiro passo é a anamnese, como se costuma fazer
na medicina em geral, e principalmente na psiquiatria, isto é, uma tentativa de recompor, da maneira mais completa
possível, o material histórico do caso.”
Para Jung a anamnese vai muito além da medicina.
AULA 11
TRANSFERENCIA
“(Freud, 1912/1980a). Por meio da transferência, o paciente reproduz formas de funcionamento primitivas no setting
analítico, que incluem afetos, sentimentos, pensamentos e comportamentos originalmente experienciados em relação a
pessoas significativas durante a infância. Na situação analítica, eles passam a ser vividos como atuais e são dirigidos
para a pessoa do analista, o que permite que sejam observados com maior clareza e intensidade.”
Acontece quando o paciente projeta em pessoas do convívio presente figuras importantes dele.
A transferência na terapia, o analisando terá como “alvo” o seu psicanalista.
Essa transferência é executada pelo inconsciente e simbólica, sendo grande importância para o processo de cura.
O manuseio da transferência é a parte mais importante da técnica de análise.
Por meio da transferência, o paciente pode reconhecer seus padrões que antes estavam inconscientes. Assim, lançará
um novo olhar sobre si e também sobre a forma de relacionar-se com outras pessoas.

Essa teoria foi desenvolvida por Freud, onde ele menciona tipos de transferências:

NEUROSE DE TRANSFERENCIA: (quase igual a paixão aguda).


Exemplo: o paciente fica obcecado pelo psicanalista dentro do consultório e também fora do consultório.
TRANSFERENCIA PSICOTICA: Bion considera que a transferência psicótica em especial em pacientes histéricos
apresenta 3 aspectos típicos são eles:
PRE MATURO: (Inicio do tratamento)
PERTINAZ: (Agarra ao Analista)
PERECÍVEL: (nas primeiras decepções o paciente abandona a terapia)
PSICOSE DE TRANSFERENCIA: Eventualmente de pacientes não psicóticos ingressem em um estado
transferencial de um modo negativo com seu analista, e começam a criar e inventar e começam a acreditar que seria
realidade.
TRANSFERENCIA AFETIVA/ POSITIVA:
São projetados no analista desejos eróticos, carinhosos, afetivos sem conotação sexual.
TRANSFERENCIA IDEALIZADORA/SALVADORA:
O paciente deposita toda sua confiança, esperança e salvação no terapeuta.
TRANSFERENCIA NEGATIVA/AGRESSIVA:
Existência de pulsões agressivas com inúmeros derivados: rivalidade, inveja, ciúme, voracidade, ambição demasiada e
etc.
TRANSFERENCIA ESPECULA/ESPELHO:
O paciente busca no analista uma fusão, ou de alguém que seja portador dos seus ideais.
TRANSFERENCIA EROTICA:
está ligado a necessidade de ser amado, designa também a predominância a pulsões ao ódio, sensação de posse do
terapeuta.
TRANSFERENCIA PERVERSO/DESVIO DA NORMALIDADE (diferente da perversão):
Os pacientes tentam perverter as regras, tentam mudar o combinado no inicio do tratamento.
TRANSFERENCIA NA PRATICA ANALITICA

Como os psicanalistas entendiam o fenômeno da transferência, para ajudar a compreender possíveis desdobramentos
na técnica da clínica psicanalítica.
A transferência abre a possibilidade de o paciente representar para o analista a sua história, não apenas relatando o que
viveu, mas revivendo novamente os afetos sentidos em fase anterior, como uma forma de atualizar os impulsos
eróticos ocultos. Neste reviver, se as resistências forem superadas, abre-se uma possibilidade de mudanças profundas,
pois permite uma nova compreensão das demandas de amor. Para Kupermann (2008), a transferência; sua instalação,
manejo e destino; passa a ser o modus operandi da clínica.
Transferência representa uma repetição de necessidades do paciente.

CONTRATRANSFERENCIA
O primeiro registro do uso do termo contratransferência por Freud (1909, citado por McGuire, 1976) pode ser
encontrado numa carta dirigida ao seu discípulo Carl. G. Jung após receber um comunicado de Sabina Spielrein –
paciente de Jung – que solicitava um encontro para tratar de sua relação amorosa com seu analista. A carta foi
publicada na compilação das correspondências de Freud com Jung e a seguir será apresentado trecho no qual Freud
enfatiza ao seu aluno a questão didática da situação:
“Embora penosas tais experiências sejam necessárias e difíceis de evitar. É impossível que, sem elas, conheçamos
realmente a vida e as coisas com as quais lidamos...Elas nos ajudam a desenvolver a carapaça de que precisamos e a
dominar a contratransferência que é afinal um permanente problema (Freud, 1909, citado por McGuire, 1976, p.
281; )”.
“A contratransferência é definida como um fenômeno relacional da clínica analítica, pois surge "como resultado da
influência do paciente" e, portanto, está intimamente vinculada à transferência, aspecto central do método analítico.
Sua definição, nesse momento inicial, engloba as reações emocionais inconscientes do analista frente às investidas
afetivas do paciente. Entretanto, tais reações emocionais são consideradas por Freud (1910/2006b) como obstáculos ao
tratamento analítico e como tal devem ser reconhecidas, ou seja, diferenciadas das emoções do paciente e por fim
dominadas.”
Em síntese para Freud contratransferência consistia nos sentimentos que surgem no inconsciente do terapeuta como
influencia nele dos sentimentos inconscientes do paciente.
Todo o terapeuta não está isento dos seus sentimentos enquanto está aplicando a terapia e deve ter consciência disso. É
importante reconhecer com honestidade e coragem.
É importante que o terapeuta também faça terapia.
CONTRATRANSFERENCIA EROTIZADA
É quando um analista começa a sentir sensações e desejos eróticos pelo seu paciente. As vezes esses sentimentos são
tão impregnados que podem ser correspondidos.
CONTRATRANSFERENCIA SOMATIZADA
Pouco descrita porem real e frequente, são manifestações que surgem no terapeuta durante as sessões analíticas com o
paciente, que apresentam na de forma de desconforto físico, como por exemplo: tonturas, sonolências, dores de cabeça
e etc...
VIDEO EXPLICATIVO DO PSICOLOGO/PSICANALISTA Lucas Napolli
No começo do vídeo ele nos aborda com perguntas que nos fazem pensar se já passamos por uma experiencia de
transferência ou não.
O vídeo segue explicando que transferência foi o nome que Freud deu a determinadas experiencias muito curiosas que
ele viveu em seu consultório com seus pacientes.
A partir desse conjunto de experiencias que Freud viveu que ele denominou de TRANSFERENCIA.
Construímos um padrão de relacionamento com as pessoas através das vivencias que temos com nossos pais, uma
espécie de roteiro como devemos agir com essas pessoas.
Os fenômenos que Freud deparou na clínica são basicamente transferências das relações passadas do paciente para a
vida do terapeuta.
A tendencia é traga esses padrões ao relacionamento com outras pessoas, por exemplo: uma criança que era muito
submissa ao pai no passado, pode trazer esse reflexo para a vida adulta, projetando no chefe, professor e etc...
Esse padrão de comportamento padronizado não pode ser deixado para trás, portamos ele dentro de nós para nossa
própria sobrevivência. Temos tendencia forte buscar a nossa própria proteção.
Outra razão pela qual transferimos padrões infantis se chama lei do menor esforço. Ex.: imagine se tivermos que
estabelecer um padrão de relacionamento para cada pessoa que conhecemos na vida?
É bem mais prático e econômico trazer os padrões de relacionamento da infância, pelo menos 4 deles, e ajusto ao
relacionamento com pessoas quando adulto.
Não da pra prever que tipo de transferência irei desenvolver quando me relacionar com alguém, não saberei se é uma
transferência fraterna, materna ou paterna.

Você também pode gostar