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Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Muitos
aviões
tem
a
hélice
do
motor
esquerdo
girando
no
sentido
horário,
e
a
do
motor
direito
girando
no
sentido
anti-‐horário.
Isso
reduz
parte
dos
problemas
de
controlabilidade.
Um
avião
bimotor,
ao
perder
um
motor,
perde
cerca
de
89%
da
performance.
• Sistemas
de
Aeronaves
Multimotoras
As
aeronaves
podem
ter
motores
à
pistão,
turboélice
ou
jato.
Vamos
focar
nos
motores
a
pistão,
mais
comuns
em
aeronaves
de
treinamento.
O
motor
a
pistão
usado
na
aeronave
bimotora
é
o
mesmo
do
monomotor.
A
diferença
é
que
alguns
fabricantes
instalam,
do
lado
direito,
um
motor
que
gira
no
sentido
anti-‐
horário
para
melhorar
a
controlabilidade
e
evitar
a
presença
de
um
motor
crítico.
Sistema
de
Combustível
O
consumo
de
combustível
é
mostrado
no
Fuel
Flow
Indicator.
O
combustível
que
está
nos
tanques
pode
ser
levado
até
o
carburador
por
uma
bomba
mecânica
(Engine
Driven
Fuel
Pump),
que
regula
a
saída
de
combustível
conforme
a
rotação
do
motor,
ou
elétrica
Auxiliary
Fuel
Pump,
que
é
usada
para
fornecer
combustível
ao
carburador
antes
do
acionamento
do
motor
,
remover
os
vapores
de
combustível
do
sistema
ou,
em
caso
de
falha
da
bomba
mecânica,
levar
o
combustível
até
o
carburador.
O
carburador
faz
a
mistura
de
ar
e
combustível,
a
fim
de
garantir
a
combustão.
O
controle
de
mistura
e
potência
é
usado
para
variar
a
potência
e
ajustar
a
razão
ar/combustível
para
diferentes
densidades
do
ar.
O
ar
de
admissão
é
coletado
pelo
bocal
de
admissão
(Intake
Airbox),
passa
por
um
filtro
e
pode
ser
também
aquecido,
pelo
calor
gerado
pelos
gases
de
escapamento.
Carburator
heat:
quando
o
carburator
heat
estiver
ligado,
o
ar
aquecido
e
não
filtrado
entra
no
carburador
para
eliminar
formações
de
gelo.
Podemos
ter
um
sistema
de
injeção
direta,
que
não
tem
o
carburador.
Nele,
o
combustível
é
injetado
diretamente
no
cilindro
por
meio
de
uma
Fuel
Manifold
Valve,
responsável
por
distribuir
combustível
igualmente
para
os
cilindros,
e
cortar
o
combustível
quando
a
mistura
é
cortada.
O
bico
injetor
mistura
ar
com
combustível,
e
injeta
nos
cilindros,
tornando
mais
fácil
a
vaporização
de
combustível.
Como
o
carburador
é
retirado
do
sistema,
o
controle
de
ar/combustível
é
feito
pela
Fuel
Control
Unit.
Sistema
de
Ignição
A
ignição
geralmente
é
fornecida
por
meio
de
magnetos.
Cada
motor
é
equipado
com
dois
magnetos,
e
existem
duas
velas
por
cilindro.
Pode-‐se
checar
as
quedas
de
magnetos
dos
dois
motores
ao
mesmo
tempo,
ou
individualmente.
Devem
ser
deixados
em
ON/BOTH
para
a
decolagem.
Os
magnetos
geram
um
diferencial
de
voltagem
muito
alto,
capaz
de
gerar
uma
fagulha
na
vela,
e
dar
início
à
ignição.
Posições
comuns
da
chave
são
OFF,
R,
L,
BOTH
e
START.
Depois
de
START
são
tracionadas
para
voltar
para
BOTH.
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Geralmente
se
inicia
o
motor
esquerdo
antes
do
direito,
se
o
fabricante
definir.
Se
não
tiver
ordem
definida,
deve-‐se
dar
preferência
ao
motor
que
estiver
mais
próximo
do
compartimento
da
bateria,
pois
a
distância
entre
os
cabos
é
menor,
e
melhora
a
performance
de
acionamento.
Situação:
suponha
que
você
tenta
acionar
o
motor
e
ele
não
dá
sinal
algum.
Ao
soltar
a
chave
de
ignição,
ela
volta
para
a
posição
BOTH
e
o
motor
aciona.
O
que
isso
indica?
Pode
indicar
falha
no
sistema
de
ignição.
Sistema
de
Lubrificação
O
sistema
usa
óleo
e
é
igual
ao
de
uma
aeronave
monomotora.
Cada
motor
tem
suas
indicações
de
pressão
de
óleo
e
temperatura
de
óleo.
Alguns
sistemas
tem
luzes
de
LOW
OIL
PRESSURE,
mas
elas
podem
dar
indicações
falsas.
Sempre
cheque
a
pressão
do
óleo
no
instrumento
para
ver
se
o
anúncio
é
condizente
antes
de
tomar
uma
ação.
Uma
das
grandes
diferenças
nos
sistemas
de
lubrificação
de
multimotores
é
que
o
óleo
também
é
utilizado
no
acionamento
da
hélice.
Em
monomotores
o
óleo
é
usado
para
levar
a
hélice
para
a
posição
de
grande
ângulo
de
ataque,
que
é
um
baixo
RPM.
Nos
multimotores
é
o
contrário,
o
óleo
leva
a
hélice
para
um
baixo
ângulo
de
ataque,
com
alto
RPM.
Assim,
se
a
pressão
de
óleo
for
perdida,
em
um
multimotor,
a
hélice
que
estava
em
alto
RPM
vai
aumentar
o
ângulo
de
ataque,
no
sentido
de
embandeiramento,
reduzindo
o
arrasto.
Situação:
em
voo
de
cruzeiro,
condição
IFR,
você
percebe
uma
queda
na
pressão
do
óleo
do
motor
esquerdo.
O
que
deve
fazer?
Antes
de
cortar
o
motor,
veja
se
o
instrumento
está
indicando
corretamente,
verificando
outros
instrumentos
e
mudanças
de
som
no
motor.
Se
houver
baixa
pressão
de
óleo,
há
aumento
de
temperatura
do
óleo,
e
a
hélice
tende
a
aumentar
o
pitch.
Se
você
notar
que
a
temperatura
está
normal
e
não
há
mudança
no
som
de
motor,
é
possível
que
seja
erro
de
indicação
no
instrumento.
Se
a
indicação
de
temperatura
de
óleo
e
pressão
de
óleo
caírem
ao
mesmo
tempo,
pode
ser
indicação
de
falha
elétrica.
Entretanto,
se
a
pressão
de
óleo
ficar
criticamente
baixa,
corte
o
motor.
Sistema
de
Indução
O
ar
de
indução
passa
por
um
filtro
antes
de
ser
levado
ao
sistema
que
faz
a
mistura
de
ar
e
combustível.
Geralmente
a
entrada
de
ar
está
instalada
próximo
ao
bordo
de
ataque
da
asa
ou
na
nacele
do
motor.
Fique
atento
à
obstruções
nessas
áreas.
Aquecimento
do
Carburador
Quando
ligado,
o
ar
aquecido
não
passa
pelo
filtro.
Deve-‐se
limitar
seu
uso
no
solo.
Se
houver
formação
de
gelo
em
voo,
liga-‐se
o
carburator
heat
para
que
o
ar
aquecido
seja
levado
ao
carburador
e
derreta
o
gelo.
A
primeira
indicação
de
formação
de
gelo
é
uma
queda
da
pressão
de
manifold.
Quando
ligamos
o
carburator
heat
essa
queda
aumenta
um
pouco,
mas
conforme
o
gelo
derrete,
a
pressão
volta
a
subir.
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Em
motores
de
injeção
direta,
sem
carburador,
também
há
uma
fonte
alternada
de
ar,
que
abre-‐se
automaticamente
se
a
primeira
fonte
for
obstruída,
por
pressão
diferencial.
Quando
checamos
essa
fonte
no
solo
pode
haver
uma
pequena
queda
de
potência,
mas
ela
pode
ser
tão
pequena
que
é
difícil
de
ser
verificada.
Motores
Turbocharger
Usa
gases
de
escapamento
para
acionar
uma
turbina,
que
aciona
um
compressor,
e
pressurizar
o
ar
de
admissão,
permitindo
ganhar
a
performance
de
nível
do
mar,
mas
em
grandes
atitudes.
Voar
em
grandes
altitudes
permite
maiores
velocidades
e
desvios
meteorológicos.
CUIDADO:
na
decolagem,
motores
turbo
podem
não
aumentar
a
rotação
na
mesma
frequência,
causando
perda
de
controle
direcional.
Deixe
a
temperatura
do
óleo
aquecer
o
suficiente
antes
de
aplicar
potência
de
decolagem.
Pode-‐se
também
considerar
aplicar
os
freios
até
que
as
potência
de
decolagem
estejam
estabilizadas
nos
dois
motores.
Quando
operando
motores
turbocharger,
esteja
preparado
para
abortar
a
decolagem
se
sentir
que
há
potência
desproporcional.
Sistemas
de
Resfriamento
e
Exaustão
O
resfriamento
do
motor
geralmente
é
feito
por
ar.
Para
aumentar
a
quantidade
de
ar
que
passa
pelo
motor,
são
usados
os
Cowl
Flaps.
Cowl
flaps
podem
ser
operados
de
forma
elétrica
ou
manual.
Para
operações
no
solo,
devem
ser
deixados
abertos,
bem
como
em
subidas.
Durante
cruzeiro
de
descidas,
mantenha
os
cowl
flaps
fechados
para
manter
a
temperatura
da
cabeça
dos
cilindros
na
faixa
normal
de
operação.
Manter
a
temperatura
na
descida
é
fundamental.
Planeje
descer
um
pouco
antes,
para
usar
um
pouco
de
potência
na
descida
e
evitar
que
o
cilindro
resfrie-‐
se
rapidamente.
Feche
os
cowl
flaps
na
descida.
Também
é
preciso
enriquecer
a
mistura
na
descida.
Se
isso
não
for
feito
e
aplicarmos
potência
rapidamente,
pode-‐se
ter
detonação
nos
cilindros.
Não
se
pode
enriquecer
muito
rápido,
pois
isso
pode
causar
um
resfriamento
excessivo
e
danos
ao
motor.
Equipamentos
de
Indicação
Aeronaves
carburadas
podem
ter
um
indicador
de
Carburator
Air
temperature,
e
motores
turbocharger
podem
ter
um
Turbine
Inlet
Temperature
(TIT),
para
medir
a
temperatura
de
gases
de
exaustão
que
passam
pela
turbina.
Nas
demais
aeronaves,
é
comum
ter
o
seguinte:
Tacômetro
–
geralmente
tem
acionamento
elétrico,
mas
pode
ser
por
cabos.
Como
a
geração
elétrica
é
feita
por
um
gerador
próprio,
ele
não
é
afetado
por
falha
do
sistema
elétrico.
Possuem
indicação
separada
para
cada
motor,
ou
seja,
um
instrumento
com
duas
agulhas,
uma
para
motor
direito
e
outra
para
motor
esquerdo.
Manifold
pressure
–
indica
pressão
de
admissão
em
polegadas
de
mercúrio.
É
um
único
instrumento,
com
duas
agulhas.
Antes
de
acionar
o
motor,
esse
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
instrumento
vai
indicar
a
pressão
atmosférica
do
local.
Quando
acionado
o
motor,
a
pressão
cai
abaixo
da
pressão
atmosférica.
Com
potência
total,
motores
carburados
tem
uma
indicação
um
pouco
menor
que
a
pressão
atmosférica,
e
motores
turbo
atingem
valores
de
pressão
maiores
que
a
pressão
atmosférica
ambiente.
Pressão
e
temperatura
do
óleo
–
podem
medir
esses
parâmetros
diretamente
ou
por
transdutores.
Os
transdutores
medem
isso
remotamente
e
mandam
para
o
instrumento.
Em
caso
de
perda
de
sistema
elétrico
ou
Master
switch
desligado,
esses
instrumentos
param
de
funcionar.
Fuel
Pressure/Fuel
Flow:
são
mostrados
no
mesmo
instrumento.
Para
medir
o
fuel
flow,
o
instrumento
mede
a
pressão
de
combustível
que
passa
por
um
orifício
calibrado.
Existe
uma
agulha
por
motor.
EGT
e
CHT:
indicadores
de
temperatura
de
gases
de
escapamento
e
temperatura
da
cabeça
do
cilindro
também
estão
disponíveis.
Permitem
um
ajuste
fino
da
mistura.
Situação:
durante
a
decolagem
em
um
avião
com
injeção
direta
de
combustível,
você
tenta
ajustar
a
mistura
e
nota
que
o
motor
direito
está
indicando
um
fuel
flow
muito
maior.
Ao
tentar
empobrecer
mais
a
mistura
desse
motor,
ele
começa
a
perder
potência
e
dá
sinais
de
que
pode
falhar.
O
que
está
errado
com
o
motor
e
o
que
fazer?
Nesse
caso
pode
ser
um
problema
do
próprio
indicador.
O
fuel
flow
indicator
é
calibrado
para
fornecer
a
indicação
de
pressão
de
combustível
que
passa
por
um
orifício.
Pode
ser
que
o
sistema
de
injeção
de
combustível
esteja
bloqueado
a
partir
desse
orifício,
então
ele
mede
uma
pressão
alta,
mas
nem
todo
combustível
chega
ao
motor
(bloqueio
na
linha
de
combustível
ou
bico
injetor).
Para
aliviar
essa
condição,
ajuste
a
mistura
para
a
operação
mais
suave
possível
dos
motores
e
pouse
o
mais
breve
possível.
Sistemas
Acionados
pelo
Motor
O
alternador,
bomba
de
vácuo
e
magnetos
são
acessórios
ligados
ao
motor.
Fornecem
força
elétrica,
pneumática
e,
se
houver
uma
bomba
de
pressurização
hidráulica,
ela
também
fornecerá
força
hidráulica.
Sistema
Elétrico
O
sistema
elétrico
de
aeronaves
pequenas
fornece
12v
ou
24v
DC
(corrente
contínua).
Muitos
fabricantes
adotam
24v,
pois
há
menos
perda
de
energia.
A
corrente
contínua
permite
um
sistema
mais
leve
que
os
AC,
e
é
um
meio
conveniente
de
carregar
a
bateria.
O
alternador,
acionado
pelo
motor,
fornece
a
energia
elétrica.
Alguns
aviões
antigos
usam
geradores,
que
são
mais
pesados
e
menos
eficientes
que
os
alternadores.
Os
alternadores
fornecem
mais
energia,
inclusive
em
baixas
rotações.
Os
geradores
eram
menos
eficientes,
e
em
baixas
rotações
era
preciso
reduzir
a
carga
elétrica
para
não
descarregar
a
bateria,
pois
o
gerador
não
conseguia
fornecer
energia
suficiente
em
baixa
RPM.
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Nem
toda
a
energia
gerada
pelos
alternadores
pode
ser
usada
pelos
componentes
eletrônicos.
Cerca
de
20%
é
usado
para
carregar
a
bateria,
e
os
outros
80%
alimentam
os
componentes
eletrônicos.
Em
caso
de
pane
em
um
motor,
perde-‐se
um
alternador.
O
outro
alternador
assume
o
sistema,
mas
deve-‐se
reduzir
a
carga
elétrica
para
garantir
que
o
sistema
não
sobrecarregue.
Desligue
os
equipamentos
não-‐essenciais.
Amperímetro:
mede
a
amperagem
produzida
por
cada
alternador
Load
meter:
mede
a
percentagem
de
carga
no
sistema
Sistema
Pneumático
A
bomba
de
vácuo
alimenta
o
Horizonte
Artificial
e
Giro
Direcional.
O
ar
passa
por
um
filtro,
é
enviado
para
os
instrumentos,
e
então
é
eliminado
na
saída
da
bomba
de
vácuo.
Cada
motor
tem
uma
bomba
de
vácuo.
Em
caso
de
falha
de
motor,
a
bomba
do
outro
motor
continua
alimentando
o
sistema.
A
pressão
é
regulada
por
uma
válvula.
Existe
uma
válvula
reguladora
de
pressão
por
sistema.
Pode-‐se
verificar
a
pressão
de
vácuo
pelo
indicador
do
sistema,
que
mede
a
diferença
entre
a
pressão
de
entrada
e
saída
do
sistema,
em
polegadas
de
mercúrio.
Pode-‐se
ter
uma
luz
de
aviso
para
baixa
pressão
de
vácuo
(VAC).
Sistema
Hidráulico
Quando
usado,
reduz
a
força
necessária
nos
comandos.
É
comum
que
freios,
trem
de
pouso
e
flaps
sejam
acionados
por
fluído
hidráulico.
A
bomba
hidráulica
é
acionada
pelo
motor,
e
em
alguns
casos
pode-‐se
usar
bombas
elétricas.
Existe
uma
bomba
hidráulica
por
motor,
e
apenas
uma
bomba
pode
suprir
todo
o
sistema.
Força
hidráulica
é
fornecida
sempre
que
um
motor
estiver
girando,
e
não
há
botão
ON/OFF.
Em
caso
de
fogo
no
motor,
a
Shutoff
Valve
impede
que
o
fluído
hidráulico
entre
ou
saia
do
motor.
Também
cortam
força
elétrica
e
pneumática.
Aeronaves
que
tenham
bombas
mecânicas
tem
pressão
de
aproximadamente
1000
PSI.
Sistema
de
Hélice
A
hélice
de
velocidade
constante
mantém
um
RPM
constante,
por
meio
do
governador,
que
trabalha
com
pressão
de
óleo.
O
funcionamento
é
o
mesmo
que
um
monomotor.
Um
ângulo
menor
gera
um
maior
RPM,
enquanto
ângulos
maiores
de
ataque
geram
menores
RPMs.
A
diferença
é
que
em
multimotores
é
possível
embandeirar
a
hélice.
Embandeirar
a
hélice:
quando
isso
é
feito,
a
pá
da
hélice
é
alinhada
com
o
vento
relativo,
reduzindo
o
arrasto.
Isso
faz
a
hélice
parar
de
girar
em
molinete,
reduzindo
o
arrasto
parasita,
e
para
a
rotação
de
um
motor
em
pane,
evitando
ainda
mais
danos.
Sem
embandeirar
a
hélice
em
caso
de
pane
de
motor,
o
arrasto
é
tão
grande
que
fica
quase
impossível
manter
voo
nivelado.
Em
funcionamento
normal,
os
fabricantes
usam
diferentes
métodos
para
aumentar
o
ângulo
da
hélice.
Podem
ser
usados
contrapesos
e
molas,
ou
contrapesos
e
nitrogênio
comprimido
(no
cubo
da
hélice).
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Lembre-‐se
que
em
multimotores
o
óleo
é
usado
para
levar
a
hélice
a
uma
posição
de
alto
RPM
(baixo
ângulo
de
ataque).
Se
o
motor
falhar,
o
suprimento
de
óleo
é
cortado,
e
a
hélice
é
levada
para
uma
posição
próxima
à
de
embandeiramento.
Na
decolagem
usamos
potência
máxima
e
RPM
máxima.
Conforme
nivelamos,
reduzimos
a
potência
e
o
RPM
para
manter
um
regime
de
cruzeiro
mais
econômico.
Sincronização
de
Hélice
Caso
a
velocidade
das
duas
hélices
seja
diferente,
teremos
vibração
e
barulhos
devido
à
diferença
de
frequência.
Para
manter
as
hélices
na
mesma
velocidade,
temos
um
sistema
de
sincronização
de
hélices
disponível.
Existe
um
motor
que
é
o
Master
e
outro
que
é
Slave.
Cada
um
manda
a
frequência
para
o
sistema,
e
o
sistema
aciona
um
atuador
elétrico,
a
fim
de
estabilizar
a
RPM
dos
motores.
Sistemas
mais
modernos,
além
de
sincronizar
a
RPM,
conseguem
sincronizar
o
ângulo
de
fase
das
hélices.
A
operação
de
ambos
os
sistemas
é
simples:
ajusta-‐
se
o
RPM
dos
motores
para
que
estejam
com
menos
de
50
RPM
de
diferença.
Ao
ligar
switch
do
sistema,
ele
faz
os
ajustes
necessários.
Alguns
fabricantes
requerem
que
o
sistema
seja
desligado
em
decolagens,
pousos
e
operações
monomotor.
Embandeiramento
Objetiva
reduzir
o
arrasto
parasita
quando
a
hélice
gira
em
molinete.
A
pressão
de
óleo
é
removida
da
hélice,
que
vai
para
passo
máximo.
O
embandeiramento
pode
ser
feito
movendo-‐se
a
manete
de
hélice
totalmente
para
trás,
ou
ocorre
automaticamente
quando
a
pressão
de
óleo
for
perdida.
No
cheque
de
motor,
traga
a
manete
rapidamente
para
feathering,
e
verifique
a
flutuação
na
pressão
do
óleo.
Um
aspecto
importante
no
procedimento
de
embandeiramento
é
que
existe
uma
trava
no
cubo
da
hélice
que
impede
o
embandeiramento
à
baixos
RPMs,
geralmente
menores
que
700
à
800
RPM.
Isso
assegura
que
a
hélice
não
entre
nessa
posição
durante
o
acionamento
ou
corte
do
motor,
quando
a
pressão
de
óleo
estiver
muito
baixa.
Em
operações
com
maiores
velocidades,
a
força
centrífuga
faz
o
destravamento
desse
pino,
permitindo
o
embandeiramento
da
hélice.
Se
uma
condição
de
falha
de
motor
for
encontrada
em
voo,
é
importante
embandeirar
o
motor
antes
que
ele
atinja
os
700
à
800
RPM.
O
embandeiramento
ocorre
em
até
6
segundos.
Mas
lembre-‐se
que
uma
hélice
girando
em
molinete
geralmente
mantém
um
RPM
maior
que
isso,
permitindo
um
certo
tempo
para
fazer
as
ações.
Se
o
motor
falhar
abruptamente,
o
embandeiramento
ocorre
automaticamente
e
rapidamente,
antes
que
a
trava
seja
fechada.
Passo
Reverso
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Em
aeronaves
turboélice
pode-‐se
ter
uma
hélice
com
passo
reverso.
O
que
ocorre
é
que
a
hélice
continua
girando
na
mesma
direção,
mas
o
ângulo
da
pá
pode
ser
comandado
para
um
passo
negativo.
Quando
a
manete
de
potência
reversa
é
acionada,
aumenta-‐se
a
pressão
do
óleo
no
cubo
da
hélice,
e
ela
vai
para
passo
reverso.
Reacionamento
-‐
Unfeather
Embora
seja
incomum
reacionar
depois
de
ter
embandeirado
o
motor,
pode
ser
que
o
piloto
descubra
a
causa
do
problema.
É
importante
seguir
à
risca
o
checklist.
Coloca-‐se
a
manete
de
hélice
toda
à
frente,
e
conforme
o
starter
é
acionado,
a
pressão
do
óleo
aumenta
e
coloca
as
pás
fora
da
posição
de
feather.
Após
o
reacionamento,
opere
com
baixa
potência
até
que
os
cilindros
estabilizem
a
temperatura.
Fornecimento
Elétrico
A
grande
diferença
na
alimentação
elétrica
de
multimotores
é
que
as
fontes
devem
estar
conectadas
em
paralelo.
Além
disso,
deve
haver
uma
maneira
de
isolar
as
fontes
de
energia
em
caso
de
mau
funcionamento.
Bateria:
geralmente
de
12v
ou
24v.
Fornece
energia
para
o
starter,
e
em
caso
de
falha
no
alternador.
Fonte
externa:
há
receptáculos
para
fonte
externa.
Cuidado
com
o
procedimento
para
acionar
o
motor
a
partir
de
fonte
externa
(voltagem
e
polaridade).
Uma
vez
que
o
sistema
tiver
energia,
ela
é
distribuída
por
meio
de
barramentos.
Os
sistemas
são
conectados
ao
barramento
por
meio
de
fusíveis
ou
circuit
breakers,
que
desativam
o
circuito
caso
ocorra
um
curto-‐circuito.
O
CB
que
saltar
uma
vez
pode
ser
resetado.
Espere
ele
esfriar
para
fazer
o
reset.
Se
ele
saltar
novamente,
não
tente
resetar
pela
segunda
vez.
Fornecimento
Hidráulico
Aeronaves
de
treinamento
geralmente
usam
o
sistema
hidráulico
para
recolher
o
trem
de
pouso.
Geralmente
um
motor
elétrico
aciona
a
bomba
hidráulica,
pressurizando
o
sistema.
Atuador
hidráulico:
transforma
a
pressão
do
fluído
hidráulico
em
força
mecânica.
A
grande
vantagem
em
relação
à
atuador
elétrico
é
o
menor
peso,
maior
força
produzida
e
a
maior
velocidade
do
sistema.
Recolhe
o
trem
de
pouso
mais
rápido,
e
isso
é
importante
em
caso
de
pane.
Fornecimento
de
Combustível
São
dois
sistemas
independentes,
um
instalado
em
cada
asa.
Isso
permite
que
cada
motor
seja
operado
com
sua
fonte
de
combustível.
Crossfeed
valve:
interconecta
os
dois
sistemas,
permitindo
que
um
motor
seja
alimentado
com
combustível
do
tanque
oposto.
O
procedimento
de
crossfeed
pode
ser
necessário
para
balancear
a
aeronave.
Geralmente
se
usa
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
o
posição
crossfeed
por
30
minutos,
e
depois
volta
para
ON,
a
fim
de
manter
um
balanceamento
adequado
entre
os
dois
tanques.
Bomba
de
combustível
elétricas:
são
usadas
no
processo
de
acionamento
do
motor,
ou
quando
as
bombas
mecânicas
falharem.
Boost
pumps/auxiliary
pumps:
tem
duas
posições
(LOW
e
HIGH).
Devem
ser
usadas
em
LOW.
Somente
se
coloca
para
HIGH
se
a
bomba
mecânica
falhar.
Transfer
pumps:
disponíveis
em
algumas
aeronaves.
Usadas
para
transferir
combustível
de
um
tanque
para
outro.
Seletora
de
combustível:
tem
as
posições
ON,
OFF
e
Crossfeed.
Se
a
aeronave
tiver
tanques
auxiliares,
na
ponta
das
asas,
uma
chave
de
4
posições
é
usada.
Situação:
em
voo
de
cruzeiro
em
uma
aeronave
com
injeção
direta
a
potência
apresenta
variações
e
o
mostrador
de
Fuel
Flow
começa
a
flutuar.
Você
acredita
que
possa
estar
ocorrendo
“vapor
locking“
e
move
a
bomba
auxiliar
para
a
posição
HIGH,
e
o
motor
falha
imediatamente.
O
que
pode
ter
causado
a
falha?
A
posição
HIGH
só
deve
ser
usada
em
caso
de
falha
da
bomba
mecânica.
Se
usar
as
duas
juntas,
como
foi
o
caso,
a
pressão
de
combustível
aumenta
muito,
e
o
motor
falha.
Para
retirar
vapores
de
combustível
do
motor,
usamos
apenas
a
posição
LOW.
Sistema
de
Trem
de
Pouso
Pode
ser
hidráulico
ou
elétrico,
sendo
que
o
hidráulico
tem
menos
peso
e
atuação
mais
rápida.
Tem
um
sistema
de
extensão
de
emergência,
e
avisos
de
unsafe
condition,
feitos
por
buzinas
ou
luzes.
Luzes
de
posição
do
trem:
três
luzes
verdes
indicam
o
travamento
do
trem.
Luz
vermelha
indica
que
o
trem
não
está
baixado
e
travado,
ou
está
em
trânsito.
As
lâmpadas
são
intercambiáveis.
Warning
horn:
a
buzina
toca
quando
potência
for
reduzida
(abaixo
de
12
ou
14
polegadas
de
manifold)
e
o
trem
não
estiver
baixado
e
travado.
Safety
switch:
presente
em
alguns
modelos.
Impede
que
o
trem
seja
recolhido
com
a
aeronave
no
solo.
Baixar
o
trem
em
emergência:
varia
de
avião
para
avião.
O
sistema
pode
usar
Nitrogênio,
Dióxido
de
Carbono
ou
a
gravidade
para
estender
o
trem.
No
caso
do
Sêneca,
quando
puxamos
a
chave
de
emergência,
a
pressão
hidráulica
que
estava
segurando
o
trem
na
posição
travada
é
removida,
e
ele
desce
por
gravidade.
Se
o
trem
for
baixado
em
emergência,
não
se
deve
tentar
recolhê-‐lo.
Sistemas
que
usam
motores
elétricos
para
acionar
o
trem
geralmente
possuem
uma
manivela
para
estender
o
trem
em
emergência.
Usa-‐se
normalmente
50
à
55
voltas
na
manivela
para
baixar
o
trem.
Sistema
de
Controle
de
Gelo
e
Chuva
Podemos
ter
sistemas
de
anti-‐gelo
nas
hélices,
que
usam
uma
“bota”
que
contém
aquecimento
elétrico
para
prevenir
a
formação
de
gelo.
Deve
ser
ligado
antes
que
o
gelo
se
forme.
Outros
sistemas
usam
álcool
para
prevenir
ou
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
remover
acúmulos
de
gelo.
Existem
tubos
que
levam
o
fluido
até
a
base
da
hélice,
e
com
a
força
centrífuga
ele
é
espalhado
ao
longo
da
pá.
O
sistema
a
álcool
tem
quantidade
limitada
de
fluído,
então
deve-‐se
usá-‐lo
com
cautela.
De-‐ice
boots:
presentes
em
asas
e
superfícies
da
cauda
como
estabilizador
horizontal
e
vertical.
São
infladas
com
ar
provido
da
bomba
de
vácuo.
Inflam
para
quebrar
o
gelo.
São
operadas
em
ciclos,
e
devem
ser
operadas
sempre
que
o
gelo
já
tiver
se
formado.
Windshield
anti-‐ice:
pode
usar
álcool
ou
aquecimento
elétrico.
O
aquecimento
elétrico
deve
ser
usado
somente
em
voo,
pois
se
deixado
ligado
por
muito
tempo
no
solo
pode
causar
“delamination“.
Tubos
de
pitot,
tomadas
estáticas,
indicadores
de
stall
e
respiros
de
combustível
também
podem
ser
aquecidos,
dependendo
da
aeronave.
Cabin
Heating:
fornece
aquecimento
para
a
cabine.
Pode-‐se
usar
dois
sistemas
diferentes.
O
primeiro
usa
ar
aquecido
por
meio
de
um
trocador
de
calor,
a
partir
dos
gases
de
escapamento.
O
segundo
sistema
usa
um
aquecedor
próprio,
por
combustão,
como
o
sistema
Janitrol
do
Sêneca.
O
sistema
de
combustão
usa
o
combustível
dos
tanques
da
aeronave.
Aerodinâmica
Um
multimotor
tem
vetores
de
tração
mais
complexos,
é
mais
pesado
e
tem
mais
arrasto
que
um
monomotor.
Há
uma
grande
diferença
entre
performance
e
controlabilidade.
Podemos
ter
uma
velocidade
onde
o
avião
voe
perfeitamente
controlado,
e
mesmo
assim
caia
por
falta
de
performance.
VR:
Velocidade
de
rotação
–
quando
se
começa
a
tirar
o
avião
do
chão
VLOF:
quando
as
rodas
deixam
de
tocar
o
solo.
Velocidade
de
stall:
velocidade
na
qual
a
sustentação
não
pode
mais
ser
mantida.
É
determinada
pelo
ângulo
de
ataque,
que
afeta
o
coeficiente
de
sustentação.
VS1:
velocidade
em
que
estolamos
com
a
aeronave
limpa.
Os
flaps
e
trem
estão
recolhidos.
Em
multimotores
significa
“zero
engine
thrust“.
É
a
parte
mais
baixa
do
arco
verde.
Quanto
maior
o
ângulo
de
bank,
maior
essa
velocidade.
Garante
apenas
o
controle,
mas
não
garante
que
a
aeronave
vai
ter
performance
de
subida.
VS0:
velocidade
em
que
estolamos
com
a
aeronave
suja,
com
configuração
de
pouso.
É
menor
que
a
VS1.
A
aeronave
tem
mais
sustentação,
então
a
velocidade
de
stall
diminui.
É
a
parte
de
baixo
do
arco
branco.
Não
garante
performance,
apenas
manobrabilidade.
Pode-‐se
ter
performance
negativa
de
200ft,
por
exemplo,
mesmo
com
a
aeronave
controlada.
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
VXse:
velocidade
de
melhor
ângulo
de
subida
monomotor.
Melhor
ganho
de
altitude
na
menor
distância.
Serve
para
livrar
obstáculos.
Permite
controlar
a
aeronave
e
atingir
a
melhor
performance
do
motor
operante.
Deve
ser
mantida
apenas
até
livrar
o
obstáculo.
Não
garante
que
o
avião
vai
subir,
dependendo
da
altitude
densidade,
mas
mantém
o
controle.
VYse:
velocidade
de
melhor
razão
de
subida
monomotor.
Melhor
ganho
de
altitude
no
menor
tempo.
É
mostrada
pela
Blue
Line.
Não
garante
que
o
avião
sobe,
mas
mantem
o
controle.
VSse
–
Safe
Single
Engine
Speed.
É
a
menor
velocidade
que
o
fabricante
recomenda
para
operação
de
prática/treinamento
monomotor.
É
mais
uma
questão
de
regulamentação.
VMC
–
Velocidade
Mínima
de
Controle.
Indicada
pela
Red
Line.
É
a
linha
entre
a
operação
segura
e
insegura.
É
a
velocidade
mínima
para
manter
o
controle
da
aeronave
quando
o
motor
crítico
é
perdido,
mantendo
voo
reto
ou,
se
o
piloto
quiser,
com
um
bank
de
no
máximo
5
graus
para
cima
do
motor
bom.
Não
pode
perder
mais
que
20
graus
de
proa,
usando
máxima
deflexão
do
leme
e
no
máximo
5
graus
de
bank
para
cima
do
motor
bom.
É
definida
nas
piores
condições
de
controlabilidade
(CG
mais
atrás,
MTOW,
efeito
solo
negligenciado,
cowl
flaps
open,
flaps
up).
Não
pode
ser
menor
que
1.2
VS1.
A
velocidade
real
da
VMC
varia.
Nem
sempre
vai
ser
a
da
Red
Line.
Acima
da
VMC,
temos
como
manter
o
controle.
É
afetada
pela
densidade
do
ar.
Se
o
leme
não
for
suficiente
para
conter
a
guinada,
é
preciso
aumentar
a
velocidade.
Não
diz
que
o
avião
precisa
subir,
apenas
que
tem
que
manter
o
controle.
Primeiro
é
preciso
manter
o
controle,
para
depois
atingir
a
performance,
necessariamente
nessa
ordem.
Sem
controle
não
há
performance
nenhuma.
As
tabelas
de
performance
do
nosso
avião
consideram
uma
aeronave
controlada.
Se
o
avião
não
estiver
sob
controle,
aquela
performance
será
absurdamente
degradada.
Em
caso
de
pane
em
um
motor,
aumentar
a
potência
do
motor
operante
é
sempre
uma
boa
opção?
Depende.
Em
voos
nivelados,
quando
perco
um
motor,
o
arrasto
parasita
aumenta,
e
é
preciso
aumentar
a
potência
para
manter
o
voo
nivelado.
Em
uma
velocidade
menor,
durante
decolagens
e
subida
inicial,
se
o
piloto
colocar
o
motor
colocar
a
manete
restante
em
full
power,
pode
perder
o
controle
da
aeronave
e
entrar
em
voo
invertido.
Como
o
piloto
pode
determinar
se
potência
é
bom
ou
ruim?
A
resposta
está
na
VMC.
Performance
de
subida:
Aeronaves
com
mais
de
6000lbs
MTOW
e/ou
VS0
maior
que
61KT:
precisam
manter
subida
de
1.5%
a
5000ft
MSL.
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Aeronaves
com
menos
de
6000lbs
MTOW
e/ou
VS0
de
61KT
ou
menos:
não
precisam
comprovar
performance
de
subida.
A
razão
de
subida
a
5000ft
MSL
apenas
determinada
(medida),
podendo
ser
negativa.
Lembrando
que
gradiente
de
subida
é
a
altitude
que
tem
que
ser
ganha
para
uma
distância
X.
Performance
de
Aeronave
Multimotora
(FAR
23):
Accelerate-‐Stop
Distance:
distância
que
uma
aeronave
leva
do
brake
release
até
a
parada
total,
considerando
falha
de
motor
na
Vr
ou
Vlof
e
parar
completamente.
Accelerate-‐go
Distance:
distância
do
brake
release
até
o
ponto
onde
se
passa
o
screenheight
de
50ft,
considerando
falha
de
motor
na
VR
ou
Vlof.
Gradiente
de
subida:
é
afetado
pelo
vento,
diferentemente
da
razão
de
subida.
Pode
ser
expresso
como
razão
entre
distância
horizontal
e
vertical.
Teto
de
Serviço
Multimotor:
é
a
altitude
onde,
com
os
dois
motores
operando,
a
aeronave
consegue
manter
uma
razão
de
subida
de
não
mais
que
100ft/min.
Teto
de
Serviço
Monomotor:
considera
o
motor
inoperante
embandeirado.
É
a
altitude
no
qual
a
aeronave
não
consegue
manter
uma
razão
maior
que
50ft/min.
Teto
Absoluto
Multimotor:
when
climbing
is
no
longer
possible.
Teto
Absoluto
Monomotor:
when
climbing
is
no
longer
possible.
O
regulamento
FAR
23
não
especifica
que
o
comprimento
de
pista
seja
igual
ou
maior
que
a
Accelerate
Stop
Distance.
Ele
só
se
torna
uma
limitação
quando
publicado
no
AFM/POH.
O
piloto
experiente,
entretanto,
sabe
da
importância
de
ter
uma
Accelerate-‐Stop
Distance
que
caiba
dentro
da
pista.
Na
accelerate-‐go
distance,
para
atingir
os
50ft
nesse
caso,
o
piloto
deve
ser
capaz
de
identificar
a
reagir
à
pane
imediatamente,
recolhendo
o
trem
de
pouso,
identificando,
embandeirando
e
cortando
o
motor
correto,
tudo
isso
enquanto
mantendo
um
controle
preciso
sobre
velocidade
e
bank
angle.
Na
vida
real
isso
é
quase
impossível.
Qualquer
curva
nessa
situação
causa
uma
degradação
enorme
na
performance
de
subida.
O
que
aprendemos
com
isso?
As
condições
de
performance
são
marginais
em
caso
de
pane
na
decolagem.
Deve-‐se
escolher
um
ponto
de
go/no-‐go.
Se
o
motor
falhar
antes
desse
ponto,
rejeita-‐se
a
decolagem,
mesmo
que
em
voo,
para
pousar
na
pista
ou
qualquer
superfície
que
se
tenha
em
frente.
Se
o
motor
falhar
depois
desse
ponto,
deve-‐se
cumprir
o
procedimento
de
emergência,
e
seguir
o
voo.
Qual
é
esse
ponto?
O
recolhimento
do
trem
de
pouso.
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
A
recomendação
é:
se
o
trem
de
pouso
de
pouso
não
estiver
recolhido,
a
decolagem
deve
ser
abortada,
mesmo
que
já
em
voo
e
mesmo
que
tenha
que
pousar
em
frente.
Se
o
trem
de
pouso
já
estiver
recolhido,
prossiga
na
decolagem.
Uma
maneira
prática
de
definir
isso
é
ver
o
planejamento
do
voo.
A
opção
de
prosseguir
na
decolagem
praticamente
inexiste
se
a
razão
de
subida
monomotor,
conforme
as
tabelas,
for
menor
que
100ft/min
a
200ft/min.
Qualquer
variação
de
vento,
velocidade
e
bank
angle
podem
gerar
uma
descida
de
200ft/min.
Decolagem
Não
se
faz
derate
em
aeronave
desse
tipo.
Usamos
sempre
a
potência
máxima
para
decolagem.
Jamais
decolar
antes
da
VMC.
Em
caso
de
dúvida,
usar
como
VR
a
VMC
+
5
KT.
Logo
após
o
Lift-‐Off,
o
objetivo
é
ganhar
altitude
o
mais
rápido
possível,
ao
invés
de
ganhar
velocidade
(lembre-‐se
que
em
caso
de
pane
o
que
vai
me
dar
tempo
para
reagir
é
a
altitude,
e
não
a
velocidade,
pois
a
performance
de
subida
é
degradada
rapidamente).
Deve-‐se
manter
a
Vy
até
uma
altitude
de
segurança
de
400ft
à
500ft.
Nesse
ponto,
pode-‐se
aumentar
a
velocidade
para
uma
velocidade
de
subida
em
rota,
que
nos
dá
uma
melhor
visibilidade,
aumenta
o
resfriamento
do
motor
e
fornece
uma
melhor
Ground
Speed.
Nesse
momento
fazemos
também
as
reduções
de
potência
e
RPM.
Após
a
primeira
redução,
ligamos
o
sincronizador
de
hélices
e,
se
disponível,
o
yaw
damper.
O
POH
pode
recomendar
também
a
redução
da
mistura
durante
a
subida.
Level
Off
Quando
nivelado,
deve-‐se
deixar
o
avião
acelerar
até
a
velocidade
de
cruzeiro,
e
só
então
ajustar
a
potência
de
cruzeiro
e
RPM.
Seguir
as
recomendações
do
fabricante
e
ajustar
os
cowl
flaps
para
manter
a
temperatura
ideal
nos
cilindros
.
Descida
Em
multimotores
uma
descida
em
iddle
é
ineficiente,
e
pode
resfriar
demais
o
motor.
Planeje
sempre
antes
a
descida,
com
500ft/min,
se
possível.
A
combinação
de
low
manifold
pressure
e
high
RPM
deve
ser
evitada
a
todo
custo.
Se
for
preciso
agilizar
a
descida,
considere
o
uso
de
flaps
ou
a
aplicação
de
trem
de
pouso
antes
de
colocar
a
potência
em
Iddle.
Aproximação
Final
A
FAA
recomenda
que
a
aeronave
deve
estar
estabilizada
a
500ft
AGL
quando
fazendo
circuito
visual.
Deve-‐se
manter
as
velocidades
do
fabricante.
Se
velocidade
recomendada
não
for
fornecida,
não
manter
velocidade
menor
que
a
VYse
até
a
curta
final,
e
nunca
menor
que
a
VMC.
Como
a
pane
afeta
o
voo
–
aerodinâmica
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Quando
o
motor
falha,
o
avião
começa
a
inclinar
(bank)
e
guinar
(yaw)
para
o
lado
do
motor
em
pane.
Isso
ocorre
porque
a
sustentação,
tração
e
arrasto
agora
estão
atuando
assimetricamente
na
aeronave.
Guinada:
ocorre
porque
o
motor
do
outro
lado
continua
gerando
tração.
Bank:
o
primeiro
fator
que
afeta
isso
é
a
sustentação.
A
sustentação
gerada
pelo
fluxo
induzido
deixa
de
existir
na
asa
que
tem
o
motor
em
pane,
enquanto
na
asa
com
motor
operante
ela
continua.
Assim,
a
asa
que
tem
menos
sustentação
tende
a
descer.
O
segundo
fator
que
afeta
é
o
arrasto
gerado
pelo
motor
girando
em
molinete.
Ele
atua
como
um
escudo
contra
o
fluxo
de
ar,
e
aumenta
o
arrasto
parasita.
O
terceiro
fator
que
afeta
o
bank
é
chamado
acoplamento
aerodinâmico.
O
movimento
de
guinada
faz
com
que
o
fluxo
de
ar
sobre
a
asa
que
tem
o
motor
operante
viaje
mais
rápido,
aumentando
ainda
mais
a
sustentação
nessa
asa,
gerando
um
diferencial
na
sustentação
e
aumentando
ainda
mais
a
tendência
de
bank
para
cima
do
motor
ruim.
Motor
crítico
O
motor
crítico
é
aquele
no
qual
a
falha
mais
afeta
a
performance
ou
manobrabilidade
da
aeronave.
O
efeito
do
motor
crítico
é
mais
significante
quando
a
aeronave
está
operando
em
baixas
velocidades,
com
uma
alta
potência.
Nessa
atitude
de
alto
ângulo
de
ataque,
a
pá
que
desce
gera
mais
tração
que
a
pá
que
sobe.
Como
as
duas
giram
no
sentido
horário,
a
pá
descendente
do
motor
esquerdo
tem
um
menor
braço
em
relação
ao
centro
da
fuselagem
se
comparada
com
a
pá
do
motor
direito.
Se
o
motor
esquerdo
falhar,
o
momento
maior
associado
com
o
motor
direito
tem
mais
influencia
sobre
o
controle
direcional.
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Assim,
em
aeronaves
que
tem
os
dois
motores
girando
no
sentido
horário
(visto
a
partir
do
cockpit),
o
motor
esquerdo
é
considerado
o
motor
crítico.
Uma
maneira
de
eliminar
isso
é
instalar
motores
contra-‐rotativos,
ou
seja,
o
esquerdo
gira
no
sentido
horário,
e
o
direito
gira
no
sentido
anti-‐horário.
Assim,
as
pás
descendentes
possuem
o
mesmo
braço
em
relação
à
linha
central
da
fuselagem,
e
não
há
motor
crítico.
Se
um
motor
falhar,
a
tendência
de
bank
e
guinada
continua,
mas
não
há
um
motor
“pior“.
Boomerang:
é
um
avião
que
combina
arte
e
ciência.
É
um
avião
multimotor,
mas
com
uma
asa
mais
curta
que
a
outra.
Os
dois
motores
estão
colocados
em
posições
diferentes
e
possuem
potências
diferentes.
O
CG
fica
5
polegadas
à
esquerda
da
fuselagem.
Se
um
motor
falhar,
o
avião
continua
voando
em
linha
reta,
sem
tendências,
sem
necessidade
de
usar
o
leme.
O
design
assimétrico
é
estranho,
mas
as
características
de
voo
são
fantásticas.
Como
solucionar
o
problema
de
Guinada
e
Bank?
É
preciso
corrigir
a
tendência
de
guinada
e
bank
antes
que
o
avião
entre
em
atitude
adversa.
Aplicar
pedal
contrário,
para
cima
do
motor
bom,
é
o
primeiro
passo
e
retoma
o
controle,
desde
que
haja
velocidade
suficiente.
Com
maior
velocidade,
o
leme
tem
mais
efetividade
para
controlar
a
aeronave.
Abaixo
de
uma
certa
velocidade,
não
conseguimos
criar
força
suficiente
com
o
leme
para
controlar
a
tendência
de
guinada
do
avião.
Essa
velocidade
é
a
VMC.
VMC:
quando
a
força
criada
pela
potência
assimétrica
é
igual
à
força
gerada
pelo
rudder
em
seu
curso
máximo.
Se
estamos
usando
todo
o
leme
e
o
avião
continua
com
tendência
de
giro,
deixamos
a
velocidade
cair
abaixo
da
VMC.
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Há
uma
diferença
entre
a
VMC
publicada
e
a
VMC
real
do
avião.
A
VMC
publicada
e
plotada
na
Red
Line
é
definida
em
condições
atmosféricas
padrão.
Na
vida
real
ela
pode
mudar.
A
VMC
não
pode
ser
menor
que
1,2
VS1.
É
definida
com
o
peso
máximo
de
decolagem,
e
as
seguintes
características:
-‐ Potência
máxima
disponível
no
motor
-‐ Aeronave
trimada
para
decolagem
-‐ Flaps
na
posição
de
decolagem
(geralmente
UP)
-‐ Trem
de
pouso
recolhido
-‐ Todos
os
controles
de
propeller
na
posição
recomendada
para
decolagem
Windmilling
Propeller
Depois
de
reestabelecer
o
controle,
a
próxima
prioridade
é
recuperar
a
performance
da
aeronave.
Para
isso,
é
preciso
eliminar
uma
fonte
enorme
de
arrasto,
que
é
a
hélice
girando
em
molinete.
O
aumento
de
arrasto
parasita
gerado
pela
hélice
girando
em
molinete
pode
ser
maior
que
o
arrasto
total
gerado
pelo
resto
da
aeronave.
Se
a
hélice
está
em
posição
de
High
RPM,
com
as
pás
relativamente
em
passo
mínimo,
o
disco
gerado
pela
hélice
gera
uma
área
enorme
de
arrasto,
além
de
causar
um
distúrbio
no
ar
ao
redor
desse
motor.
Para
resolver
esse
problema,
embandeiramos
a
hélice.
Isso
faz
com
que
o
passo
seja
máximo,
quase
alinhado
com
o
vento
relativo,
o
que
reduz
o
arrasto
significativamente,
pois
a
área
que
produz
arrasto
parasita
é
reduzida.
Isso
também
faz
com
que
a
hélice
pare
de
girar.
Então,
além
de
diminuir
o
arrasto,
isso
faz
com
que
o
motor
pare
de
girar,
e
evita
maiores
danos
à
ele.
Sideslip
(derrapagem)
Após
termos
retomado
o
controle
e
reduzido
o
arrasto
pelo
embandeiramento
da
hélice,
ainda
temos
um
problema.
Apesar
da
aplicação
de
leme
manter
o
controle,
ao
aplicarmos
leme
para
cima
do
motor
bom,
fazemos
com
que
o
avião
“derrape“
ou
“escorregue“
para
cima
do
motor
ruim.
É
difícil
detectar
isso
a
partir
do
cockpit.
O
piloto
vê
as
asas
niveladas,
o
inclinômetro
centrado,
e
o
avião
mantendo
um
heading
constante.
Como
saber
então
que
esse
“sideslip“
ocorre?
Existem
experimentos
que
provam
isso
e
que
usam
barbantes
amarrados
ao
parabrisa
da
aeronave.
Esse
efeito
aumenta
o
arrasto
e
diminui
nossa
performance.
É
como
se
estivéssemos
caranguejando,
mas
sem
querer.
Como
o
sideslip
pode
reduzir
a
efetividade
do
leme,
é
necessário
manter
uma
velocidade
maior
que
a
VMC
publicada
para
manter
o
controle
da
aeronave.
Isso
visa
gerar
um
fluxo
de
ar
suficiente
sobre
o
estabilizador
vertical,
para
manter
a
efetividade
do
leme.
Em
alguns
casos,
o
sideslip
pode
aumentar
a
VMC
em
até
20KT
e
reduzir
a
performance
de
subida
em
centenas
de
pés
por
minuto.
Qual
a
solução
para
o
sideslip?
Um
bank
para
cima
do
motor
bom.
Ao
fazer
isso,
podemos
zerar
o
efeito
do
sideslip,
chamado
zedo
sidelsip
attitude.
Podemos
ganhar
de
volta
a
controlabilidade
e
performance
da
aeronave.
Quanto
bank
usar?
Antigamente
se
acreditava
que
5
graus
de
bank
eram
suficientes.
Hoje
se
usa
de
1
a
3
graus,
varia
de
aeronave
para
aeronave.
O
ideal
é
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
fazer
o
teste
para
sua
aeronave,
usando
um
barbante,
induzindo
uma
pane
de
motor
e
verificando
com
qual
bank
o
barbante
fica
alinhado
com
o
parabrisa.
A
bolinha
do
inclinômetro
normalmente
indica
uma
deflexão
para
cima
do
motor
bom.
Com
isso
controlado,
aumenta
a
efetividade
do
leme,
pois
o
vento
relativo
agora
está
alinhado
com
o
eixo
longitudinal
da
aeronave.
Isso
faz
a
VMC
diminuir
e
a
performance
aumenta
(como
o
arrasto
diminui,
há
mais
potência
disponível
para
subir).
Controlabilidade
vs
Performance
Os
fatores
que
mais
causam
acidente
em
panes
são
a
perda
de
controle
direcional,
perda
de
performance
de
subida
e
perda
de
velocidade,
levando
a
um
stall/parafuso.
Todos
estão
relacionados.
Se
o
piloto
tentar
livrar
o
terreno
após
pane
na
decolagem,
pode
tentar
aumentar
o
ângulo
de
ataque,
levando
a
uma
perda
de
velocidade
e
consequente
stall/parafuso,
ou
perda
de
controle
direcional
se
a
velocidade
cair
abaixo
da
VMC.
Um
elemento
que
aumenta
a
controlabilidade
pode
causar
um
decréscimo
na
performance.
Vejamos
alguns
exemplos:
Peso:
em
termos
de
performance,
aeronave
mais
leve
sobe
mais.
Mas
menor
peso
não
significa
menor
VMC.
Em
termos
de
controlabilidade,
aeronave
pesada,
em
voo
nivelado,
gera
também
mais
sustentação
(Lift=Weight).
Quando
corrigindo
o
zero
sideslip,
em
uma
aeronave
mais
pesada,
temos
uma
maior
componente
horizontal
de
sustentação,
e
isso
faz
com
que
a
VMC
diminua.
Isso
não
significa
que
seja
seguro
voar
com
a
aeronave
muito
pesada,
pois
a
performance
de
subida
pode
ser
muito
afetada,
principalmente
se
a
altitude
densidade
for
elevada.
CG:
um
CG
mais
para
trás
reduz
a
controlabilidade
da
aeronave,
pois
diminui
o
braço
entre
o
CG
e
o
leme,
e
isso
gera
menos
efetividade
do
leme.
Isso
faz
com
que
a
VMC
aumente
com
um
CG
mais
para
trás,
e
diminua
se
o
CG
estiver
mais
à
frente.
Quando
o
trem
de
pouso
é
baixado,
o
CG
baixa
também,
gerando
o
chamado
efeito
quilha.
Isso
melhora
a
controlabilidade
da
aeronave
e
reduz
a
VMC.
Ao
mesmo
tempo
que
melhora
a
controlabilidade,
trem
de
pouso
e
flaps
aumentam
o
arrasto.
Potência:
quanto
maior
a
altitude
e/ou
temperatura,
menor
a
densidade,
menor
a
tração
gerada
pelo
motor
e
menor
a
tendência
do
avião
“girar”.
Isso
também
faz
a
VMC
reduzir.
Entretanto,
qualquer
redução
de
potência
pode
degradar
a
performance
de
subida.
Entretanto,
ainda
que
a
VMC
diminuía
com
a
altitude,
a
velocidade
de
stall
continua
a
mesma,
pois
ela
depende
do
peso
da
aeronave.
Em
altitudes
muito
altas,
é
possível
que
o
avião
atinja
a
velocidade
de
stall
antes
de
atingir
a
VMC.
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Curvas
aumentam
o
arrasto
induzido,
à
medida
que
aumentamos
o
ângulo
de
ataque
para
manter
altitude
em
uma
curva.
Recomenda-‐se
usar
no
máximo
15
graus
de
bank
em
curvas
quando
monomotor.
Quanto
maior
a
inclinação
em
uma
curva,
maior
o
decréscimo
de
performance
de
subida.
Cabe
ao
piloto
fazer
um
julgamento.
Se
o
dia
estiver
muito
quente,
por
exemplo,
decolar
com
menos
peso
é
essencial
para
manter
a
performance
de
subida.
Operações
no
Solo
Acionamento:
acionamos
um
motor
de
cada
vez.
Geralmente
o
fabricante
manda
acionar
o
motor
que
está
mais
próximo
da
bateria,
pois
melhora
a
eficiência
da
partida.
Não
é
incomum
haver
pequenas
diferenças
na
posição
do
throttle,
propeller
e
mixture
para
manter
o
motores
com
os
mesmos
parâmetros.
Taxi:
a
aeronave
é
mais
pesada
de
taxiar
e
pode
precisar
de
mais
potência.
Cheque
os
freios
imediatamente
após
começar
a
se
mover.
Se
houver
problema
de
freio,
corte
os
motores.
O
controle
no
táxi
deve
ser
feito
primeiramente
pelo
steering
wheel,
via
pedal.
A
potência
assimétrica
deve
ser
a
segunda
opção,
e
deve
ser
usada
para
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
diminuir
o
raio
de
curva
do
avião,
ou
em
situações
de
vento
cruzado.
O
aumento
de
potência
em
um
motor
pode
ter
o
mesmo
efeito
que
um
aileron
defletido
quando
taxiando
com
vento
cruzado.
Deve-‐se
usar
os
freios
apenas
quando
necessário,
evitando
desgaste.
Before
takeoff
check:
teremos
o
cheque
de
embandeiramento
e
do
sistema
de
crossfeed.
Trazer
a
manete
de
propeller
toda
para
trás,
uma
de
cada
vez,
para
testar
embandeiramento.
A
RPM
cai
rapidamente,
mas
não
deve
ser
reduzida
a
mais
de
500
RPM.
Depois,
retornamos
para
a
posição
de
passo
mínimo.
Decolagem
e
Subida
Antes
de
entrar
na
pista
deve-‐se
fazer
o
takeoff
briefing.
Na
decolagem,
é
preciso
ganhar
a
maior
altitude
possível,
pois
é
a
altitude
que
nos
dá
a
margem
de
segurança
em
caso
de
falha
de
motor.
Deve-‐se
manter
a
Vy,
com
a
melhor
razão
de
subida.
Nessa
velocidade,
estaremos
acima
da
Vyse,
e
ganharemos
a
maior
altitude
no
menor
tempo
possível,
com
os
dois
motores
funcionando.
Qualquer
velocidade
maior
ou
menor
que
a
Vy
vai
reduzir
nossa
performance.
Ganhar
altitude,
nesse
primeiro
momento,
é
mais
importante
que
ganhar
velocidade.
A
hélice
deve
ser
sincronizada
durante
a
subida
inicial,
após
termos
feito
a
primeira
redução
de
potência.
Para
fazer
isso,
coloque
as
duas
hélices
na
mesma
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
RPM.
Teremos,
provavelmente,
um
som
“pulsante“.
Deve-‐se
trazer
lentamente
uma
manete
de
propeller
para
trás,
e
ver
se
o
som
aumenta
ou
diminui.
Se
o
som
aumentar,
mova
a
manete
na
posição
contrária,
até
que
diminua.
Talvez
seja
necessário
fazer
esse
ajuste
novamente
quando
em
voo
de
cruzeiro.
Lembre-‐se
que
alguns
aviões
tem
um
sistema
para
fazer
isso
automaticamente.
A
ordem
para
aplicar
mais
potência
é:
mistura,
propeller
e
throttle.
Fique
atento,
na
decolagem,
para
diferenças
na
potência
dos
motores
e
como
elas
afetam
o
controle.
É
uma
boa
ideia
desligar
uma
bomba
de
combustível
por
vez
após
a
decolagem,
pois
isso
permite
que
o
piloto
desligue
a
bomba
e
possa
monitorar
os
parâmetros
do
motor,
para
ver
se
o
fuel
flow
é
afetado.
Short-‐Field
Takeoff
and
Climb
A
decolagem
curta,
ou
decolagem
de
máxima
performance,
permite
decolar
de
uma
pista
curta
e
livrar
os
obstáculos
no
fim
da
pista.
Deve-‐se
manter
o
controle
a
todo
custo,
e
nunca
permitir
que
a
velocidade
caia
abaixo
da
recomendada
pelo
fabricante
para
essa
manobra.
Deve-‐se
setar
os
flaps,
segurar
nos
freios
e
aplicar
potência
máxima.
Deve-‐se
soltar
os
freios
e
começar
a
corrida
mantendo
o
profundor
em
posição
neutra.
Puxar
o
manche
e
decolar
com
VMC
+
5KT,
ou
a
velocidade
prevista
pelo
fabricante.
Jamais
decole
com
velocidade
abaixo
da
VMC.
Deve-‐se
estabelecer
razão
de
subida
positiva
e
acelerar
para
a
Vx.
Recolher
o
trem
assim
que
razão
de
subida
positiva
for
estabelecida.
Manter
a
Vx
até
atingir
no
mínimo
50ft
AGL,
ou
ter
livrado
todos
os
obstáculos.
Após
livrar
os
obstáculos,
acelerar
para
a
Vy
e
recolher
os
flaps
de
maneira
gradativa.
Setar
a
potência
e
fazer
o
after
takeoff
checklist.
Cruzeiro
e
Descida
Cruzeiro:
deve-‐se
usar
as
configurações
do
fabricante,
conforme
a
altitude
a
ser
voada.
Descida:
aeronaves
multimotoras
descem
rápido
e
são
pesadas.
Deve-‐se
planejar
bem
para
ajustar
a
potência
e
fazer
mínimas
correções
na
descida.
Aproximação
e
Pouso
A
potência
apropriada
deve
ser
estabelecida
antes
de
entrar
no
circuito.
Uma
vez
setada
a
potência,
o
arrasto
gerado
pelos
flaps
e
pelo
trem
de
pouso
vai
reduzir
a
velocidade
da
aeronave.
Jamais
voar
abaixo
da
VMC
(engine-‐out
minimum
control
speed).
Talvez
seja
preciso
reduzir
a
velocidade
para
dar
espaço
a
outras
aeronaves.
O
piloto
deve
planejar
isso.
O
Before
Landing
Checklist
deve
ser
feito
na
perna
do
vento.
Quando
baixar
o
trem,
verifique
se
as
três
luzes
estão
verdes.
Cheque
pela
primeira
vez
quando
baixar
o
trem
na
perna
do
vento.
Cheque
novamente
na
perna
base,
e
cheque
pela
última
vez
na
final.
Na
perna
base
pode-‐se
colocar
mais
flap,
se
necessário.
Na
final
pode-‐se
dar
Full
Flaps.
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Pode-‐se
usar
o
método
de
caranguejar,
e
de
baixar
a
asa
para
o
lado
do
vento,
se
isso
for
necessário.
Short-‐Field
Approach
and
Landing
O
pouso
curto
requer
que
se
manobre
a
aeronave
sobre
um
obstáculo
de
50ft
de
altura
e
que
se
use
o
menor
comprimento
de
pista
possível
para
pousar.
É
considerada
uma
manobra
de
alta
performance
e
deve
ser
planejada
antecipadamente.
Deve-‐se
usar
Full
Flaps,
e
adota-‐se
uma
velocidade
menor
de
aproximação,
bem
como
um
ângulo
mais
acentuado
de
descida.
Usamos
uma
potência
constante
até
o
flare,
quando
reduzimos
toda
a
potência.
Deve-‐se
tocar
na
pista
dentro
de
100ft
(30m)
do
ponto
de
pouso,
sem
flutuar
muito.
Dica:
se
o
avião
tiver
tanques
de
ponta
de
asa
(Tip-‐tank),
quando
fazendo
um
pouso
curto,
deve-‐se
certificar
que
os
tanques
não
estão
cheios.
O
impacto
do
avião
com
o
solo
em
um
pouso
duro
pode
causar
um
stress
na
fuselagem,
deformando
a
mesma,
se
os
tanques
estiverem
cheios.
Após
tocar
no
solo,
mantenha
o
manche
cabrado,
aplique
os
freios
e
recolha
os
flaps
conforme
necessário.
Arremetida
Aplicar
potência
imediatamente
após
decidir
arremeter.
Recolher
os
flaps
parcialmente,
ou
conforme
recomendado
pelo
fabricante.
Jamais
deixar
a
velocidade
cair
abaixo
da
VMC
ou
Vyse.
Manter
razão
de
subida
positiva
e
recolher
o
trem
de
pouco,
conforme
o
manual
de
operação
da
aeronave.
Após
isso,
deve-‐se
trimar
o
avião.
É
essencial
estabelecer
razão
de
subida
positiva
e
reduzir
o
arrasto
o
mais
rápido
possível.
Para
evitar
conflito
de
tráfego
durante
a
arremetida,
deve-‐se
fazer
uma
curva
para
o
lado
oposto
ao
circuito,
ou
seja,
se
as
curvas
são
pela
esquerda,
na
arremetida,
curve
para
a
direita
e
voe
paralelo
à
pista.
Se
o
circuito
tiver
curvas
pela
direita
(não-‐padrão),
curve
à
esquerda
na
arremetida,
e
voe
paralelo
à
pista.
Quanto
tiver
livrado
os
obstáculos,
recolha
todo
o
flap
e
acelere
para
a
Vy.
Após
atingir
a
altitude
de
segurança,
ajuste
a
potência
e
faça
os
checklists.
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Aproximação
estabilizada
A
FAA
define
aproximação
estabilizada
como
sendo
a
aproximação
na
qual,
a
500ft
AGL,
a
aeronave
está
completamente
configurada
para
pouso,
alinhada
com
a
centerline,
e
com
um
ângulo
de
descida
constante
em
direção
à
touchdown
zone.
A
velocidade
na
final
não
deve
ser
menor
que
a
Vyse
e
em
nenhum
caso
menor
que
a
VMC.
O
pouso
estolado
não
é
recomendado,
e
deve-‐se
fazer
o
flare
em
Idle.
Procedimentos
de
Emergência
Em
falha
de
motor,
o
avião
curva
para
cima
do
motor
ruim.
Se
a
falha
de
motor
for
parcial,
ou
seja,
se
o
motor
ganhar
e
perder
potência
(power
surge),
pode
ser
difícil
identificar
qual
motor
está
em
pane.
Existem
algumas
ações
iniciais
para
manter
o
controle
da
aeronave.
Pitch:
depois
de
aplicar
leme
para
retomar
o
controle,
deve-‐se
usar
o
pitch
para
buscar
a
blue
line
(Vyse),
para
obter
a
melhor
performance.
Em
algumas
situações,
como
decolagens
curtas,
onde
adotamos
a
Vxse,
pode
ser
necessário
baixar
o
nariz
para
atingir
a
Vyse.
Se
a
velocidade
estiver
abaixo
da
VMC,
o
primeiro
passo
é
manter
o
controle
direcional.
Deve-‐se
reduzir
a
potência
do
motor
operante
para
eliminar
a
potência
assimétrica,
e
depois
baixar
o
nariz
para
aumentar
a
velocidade.
Note
que
esse
procedimento
é
diferente
do
utilizado
se
estivermos
acima
da
VMC.
A
Vyse
pode
variar
conforme
o
peso
da
aeronave.
Deve-‐se
verificar
essas
informações
no
Pilots
Operating
Handbook.
Potência:
geralmente
se
aplica
mais
potência
nos
motores,
primeiro
avançando
as
misturas,
depois
propeller,
e
depois
throttle.
Cuidado
com
o
limite
de
tempo
para
operar
com
potência
máxima
em
alguns
motores.
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Ajustar
a
mistura
pode
ser
o
passo
necessário
para
recuperar
o
motor
em
pane.
Em
muitos
casos
é
benéfico
recolher
o
trem
de
pouso
e
flaps
em
caso
de
perda
do
motor,
para
reduzir
o
arrasto,
principalmente
em
voos
de
treinamento
a
baixa
velocidade.
No
circuito
de
tráfego,
pode
ser
melhor
deixar
o
trem
baixado.
Se
o
piloto
consegue
chegar
à
pista,
recolher
o
trem
de
pouso
e
depois
baixa-‐lo
em
um
curto
período
de
tempo
só
aumenta
a
carga
de
trabalho.
Além
disso,
é
melhor
não
arriscar
recolher
o
trem,
pois
se
ele
falhar
para
baixar,
teremos
mais
um
problema.
O
segundo
passo
é
identificar
o
motor
em
pane.
Para
isso,
vamos
estar
controlando
a
aeronave
com
o
pedal.
Podemos
usar
a
dica
“perna
morta,
motor
morto“,
ou
seja,
se
a
perna
em
que
não
estamos
fazendo
pressão
for
a
esquerda,
o
motor
esquerdo
é
o
que
está
em
pane.
Algumas
vezes
pode-‐se
levar
vários
minutos
para
identificar
o
motor
em
pane
com
base
nos
instrumentos,
então
é
melhor
identificá-‐lo
com
base
no
giro
da
aeronave.
É
uma
boa
ideia
colocar
a
mão
sobre
a
perna
que
não
está
fazendo
pressão
no
leme
e
dizer
em
voz
alta:
perna
morta,
motor
morto.
É
um
método
mais
efetivo
que
confiar
nos
instrumentos
do
motor.
Verificação
do
motor
em
pane
–
Reduzir
a
manete
Após
identificado
o
motor
em
pane,
devemos
verificá-‐lo
,
retardando
a
manete
de
potência
desse
motor.
Por
que
reduzir
a
manete
do
motor
em
pane?
Se
você
reduzir
a
manete
do
motor
em
pane
e
a
performance
de
subida
ou
a
pressão
necessária
no
pedal
para
controlar
a
aeronave
não
mudar,
saberá
que
identificou
o
motor
certo.
Se
a
manete
reduzida
for
a
do
motor
operante,
veremos
que
vai
haver
perda
de
performance,
e
a
pressão
necessária
no
pedal
para
manter
o
avião
sob
controle
vai
diminuir.
Nesse
caso,
o
piloto
sabe
que
identificou
o
motor
errado.
O
fato
de
identificar
um
motor
errado
não
é
o
problema.
O
problema
é
não
reduzir
a
manete
do
motor
em
pane,
ou
seja,
não
fazer
a
verificação,
e
cortar
o
motor
errado.
É
para
isso
que
existe
o
procedimento
de
reduzir
a
manete:
garantir
que
estamos
identificando
o
motor
certo.
Resolução
da
pane
Só
tente
fazer
a
pesquisa,
ou
resolver
o
problema,
se
houver
altitude
e
tempo
suficiente
para
isso.
Logo
após
a
decolagem,
em
baixas
altitudes,
no
circuito
de
tráfego
ou
em
condições
IFR
é
melhor
embandeirar
o
motor
imediatamente.
Em
voo
de
cruzeiro,
se
houver
tempo,
pode-‐se
fazer
a
pesquisa
e
tentar
reacionar
o
motor.
Embandeirar
O
processo
varia
de
aeronave
para
aeronave,
mas
o
mais
comum
é
colocar
a
manete
em
idle,
cortar
e
mistura
e
passar
a
manete
de
propeller
para
a
posição
de
embandeiramento.
Para
tirar
a
hélice
dessa
posição
e
retornar
ao
normal,
alguns
equipamentos
contam
com
acumuladores
para
desembandeirar
a
hélice.
Se
o
avião
não
tiver
isso,
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
deve-‐se
acionar
o
starter
para
reacionar
o
motor.
A
hélice
vai
começar
a
se
mover
para
um
pitch
menor,
e
o
vento
relativo
vai
ajudar
a
iniciar
a
rotação
e
o
reacionamento
do
motor.
Após
o
reacionamento,
deve-‐se
manter
a
potência
mínima
até
que
as
temperaturas
estejam
dentro
do
normal,
para
evitar
danificar
o
motor
ao
aplicar
muita
potência
em
baixas
temperaturas.
Bank
para
cima
do
motor
bom
Supondo
que
tenhamos
feito
o
embandeiramento,
deve-‐se
curvar
para
cima
do
motor
bom,
a
fim
de
corrigir
o
zero
sideslip
e
atingir
a
melhor
performance
da
aeronave.
A
quantidade
de
bank
varia
de
avião
para
avião.
Geralmente
é
entre
2
e
3
graus.
Engine
secure
Se
houver
tempo,
podemos
fazer
o
engine
secure,
para
garantir
que
não
esquecemos
nada.
Geralmente
isso
inclui
cortar
o
combustível
e
o
suprimento
elétrico
associado
ao
motor
que
falhou.
Monitore
o
motor
operante,
principalmente
temperatura
e
pressão
do
óleo,
para
garantir
que
ele
não
está
sendo
sobrecarregado.
Se
ele
ficar
muito
quente,
enriqueça
a
mistura
e
abra
os
cowl
flaps
para
o
resfriamento.
Além
disso,
com
a
perda
de
um
motor,
perdemos
um
alternador.
Deve-‐se
reduzir
a
carga
elétrica,
desligando
os
equipamentos
que
não
forem
necessários.
Considere
usar
a
crossfeed
para
fazer
o
balanceamento
de
combustível.
Cenários
para
falha
de
motor
Decolagem
ou
arremetida
é
a
fase
mais
crítica
para
pane,
pois
o
avião
está
lento,
perto
do
solo,
e
ainda
pode
ter
o
trem
de
pouso
ou
flaps
estendidos.
Até
que
seja
embandeirada,
a
hélice
produz
um
arrasto
enorme,
reduzindo
a
performance.
A
perda
de
motor
após
a
decolagem
pode
ser
classificada
em
três
cenários.
Falha
de
motor
na
decolagem
Landing
gear
down:
se
o
trem
ainda
não
estiver
recolhido,
pouse
em
frente,
mesmo
que
saia
da
pista.
Não
há
outro
jeito.
Landing
gear
selecionado
para
up,
mas
com
baixa
performance
de
subida:
se
estiver
operando
perto
do
teto
monomotor
da
aeronave
e
tiver
uma
pane,
deve-‐se
pousar
à
frente.
Não
há
como
manter
o
avião
voando.
Se
necessário,
mantenha
a
Vyse
e
controle
o
avião
até
o
pouso.
Nesse
caso,
muito
provavelmente
a
razão
de
subida
será
negativa,
e
o
piloto
voará
até
o
local
da
queda.
Landing
gear
up,
com
performance
de
subida
adequada:
continue
o
voo.
Preocupe-‐se
com
o
controle,
configuração,
subida
e
checklist.
Falha
de
motor
em
voo
Se
houver
tempo,
tente
resolver.
Se
operando
em
IMC,
o
melhor
pode
ser
embandeirar
o
motor
e
seguir
para
o
pouso.
Aproximação
e
pouso
monomotor
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
É
quase
igual
a
aproximação
com
dois
motores.
Temos
menos
potência
disponível.
Usa-‐se
mais
potência
que
o
normal
no
motor
operante.
Se
houver
velocidade
e
performance
adequada,
o
trem
de
pouso
pode
ser
baixado
na
perna
do
vento.
O
flap
10
também
pode
ser
acionado
na
perna
do
vento.
A
velocidade
não
deve
ser
menor
que
a
Vyse.
É
preferível
curvar
para
cima
do
motor
bom.
Flape
25
pode
ser
dado
na
perna
base,
e
full
flap
na
final
com
pouso
garantido,
desde
que
a
performance
seja
suficiente.
Se
a
performance
não
for
suficiente,
aguarde
para
aplicar
flap
mais
próximo
do
pouso.
Chegue
um
pouco
mais
alto
para
garantir
uma
margem.
Pode-‐se
reduzir
para
1.3
Vso
na
final.
É
recomendável
pousar
com
o
rudder
trim
zerado,
para
evitar
o
efeito
contrário
do
leme
quando
o
motor
for
reduzido.
Arremetida
monomotor
deve
ser
evitada.
Uma
vez
na
final,
com
trem
de
pouso
baixado
e
flaps
estendidos,
ele
está
comprometido
a
pousar.
Se
não
for
na
pista,
que
seja
na
grama,
taxiway
ou
similar.
O
multimotor
leve
não
tem
a
capacidade
de
subir
com
um
motor
inoperante,
com
trem
baixo
e
flaps
estendidos.
QRH
do
Sêneca
Baseado
nos
procedimentos
do
manual.
Tem
os
Non-‐normal
procedures
e
os
Emergency
Procedures.
Os
procedimentos
são
do
tipo
Recall/Memory
Items
e
também
do
tipo
Read
and
Do.
Deve-‐se
escolher
o
checklist
adequado
para
cada
tipo
de
pane.
No
solo
o
comandante
é
sempre
PF,
e
o
FO
é
o
PM.
Em
voo
pode-‐se
mudar
isso.
Memory
items:
devem
ser
decorados.
Envolvem
compreensão
de
uma
sequência
de
eventos.
Spin
Recovery
Os
regulamentos
da
FAR
não
exigem
demonstração
de
parafuso
em
aeronaves
multimotoras,
então
não
se
deve
executar.
Multi-‐Crew
Coordination
O
objetivo
do
treinamento
em
MCC
é
otimizar
a
tomada
de
decisão,
comunicação,
divisão
de
tarefas,
uso
de
checklists,
supervisão
mútua,
trabalho
em
equipe
e
suporte
durante
todas
as
fases
do
voo.
O
treinamento
é
focado
no
desenvolvimento
de
habilidades
não-‐técnicas
aplicadas
ao
trabalho
em
ambiente
de
tripulação
múltipla.
Na
divisão
atual
do
cockpit,
temos
as
funções
de
PM
e
PF,
cada
qual
com
suas
área
de
responsabilidade
em
relação
à
manipulação
de
controles
e
monitoramento
de
displays
internos.
As
tecnologias
utilizadas
podem
ser
divididas
entre
hard
e
soft:
Hard:
instrumentos
e
artefatos
físicos
manipulados,
como
computadores
e
piloto
automático.
Soft:
tecnologias
não
físicas,
como
a
padronização
para
a
execução
de
procedimentos.
A
divisão
entre
PF
e
PM
visa
reduzir
a
carga
de
trabalho,
e
manter
um
piloto
na
condição
de
backup
do
outro.
A
automação
é
um
terceiro
agente
da
cabine,
pois
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
tem
capacidades
de
realizar
tarefas
cooperativas
no
sistema,
tais
como
ações
de
controle,
processamento
de
informação
e
tomada
de
decisão.
O
entendimento
que
um
piloto
tem
de
uma
situação
depende
da
coordenação.
A
coordenação
tem
três
princípios
básicos:
diretividade,
interprevisibilidade
e
common
ground.
Diretividade:
iniciativa
de
comandao
(ordenação)
de
ação
a
ser
executada.
Interprevisibilidade:
tornar
visível
à
outra
parte
qual
será
a
ação
seguinte
do
sistema.
Common
Ground:
é
um
sincronia.
Existem
parâmetros
temporais
que
precisam
ser
sincronizados,
como
o
tempo
do
piloto,
tempo
da
automação
e
tempo
do
processo.
O
trabalho
no
cockpit
está
organizado
em
cilcos
de
preparação
da
cabine.
Cada
ciclo
determina
um
conjunto
de
atividades
e
um
contexto
diferenciado
de
operação.
Os
canais
de
comunicação
precisam
ser
constantemente
testados.
Nem
sempre
o
que
o
comunicador
fala
é
compreendido
pelo
receptor.
A
tomada
de
decisão
tem
um
plano
de
ação:
voe,
navegue,
comunique,
gerencie.
O
gerenciamento
inclui:
entenda
o
problema
antes
de
agir.
Avalie
o
risco
e
a
pressão
do
tempo.
Planeja
a
estratégia
e
contingência.
Considere
as
implicações
antes
de
decidir.
Gerencie
a
carga
de
trabalho.
Temos
o
acrônimo
MENA
(Memory
Items,
Emergncy,
Normal,
Abnormal).
Divisão
de
Tarefas
em
contingências:
No
solo:
comandante
é
o
PF
para
todas
as
ações,
exceto
a
partida
dos
motores,
que
será
executada
pelo
copiloto.
Em
voo:
após
situações
de
emergência
e
anormais,
o
PF
avalia
a
situação
e
sugere
a
decisão,
validade
pelo
comandante.
LOFT
–
Line
Oriented
Flight
Training
O
LOFT
visa
desenvolver
habilidades
gerenciais
e
de
equipes.
Trabalho
em
equipe:
duas
ou
mais
pessoas
interagindo
de
maneira
dinâmica,
interdependente,
e
adaptativa
para
uma
missão
em
comum.
Modelos
Mentais:
mecanismos
pelos
quais
o
ser
humano
é
capaz
de
gerar
descrições
de
formas
e
propósitos
de
sistemas.
LOFT
(Line-‐Oriented
Flight
Training):
refere-‐se
ao
emprego
de
cenários
em
simuladores,
a
fim
de
“simular“,
da
maneira
mais
real
possível,
ambientes
operacionais
de
voo,
com
o
propósito
de
formar
tripulações
de
voo.
LOS
(Line-‐Operations
Simulation):
é
um
sinônimo
para
full-‐mission
simulation.
Seria
toda
a
estrutura
definida
dentro
de
um
cenário
de
operação
a
ser
realizado.
O
LOFT,
então,
é
o
uso
de
LOS
com
propósitos
de
treinamento.
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Cenários
de
LOFT
devem
simular
situações
típicas
da
operação
diária,
que
requeiram
uma
boa
habilidade
da
tripulação
para
ser
solucionada.
Os
cenários
não
devem
ser
desenvolvidos
para
aumentar
a
carga
de
trabalho
dos
pilotos
(múltiplas
panes
e
falhas
não
relacionadas).
Devem
possuir
múltiplas
opções
para
a
tripulação,
e
não
apenas
um
meio
certo
de
resolvê-‐lo.
Mais
importantes
do
que
a
realização
do
voo
são
o
briefing,
debriefing
e
a
crítica.
Facilitador:
apenas
participará
para
compor
o
cenário,
desempenhando
papéis
(ATC,
despachante,
manutenção).
No
debriefing
e
crítica,
deve
estimular
a
reflexão
da
tripulação.
Somente
após
ter
feito
isso
é
que
o
facilitador
deve
apresentar
suas
críticas,
não
sendo
um
julgamento.
LOFT
é
um
treinamento
de
julgamento
e
tomada
de
decisão.
Certas
soluções
não
tem
uma
solução
única
e
simples.
O
briefing
é
uma
maneira
de
compartilhar
um
modelo
mental.
Os
Mini-‐briefings
não
estão
previstos
na
linha,
mas
são
muito
úteis.
O
LOFT
avalia
o
uso
de
habilidades
não-‐técnicas.
Usa
para
isso
os
Behavioural
Markers.
Behavioural
Markers
são
comportamentos
observáveis
esperados
que
a
tripulação
demonstre
durante
o
evento.
O
comportamento
observável
deve
ser
definido
para
habilidades
técnicas
e
NOTECHS.
Radar
Meteorológico
O
radar
meteorológico
objetiva
detectar
formações
ao
longo
da
trajetória
de
voo,
dando
ao
piloto
indicações
visuais
da
intensidade
dessas
formações.
Ele
mostra
os
níveis
de
intensidade
em
cores
distintas.
Após
uma
avaliação
o
piloto
pode
optar
por
realizar
desvios.
São
quatro
cores
para
os
níveis
de
intensidade:
Very
Heavy:
magenta
Heavy:
Vermelho
Less
Severe:
Amarelo
Moderate:
Verde
Em
voo,
nuvens
Cumulonimbus
(CB)
são
os
maiores
causadores
de
danos
advindos
de
turbulência
e
precipitação
pesada.
O
granizo
(Hail)
é
considerado
a
maior
ameaça
dentro
destas
nuvens,
principalmente
porque
os
radares
não
o
identificam
com
precisão
e
pelos
danos
causados
por
eles.
Abaixo
do
FL100:
granizo
encontrado
abaixo
da
tempestade,
nas
nuvens
ou
ao
redor
dela
(até
2NM).
Entre
o
FL100
e
o
FL200:
60%
do
granizo
é
encontrado
dentro
do
CB
e
40%
encontrado
fora
da
nuvem,
abaixo
da
bigorna.
Acima
do
FL200:
maioria
do
granizo
encontrada
dentro
do
CB.
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
A
turbulência
associada
ao
CB
não
está
limitada
ao
interior
da
nuvem.
Os
radares
meteorológico
não
conseguem
detectar
turbulência
de
ar
claro,
por
isso
são
necessárias
medidas
preventivas
quando
passando
próximo.
Para
minimizar
a
chance
de
turbulência
severa,
o
CB
deve
ser
evitado
por
no
mínimo
5000ft
verticalmente
e
20NM
lateralmente.
Os
raios
são
forte
indício
de
turbulência
severa.
Os
radares
meteorológicos
detectam
somente
gotículas
de
água
em
suspensão.
A
quantidade
e
tamanho
destas
gotículas
determinam
o
quanto
será
detectado
podendo
as
gotículas
de
água
ser
5
vezes
mais
refletivas
aos
radares
do
que
uma
gotícula
de
gelo
do
mesmo
tamanho.
Os
radates
detectam:
chuva,
granizo,
cristais
de
gelo.
Os
radares
não
detectam:
nuvens,
nevoeiro
ou
vento;
CAT,
tempestades
de
areia,
raios.
O
retorno
de
radar
depende
da
precipitação.
Água
retorna
com
mais
intensidade.
Em
níveis
muito
altos,
o
retorno
do
sinal
é
mais
fraco
devido
à
maior
quantidade
de
cristais
de
gelo,
e
é
maior
na
parte
do
meio,
onde
a
água
é
predominante.
TILT:
ângulo
entre
o
centro
do
feixe
e
o
horizonte
RANGE:
é
essencial
na
otimização
do
ajuste
do
TILT
GAIN:
ajusta
a
sensibilidade
do
receptor
TILT:
o
ajuste
do
TILT
evita
o
overscanning
e
underscanning
das
formações.
O
ideal
é
obter
um
pouco
do
retorno
do
solo
no
topo
do
displau.
Para
decolagem
e
subida,
o
TITL
deve
ser
ajustado
para
as
formações
esperadas
acima
da
aeronave.
O
TILT
deve
ser
modificado
sempre
que
o
range
e
altitude
forem
alterados.
Os
níveis
superiores
de
um
CB,
por
conterem
gelo,
fazem
com
que
as
imagens
de
radar
não
representem
a
severidade
da
atividade.
Para
uma
melhor
detecção,
o
TILT
deve
ser
apontado
em
direções
a
níveis
mais
baixos
da
formação.
Áreas
amarelas
ou
verdes
acima
de
uma
área
vermelha
são
indicações
de
muita
turbulência.
RANGE:
para
evitar
grandes
formações,
deve-‐se
tomar
decisões
enquanto
ainda
estão
40NM
distantes.
É
importante
selecionar
diferentes
ranges
para
avaliar
tanto
a
situação
de
perto
como
a
de
longe,
e
evitar
o
“corredor
cego“.
O
PF
geralmente
reduz
seu
range
para
programar
os
desvios,
enquanto
o
PM
aumenta
o
range
para
visualizar
a
rola
mais
longa.
GAIN:
o
ganho
ajusta
a
sensibilidade
do
receptor.
Uma
redução
do
ganho
permite
detectar
células
mais
fortes
em
casos
onde
várias
estão
mescladas.
Se
reduzirmos
o
ganho,
áreas
mais
vermelhas
lentamente
se
tornam
amarelas,
as
amarelas
se
tornam
verdes,
e
as
verdes
desaparecem.
As
células
vermelhas
que
restarem
apresenta-‐se
realmente
fortes,
e
devem
ser
evitadas
ao
máximo.
Um
aumento
do
ganho
pode
ser
utilizado
em
altas
altitudes,
onde
partículas
de
água
estão
congeladas
e
as
nuvens
são
menos
refletidas.
O
aumento
do
ganho
pode
melhorar
a
avaliação
da
tempestade.
Resumo
de
Técnicas
de
Pilotagem
Patrick
Ericksson
–
2016
Dedos
ou
ganchos
no
radar
geralmente
contém
granizo
em
seus
centros.
Um
formato
de
U
também
é
associado
à
uma
coluna
de
granizo.