Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Conhecimentos Técnicos de
Aeronaves 2022/2 – Nível II
Combustível
Prof. Marco A. Moroni
1
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Informações Gerais
Os combustíveis para uso aeronáutico se caracterizam por terem suas propriedades,
características controladas com maior rigor do que os combustíveis empregados em
transportes terrestres desenvolvidos pelo homem.
Esta necessidade se manifesta a partir do fato de que o vôo deve ser realizado com
segurança, eficiência, economia e conforto, assim sendo é indispensável que tudo que diz
respeito ao vôo, necessariamente deve ser otimizado ao extremo para que ele possa ser
viável.
Numa situação destas seria impossível fazer um vôo com segurança e eficiência,
perderíamos as referências para relacionar os parâmetros do motor, os parâmetros de
consumo, a quantidade a ser abastecida para realizar determinado vôo.
2
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Informações Gerais
Para fins aeronáuticos existem, predominantemente dois grandes grupos de combustíveis:
3
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
O uso de combustível não aprovado pela autoridade aeronáutica para aquela aeronave, é
expressamente proibido, em especial combustível automotivos com especificações
aparentemente equivalentes, visto que os aditivos usados no combustível de aviação são
muito diferentes em suas características químicas e, em decorrência, inflamabilidade e
afinidade com a água.
As gasolinas automotivas têm uma maior pressão de vapor do que as de uso aeronáutico
implicando em possíveis problemas de alimentação, especialmente em dias quentes.
4
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
• As características químicas
• As características físicas
5
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Do ponto de vista químico o combustível deve conter um alto poder calorífico, deve ser
desprovido de qualquer componente que forme ácido ou resíduos, deve ter um alto ponto
de ebulição e um baixo ponto de congelamento.
A pressão de vaporização deve ser baixa o suficiente para que sua ignição ocorra
efetivamente a partir do centelhamento disponibilizado pela vela de ignição, mas ao
mesmo tempo, não tão baixo a ponto de ser de manuseio perigoso.
6
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
7
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
8
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Composição do Combustível
A gasolina de aviação é um hidrocarboneto refinado do petróleo. O petróleo cru é refinado
e as frações são condensadas quando são formados os diversos produtos do petróleo. Parte
mais refinada de gasolina é obtida por processo adicional de craqueamento sob pressão e
calor.
9
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
10
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Composição do Combustível
11
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Especificações
Componente de Energia Térmica - Uma gasolina de aviação deve ter no mínimo
18.700 BTU’S por libra de peso, sendo o nominal 20.000 BTU.
Um líquido se evapora quando a pressão dos seus gases for maior do que a pressão do
ar que se encontra sobre o líquido. Assim, um líquido pode se evaporar tanto pela
diminuição da pressão do ar sobre o líquido ou pelo aumento de sua temperatura.
A quantidade de pressão necessária para reter os vapores de um líquido é conhecida
como pressão de vapor e é expressa em libras por polegada quadrada para uma
temperatura específica.
Esta pressão de vapor é medida em uma bomba que leva o nome de “Reid”, seu autor,
por este motivo a citação na característica. A gasolina de aviação deve ter sua pressão
de vapor entre 5,5 e 7,0 PSI’S a 100℉.
12
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Especificações
Por outro lado, se a pressão de vapor for muito alta a gasolina irá “ferver” nas
tubulações do sistema de combustível. Vapor de combustível liberado pela
“fervura” no interior das tubulações tem a tendência de provocar bloqueios no
fluxo do combustível, principalmente quando armazenado em suas partes mais
altas da instalação.
Como a maior parte das bombas de combustível não são projetadas para sugar ou
pressionar vapor, a situação pode causar problemas de suprimento para o
carburador ou injetor.
13
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Especificações
14
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Especificações
15
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Especificações
16
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Especificações
Referência de octanagem/índice de octanas – É um sistema que permite comparar as
diferentes gasolinas em função de suas pressões críticas, ou seja de seus poderes anti-
detonante.
17
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Especificações
A mistura ar-gasolina definirá as características de octanagem do combustível. Por este
motivo a gasolina de aviação, por algum tempo foi identificada de forma dupla, por
exemplo, 80/87, estes números estão relacionados com a mistura, sendo 80 para mistura
pobre, e portanto mais detonante, porem, normalmente em voo cruzeiro já com a potencia
mais baixa. E 87 para mistura rica, menos detonante típica de decolagens onde há maior
probabilidade de detonação.
Com a evolução tecnológica da aviação, em especial dos motores, motores mais potentes e
de melhor performance tiveram que ser desenvolvidos
18
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Especificações
Razões maiores do que 100 foram criadas, sendo atribuídas a estas, números de
performance, mas entendidas popularmente como se de octanas fosse. A adição de
chumbo tetra etílico eleva o rendimento de qualquer tipo de gasolina.
Vale lembrar que a qualidade de uma gasolina, sem uso de aditivos, é decorrente,
primariamente da qualidade do petróleo utilizado e do processo de refino, assim mesmo,
sem o uso de aditivos é normal termos gasolinas de diferentes octanagens, podendo estas
serem bastante elevadas.
19
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Especificações
Vale salientar que a maioria das gasolinas de aviação têm seu poder calorífico
independente do índice de octanas, em decorrência, sob este enfoque, não obteremos
maior potência do motor.
Também é importante termos em vista que quanto maior a quantidade de chumbo tetra
etílico contido no combustível, maior será a contaminação no interior do cilindro, com
decorrentes problemas para o funcionamento das velas e válvulas, caso seja usado
combustível inadequado, comparativamente aquele especificado no projeto do conjunto
motor/avião.
20
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Especificações
21
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Especificações
A contaminação por chumbo tetra etílico nas velas ou válvulas em um motor de combustão
interna, deve-se à menor volatilidade do chumbo.
Estes elementos do motor, ao longo do tempo, vão sendo revestidos por uma crosta deste
material, alternado suas características funcionais, a ponto de levá-los à inoperância.
Para minimizar este efeito é necessário misturar ao combustível uma porção de dibromido
de etileno que combinando com o óxido de chumbo forma o bromido de chumbo que, por
ser mais volátil, minimiza a contaminação, sendo liberado no escapamento como um gás.
Motores pesados e de grande potência usam gasolinas com maior performance como a
115/145 de cor púrpura.
22
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
23
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Contaminação de Combustíveis
Contaminantes presentes em combustíveis, dependendo de sua natureza, obstruem filtros,
restritores com filtros, giclês, decompõem linhas de combustível, aletas de bombas e juntas
de vedação ou diafragmas, e são causa de um sem número de acidentes e incidentes.
24
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Contaminação de Combustíveis
Materiais solúveis – São resíduos químicos encontrados no combustível que reagem com
elementos do combustível, provocando alterações em suas características físico-químicos e
podendo ainda dar origem à precipitação de elementos estranhos que comporão matéria
aderente nas paredes dos elementos que constituem o sistema de combustível onde se
incluem depósitos indevidos no interior dos tanques.
25
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Contaminação de Combustíveis
Água – É a maior fonte de contaminação presente no combustível, principalmente porque
voando em meios de baixa temperatura a água se solidifica se separa do combustível e
obstrui o sistema de combustível.
• A água que se encontra contaminando o combustível adquire características de
solubilidade variável conforme as características deste combustível, álcool por exemplo.
• A contaminação com água é tanto maior quanto maior a temperatura em que o
combustível a ser abastecido se encontrar.
• Os tanques de combustível estão dotados de drenos para inspeção da qualidade do
combustível relativa à contaminação por água e para sua extração.
• Cristais de água podem entupir calibradores de fluxo de combustíveis, sendo estes
cristais manifestados durante o vôo quando se sai de uma localização quente em que o
combustível contaminado foi abastecido.
• Fazendo uma abordagem caricaturada, a presença de água misturada ao combustível
pode gerar no interior do tanque precipitação de partículas de gelo como se uma chuva
de neve ou granizo fosse.
• A redução da EGT-“exaust gás temperature”, é um indicativo da presença de água no
combustível.
26
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Contaminação de Combustíveis
Microorganismos – Bactérias embarcadas com o combustível permanecem no sistema de
combustível como um todo, em especial nos tanques, onde permanece até o contato direto
com a água separada do combustível, tanto na forma líquida ou de vapor.
A partir deste encontro as bactérias se multiplicam numa razão muito grande e se apegam
ao combustível e outros elementos contaminantes provocando bloqueio de filtros,
restrições de linhas e suprimento e corrosão generalizada dos tanques de combustíveis e de
elementos do sistema de combustível.
A criação e proliferação destes microorganismos faz com que a água existente no
combustível e, em decorrência, decantada após determinado tempo, não consegue ser
detectada na inspeção de amostragens, face sua grande absorção e transformação pelas
bactérias.
Foram desenvolvidas metodologias e materiais para a realização e detecção de
contaminantes no combustível existente no interior dos tanques de combustível dos aviões.
A amostra de combustível é retirada sendo adicionado o material e agitado. Se 30 partes
por milhão ou mais de água de contaminação existir, o líquido muda de cor, assumindo a
cor rosa ou púrpura, isto para a gasolina 100, indicando que a referida gasolina não é
segura para o uso.
27
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
A queima da mistura deve ocorrer na forma de uma expansão continuada , de uma frente
de combustão e não por explosão.
Esta explosão tem como principal origem pontos quentes distribuídos na câmara de
combustão pela presença de peróxidos oriundos da combinação de hidrocarbonos oxidados
do combustível e oxigênio do ar da mistura.
28
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
29
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Como decorrência do fenômeno também vamos conviver com o encurtamento da vida útil
do motor que venha a ser submetido à ocorrência.
As figuras 1 e 2 a seguir nos dão uma idéia a respeito da relação entre a possibilidade de
ocorrência de detonação com relação à pressão de admissão e riqueza de mistura.
30
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
31
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
32
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
33
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
34
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Pré-ignição da Mistura
É o início da queima da mistura antes do ponto pré-definido em projeto do motor, devido,
em geral, à presença de pontos quentes no interior da câmara de combustão.
Nos cilindros em que ocorram pré-ignição aparecem esforços no eixo manivela que tendem
a fazer com que o mesmo gire em sentido oposto ao normal.
35
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Pré-ignição da Mistura
Para evitar a ocorrência de pré-ignição, bem como a detonação, é recomendado que o
combustível correto seja usado, usar as velas recomendadas e operar o motor com a
pressão de admissão, RPM’s e temperatura do motor dentro dos limites estabelecidos pelos
fabricantes.
36
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
37
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
38
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
39
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
• O motor pode ser operado com uma mistura mais pobre, isto é, mais próximo da
faixa de menor potência em lugar do uso da mistura rica normalmente utilizada,
visto a água baixar a temperatura da mistura.
• Pelo fato de o interior do cilindro ser resfriado, bem como pela adição de
antidetonante à água.
A água para ser injetada e misturada com álcool conforme as relações que segue:
• álcool metílico /água – 50% / 50%
• álcool metílico / álcool etílico/água – 25% / 25% / 50%
• álcool metílico / água – 60% / 40%
Assim, apesar de parte do volume da mistura estar ocupado pela água + água, a potência
será mantida porque maiores valores de pressão de admissão serão usados.
40
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
41
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
42
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Manuseio do Combustível
Quando manuseando combustível, em especial as gasolinas, dois perigos eminentes
existem:
43
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Tem por objetivo disponibilizar um fluxo contínuo e limpo de combustível dos tanques de
combustível para o motor.
• Por gravidade
• Por pressão de bombeamento.
As figuras dos próximos slides mostram as versões típicas destes sistemas onde podemos
identificar seus principais componentes.
44
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Bomba de combustível - será sempre necessária nas instalações em que os tanques de
combustível estiverem, fisicamente em nível inferior ao nível do controlador de combustível
do motor.
É costume existir uma bomba acionada pelo motor e uma bomba acionada por um motor
elétrico, tendo esta duas funções, pressurizar as linhas de abastecimento de combustível
para a partida do motor e servir de fonte alternativa para a pressurização do sistema de
combustível, quando da falha da bomba principal.
Esta bomba elétrica também é conhecida como bomba de reforço (Booster Pump) e é
acionada através de uma chave elétrica existente na cabine de comando melhorando
grandemente o desempenho do sistema.
45
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
46
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Afogador – É um recurso que tanto no sistema de alimentação de combustível por
gravidade como no pressurizado, pode ser disponibilizado para, de uma forma direta,
pulverizar combustível do tanque, no injetor do cilindro para facilitar a partida.
É importante observar que o comando do afogador esteja em sua posição de repouso e não
em qualquer outra posição.
47
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Nos tanques integrais as nervuras têm restrições com vista a dificultar a movimentação do
combustível de forma que ele não interfira nas manobras do avião. Restrições similares
existem no interior dos tanques não – integrais.
Os tanques também contêm em seu interior régua para verificação visual da quantidade de
combustível e toda a fiação elétrica e os elementos sensores para transmissão da
quantidade de combustível.
48
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
O sistema de transmissão de quantidade de combustível pode ser por bóia e reostato ou,
preferencialmente por sensores capacitivos, onde a variação das características dielétricas
da área com líquido versus a área sem líquido do sensor permite fazer com que a
capacitância dos sensores seja variada e medida.
49
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
50
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Indicadores de combustível – o sistema de combustível está dotado de um indicador de
quantidade de combustível, nos aviões mais simples, enquanto que nos demais também
encontraremos indicadores de pressão de combustível e indicadores de fluxo de
combustível.
Chave seletora – esta chave permitirá selecionar o tanque de combustível que irá suprir a
bomba. É importante considerar a possibilidade de selecionar o tanque para abastecimento
do sistema de alimentação do motor, visto que a manutenção do equilíbrio da distribuição
é muito importante para o controle e equilíbrio do avião. Veja a figura 7.
Quando aplicável, a preservação do combustível nos tanques mais elevados deve ser
mantida para que no caso de falha do sistema de pressurização aquele combustível possa
ser levados aos motores por gravidade, como última instância de alimentação.
51
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Figura 7
52
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Filtros e drenos – o combustível, de preferência, deve ter filtragem no abastecimento e na
tomada para a alimentação do motor.
O tanque também deve ter drenos para permitir a remoção de impurezas líquidas ou
mesmo a lavagem do tanque quando contaminação grave for identificada. Veja a figura 8 e
9.
Figura 8
53
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Figura 9
54
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Alimentação por gravidade
Aeronaves de asa alta com um tanque de combustível em cada asa são comuns. Com os
tanques acima do motor, a gravidade é usada para fornecer o combustível. Um sistema
simples de alimentação por gravidade é mostrado na Figura do slide a seguir. O espaço
acima do combustível líquido é ventilado para manter a pressão atmosférica no
combustível enquanto o tanque esvazia.
Os dois tanques também são ventilados entre eles para garantir pressão igual quando
ambos os tanques alimentam o motor. Uma única saída blindada em cada tanque alimenta
linhas que se conectam a uma válvula de fechamento de combustível ou a uma válvula
seletora de múltiplas posições.
55
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
56
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Alimentação Bombeamento
Aeronave com motor alternativo de asa baixa e média não pode utilizar sistemas de
combustível de alimentação por gravidade, porque os tanques de combustível não estão
localizados acima do motor. Em vez disso, uma ou mais bombas são usados para mover o
combustível dos tanques para o motor.
Um sistema de combustível comum deste tipo é mostrado na Figura do próximo slide. Cada
tanque tem uma linha da saída blindada até uma válvula seletora.
57
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
58
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Aeronaves Asa-Alta com sistema de
injeção de combustível
Algumas aeronaves da aviação geral, monomotor de asa
alta, de alto desempenho são equipadas com um sistema
de combustível que apresenta injeção de combustível
em vez de carburador. Ele combina o fluxo de
gravidade com o uso de uma bomba de combustível. O
sistema Teledyne-Continental é um exemplo.
Sistema de Combustível
Aeronaves Asa-Alta com sistema de injeção de combustível
O combustível pressurizado por uma bomba acionada pelo motor é medido em função
da rotação do motor no sistema Teledyne-Continental. Ele é primeiramente liberado
dos tanques de combustível por gravidade para dois tanques menores de acumulador
ou reservatório. Estes tanques, um para cada tanque de asa, consolida o combustível
líquido na forma liquida, pois tem um espaço de ar relativamente pequeno.
Esta bomba primer é normalmente usada para partida e como reserva caso a bomba
acionada pelo motor falhe. É controlado por um interruptor no cockpit e não precisa
estar operando para permitir que a bomba de combustível acionada pelo motor acesse
o combustível.
60
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Ele fornece um volume de combustível mais alto do que o necessário sob pressão para
o controle de combustível. O excesso de combustível é retornado para a bomba, que o
bombeia através da válvula seletora para o reservatório apropriado.
61
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Aeronaves Asa-Alta com sistema de injeção de combustível
Controle de combustível fornece o combustível para o distribuidor, que o divide e
fornece um fluxo consistente e igual para cada injetor de em cada cilindro.
62
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Aeronaves Asa-Alta com sistema de injeção de combustível
63
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Sistemas de combustível de aviação de transporte de jato
Sistemas de combustível em aeronaves com motores a jato de grande porte são
complexos com alguns recursos e componentes não encontrados em sistemas de
combustível para aeronaves de motor alternativo.
Eles tipicamente contem mais redundância e facilitam com inúmeras opções de onde a
tripulação pode escolher enquanto gerencia a carga de combustível da aeronave.
64
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Sistemas de combustível de aviação de transporte de jato
(Motores a Reação)
A distribuição de combustível para aeronaves de grande porte consiste nos
componentes de abastecimento de pressão, defueling componentes, sistema de
transferência e sistema de alijamento (jetison).
Os locais das asas à esquerda são comuns para estas estações. A figura do próximo
slide mostra uma estação de abastecimento com equipamento acoplado.
65
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
66
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
Sistemas de combustível de aviação de transporte de jato
(Motores a Reação)
O sistema de transferência de combustível é uma série de tubulações e válvulas que
permitem o movimento de combustível de um tanque para outro em solo ou em voo.
67
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
68
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Sistema de Combustível
69