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Escrever sobre o que? Sobre qualquer coisa. No começo, é aconselhável escrever sobre coisas
que aconteceram com você. Depois sobre uma notícia, um comentário. Mais tarde um tema
abstrato. Ou então reescrever as redações que voltam da correção.
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AUTONOMIA
O texto precisa ser compreendido por si. O
autor deve imaginar um leitor que não leu a
proposta feita na prova. PASSANDO A LIMPO
COERÊNCIA E CLAREZA Não esqueça! Não podem
A coerência diz respeito ao ponto de vista e
faltar na redação:
à progressão dos argumentos. O autor deve
posicionar-se diante do tema de forma
Título curto, claro e
ponderada, evitando radicalizações e
objetivo;
panfletagens. Durante o desenvolvimento
da redação, é importante ter como objetivo Introdução,
convencer o leitor da lógica de seu texto. desenvolvimento e
conclusão;
Coerência e clareza;
SIMPLICIDADE
Português correto,
Escrever de forma simples é o caminho
simples e sem
certo para quem tem poucas linhas para
rebuscamentos;
expressar sua opinião sobre um tema da
atualidade. O candidato deve evitar Letra legível;
períodos muito longos ou o uso de Revisão
vocabulário rebuscado.
DESCRIÇÃO
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EXEMPLO:
NARRAÇÃO
Relato de fatos;
Presença de narrador, personagens, enredo, cenário, tempo;
Apresentação de um conflito;
Uso de verbos de ação;
Geralmente é mesclada de descrições;
O diálogo direto e o indireto são freqüentes;
A narração é DINÂMICA. Nela predominam os verbos. Aqui o importante está na ação.
EXEMPLO:
(...) Pedro sentou-se, cruzou as pernas, tirou algumas notas da flauta, como para
experimentá-las e depois, franzindo a testa, entrecerrando os olhos, alçando muito
as sobrancelhas, começou a tocar. Era uma melodia lenta e meio fúnebre. O agudo
som do instrumento penetrou Ana Terra como uma agulha, e ela se sentiu ferida,
trespassada. (...)
DISSERTAÇÃO
Defesa de um argumento;
a) Apresentação de uma tese que será defendida (INTRODUÇÃO)
b) Desenvolvimento ou argumentação (DESENVOLVIMENTO)
c) Fechamento (CONCLUSÃO)
Predomínio de linguagem objetiva;
Prevalece a denotação.
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EXEMPLO:
Observação: perspectivas
Soluções
Conclusão
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O INÍCIO DA REDAÇÃO
Esse é o seu maior desafio na hora de escrever? Pois então veja como não é tão difícil
assim, você pode iniciar um assunto utilizando os seguintes recursos:
Dados retrospectivos;
Uma citação;
Uma cena descritiva;
Uma pergunta;
Um dado geográfico precisando um fato;
Dados estatísticos (se forem precisos, não invente!);
Narrativa de um ato;
Linguagem figurada;
Idéias contrastantes
( ) Acreditamos firmemente que só o esforço conjunto de toda a nação brasileira conseguirá vencer os
gravíssimos problemas econômicos, por todos há muito conhecidos. Quaisquer medidas econômicas, por si só,
não são capazes de alterar a realidade, se as autoridades que as elaboram não contarem com o apoio da opinião
pública, em meio a uma comunidade de cidadãos conscientes.
( ) Nas proximidades deste pequeno vilarejo, existe uma chácara de beleza incalculável. Ao centro avista-se um
lago de águas cristalinas. Através delas, vemos a dança rodopiante dos pequenos peixes. Em volta deste lago
pairam, imponentes, árvores seculares que parecem testemunhas vivas de tantas histórias que se sucederam pelas
gerações. A relva, brilhando ao sol, estende-se por todo aquele local, imprimindo à paisagem um clima de
tranqüilidade e aconchego.
( ) As crianças sabiam que a presença daquele cachorro vira-lata em seu apartamento seria alvo da mais rigorosa
censura de sua mãe. Não tinha qualquer cabimento: um apartamento tão pequeno que mal acolhia Álvaro,
Alberto e Anita, além de seus pais, ainda tinha de dar abrigo a um cãozinho! Os meninos esconderam o animal
em um armário próximo ao corredor e ficaram sentados na sala à espera dos acontecimentos. No fim da tarde a
mãe chegou do trabalho. Não tardou em descobrir o intruso e a expulsá-lo, sob os olhares aflitos de seus filhos.
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( ) Joaquim trabalhava em um escritório que ficava no 12º andar de um edifício da Avenida Paulista. De lá
avistava todos os dias a movimentação incessante dos transeuntes, os freqüentes congestionamentos dos
automóveis e a beleza das arrojadas construções que se sucediam do outro lado da avenida. Estes prédios
moderníssimos alternavam-se com majestosas mansões antigas. O presente e o passado ali se combinavam e,
contemplando aquelas mansões, podia-se, por alto, imaginar o que fora, nos tempos de outrora, a paisagem desta
mesma avenida, hoje tão modificada pela ação do progresso.
( ) Dizem as pessoas ligadas ao estudo da Ecologia que são incalculáveis os danos que o homem vem causando
ao meio ambiente. O desmatamento de grandes extensões de terra, transformando-as em verdadeiras regiões
desérticas, os efeitos nocivos da poluição e a matança indiscriminada de muitas espécies são apenas alguns dos
aspectos a serem mencionados. Os que se preocupam com a sobrevivência e o bem-estar das futuras gerações
temem que a ambição desmedida do homem acabe por tornar esta terra inabitável.
( ) O candidato à vaga de administrador entrou no escritório onde iria ser entrevistado. Ele se sentia
inseguro, apesar de ter um bom currículo, mas sempre se sentia assim quando estava por ser testado. O
dono da firma entrou, sentou-se com ar de extrema seriedade e começou a lhe fazer as perguntas mais
variadas. Aquele interrogatório parecia interminável. Porém, toda aquela sensação desagradável dissipou-
se quando ele foi informado de que o lugar era seu.
ATIVIDADE:
Preencha os espaços abaixo para dar sentido a narração. Em cada espaço, pode haver apenas
uma palavra.
“A casa da velha senhora fica na encosta do morro, tão bem situada que dali se aprecia o bairro
inteiro, e o mar é uma de suas riquezas visuais. Mas o terreno em volta da casa vive __________________
__________________. O jardineiro despediu-se há tempos; _________________, não se encontra nem por
milagre. A velha moradora _____________________ ao ver crescer a tiririca ___________ ____________
que antes era ____________ ____________. Até ____________ começou a passear entre a folhagem, com
indolência; é _____________ ____________ de nada, mas sempre assusta.
O verdureiro que faz ponto na rua lá embaixo ofereceu-se para ___________ . A boa senhora
______________, mas não pode viver com _____________ ___________ tomando banho de sol junto ao
portão, e a ______________ é liquidada a pau. Bom rapaz, o verdureiro, cheio de atenções para com os
_____________. Na ocasião, um problema o preocupa: não tem onde guardar à noite a ____________ de
__________.
- Ora, o senhor pode guardar aqui em casa. Lugar não falta.
- Muito agradecido, mas vai _______________ a madame.
- ________________ não, meu filho.
A _____________passa a ser recolhida nos fundos do terreno. Todas as manhãs o dono vem retira-
la, trazendo _______________ frescos para a gentil senhora. Cobra-lhe menos e até não cobra nada. Bons
amigos.
- Madame gosta de __________________ ?
- Não posso tomar, me dá dispepsia, me põe nervosa.
- Pois eu sou doido por _____________. Mas está tão _____________ que nem tenho
______________ de comprar. Posso fazer um pedido? Quem sabe se a madame, com esse
________________ todo sem aproveitar, não me deixa plantar uns ______________, pouquinha coisa, só
para o meu consumo?
Claro que deixa. Em poucas horas o quintal é _______________, tudo ganha outro ____________.
Mão boa é a desse moço: o que ele planta é _______________ de imediato. A pequenina cultura de
______________ toma ______________outra vez a terra ______________. Não faz mal que a
____________ se vá estendendo por toda área. A velha senhora sente _______________ em ajudar o
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___________ lavrador. __________ que precisa fazer exercício, caminhando com _______________ pois
enxerga mal, ela rega as _______________, que lhe _____________ a atenção rapidamente.
- Madame sabe: minha intenção era colher só uma pequena _____________. Mas o chá saiu tão
___________ que os ____________ vivem me pedindo um pouco e eu não vou negar a eles. É pena madame
não _______________. Mas não aconselho: se faz mal, não deve mesmo tocar neste ____________.
O filho da velha senhora chegou da _____________ esta noite. Lá ficou anos _____________.
Achou a mãe _______________, bem disposta.
- E eu trabalho, sabe, meu querido? Todos os dias rego a plantação de ____________ que um moço
me pediu _____________ para fazer no quintal. Amanhã de manhã você vai ver a ______________ que está.
O verdureiro já havia saído com a ______________. A senhora estende o braço, mostra com
______________ a lavoura que; pelo esforço em _____________, é também um pouco sua.
O filho quase cai ____________.
- A senhora está ________________ ? Isso nunca foi ______________, nem aqui
nem na Índia. Isso é ________________, mamãe!”
1. Procure organizar as diferentes partes do texto abaixo colocando-as em ordem
cronológica, de modo que voltem a construir um texto bem organizado. Para isso
coloque números nos parênteses:
A velha contrabandista
( ) Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velinha e, todas as vezes, o que ela levava no
saco era areia.
( ) – Escuta aqui, vovozinha a senhora passa por aqui todos os dias com esse saco de areia aí atrás.
Que diabo a senhora leva nesse saco?
( ) a velinha saltou, o fiscal esvaziou o saco, e dentro só tinha areia. Muito encabulado ordenou a
velinha que fosse em frente.
( ) Diz que era uma velinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira
montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega – tudo malandro
velho – começou a desconfiar da velinha.
( ) Diz que foi aí que o fiscal a chateou:
- Olha vovozinha, eu sou fiscal a Alfândega com 14 anos de serviço. Manjo essa coisa de
contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia – insistiu a velinha.
( ) Ela montou e foi embora, com o saco de areia atrás. Mas o fiscal ficou desconfiado ainda,
talvez a velinha passasse um dia com areia e outro com muamba, dentro daquele maldito saco.
( ) Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velinha saltar da
lambreta para examinar o saco.
( ) E já ia tocar a lambreta quando o fiscal lhe propôs?
- Eu prometo a senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto
nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por
aqui todos os dias?
( ) A velinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no
odontólogo, e respondeu:
- É areia!
( ) No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra
vez. Perguntou o que é que levava no saco e ela respondeu que era areia uai! O fiscal examinou e
era mesmo.
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Maria deu a todos os seus irmãos um presente de Natal; ao namorado, apenas um beijo.
Vitória, capital do Espírito Santo, é uma ilha que tem belas praias.
5. Indicando que um adjunto adverbial foi utilizado fora de sua posição habitual. Observe, no
texto do anúncio, a posição em que aparecem os adjuntos adverbiais de lugar:
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9. Para separar expressões explicativas ou retificativas, tais como: isto é, aliás, além, por
exemplo, além disso, então, em suma, ou seja, vale dizer, a propósito. Ex: O presidente afirmou,
ALIÁS, que não haverá aumento de impostos.
ATENÇÃO: Não se usa vírgula para separar orações coordenadas sindéticas ligadas pela conjunção E,
exceto quando os SUJEITOS forem diferentes ou quando o E aparecer repetido.
ELAS sairão de férias, E EU tomarei conta da casa.
Trabalhava, E estudava, E tomava conta dos irmãos menores.
Exemplo:
As vozes do verbo são:
A. voz ativa;
B. voz passiva;
C. voz reflexiva.
[...] Eu sou do tempo do mimeógrafo. Para quem não sabe, é uma máquina em que você coloca
álcool e dá manivela para imprimir o que está na folha matriz. Por sua vez, essa matriz precisa ser
datilografada (ver “datilografia” no dicionário) na tal máquina de escrever, sem a fita (o que faz
com que você só descubra os erros depois do trabalho feito), com o papel carbono invertido...
Enfim, procure na internet que deve haver algum site de antiguidades que fale sobre mimeógrafo,
papel carbono, essas coisas.
RAMIL, Kledir. Tipo assim; crônicas. Porto Alegre; RBS
Publicações, 2003. p. 18 (fragmento)
ATIVIDADES:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, Antônio Suárez. A arte de argumentar. Gerenciando razão e emoção. São Paulo:
BARBOSA, Severino. Redação: escrever é desvendar o mundo. São Paulo: Papirus, 1994.
MAZZAROTTO, Luiz Fernando; CAMARGO, Davi Dias; SOARES, Ana Maria; Manual de
Redação: Guia prático de Língua Portuguesa. São Paulo; Editora DCL, 2001.
MEDEIROS, Martha. Aos estudantes. Tema de redação. Zero Hora, julho 1997.