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Eclidio Manuel
Hélio José Sendela
Idelton dos Santos Pedro Matsinhe
Nina Isabel Dinis
Universidade – Save
Massinga
2023
Dinis Tsutsumela
Eclidio Manuel
Hélio José Sendela
Idelton dos Santos Pedro Matsinhe
Nina Isabel Dinis
Universidade – Save
Massinga
2023
Índice
1.Introdução .................................................................................................................................... 4
1.1.1. Geral………………………………………………………………………………………..5
1.1.2. Específicos………………………………………………………………………………....5
1.2.Metodologia .............................................................................................................................. 6
Conclusão.................................................................................................................................... 188
1.Introdução
Esta actividade caracteriza-se por ser dinâmica e indispensável para o homem, pois lhe permite
buscar experiências de vária ordem nos locais por onde este turista passa.
O estudo tem como objectivo central conhecer os patrimónios culturais imateriais moçambicanos
e formas de apropriação turística. O mesmo baseou-se na revisão bibliográfica, com recurso a
literatura referente ao tema em estudo.
1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
1.2.Metodologia
Os bens patrimoniais representam uma narrativa sobre a trajectória, ou ainda o que se busca ser,
e sua preservação significa contemplar a diversidade, permitir e assegurar que vários tipos do
fazer humano se perpetuem. É uma forma de permitir que as gerações futuras tenham acesso à
ancestralidade e a herança cultural da nação.
PALMER (2009) considera esta relação como o aspecto que liga uma geração à outra, processo
no qual se adoptam e adaptam maneiras de Ser, Estar e Fazer que são depois enquadradas no
conceito de Cultura.
Smith (2010), faz referencia a conotação política que pode ser atribuída á noção de património, o
que contribui para que discursos como os de revitalização do orgulho nacional e da própria
identidade nacional, possam ser usados para reforçar ideais políticos.
e o saber fazer – e toda a sorte de objectos obtidos a partir do meio ambiente e do saber fazer
(LEITE, 2011).
O património cultural gera e fomenta uma solidariedade orgânica entre os membros do corpo
social, uma coesão ou convergência mental traduzida no sentimento de pertença a uma mesma
comunidade – comunidade de origem, comunidade de destino (MENDES, 2012)
Na óptica Jopela (2014) Património cultural é conjunto de bens tangíveis e intangíveis, que
constituem a herança de um grupo de pessoas e que reforçam, emocionalmente, o seu sentido de
comunidade com uma identidade própria, sendo percebidos por outros como característicos.
Património cultural
Património Material Património imaterial
Bens Culturais Movies Bens Culturais Móveis Musica
Obras arquitectónicas Manuscritos antigos Dança
Monumentos Objectos etnográficos Literatura
Estacões arqueológicos Obras de arte plásticas Teatro
Locais Históricos Objectos de arte popular Tradição oral
Centros históricos Colecções museológicas Praticas sócias
Paisagens culturais Instrumentos líticos Artesanato
Jardins botânicos Moedas e medalhas Religiões
Elementos naturais Cerimonias
Fonte: (Jopela, 2014, p. 06).
Segundo a UNESCO o Património Cultural Imaterial pode ser definido como a manifestação
patrimonial da porção intangível da herança cultural dos povos, incluindo as tradições, o folclore,
as línguas, as festas e outras manifestações.
Bens imateriais são os que constituem elementos essenciais da memória colectiva do povo, tais
como história da literatura oral, as tradições populares, os ritos e o folclore, as próprias línguas
nacionais e ainda obras do engenho humano e todas as formas de criação artística e literária
independentemente do suporte ou veiculo por que se manifestem (Lei no 10/88 de 22 de
Dezembro)
Esta variação em termos de nível de prioridade para o desenvolvimento deste sector acaba por
criar a ideia de falso desenvolvimento, dado que o fluxo turístico ao longo dos anos foi passando
uma impressão economicamente positiva mas que depois não se reflecte, efectivamente na
balança de receitas, algo igualmente partilhado por Comoane (2009).
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Moçambique é um país com enorme diversidade de produtos turísticos desde praias com águas
cristalinas, um património cultural bastante rico e zonas florestais de grande valor a nível
mundial. Com este vasto leque de riquezas naturais, Moçambique está num bom caminho para
lançar-se no mercado económico competitivo embora seja necessário traçar planos estratégicos
viáveis no que diz respeito a sua implementação, com vista a divulgação em prol do
desenvolvimento do Turismo em Moçambique (MICUTUR, 2016).
O turismo de base local actua como actividade articuladora em prol do fortalecimento da cultura
do lugar, em que o morador tem na prática as implicações sociais que contribuem para o
fortalecimento da identidade e da memória ao visualizar na cultura um potencial que vai muito
além de sua apresentação como mercadoria para roteiros turísticos sofisticados (Gastal, 2002).
Para Bispo (2014, p. 133), Todavia, existem várias formas de apropriação da cultura em função
da actividade turística:
A educação patrimonial: que tem nos bens culturais sua fonte primária como atributo
de fortalecimento da identidade local e da cidadania, fazendo com que a comunidade
perceba suas potencialidades a partir de suas heranças culturais, através de um
reconhecimento plausível de seus valores. A educação patrimonial pode ser assim um
instrumento de ‘alfabetização cultural’ que possibilita ao indivíduo fazer a leitura do
mundo que o rodeia, levando-o à compreensão do universo sociocultural e da trajectória
histórico-temporal em que está inserido (Bispo 2014, p. 136)
Até chegar ao processo de apropriaç`ao, a educação patrimonial passa por três procedimentos
que colaboram com despertar do sentimento de pertencimento: observação, registo e exploração
(Bispo 2014, p. 136)
A etapa de observação actua com a percepção sensorial dentro de cinco sentidos cognitivos:
audição, visão, tacto, paladar e olfacto. Os moradores são estimulados por meio de perguntas,
jogos, experimentos, relatos, ou seja, de dinâmicas que os envolvem e façam com que eles
explorem ao máximo os bens patrimoniais de sua comunidade, a partir dos seus órgãos
sensoriais.
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O registo é a maneira pela qual o morador expressará o que ele pensa, o que ele visualiza seu
pensamento através de um desenho, de uma fotografia, de uma música, de uma poesia, de um
mapa, etc., ou seja, seu conhecimento sobre os bens culturais da sua localidade, como ele se vê a
partir deles.
Conclusão
A educação patrimonial que tem nos bens culturais sua fonte primária como atributo de
fortalecimento da identidade local e da cidadania, fazendo com que a comunidade perceba suas
potencialidades a partir de suas heranças culturais, através de um reconhecimento plausível de
seus valores.
A singularidade cultural das comunidades seja no âmbito material ou imaterial: que é um dos
atractivos que levam um grande número de pessoas a se deslocarem por diversos lugares do
mundo em busca de satisfazer a curiosidade, em busca de ter contacto com práticas e lugares
diferentes dos seus.
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Referências bibliográficas
GASTAL, S. (2002 ).“Lugar de memória: Por uma nova aproximação teórica ao património
local.” In:GASTAL . S. Turismo: Investigação e crítica. São Paulo.
Lei n° 10/88, de 22 de Dezembro, que determina a protecção legal dos bens materiais e
imateriais do património cultural moçambicano. In: Boletim da República, I Série, número 51.
Lei n° 4/2004, de 17 de Junho, que aprova a Lei do Turismo. In: Boletim da República, I Série,
número 24.
LEITE, E. (2011). Turismo Cultural e Patrimônio Imaterial no Brasil. Coleção Verde Amarela
vol. 6 - Ó Pátria amada
MENDES, A. R. (2012). O que é Património Cultural. GENTE SINGULAR editora, Lda. Rua
Gonçalo Velho, 90 8700-478 Olhão, 1ª edição.
PALMER, C. (2009). Reflections on the Practice of Ethnography Within Heritage Tourism. In:
Sorensen, M. L; Carman, J. Heritage Studies; Methods and Approaches. London: Rourledge.
SMITH, L. (2010). Archaeological Theory and the Politics of Cultural Heritage. London:
Routledge.