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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU
ESCOLA DE ARQUITETURA E DESIGN

ARQUITETURA AFETIVA COLECIONANDO MEMÓRIAS

Affective architecture collecting memories

Branco, Jeisiele; Pontifícia Universidade Católica do Paraná1


Pós Graduação em Gestão de Tendências e Coolhunting
Janeiro/2020

Resumo: Este artigo tem como objetivo entender o que é chamado de arquitetura afetiva e
quais tendências fundamentam o surgimento deste movimento. A metodologia usada foi de
pesquisa bibliográfica dentro do tema, além da aplicação do conceito de Golden Circle
desenvolvido por Simon Sinek para explicação. São abordados temas como crescimento
populacional, desenvolvimento das cidades, avanços tecnológicos, pertencimento, geração
y (millennials), memórias, respeito e bem-estar, para concluir que o movimento fala sobre a
necessidade de respeitar o passado e utilizar o ambiente afetivo como refúgio.
Palavras-chave: Arquitetura afetiva, design emocional, tendências, pertencimento,
millennials;

Abstract: This article aims to understand what is called affective architecture and which
trends underlie the emergence of this movement. The methodology used was bibliographic
research within the theme, besides the application of the Golden Circle concept developed
by Simon Sinek for explanation. Topics such as population growth, city development,
technological advances, belonging, generation y (millennials), memories, respect and well-
being are discussed, to conclude that the movement talks about the need to respect the past
and use the affective environment as a refuge.
Keywords: Affective architecture, emotional design, trends, belonging, millennials;

INTRODUÇÃO

Com o aumento das megacidades, a urbanização e os avanços tecnológicos do


último século moldaram a forma de viver em sociedade. O consumo de objetos e
veículos aumentou, centros urbanos estão ficando cada vez mais adensados e
casas cada vez menores para comportar o número de pessoas que vivem nas
cidades (G1, 2018). Apesar disso, é possível identificar algumas contra tendências
relacionadas a queda do consumismo e sustentabilidade, desenvolvendo um novo
estilo de vida que busca uma rotina mais equilibrada, sustentável e sem excessos.

1 Arquiteta e Urbanista graduada pela PUC-PR e Pós-Graduanda em Gestão de Tendências e

Coolhunting pela PUC-PR. E-mail: jeisielee@hotmail.com


Dentro da arquitetura podemos destacar alguns movimentos como: minimalismo2,
escandinavo3, industrial4, urban jungle5 e metodologias como arquitetura afetiva, que
visam a redução, reutilização e renovação dos recursos disponíveis. Apesar de
alguns desses estilos terem se popularizado, outros surgiram como adaptação dos
existentes ou por uma nova demanda social impactando na forma como os
profissionais arquitetos e designers atuam (LOBATO, 2019).
O termo arquitetura afetiva surge para caracterizar uma forma de projetar, que visa
amenizar os impactos das transformações que a cidade vem causando nas pessoas,
alterando o estilo de vida da sociedade que por sua vez busca pertencer ao local
onde vive. Então, por que esta metodologia – e não outras – vem se tornando
relevante e sendo usada como diferencial profissional no desenvolvimento de
projetos de arquitetura?
Este artigo tem como objetivo entender o que é chamado de arquitetura afetiva,
quais tendências fundamentam o surgimento deste movimento, assim como
compreender o desenvolvimento de projetos apoiados nesta ferramenta. A
metodologia usada foi de pesquisa bibliográfica (MARTINS & PINTO, 2001) em
reportagens, relatórios, livros e dissertações relacionados ao tema, atrelado ao
conceito de Golden Circle desenvolvido por Simon Sinek – apresentado em 2014 no
TED Talk – que sistematiza um método de pensar agir e comunicar, para explicação
de projetos.

URBANIZAÇÃO E EXPECTATIVAS
Segundo relatório de 2014 da Organização das Nações Unidas (ONU) cerca de 54%
da população mundial vive em centros urbanos e nos próximos 30 anos a estimativa
é de que este número chegue a aproximadamente 66%. Como resultado temos o
aumento das megacidades – centros urbanos com mais de 10 milhões de habitantes
– que atualmente estimam ser 28 no mundo, com previsão de chegar a 41 até 2030.
Na América Latina encontram-se 4 dessas megacidades, sendo São Paulo (20
milhões de habitantes), Cidade do México (19 milhões de habitantes), Buenos Aires
(13 milhões de habitantes) e Rio de Janeiro (12 milhões de habitantes), tornando a
urbanização uma megatendência – realidade. A partir disso vemos novas formas de
organização dos aglomerados para viver, colaborar, cooperar, planejar (e coexistir)
em sociedade no ambiente urbano (SCHATTDECOR, 2019).

2Minimalismo – este conceito está ligado a um estilo de vida, baseado em uma vida sem excessos e
acabou sendo refletivo a um tipo de decoração confortável e simples.
3 Escandinavo – marcado pelo aconchego e conforto, tira partido de uma paleta de cores neutras e
simplicidade.
4Industrial – identificado pela ressignificação de espaço através da mudança de uso, marcado por
cores fortes e sóbrias em composição com tijolos e tubulações aparentes.
5 Urban Jungle – caracterizado pela intensa presença de vegetações na decoração, trabalhado como

forma de “gerar vida”, trazer bem-estar e aconchego.


A urbanização pode ser descrita como o movimento que otimiza a estrutura urbana
existente para desenvolver a qualidade de vida dos seus habitantes e com esta
movimentação surgem algumas transformações sociais. Segundo Claudia Kuchen,
diretora executiva de design, marketing e comunicação do Schattdecor Group, o
movimento pode ser descrito da seguinte forma:
“As cidades foram e continuam sendo o grande laboratório para o
desenvolvimento de inovações, digitalizações, tendências e conectividade.
Nesse sentido, famílias, jovens com formação acadêmica, e também com
cada vez mais frequência, pessoas mais velhas, querem viver em cidades
cosmopolitas. Isso porque as metrópoles oferecem uma atraente
diversidade de oportunidades de infraestruturas inteligentes, empregos
alternativos e educação de qualidade.” (SCHATTDECOR, 2019, p.05)

Em geral, o estilo de vida urbano possuí muitas expectativas sobre como as pessoas
querem viver e trabalhar. No entanto em cidades que não possuem um
planejamento social e/ou ecológico, situações como aumento da poluição
(atmosférica, visual, sonora, auditiva) e problemas de saúde, crescem,
surpreendendo e gerando um choque de realidade (BRASIL ESCOLA, 2018). E com
isto, novos estilos de vida surgem, novos modelos arquitetônicos coerentes com as
mudanças, novos meios de transportes e locomoção, e novas formas de
comunicação (SCHATTDECOR, 2019). É necessário ressaltar que estas
transformações também são resultado de tendências locais e mundiais, de âmbito
social, econômico e ambiental (WGSN, 2018).
Quando falamos exclusivamente da forma de morar dos centros urbanos
destacamos movimentos arquitetônicos que tem surgido a partir dessas mudanças
de lifestyle6 da sociedade, como a verticalização, prédios com maior número de
unidades unifamiliares com menos metros quadrados e surgimentos de ambientes
de uso compartilhado para otimização dos espaços privados (ISTO É, 2016). E em
resposta aos problemas gerados pela rotina das grandes cidades, com estilos de
vidas caóticos constantemente expostos ao excesso de informações e relações
fluidas, surge um movimento chamado de arquitetura afetiva com o intuito de
transformar ambientes reunindo sensações de pertencimento, bem-estar e
segurança em um só lugar. A partir disso repensar a casa (e outros locais) como um
estado de espírito, além do espaço físico, abre um caminho de novas possibilidades
para pensar a forma de morar (SUA CASA, 2019).

IMPACTO DAS TENDÊNCIAS NOS DESIGNS ARQUITETÔNICOS


Agentes da transformação, a geração Y (millennials) com a necessidade de
constante movimento, carrega um mindset7 diferente das gerações anteriores.

6 Lifestyle – estilo de vida (tradução livre da autora).


7 Mindset – forma de pensar de uma pessoa que reflete em algum padrão comportamental.
Possuem a consciência coletiva da necessidade de se sentir em casa em qualquer
lugar do mundo e a evolução da tecnologia auxilia neste processo tornando a rotina
mais interativa e conectada. No entanto, deixar um ambiente físico mais inteligente,
sensível e integrado não significa apenas o uso de soluções high-tech, mas também
de elementos simples e “primitivos” que valorizam e reforçam a procedência e
propósito dos produtos, expondo outra filosofia da G.Y que é a preocupação com o
mundo e a postura de olhar com afeto para o futuro (SUA CASA, 2019). Estamos
vendo o crescimento e destaque de estilos arquitetônicos que vão além da estética e
passam a refletir o estilo de vida daqueles que usam o espaço e com acesso à
internet as coisas ganharam outra dimensão e a disseminação de ideias acontece
de forma extremamente rápida. Claro que na arquitetura não é diferente, com
conteúdos e vídeos de reformas, DIY8, ressignificação de móveis e ambientes
estourados no Youtube9, as informações se tornaram mais acessíveis e fáceis de
virarem inspiração. No entanto, essa facilidade de acesso conflita com o excesso de
informações e se torna difícil definir e compreender qual estilo se encaixa às suas
necessidades, expectativas e estilo de vida, e o que é hype10 apenas porque é
bonito esteticamente falando (CASA VOGUE, 2018).
Na via contraria do mainstream11 consumista (compra excessiva de produtos,
objetos e informações), vemos a popularização de movimentos sociais como o
minimalismo que busca um estilo de vida sem exageros, confortável e sustentável –
ocasionado também pela popularização do estilo de vida dos países nórdicos.
Logicamente isto impactou no modelo de viver e de organização dos lares, onde as
pessoas passaram a ter uma consciência ecológica e relacionar suas casas como
refúgios, lugares para limpar e organizar a mente, mantendo objetos e móveis que
tragam bem-estar e felicidade. Por muito tempo isto ficou caracterizado como um
espaço todo branco e preto (com variações de cinza) e vazio, mas com a
disseminação do movimento os conceitos passaram a ser compreendidos como um
lugar, espaço, ambiente, capaz de trazer conforto e calma para balancear um
lifestyle com tantos ruídos externos. Estes também são conceitos aplicados aos
estilos de decoração chamados de industrial e urban jungle, com a diferença de que
o primeiro se refere a ocupação de lugares vazios, uso de tubulações e tijolinhos
aparentes, e o outro trabalha com elementos vivos (vegetações) para configurar uma
floresta urbana, remetendo ao natural e puro (PORTOBELLO, 2017).
Compreender o conceito de um espaço que traga felicidade traz novamente à tona a
filosofia dos millennials e desenvolve um termo, já comentado anteriormente,
chamado: arquitetura afetiva, que vem sendo utilizado para descrever a metodologia
projetual de alguns escritórios e ateliers de arquitetura que estão surgindo no

8 DIY – movimento popularizado de customização e personalização, tradução em português: faça


você mesmo.
9 Youtube – plataforma digital de compartilhamento de vídeos enviados pelos usuários pela internet.
10 Hype – é o exagero de algo, promoção/enfatização extrema de uma ideia, pessoa ou produto.
11 Mainstream – expressa aquilo que é mais comum e popular.
mundo. Este termo nada mais é do que o reflexo de transformações causadas pelas
macrotrends, onde as pessoas passaram a exigir das marcas uma consciência
sócio-econômica-ambiental coerente com o momento que se vive (LOBATO,2019).
Destacamos como as principais tendências relacionadas ao termo sendo:
inteligência emocional, pertencimento, bem-estar e nostalgia, e vamos compreender
melhor como cada uma atua nos tópicos seguintes.

Interligência emocional
Também chamado de gestão da felicidade e soft skills, o conceito vem da Psicologia
e é descrito como a capacidade de avaliar e reconhecer os próprios sentimentos
melhorando a capacidade de lidar com eles. Explica que pessoas felizes são mais
produtivas, criativas e atingem resultados melhores quando comparados a pessoas
com estado de espírito neutro ou negativo. E para isso, garantir um ambiente
saudável equilibra as performances comportamentais, de gestão e técnicas,
reforçando a necessidade de espaços projetados para estas características (INOVA
CONSULTING, p.74, 2018).

Pertencimento
É possível resumir a tendência em uma frase: ser parte de um local, comunidade ou
grupo. Após a expansão da cidade e desenvolvimento de novos grupos sociais,
sentir que faz parte de algo e se identificar gera efeitos psicológicos e
comportamentais de cuidado e segurança, impactando e preservando o equilíbrio
dos ambientes que fazem parte da rotina da pessoa. No entanto, se sentir parte da
cidade vem sendo cada vez mais difícil com os avanços tecnológicos e
desenvolvimento urbano, onde tribos se misturam e relações passam a ser mais
fluidas (MARICONI, 2014, p.14).

Bem-estar
Muito além de fatores estéticos, o bem-estar está relacionado a fatores psicológicos
e ambientais como: saúde e felicidade. “Mens sana in corpore sano” é uma citação
latina que traduzida ao português diz: “mente sã em corpo são” e transmite a
essência do estado também chamado de wellness, que combate os malefícios do
zeitgeist12 dos tempos modernos. Com o excesso de fontes que servem como
gatilho para estresses diários, é necessário possuir formas e meios de combater os
ruídos e neste momento os lugares em que as pessoas mais passam tempo devem

12 Zeitgeist – espírito da época, conjunto de características genéricas de um período.


tornar-se estes refúgios, onde a sensação de wellthy13 se contrasta e equilibra a
realidade acelerada da vida nos centros urbanos (INOVA CONSULTING, p.54,
2018).

Nostalgia
Resgatar o passado para escapar de um presente caótico e incerto, é uma forma de
reviver referências estéticas e memórias que impactam no valor que damos às
experiencias atuais. É a sensação causada pela lembrança de símbolos, imagens e
histórias que geraram identificação, envolvimento e entusiasmo. Reforça a
necessidade de nos ligarmos ao nosso imaginário e resgatar histórias do passado e
momentos marcantes. Afinal, o passado pode nos dar força para enfrentar o
presente e ter confiança no futuro (INOVA CONSULTING, p.57, 2018).

MAS AFINAL, O QUE É ARQUITETURA AFETIVA?


De forma geral, é um movimento global que soma as tendências anteriores, com a
prioridade de trazer o bem-estar de quem ocupa aquele espaço e tem a
ressignificação14 como palavra-chave. Pode ser descrita como uma metodologia
projetual no ramo da arquitetura, urbanismo e design que tem como principal
objetivo criar um ambiente que traga sensações de conforto e pertencimento através
de transformações, respeitando a história do lugar e/ou das pessoas que irão
frequentar. Junta elementos conectados a memória e trabalha questões psicológicas
no ser humano para que ele sinta aconchego e segurança no local através da
identificação. Popularmente chamada de arquitetura emocional e sensível ou
decoração afetiva, ela acontece como uma manifestação ocasionada pela demanda
de consumidores preocupados em se sentirem parte dos lugares que frequentam e
vivem. Começou a se popularizar com lugares comerciais que possuem decorações
Pinterest e Instagramáveis15 neste estilo, como cafés, bares e restaurantes (imagem
01, 02 e 03) e foi migrando para ambientes residenciais e coorporativos. O conceito
está ligado a preservação da memória e o respeito com a história das coisas, e
acaba refletindo na ressignificação (a política dos 3 r’s da sustentabilidade16 se
encaixa nesse contexto também) de peças e lugares como nas imagem 04, 05 e 06
(LOBATO, 2019).

13Wellthy – conceito em inglês que une wellness (bem-estar) e healthy (saudável) para descrever um
estado de espiríto.
14 Ressignificação – atribuir novo significado a alguma coisa, lugar ou situação.
15 Decorações Pinterest e Instagramáveis – lugares que se popularizaram por serem diferentes,
criativos e inovadores onde as pessoas passaram a tirar fotos para publicar nas redes sociais.
16Política dos 3 r’s da sustentabilidade – reduzir, reutilizar e reciclar: ações práticas para minimizar o
desperdício.
Imagem 01, 02 e 03 – O Barba Hamburgueria, Botanique Café Bar Plantas e Kimi Café,
respectivamente, em Curitiba PR. Fonte: Google Imagens, 2019.

Imagem 04, 05 e 06 – Ressignificações de lugares, móveis e objetos. Fonte: Pinterest, 2020.

Outra forma de explicar é buscando o significado das palavras que formam o termo,
onde arquitetura pode ser entendida como: “a arte e técnica de projetar uma
edificação ou um ambiente de uma construção” (SIGNIFICADOS, 2019) e afeto: “a
demonstração de emoções ou sentimentos de alguém por alguma coisa, seja
positivo ou negativo” (SIGNIFICADOS, 2017). A partir disso, compreender que é
possível projetar e decorar com base nas emoções e relações que existem no
espaço torna o afeto uma diretriz de projeto, além de todas as convencionais
(elementos naturais, construídos, contexto de inserção e etc), resultando em
ambientes pensados para serem funcionais, convidativos e acolhedores, além de um
projeto único, com identidade e que reforce a necessidade de nos reconhecer no
ambiente (FÍRMÌNO, 2018).
De fato, não existe regra na hora de projetar visto que é expresso o estilo do cliente
e que varia com o gosto pessoal e referências de cada um. Não se trata apenas de
ambientes comerciais, mas também corporativos e residenciais onde o projeto
preserva a memória do que havia antes (seja no lugar em si ou nas peças que irão
compor o projeto). Limita-se quem pensa ser sobre brinquedos de infância ou
móveis que passaram de gerações em geração (diga-se vintage17) dentro de uma
família, quando podem ser caracterizados por lembranças de viagens e momentos
marcantes, itens colecionáveis, revestimentos, acabamentos e peças que despertem
memórias afetivas. O desafio dos arquitetos e designers está no projetar uma

17 Vintage – algo clássico, antigo e de qualidade.


composição com harmonia. Não é sobre amontoar elementos aleatórios e criar um
aglomerado de informação (beira o oposto disso), é sobre ter cuidado e respeito com
a história de cada item e criar um espaço aconchegante, confortável e leve.
(FÍRMÌNO, 2018).
O processo de criação vai acontecer após um diagnóstico feito pelo profissional
habilitado que analisa o comportamento humano e compreender as interações com
o ambiente físico, a fim de personalizar e expor a identidade do morador,
materializando suas expectativas e necessidades através de soluções criativas.
Utilizar o que foi ou é importante para o cliente, reforça o significado daquilo e torna
o lugar um espaço para nos refugiar do mundo e usufruir da nossa privacidade,
respeitando e compreendendo o passado e suas marcas (LOBATO, 2019).
Para resumir, abaixo (imagem 07) consta um mapa estratégico dos principais pontos
para a compreensão do conceito demonstrado graficamente.

Imagem 07 – Mapa mental: arquitetura afetiva. Fonte: Autora, 2020.

CONCLUSÃO
Com base nos conceitos e teorias apresentados neste artigos, pode-se concluir que
arquitetura afetiva é uma metodologia de trabalho que vem sendo utilizada por
profissionais do ramo de arquitetura e design, para promover mudanças e melhorias
nos espaços, considerando as necessidades e expectativas do cliente sobre o que
ele quer ser, fazer e viver. Muito relacionado com as demandas da geração y, o
movimento do design afetivo não é sobre consumir e sim sobre respeitar o passado,
compreender o presente e conservar pelo futuro. Tem como objetivo criar um
ambiente afetivo que acolha as pessoas, respeite a história do lugar e gere
identificação, tornando um lugar agradável para ser usado e permanecer. Junta
elementos que possuem significado e trazem memórias, proporcionando um refúgio
confortável e seguro. Pode ser considerada como uma forma de resgatar quem
somos para compor o que desejamos, através da transformação dos ambientes
atribuindo significado. Espera-se que este artigo incentive o debate sobre o tema no
ambiente acadêmico e dissemine as diretrizes do conceito trabalhado.

REFERÊNCIAS

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