Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Conhecimentos Técnicos de
Aeronaves 2022/2 – Nível II
Máquinas Térmicas
Prof. Marco A. Moroni
1
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Informações Gerais
De uma maneira genérica podemos dizer que uma máquina térmica é aquela que
funciona mediante um ciclo termodinâmico ou um ciclo mecânico, produzindo
trabalho a partir da transformação da energia química contida em um combustível
em energia térmica e esta, na seqüência, em energia mecânica.
As máquinas térmicas são divididas numa primeira instância em dois grandes
grupos:
2
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Informações Gerais
Máquinas de combustão interna – nestas máquinas a combustão do combustível se dá no
mesmo ambiente em que ocorre a transformação das energias, a mistura ar-combustível
tem contato direto com os elementos dinâmicos produtores de trabalho. Exemplos destas
máquinas são aquelas usadas na automobilística ou aviação.
Estas máquinas se subdividem em dois grandes grupos que por sua vez darão lugar a outras
divisões decorrentes de suas combinações ou forma de funcionamento:
3
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Informações Gerais
Outra diferença marcante existente entre os motores alternativos e os motores a reação, do
ponto de vista funcional, é o fato de que nos alternativos as diferentes fases de um ciclo
funcional ocorrem sempre no mesmo elemento do motor, exemplo cilindros, enquanto que
no motor a reação cada uma das fases funcionais ocorre em um elemento distinto do
motor, como por exemplo, primeiro estágio compressor, segundo estágio compressor,
câmaras de combustão, turbina e exaustor.
A tabela do próximo slide apresenta alguns tipos de máquinas térmicas de uso aeronáutico,
onde ficam bem identificados elementos básicos de seu funcionamento.
4
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Informações Gerais
Engine Type Major Means of Compression Engine Working Fluid Propulsive Working Fluid
Ramjet Ram Compression due to high Fuel/Air Mixture Same as Engine Working
flight speed Fluid
Pulse-jet Compression due to combustion Fuel/Air Mixture Same as Engine Working
Fluid
Reciprocating Reciprocating action of pistons Fuel/Air Mixture Ambient Air
5
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Deve ser econômico, de baixo custo de aquisição e de manutenção, deve atender requisitos
exatos de eficiência e apresentar uma baixa relação de peso por potência disponibilizada.
Deve ter capacidade de disponibilizar alta potência sem sacrificar sua confiabilidade.
Deve ter grande tempo de funcionamento antes de requerer revisão (MTBO Mean Time
Between Overhaul, tempo médio entre revisões), o tempo médio entre revisões deve ser
alto. Deve ser tão compacto quanto possível, mas ser de fácil acessibilidade para
manutenção. Deve ser tanto quanto possível livre de vibrações e ter capacidade para
atender uma grande gama de potência disponível sob diferentes condições de velocidade a
altitudes.
6
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
7
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Nos aviões com tração convencional, equipados com motores alternativos, a potência
disponibilizada para sua tração é expressa como potência ao freio (BHP-Brake Horse
Power), enquanto que nas aeronaves com motores a reação, a potência é expressa pelo
empuxo (thrust), assim, não é possível fazer uma comparação direta da relação peso-
potência destes motores, diretamente.
8
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Onde:
𝑇. 𝑉 T=Empuxo (Tração em Libras)
𝑇𝐻𝑃 = V=Velocidade da aeronave em milhas por
375 hora
375=Constante em milhas (libras por hora)
(*) Potência real fornecida pelo conjunto motor/hélice em um avião. É sempre menor
que a BHP (Brake Horse Power) porque a hélice nunca é 100% eficiente
9
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
A performance do avião será tanto maior quanto menor for o peso específico do
motor que o equipa.
10
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Aqui também o conceito de consumo específico não pode ser igualmente definido
em se tratando de motor alternativo ou motor a reação. Em se tratando de um
motor alternativo a relação é feita entre o fluxo de combustível consumido por
horas (Lb/h) e a potência ao freio (BHPs), enquanto que no motor a reação a
relação será entre o fluxo de combustível e o empuxo gerado pelo motor.
11
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
12
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
13
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
14
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
15
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
16
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Aviões que devem voar com velocidade superior a do subsônico até Mach 2
Devem ser equipados com motores turbo jatos que assim como os turbo hélices
apresentam maior eficiência em altas altitudes.
17
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
18
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
19
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
20
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
21
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
22
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
23
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
24
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
NOTAS (Cont.):
d. Os motores radiais podem ser de 3,5,7 ou 9 cilindros por linha, sendo que já foram
desenvolvidos e usados motores com quatro linhas de 7 cilindros. São, via de regra,
motores de alta potência, inclusive 3.800 HP’s.
e. O sistema de ignição pode usar magnetos de baixa ou de alta voltagem sendo que para
o magneto de baixa voltagem, será necessário usar uma bobina indutora para fazer a
transformação final da voltagem a ser disponibilizada nas velas de ignição.
25
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
A combustão se inicia num momento predeterminado em que a vela solta uma centelha
entre seus eletrodos.
Motores deste tipo, utilizados na aviação, são principalmente de quatro tempos, que
formam um ciclo de repetição periódica sucessiva de admissão, compressão, explosão-
expansão e escapamento.
Este tipo de motor funciona baseado no princípio teórico enunciado por Beau de Rochas e
desenvolvido pelo alemão Otto em 1862.
26
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Os motores aeronáuticos com admissão por aspiração são usados apenas em motores de
baixas potências, para potências maiores devem ser usadas admissões por carburador de
injeção e por injeção direta.
27
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
28
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
29
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
30
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
As potências elevadas são obtidas com o uso de pressão de admissão alta, altas
RPM’s e grandes cilindradas. Para motores sobrealimentados a pressão média
efetiva da mistura, em regime de cruzeiro, é da ordem de 12 kg/cm2. O valor das
RPM’s é elevado, mas nem tanto, sendo da ordem de 3.000 RPM, o que implica
em não ser necessária demasiada redução para a adequação à velocidade da
hélice.
31
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Estes motores têm seu início de queima determinado pela alta temperatura
atingida pela mistura em decorrência da compressão.
Estes motores trabalham com uma taxa de compressão muito superior do que os
convencionais, ficando na ordem de 12 a 22, além do que o combustível aqui
utilizado é de muito menor ponto de volatilização e de peso específico maior,
sendo por isto bem mais barato.
32
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
O motor diesel tem contra si o próprio peso específico que é bem maior do que
nos motores a explosão, visto que as partes que compõe a área de explosão
devem ser bem mais robustas para resistir à alta pressão desenvolvida.
33
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Este motor teve seu projeto iniciado em 1942 e teve sua encomenda, para as forças
armadas, em 1948 com produção em 1950.
Com este motor os 2.800 HP’s do motor básico foram incrementados para 3.250 HP’s, ou
seja recuperou 450 HP’s, sendo 150 HP’s em cada uma das turbinas que giram a 16.000
RPM’s em cruzeiro e 19.000 RPM’s na decolagem.
34
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
35
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
36
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
37
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cárter Do Motor
Figura 8
38
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cárter Do Motor
Figura 9
39
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cárter Do Motor
40
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cárter Do Motor
É a base do motor, constitui a estrutura do motor ao qual são afixados de forma rígida
outros elementos básicos da construção do motor, como, por exemplo: o eixo, os cilindros,
os acessórios, etc.
Além de suportar a si mesmo, deve suportar outros elementos do motor de forma rígida e
precisa, suportar vários esforços e servir de depósito e oferecer caminhos para o óleo
lubrificante das partes
Deve contar com elementos que contribuam para com a dissipação de calor produzido
pelas partes móveis e irradiados pela câmara de combustão dos cilindros.
Deve ser, além de rígido, suficientemente robusto para resistir aos esforços e assegurar o
alinhamento do eixo e rolamentos, independentemente de todos os esforços provenientes
do motor, hélice, atitude e acelerações e desacelerações da aeronave ou condições
meteorológicas.
41
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cárter Do Motor
Nos motores alternativos aeronáuticos predomina o uso de cilindros constituindo
elementos próprios, independentes, afixados por parafusos prisioneiros ao cárter ou bloco
como também pode ser designado.
O cárter costuma ser constituído de liga especial de alumínio, contendo baixo percentual de
cobre, zinco, silício e ferro, forjado ou usinado, por ser robusto e leve.
42
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cárter Do Motor
O cárter por suportar o eixo com seus rolamentos está submetido a elevados esforços e
momentos decorrentes de força centrífuga e de inércia que agindo através dos rolamentos
submete o cárter a momentos de ruptura que mudam continuamente de direção e
intensidade. Se o motor está equipado com um sistema de redução para acoplar a hélice,
esforços adicionais serão impostos ao cárter por este sistema de redução.
Em adição à força de tração exercida pela hélice sob condições de alta potência de saída,
existem severas forças centrífugas e giroscópicas que também se manifestam sobre o cárter
devido às alterações súbitas de direção de vôo, sendo os esforços devidos às forças
giroscópicas de especial impacto, principalmente quando uma hélice pesada está instalada.
Com vistas a reduzir o nível de ruído, ressonância que poderia ser gerada no interior do
cárter, por ação da alta rotação e vibrações das partes móveis do motor, o interior do cárter
não deve conter superfícies planas e onde necessário aletas devem ser disponibilizadas
com dupla função, ou seja, minimização de ruído e aumento de condutividade, dissipação
térmica além da ampliação da rigidez.
43
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cárter Do Motor
O cárter em motores em linha, opostos ou em “Vê” é dividido em duas partes longitudinais,
de forma que uma delas tem as superfícies planas com prisioneiros para receber os
cilindros e a outra permite sua abertura para serviços de reparo ou inspeções, sem que o
“coração” do motor seja desmontado, pois o eixo com seus rolamentos e bielas tem sua
fixação principal em suporte pertencente à outra metade do cárter.
Em termos de estrutura interna, as duas metades do cárter podem ser iguais, podendo ser
os suportes do eixo com seus rolamentos vinculador à apenas um dos lados o que diminui
consideravelmente o trabalho de montagem. A figura 10A dá uma idéia deste conceito de
construção do cárter.
44
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cárter Do Motor
Figura 10A
45
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cárter Do Motor
Figura 10B
46
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Eixo de Manivelas/Virabrequim
O eixo de manivelas ou virabrequim como é conhecido, é a coluna vertebral do motor
alternativo e tem a função de transformar o movimento linear alternativo dos pistões e
bielas em movimento circular contínuo para movimentar a hélice, Veja Figura 10C no
próximo slide.
O eixo de 6 manivelas mostrado na figura 11 pode ser usado em motores de seis cilindros
em Linha, em Oposição ou de 12 cilindros em “Vê”.
O virabrequim de um motor radial de uma linha pode ser o eixo mostrado na figura 12.
Neste caso para manter o seu equilíbrio dinâmico o eixo necessita estar dotado de braços
complementares para receber contrapesos ajustáveis, desta forma serão eliminadas
tendências posicionais devido a desequilíbrios.
47
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Eixo de Manivelas/Virabrequim
Figura 10C
48
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Eixo de Manivelas/Virabrequim
49
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Eixo de Manivelas/Virabrequim
Figura 12
50
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Eixo de Manivelas/Virabrequim
O eixo deve ter tantos apoios quantos possíveis com vistas a diminuir os esforços de torção
e permitir fazer com que o eixo possa ser fabricado com menos material, o que resulta em
ganho na redução de peso final do motor, visto que este material é de altíssima densidade.
O eixo pode ser vazado, sem perda de robustez e rigidez à flexão e torção. Nos pontos de
apoio do eixo ao cárter devemos usar bons rolamentos, cocinetes, capazes de receber os
esforços de impacto, sendo neste caso representados por finas placas, de 3 a 5 milímetros
de espessura, revestidos, internamente por algum material anti-fricção, como a prata por
exemplo, com uma espessura aproximada de 1 milímetro ou todo o anel pode ser feito de
um material poroso, como o bronze por exemplo.
Para permitir a lubrificação por pressão, tanto nos suportes dos mancais do eixo como o
próprio eixo, disponibiliza orifícios através dos quais o óleo tem acesso ao interior das áreas
de contato; bem como, por força centrífuga, óleo é espirrado para o interior dos cilindros
com vista a melhorar sua lubrificação.
51
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Eixo de Manivelas/Virabrequim
O virabrequim é conhecido pela posição de suas “manivelas”, por exemplo, um eixo de
360º, significa que existe apenas uma manivela na posição 360º, um eixo 180º significa que
está dotado de duas manivelas, uma posição 0º e outra em 180º, usados respectivamente
em motores radiais de uma e de duas linhas.
52
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Bielas
São elementos de ligação entre o virabrequim e o pistão, constituída da cabeça que une ao
eixo, do corpo e do pé, que faz a junção, através de um pino de união, com o pistão (Figura
13).
As bielas são, em geral, forjadas em liga de aço-cromo-níquel com capacidade para suportar
cargas de ruptura a 125 kg/mm2, com um coeficiente de segurança maior do que 5, sendo
o desenho da haste, corpo, predominante, no formato “I” ou “H”.
Os orifícios de interface com pinos do pistão e do eixo são revestidos com um anel, bucha,
de bronze ranhurado no diâmetro para facilitar a lubrificação.
53
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Bielas
Figura 13
54
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Bielas
As bielas são, em geral, disponibilizadas segundo três tipos, com vistas a atender os
diferentes tipos de motores:
55
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Bielas
Figura 14
56
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Pistão
É o elemento do motor alternativo que formando uma das paredes herméticas da câmara
de combustão, está conectado por um pino ao pé da biela que por sua vez transfere a
energia recebida em seu movimento longitudinal entre sua posição superior do cilindro,
ponto morto superior (PMS), e sua posição inferior no cilindro, ponto morto inferior (PMI).
O pistão, por certo, é o elemento mais importante do motor e deve ter características
físicas e mecânicas bastante restritivas como, baixo peso, boa condutividade térmica,
resistência física e química aos resultados da explosão, queima do combustível, resistência
aos efeitos da dilatação, além de outras.
57
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Pistão
Figura 14A
58
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Pistão
A maioria dos pistões usados nos motores aeronáuticos é fabricada a partir da usinagem de
liga de alumínio forjado, onde na sua parte externa são abertos os sulcos para o
recebimento dos diferentes anéis, necessários para garantir a vedação entre o corpo do
pistão e a parede interna do cilindro, e na parte interna são usinadas aletas para facilitar a
irradiação e transferência do calor decorrente, principalmente da queima da mistura.
O pistão na sua parte superior está sujeito à temperaturas da ordem dos 500ºC, enquanto
que a temperatura média do cilindro é da ordem de 180ºC em sua cabeça.
A cabeça do pistão, sua parte superior, pode ser plana, côncava, convexa ou plana com
reentrâncias. Cada tipo de cabeça de pistão apresenta suas vantagens e desvantagens, seja
do ponto de vista ruído, resistência, dilatação térmica ou irradiação de calor, por estes
motivos, poderemos encontrar qualquer das versões instaladas nos motores aeronáuticos,
com predominância para as cabeças côncavas ou convexas, dependendo do material usado.
59
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Pistão
A figura 15 mostra alguns tipos de pistões, bem como, tipos e localizações dos anéis de
vedação.
Os anéis de vedação do pistão têm funções muito importantes e distintas, sendo estas
definidas pela posição em que estão instalados no corpo do pistão, devendo exercer
pressão constante contra a parede interna do cilindro, em todo o seu contorno, são, em
geral, fabricados de ferro, aço, aço cromado, etc.
60
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Pistão
Figura 15
61
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Pistão
Anéis de compressão:
São usados para impedir a fuga de gases durante o funcionamento do motor sendo por isto,
instalados nas fendas superiores do pistão, nos motores alternativos aeronáuticos são
usados dois ou três anéis de compressão.
Se estes anéis não estiverem trabalhando corretamente, poderão permitir que quantidade
indevida de óleo chegue à câmara de combustão, provocando inconvenientes como:
• Dificuldades de queima
• Alteração do tempo de queima
• Geração de resíduos
• Depósito indevido de resíduos na cabeça da câmara de combustão e no corpo das velas
e válvulas
62
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Pistão
Esta presença e acúmulo de carbono podem levar o motor a falhar, bem como alterar seu
rendimento, visto que é fonte de pré-ignição e detonação. Para permitir que óleo em
excesso localizado entre os anéis de controle de óleo, possa retornar para o cárter, as
fendas de alojamento dos respectivos anéis são dotadas de furos, veja figura 14A.
Anel de Raspagem:
Já o anel de raspagem de óleo, que é instalado na fenda inferior do pistão, tem a função de
remover o excesso de óleo que tenha subido ao longo da camisa do cilindro.
Ele tem um formato de raspador voltado para o interior do cárter, isto é, quando o pistão
está subindo ele não faz pressão contra a parede do cilindro, na sua decida ele atua como
raspador do excedente de óleo.
63
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Pistão
Figura 15A
64
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cilindros
São os elementos do motor onde tem lugar as fases do ciclo motor, admissão, compressão, explosão-
expansão e escape. Os cilindros podem estar agrupados de diferentes formas como independentes, em
grupos ou em bloco.
Desvantagens:
• Mais pesados
• Mais frágeis
Nos motores alternativos aeronáuticos predomina o uso de cilindros independentes (Figura 15A).
Os cilindros de motores aeronáuticos são de diâmetro grande e pouco curso, quando comparado com
seus equivalentes usados para outras áreas. Visto que esta forma apresenta o menor peso, pois o peso
do cilindro é proporcional à cilindrada multiplicada pela relação espessura/diâmetro.
65
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cilindros
Figura 15A
66
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cilindros
O interior do cilindro onde corre o embolo, pistão, é finamente acabado e/ou revestido com
uma camisa que em função do desgaste pode ser retrabalhada ou substituída com vistas à
restabelecer o padrão de funcionamento, medidas e tolerâncias, conforme definido em
projeto.
Como a dureza do interior do cilindro deve ser extrema, para resistir ao funcionamento do
pistão e ao decorrente esforço do trabalho realizado por este, normalmente são
metalizados com uma camada endurecida de aço de alto carbono, níquel ou cromo-níquel.
67
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cilindros
O interior da cabeça do cilindro pode ser plano, semi-esférico ou na forma de um telhado
residencial.
Semi-esférico tem comprovado ser o melhor na sua robustez e favorece o escoamento dos
gases da queima.
A cabeça do cilindro deve ter estrutura própria e adequada para receber as válvulas de
admissão e de escape, seus elementos de acionamento e controle e as velas de ignição, isto
significa, inclusive os embuchamentos necessários feitos com materiais especiais, como
bronze, aço, aço inoxidável, e outros, visando confiabilidade e qualidade de contatos e
deslocamentos em alta velocidade, como é o caso das válvulas, cujas hastes são guiadas
por entre estes orifícios.
68
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cilindros
Figura 16
69
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cilindros
Assim como os orifícios em que são instaladas as válvulas e velas devem ter robustez, as
superfícies em que as válvulas assentam em suas sedes, também devem ser de materiais
similares para resistirem o “martelamento” constante imposto pela base das válvulas e pela
ação química dos gases de escapamento, no caso do orifício de escape.
70
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cilindros
A distribuição das aletas de dissipação de calor disponibilizadas no corpo do cilindro e de
sua cabeça é feita em conformidade com a concentração térmica em seu interior, por este
motivo no entorno da saída de escape existe uma maior concentração desses radiadores.
Como já foi exposto, o interior do cilindro, na superfície que desliza o pistão, é necessário
fazer tratamento químico para endurecimento, para reduzir o desgaste, isto é feito,
predominantemente mediante exposição da superfície à amônia ou ao cianido, que
encontrando a camisa do cilindro aquecida, irá liberar nitrogênio que formarão aço nitrido
na superfície exposta, que apresenta como principal característica, ser muito dura.
A superfície endurecida desta forma se diz nitridificada. Processos equivalentes são aqueles
em que a camisa do cilindro é submetida a um banho de cromo duro ou ainda aquele no
qual ela é submetida a um revestimento cerâmico, sendo este o mais moderno, identificado
como “cermachrome” e “ceramisteel”.
71
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cilindros
Numeração dos cilindros – em algumas ocasiões é necessário se referir a um cilindro
particular, por este motivo torna-se interessante saber quem é quem. A figura 17 apresenta
a definição para identificar a numeração de cilindros. As posições são definidas segundo um
observador olhando da parte onde se encontram instalados os acessórios, isto é, no geral,
da parte de trás do motor para a sua parte da frente.
72
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cilindros
Figura 17
73
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
74
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Figura 18
75
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
• Mistura pobre
• Maior avanço do início da queima
• Maior for a taxa de compressão
• Maior as RPM’s
• Maior a pressão de admissão
• Maior a velocidade dos gases de escapamento e de sua turbulência na passagem.
Para minimizar o aquecimento da válvula de escape é habitual colocar em seu interior sódio
anídrico, contribuindo também para com a redução de sua corrosão pela redução da
temperatura.
As válvulas são, basicamente de três tipos, quanto ao formato de seu corpo, tulipa, plana
pelo lado externo e plana pelas duas faces.
76
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Pode acontecer que em um mesmo motor a sede da válvula de admissão seja de 30º
enquanto que a de escape é de 45º. Esta área de contato, tanto da válvula como da cabeça
do cilindro são normalmente tratados para aumentar suas durezas para que resistam mais
ao impacto, bem como, sejam mais resistentes à corrosão, predominantemente sob altas
temperaturas.
77
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Apenas a título de informação deve ser dito que as válvulas preenchidas com sódio não
devem ter seu corpo aberto, por corte, ou ruptura, visto que a exposição deste composto
químico ao ar ou à água dará origem a fogo ou explosão, o que significa perigo à
integridade física das pessoas e danos materiais.
78
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
As válvulas de admissão devem ser abertas instantes (graus), antes de o pistão atingir o
ponto morto superior, enquanto que as de escape devem permanecer abertos até instantes
(graus) após o pistão passar pelo ponto morto superior.
Este overlap de aberturas permite uma melhor eficiência volumétrica do motor e reduz a
sua temperatura operacional. Este tempo é controlado pelo mecanismo de aberturas das
válvulas, veja as figuras 19, 20, 21, 22 e 23.
79
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Figura 19/20
80
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Figura 20A
81
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Figura 21
82
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Figura 21A
83
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Figura 22
84
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
85
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Os ressaltos do eixo de comando de válvulas passam este comando para a parte superior da
haste das válvulas através de um conjunto constituído por um rolete, hastes de comando,
balancins e molas de válvulas.
Todo este conjunto está encoberto na cabeça dos cilindros e pelos guias de hastes de
comando de válvulas, onde existe óleo de retorno de lubrificante sob pressão para
lubrificar todos os elementos do mecanismo.
As molas da válvula têm como função primária, evitar que a válvula seja aberta por
gravidade, trepidação ou pela depressão do interior do cilindro, bem como para impedir
que as partes móveis do sistema de comando, saiam de seus lugares e para que não
tenham folgas, além das pré-definidas e ajustas, pois se assim fosse haveria muitas batidas,
danos, desajustes e mau funcionamento, com eminente perda de eficiência do sistema.
Estas molas são fabricadas com aços especiais, com silício, magnésio, cromo e vanádio.
86
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Frequencia de Ressonancia: Este fenômeno tem a ver com a fadiga e quebra das espirais
externas em função de que sob ressonância, o centro da mola permanece praticamente
imóvel. Pelos motivos expostos é habitual, usar duas molas com várias espirais em cada
comando.
87
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
88
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Figura 24
89
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Esta é uma necessidade imposta pelo limite operacional, em termos de RPM e da hélice,
pois suas extremidades, quando operando em velocidades próximas as do som, perdem a
eficiência. Normalmente este sistema consiste em um eixo ranhurado em um extremo, um
conjunto de engrenagens constituindo um planetário de redução e um “cárter” próprio
com suportes para rolamentos e fixação ao motor. Veja figuras 26, 27 e 28.
Existem diferentes tipos de redutores, mais e menos complexos e com finalidades distintas,
sendo os de construção planetária, preferencialmente usados em motores radiais e opostos
e os de espora e pinhões em motores lineares e em “Vê”.
O redutor tipo planetário, basicamente conta com dois conjuntos de engrenagens grandes
uma externa fixa ao eixo do motor e uma interna fixa à hélice, tendo como transmissoras
engrenagens menores, soltas, que repassam o movimento rotativo com velocidade
reduzida para a hélice.
90
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
91
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
92
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Bevel Planetary
Figura 28
93
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
94
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Cada tipo de motor alternativo tem suas características funcionais próprias sob todos os
seus aspectos e parâmetros. As curvas das figuras 5 e 6 constituem o ciclo de Otto já
apresentada anteriormente, onde são mostradas as variações de pressão ocorridas no
interior de um cilindro em função da fase funcional que está ocorrendo.
Veja-se que no gráfico “b” da figura 5 a pressão de admissão é maior do que a atmosférica
e é decorrente do fato de que neste motor existe uma alimentação forçada, pressurizada,
na figura 6 é mostrada a relação entre a variação das pressões no interior do cilindro dos
pontos de vista ideal, teórico e real, efetivo; note-se que aqui aparece um outro fator de
perdas que é o atrito. O trabalho desenvolvido pelo motor ocorre entre os tempos 3 e 4,
isto é, na fase de expansão, quando por efeito da explosão da mistura o pistão força o
cilindro a descer e rotacionando o eixo de manivelas.
95
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
96
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
97
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
O Pistão é empurrado para baixo pela rápida expansão dos gases queimados dentro da
cabeça do cilindro, com uma força que pode ser maior que 15 toneladas (30.000 psi) na
potência máxima do motor. A temperatura desses gases em combustão pode estar entre
3.000 ° e 4.000 ° F.
98
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
99
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
100
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
101
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
102
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Figura 7A
103
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
onde “n’ é o número de RPM’s. A divisão é por 120 porque temos uma admissão para cada
duas voltas do eixo e o resultado deve ser dado em cilindradas por segundo.
104
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
105
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Rendimento térmico – é a relação entre o trabalho teórico (T) de um ciclo e a energia (E)
liberada pela combustão.
𝑇
𝜂𝑡 =
𝐸
e é da ordem de 40% A diferença E-T é devido às perdas pelo escape.
106
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Pressão nos cilindros, potência indicada e potência efetiva – A figura 31 mostra a curva das
pressões ocorridas no interior de um cilindro obtidas em um banco de provas verificadas
durante um ciclo motor.
107
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Figura 31
108
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
𝜋𝑑 2
𝑇𝑢 = 𝑃𝑀𝐸. 𝑙. .𝑘
4
PME: Pressão media Efetiva [PSI]
d: Diâmetro do pistão [in]
l:Curso do pistão [ft]
k: Numero de cilindros
109
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
1HP=33.000 Lb.Ft/min
𝑙𝑏𝑓𝑡
𝑃𝑖𝑛𝑑 [ ]
𝑃𝑖𝑛𝑑 [ℎ𝑝] = 𝑚𝑖𝑛
33000
110
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
P=165 lb/in2
l=0.5 ft
d=5.5 in
n=3000rpm
K=12 ciclindros
111
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Por exemplo, se o dinmometro registra 200 libras e o comprimento do braço é de 3,18 pés,
o torque exercido pelo eixo é:
112
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Figura 33
113
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Se o trabalho por rotação for multiplicado pelas rpm, o resultado será trabalho por minuto
ou potência. Se o trabalho for expresso em pés-lb por minuto, essa quantidade será
dividida por 33.000. O resultado é a potência do freio do eixo.
114
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
2. 𝜋(3,18)200(2000) 6,28(3,18)200(2000)
𝐵𝐻𝑃 = = = 242,19𝐻𝑃
33000 33000
115
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Dadas estas duas potências, onde a primeira Pind [Hp] não considera as perdas
pelos diferentes atritos e a segunda BHP que expressa a potência efetivamente
disponibilizada para o acionamento da hélice, identificamos uma potência de
atrito (FHP), dada em HP’s constituída pela diferença das duas potências
anteriores.
Por analogia, o conjunto da hélice também não é 100% eficiente, apresenta suas
perdas, portanto a potência de tração em Horse-power (Thp) será expressa por:
116
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
117
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
118
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
119
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Mistura – Este processo tem efeito muito grande na potência produzida pelo motor
conforme já tratado e pode ser observado na figura 35.
120
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
121
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
122
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
As figuras 36 e 37, nos dão uma idéia das relações de regimes de potências com altitudes e
velocidades.
123
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
124
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
É a operação de caráter físico que tem por objetivo formar a mistura ar-combustível ótima
para a combustão-explosão.
Deve ser adequada à cada fase operacional do motor, em conformidade com as diferentes
etapas de um voo
125
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
Para motores de avião, uma boa mistura se caracteriza, seguindo as fases normais de vôo,
pelas qualidades:
126
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
Assim, a principal função do carburador ou do injetor é sentir a demanda de ar que deve
entrar no motor em qualquer regime e adicionar a este ar uma quantidade de combustível
de forma que proporcione uma razão, mistura ar- combustível correta.
Estes sistemas devem prover uma mistura correta independentemente das variantes
apontadas e da variação do fluxo de ar. A maioria dos sistemas de carburação usa o fluxo
de ar para produzir uma diferença de pressão que é proporcional ao montante de fluxo. A
pressão diferencial então é tomada como medida, calibrador, para medir a quantidade
correta de combustível a ser colocada no fluxo de ar.
É oportuno lembrar que a energia existe em duas formas, potencial, condição em que ela
se manifesta como produtora de pressão e, cinética, quando ela se manifesta pela
produção de velocidade.
127
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
De acordo com a lei da conservação da energia, a energia não pode ser criada ou
destruída, mas suas formas podem ser alteradas, em decorrência, qualquer acréscimo de
energia cinética, implica em uma redução de energia potencial e vice-versa.
• Carburadores aspirados;
• Carburadores pressurizados;
• Injeção Direta;
• Injeção Direta com sobre alimentação;
128
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
Sistemas de carburador
Para garantir a operação do motor sob várias cargas e em diferentes velocidades, cada
carburador possui seis sistemas:
1. Medição principal
2. Lenta
3. Aceleração
4. Controle de mistura
5. Corte lenta
6. Enriquecimento e economizador
129
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
Elementos básicos
130
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
Carburador aspirado – é o elemento principal do sistema de alimentação do motor,
responsável pela mistura correta que trabalha sob pressão ambiente do ar e do
combustível.
As figuras 37ª, 38, 39, 40, 41 e 42 mostram de forma simplificada, um carburador aspirado,
onde podem ser vistos seus principais elementos. Na medida em que limitações e
deficiências forem abordadas, veremos que elementos adicionais se fazem necessários
para adequar a unidade à realidade funcional e operacional de forma a atender os
requisitos aeronáuticos.
Todo o ar que constituirá a mistura a ser queimada no motor deve passar no venturi do
carburador. O venturi é um transformador de energia, ele cria uma região de baixa pressão
que neste caso aspira, succiona combustível da cuba e através do injetor, pulverizador,
mistura com o fluxo de ar passante pelo venturi. Note-se que a extremidade do injetor fica
acima do nível do combustível contido na cuba, isto faz com que se não houver fluxo de ar
não sai combustível, pois as pressões serão as mesmas, tanto no venturi como na
superfície do combustível armazenado na cuba.
131
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
O combustível trazido do tanque é armazenado numa câmara acima da cuba, para
ingressar na cuba ele deve passar por um filtro e através de uma válvula, agulha,
controlada por uma bóia que somente abrirá para reposição de nível de combustível na
cuba na medida em que houver consumo.
Quando o motor está funcionando, por aspiração, o ar é forçado através do venturi com
maior ou menor velocidade.
Esta diferença irá succionar mais ou menos combustível da cuba, de acordo com a força
imposta pela diferença de pressão.
O máximo de fluxo de combustível que pode sair da cuba é controlado, definido, pelo
orifício calibrado, giclê, existente na base da cuba, como também o fluxo de ar que será
admitido no motor é controlado pela válvula “borboleta” principal, que nada mais é do
que o elemento pelo qual temos a atuação das manetes de potência do motor.
132
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
O carburador até aqui apresentado tem três grandes deficiências:
133
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
134
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
Figura 37A
135
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
No carburador apresentado, o fluxo de ar está limitado em uma primeira instância pela
posição da válvula borboleta, e quando esta já está em sua abertura máxima, pela
capacidade do venturi, logo, para atender necessidades de aumento do fluxo de ar para o
motor, é costume, usar algum meio para aumentar a pressão do ar admitido, através de
um ar de impacto, pressurizado, etc, visto que a instalação de um filtro de ar, o que é
normal, já seria suficiente para interferir no funcionamento do carburador. Da mesma
forma, a variação da RPM também altera o fluxo de ar através do venturi e em decorrência
a mistura.
136
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
Sistema de controle de marcha lenta
Com a válvula de borboleta aceleração
fechada em velocidades de marcha lenta, a
velocidade do ar através do venturi é baixa e
não consegue gerar pressão diferencial
suficiente para puxar o combustível
necessário através do injetor, na verdade, o
spray de combustível pode cessar
completamente e provocar o desligamento do
motor.
137
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
138
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
Sistema de aceleração
Quando a válvula do acelerador é aberta
rapidamente, um grande volume de ar corre
através da passagem de ar do carburador; a
quantidade de combustível misturada com o ar
fica menor que o normal devido à lenta taxa de
resposta do sistema principal de medição.
Como resultado, após uma rápida abertura do
acelerador, a mistura combustível/ar fica
empobrecida momentaneamente.
Isso pode fazer com que o motor não tenha a
reação desejada
139
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
Sistema de aceleração
Para superar essa tendência, o carburador está
equipado com uma pequena bomba de
combustível chamada bomba aceleradora. Um
tipo comum do sistema de aceleração usado
nos carburadores de flutuador é ilustrado na
Figura 2-18. Consiste em uma simples bomba
de pistão operada através da ligação pelo
controle do acelerador a uma abertura no
sistema principal de medição. Quando o
acelerador está fechado, o pistão recua e o
combustível enche o cilindro. Se o pistão for
empurrado lentamente, o combustível passa
por ele de volta para a câmara; se empurrado
rapidamente, ele pulveriza combustível no
venturi e enriquece a mistura.
140
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
141
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
Sistema de Controle de Mistura
À medida que a altitude aumenta, o ar se torna menos denso. Numa altitude de 18.000
pés, o ar é apenas metade da densidade que é ao nível do mar. Isso significa que um pé
cúbico de espaço contém apenas metade do ar a 18.000 pés do nível do mar.
Em cada ciclo de admissão, cada cilindro é capaz admitir uma certa quantidade
(volumétrica) fixa de ar.
Portanto, pela diminuição da densidade do ar, a mistura de combustível fica mais rica à
medida que a altitude aumenta. Isso pode ser superado por um controle manual ou
automático de mistura.
142
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
Basicamente existem dois tipos de
controle de mistura:
Needle Type
Neste sistema, o uma válvula agulha é
instalada em séria com o sistema
principal do injetor. Em voos em baixa
altitude, esta válvula permanece aberta e
o controle é feito pelo injetor principal.
Em altitudes maiores (3000 a 4000ft) a
válvula agulha é fechada parcialmente
tornando-se agora a restrição que
comanda o fluxo.
143
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
144
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
Back Pressure Control System
O sistema de controle de mistura do tipo back
pressure é o mais amplamente utilizado. [Figura 2-
17]. Neste sistema, uma certa quantidade de baixa
pressão do Venturi atua sobre o combustível na cuba
da boia, que se opõe à baixa pressão existente na
descarga principal do injetor.
145
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
146
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
Formação de Gelo
• Impacto
• De evaporação de combustível
• De manetes.
Combustível Carburadores
Formação de Gelo
148
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
149
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
Em aviões leves é habitual usar ar quente obtido de recolhimento de ar que encobre o
escapamento e, neste caso, a entrada de ar frio para a admissão do carburador será
praticamente fechada, dependendo do sistema de degelo instalado.
A aplicação de ar quente para combater o gelo tem como efeito adverso, a diminuição da
potência do motor, o aumento da riqueza da mistura e necessidade de aumentar a
temperatura dos cilindros para obter a mesma potência de saída.
150
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Combustível Carburadores
151
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
152
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
153
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
154
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
155
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
156
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Esta baixa pressão é direcionada para a câmara “B” do regulador, onde ela opera no lado
oposto do diafragma que contém a pressão do ar de impacto do outro lado. Estas duas
forças trabalham juntas para mover o diafragma proporcionalmente ao volume de ar que
entrou no motor.
157
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
O quanto a válvula de controle abre é determinado pela balanço das pressões nas câmaras
A e B, e da pressão de combustível na câmara D. A força resultante das câmaras A e B
move o diafragma para a direita, abrindo a válvula reguladora.
158
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Quando esta válvula abre, o combustível se move do fuel inlet para a câmara “D” e exerce
uma força no diafragma de combustível, movendo-o de volta o suficiente para permitir
que a mola feche a válvula de controle (poppet).
159
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
160
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
O controle de marcha lenta está representado nas Figuras dos slides 154, 155 e 156 à
esquerda do venturi e recebe combustível através da câmara C (Linhas pontilhadas).
Quando o motor está reduzindo seu fluxo de ar, a pressão diferencial cai, e a mola espiral
da câmara “A” força o diafragma para a direita e abrindo a válvula de controle para prover
o combustível requerido para marcha lenta. Combustível da câmara D, regulado, flui
através do giclê principal e através da válvula de agulha de marcha lenta.
Para todas as outras condições, que não marcha lenta, esta válvula está fora de sua sede o
suficiente para que sua abertura seja maior do que a do calibrador (giclê), desta forma, nos
demais regimes do motor, ela não tem ação calibradora.
Desta válvula de marcha lenta o combustível segue para a válvula de descarga e injetor ou
pulverizador. No injetor o combustível é misturado com ar de contorno para facilitar uma
perfeita vaporização.
161
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
162
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Neste carburador o sistema de controle de mistura tem como principal função adequar a
mistura às influências, decorrentes da variação de altitude e temperatura, em síntese à
densidade do ar. Como já mencionado anteriormente, a medida que a aeronave ganha
altitude, a densidade do ar vai diminuindo e, a não ser que compensações sejam feitas, a
mistura enriquece e o motor perde potência.
163
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Para desligar o motor o piloto coloca o controle de mistura para a posição “Idle/cutoff”,
que irá abriar completamente a válvula agulha equilibrando as pressões nas câmaras "A" e
"B". Nesta posição a mola da válvula está descomprimida e sua força está removida do
diafragma, fechando a válvula de controle (Poppet), fechando o acesso de combustível
para a sessão de sua medida.
164
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Vibrações do sensor são eliminadas por uma dampagem, amortização, feita pelo óleo
inerte. A atuação desta válvula, em decorrência, faz com que a diferencial de pressão entre
as duas câmaras de ar, seja mantida de forma apropriada para qualquer densidade do ar.
165
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
166
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Nos aviões modernos os motores trabalham com alta pressão de admissão (sobre
alimentados) a ponto de que uma mistura mal feita pode resultar na detonação e
consequente destruição de cilindros, por este motivo a alimentação carburada não satisfaz
este requisito.
Assim, motores com injeção direta funcionam melhor com maior potência e com menor
consumo do que os carburados, com a mesma razão de compressão. Um sistema de fluxo
contínuo de injeção direta, disponibiliza o combustível diretamente na entrada dos
cilindros.
167
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
A Figuras dos slides 170 a 172 apresentam detalhes do sistema de alimentação por injeção
Bendix, modelo RSA, onde podem ser vistos os principais elementos que o constituem.
168
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
O equilíbrio das forças atuantes nestes diafragmas são a chave da correta operação deste
sistema. Quando o manete é movido para posições de maior potência, mais ar é admitido
pelos cilindros, aumentando a pressão de impacto da câmara "J" e a servo valve se move
no sentido de abrir o fluxo de combustível.
Neste momento ocorre uma queda de pressão na linha de combustível da câmara "L",
aumentando o diferencial de pressão através do controle di fluxo "G". Este por sua vez
aumenta o fluxo de combustível que será enviado para o consumo.
169
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Neste sistema existe uma mola mais fraca de maior diâmetro entre o diafragma e o corpo
da válvula. Outra mola de menor diâmetro, ligeiramente mais forte está instalada do lado
oposto.
170
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Na posição FULL RICH, a válvula é completamente aberta, a abertura dessa válvula é maior
que a do controle principal, assim, nessa condição esse controle deixa de ter esta função
que é delegada ao sistema de controle principal onde o orifício de passagem possui um
diâmetro menos.
172
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
173
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
174
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
175
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
176
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Nas condições de “idle” este pressão é tão baixa que sua indicação é errônea. Para evitar
esta condição, uma mola retém a válvula do divisor de fluxo fechada em oposição ao fluxo
combustível até que a pressão seja suficiente para abri-la e tira-la de sua sede.
Para o fluxo de combustível de marcha - lenta, o divisor de fluxo abre apenas parcialmente
por isto serve para duas funções, a de criar a pressão para o controle da pressão e a de
dividir o combustível para os cilindros para as condições de pressão extremamente baixas
de fluxo.
177
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
178
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Em aeronaves dotadas deste tipo de injeção, para dar partida o controle de marcha lenta é
levado inicialmente para a posição “Idle Cut-off” e abrindo a borboleta 1/8 de seu curso,
ligar a chave “máster” e a “boost pump”, mover o controle de mistura para a posição “Full
Rich” Até que exista uma indicação de fluxo e então retornando o controle para a posição
“Idle Cutt-off”, ligar a ignição e engatar o arranque, assim que o motor pegar, levar o
controle de mistura para a posição “Full Rich”.
179
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
180
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
181
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
182
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
As linhas de combustível devem ser liberadas de todo o vapor combustível antes que uma
partida efetiva possa ser feita.
183
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
184
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
185
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
186
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Engine Blower
187
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
188
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
189
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
190
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
O conjunto da turbina conta com uma válvula tipo borboleta, que controla a quantidade
de ar do escapamento que irá ser jogado para fora (overboard). Na posição fechada força
todo escapamento a passar pela turbina.
191
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
192
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
193
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
Isto irá definir a altitude crítica operacional, altitude esta em que, com a válvula
completamente fechada não consegue fazer com que a pressão aumente na admissão do
motor. A pressão obtida é da ordem de 30 polegadas de mercúrio ou maior.
Na operação automática, a válvula borboleta tem sua abertura controlada pela pressão de
óleo do motor que por sua vez é controlado pela densidade do ar.
Como o ar para a alimentação foi comprimido, sua temperatura aumentou logo necessita
ser resfriado antes de ser admitido para o motor, por este motivo é instalado o trocador de
calor.
Este processo de resfriamento torna o ar mais denso, mas sem perder a compressão,
eliminando desta forma a maioria dos problemas decorrentes o aquecimento, como
detonação, pré-ignição, etc.
194
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
195
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS
196