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por
Mestre em Engenharia
Comissão de Avaliação:
iii
AGRADECIMENTOS
iv
RESUMO
v
ABSTRACT
vi
LISTA DE SÍMBOLOS
Símbolo
a coeficiente da equação de transporte ............................................................................... [-]
b constante no termo fonte da equação geral de transporte ................................................ [-]
c calor específico ....................................................................................................... [J/kg K]
erf erro da função .................................................................................................................. [-]
erfc erro da função complementar .......................................................................................... [-]
f fração solidificada ........................................................................................................... [-]
fa freqüência de aquisição ................................................................................................ [Hz]
h entalpia específica ...................................................................................................... [J/kg]
i taxa de aquisição .................................................................................. [amostras/segundo]
k c ondutividade térmica ........................................................................................... [W/m K]
L calor latente ................................................................................................................ [J/kg]
Local de referência de um processo ............................................................................... [m]
m termo do somatório da eq. (2.51) .................................................................................... [-]
n número de termopares ..................................................................................................... [-]
P termo fonte da equação (3.21) ................................................................................. [W/m³]
S parâmetro de superaquecimento [ (Ti − Tm ) /(Tw − Tm ) ] .................................................... [-]
termo fonte na equação geral de transporte ............................................................. [W/m³]
termo da função proposta para Tk na formulação em entalpia eq. (3.17) ................ [W/m]
Stes número de Stefan, Stefan sólido c ps (Tm − Tw ) / L f ...................................................... [-]
Stel número de Stefan, Stefan líquido c p l (Ti − Tm ) / L f ..................................................... [-]
T temperatura ................................................................................................................... [°C]
t tempo ............................................................................................................................... [s]
V velocidade da frente de solidificação .......................................................................... [m/s]
x eixo x ............................................................................................................................... [-]
y eixo y ............................................................................................................................... [-]
LETRAS GREGAS
α difusividade térmica [k / ρ c p ] ..................................................................................... [m²/s]
3 4 αl
β parâmetro utilizado na resolução do problema de meio finito λ + −λ + λ 2 + [-]
2 3 α s
βm auto valores da eq. (2.51) ................................................................................................... [-]
δ posição da interface sólido-líquido ................................................................................... [m]
∆t passo de tempo ................................................................................................................... [s]
∆T diferença de temperatura ................................................................................................. [°C]
∆x malha espacial ou tamanho do volume de controle .......................................................... [m]
ε critério de convergência ..................................................................................................... [-]
φ variável dependente na equação geral de transporte .......................................................... [-]
Γ parâmetro da solução dos problemas de Neumann α s / α l ............................................. [-]
coeficiente de difusão na equação geral de transporte .............................................. [kg/ms]
coeficiente na função proposta para Tk na formulação em entalpia........................... [W/m]
η variável de mudança de integração .................................................................................. [-]
ρ massa específica ........................................................................................................[kg/m³]
λ constante nos problemas de Stefan e Neumann [δ / 2 α s t ] ............................................ [-]
vii
µ viscosidade absoluta ................................................................................................. [kg/ms]
ξ posição da camada limite térmica nos problemas de meio finito, espessura de penetração...
térmica [2 β α s t ] ........................................................................................................... [m]
SUBÍNDICES
E volume de controle vizinho ao leste em uma malha
e face leste de um volume de controle
p indicação de calor específico a pressão constante ou ponto central de um volume de
controle
s fase sólida
l fase líquida
i indicação de condição inicial
m mudança de fase ou termo do somatório da eq. (2.51)
w molde ou volume de controle vizinho ao oeste de uma malha
f fusão ou solidificação
∞ local de referencia de um processo
e parte estacionária
h parte homogênea
k temperatura de Kirchhoff
W volume de controle vizinho ao oeste em uma malha
w face oeste de um volume de controle
SUPERÍNDICES
o iteração anterior
k iteração
viii
ÍNDICE DE FIGURAS
Pág.
Fig. 2.1 Diagrama esquemático da frente de solidificação. ............................................................5
Fig. 2.2 Balanço de calor na interface sólido/líquido num problema de Stefan. ............................7
Fig. 2.3 Distribuição de temperatura para o problema de Stefan..................................................10
Fig. 2.4 Distribuição de temperatura para o problema de Neumann.............................................12
Fig. 2.5 Distribuição de temperatura para o problema de Meio Finito .........................................14
Fig. 2.6 Representação do canal e redimensionamento devido à simetria do problema...............19
Fig. 2.7 Evolução da espessura solidificada com o tempo para as diversas soluções analisadas .20
Fig. 3.1 Diagrama h x T para uma substância pura ....................................................................26
Fig. 3.2 Malha sobre domínio de solução .....................................................................................29
Fig. 3.3 Avaliação das propriedades nos volumes de controle em transferência de calor com e
sem mudança de fase ..............................................................................................................30
Fig. 3.4 Distribuição de temperatura e entalpia na região de mudança de fase ............................33
Fig. 3.5 Distribuição de temperatura para posição x=0,00745m problema de Stefan solução
analítica e numérica. ...............................................................................................................35
Fig. 3.6 Distribuição de temperatura para posição x=0,00745m problema de Neumann solução
analítica e numérica. ...............................................................................................................35
Fig. 3.7 Posição da interface com o tempo para o problema de Stefan solução analítica e
numérica. ................................................................................................................................36
Fig. 3.8 Posição da interface com o tempo para o problema de Neumann solução analítica e
numérica. ................................................................................................................................36
Fig. 4.1 O aparato de teste desenvolvido por Jackson, et al., 1966...............................................38
Fig. 4.2 Aparato de teste desenvolvido por Hunt et al., 1966 .......................................................39
Fig. 4.3 Crescimento dendrítico do cyclohexanol.........................................................................40
Fig. 4.4 Solidificador direcional (Garcia e Prates, 1978)..............................................................41
Fig. 4.5 Solidificador direcional (Clyne, 1982) ............................................................................42
Fig. 4.6 O experimento desenvolvido na presente dissertação .....................................................44
Fig. 4.7 Seção de teste...................................................................................................................45
Fig. 4.8 Detalhes de uma medição na seção de teste.....................................................................46
Fig. 4.9 Vista geral do aparato experimental ................................................................................48
Fig. 4.10 Vista focando detalhes do aparato experimental ...........................................................49
Fig. 4.11 Vista complementar do aparato experimental................................................................49
Fig. 4.13 Antes do início do processo de solidificação.................................................................57
Fig. 4.15 Frente de solidificação já cobrindo o 1° termopar .........................................................57
Fig. 4.17 Frente de solidificação chegando no 2° termopar..........................................................57
Fig. 4.14 Início do processo de solidificação com pequena camada já solidificada ............... Erro!
Indicador não definido.
Fig. 4.16 Frente de solidificação entre o 1° e o 2° termopar.........................................................58
Fig. 4.18 Detalhe da frente de solidificação no 2° termopar.........................................................58
Fig. 4.19 Detalhe da Frente de solidificação já envolvendo todo o 2° termopar .........................57
Fig. 4.20 Vista geral da seção de teste após 51 minutos e 34 segundos do início do experimento.
................................................................................................................................................58
Fig. 4.21 Curva da temperatura da água de refrigeração com o tempo.........................................59
Fig. 4.22 Posição da interface com o tempo (numérico versus experimental)..............................60
Fig. 4.23 Solução numérica da distribuição de temperaturas para análise de incerteza na posição
x=2mm....................................................................................................................................61
Fig. 4.24 Solução numérica da distribuição de temperaturas para análise de incerteza na posição
x=7,5mm.................................................................................................................................61
Fig. 4.25 Solução numérica da distribuição de temperaturas para análise de incerteza na posição
x=11,5mm...............................................................................................................................62
ix
Fig. 4.26 Evolução da temperatura para o 1° termopar com o tempo...........................................62
Fig. 4.27 Evolução da temperatura para o 2° termopar com o tempo...........................................63
Fig. 4.28 Evolução da temperatura para o 3° termopar com o tempo...........................................63
x
ÍNDICE DE TABELAS
Pág.
Tabela 4.1 Propriedades termofísicas do cyclohexanol ................................................................51
Tabela 4.2 Temperatura nos termopares no início do experimento ..............................................59
xi
ÍNDICE
Pág.
1 INTRODUÇÃO ........................................................................... 1
1.1 Motivação ..........................................................................................................................1
2 PROCESSO DE SOLIDIFICAÇÃO ................................................. 4
2.1 Introdução ..........................................................................................................................4
2.4.1 Solução de Stefan ...........................................................................................................9
2.4.2 Solução de Neumann ....................................................................................................11
2.4.3 Solução para Meio Finito .............................................................................................13
2.4.4 Estudo Comparativo da Espessura Solidificada ...........................................................18
3 MODELO NUMÉRICO ................................................................ 21
3.1 Introdução ........................................................................................................................21
3.2 Equação de Conservação .................................................................................................24
3.6 Comparações entre Resultados Numéricos com os Analíticos........................................34
4 ANÁLISE EXPERIMENTAL ........................................................ 37
4.1 Introdução ........................................................................................................................37
4.2 O Experimento Desenvolvido na Presente Dissertação...................................................43
4.3 Material de Mudança de Fase ..........................................................................................50
4.3.1 Propriedades Termofísicas ...........................................................................................51
4.4 Medidas Qualitativas e Quantitativas ..............................................................................52
4.4.1 Localização da Interface...............................................................................................52
4.4.2 Temperatura..................................................................................................................52
4.5 Procedimento Experimental.............................................................................................55
4.6 Resultados e Discussões ..................................................................................................56
4.6.1 Posição da Interface......................................................................................................56
4.6.2 Comparação entre os Resultados Experimentais e Numéricos ....................................58
5 CONCLUSÕES GERAIS E SUGESTÕES ........................................ 65
5.1 Conclusões .......................................................................................................................65
5.1.1 Processo de Solidificação .............................................................................................65
5.1.2 O Método da Entalpia...................................................................................................66
5.1.3 Análise Experimental ...................................................................................................67
5.2 Sugestões para Futuros Trabalhos ...................................................................................67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA .................................................... 69
xii
1 INTRODUÇÃO
1.1 Motivação
2.1 Introdução
∂ ( ρ h) ∂ ∂T
= k (2.1)
∂t ∂x ∂x
onde T é a temperatura, h é a entalpia específica, ρ é a densidade (massa
específica), t é o tempo, e k é a condutividade térmica. Assumido que as
propriedades termofísicas são constantes para cada fase, e que são
independentes da temperatura, tem-se
∂h ∂ 2T
ρ =k 2 . (2.2)
∂t ∂x
Utilizando a definição de calor específico a pressão constante,
dh = c p dT , (2.3)
_______________________________________________________ P r o c e s s o d e S o l i d i f i c a ç ã o 6
∂T ∂ 2T
ρc p =k 2 . (2.4)
∂t ∂x
Como tem-se duas fases distintas, para a região do sólido tem-se
∂Ts ∂ 2Ts
ρ s c ps = ks 2 , (2.5)
∂t ∂x
e para o líquido
∂Tl ∂ 2T
ρl c pl = kl 2l , (2.6)
∂t ∂x
onde, os subscritos “s e l” referem-se às fases sólida e líquida.
No instante inicial e antes de qualquer sólido ser formado, a
distribuição de temperatura no líquido é uniforme e esta condição inicial
é determinada por
T ( x, 0) = Ti ( x > 0 , t = 0 ). (2.7)
S e a t e m p e r a t u r a i n i c i a l Ti f o r m a i o r q u e a t e m p e r a t u r a d e m u d a n ç a
d e f a s e Tm o p r o b l e m a s e c o n s t i t u i n o p r o b l e m a d e N e u m a n n . N o c a s o d a
t e m p e r a t u r a i n i c i a l Ti s e r i g u a l à t e m p e r a t u r a d e m u d a n ç a d e f a s e Tm , s e
constitui no problema de Stefan.
A extração de calor pela base é uniforme e mantida constante com
t e m p e r a t u r a n a p a r e d e i g u a l a Tw , o u s e j a
Tm − Tw dδ
k : ρ Lf , (2.9)
δ dt
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dδ
o n d e Lf é o c a l o r l a t e n t e d e m u d a n ç a d e f a s e e = V (t ) a v e l o c i d a d e d a
dt
frente de solidificação.
Separando a equação diferencial tem-se
δ dδ : k
(Tm − Tw ) dt , (2.10)
ρ Lf
integrando ambos os lados resultam
1/ 2
(Tm − Tw )
δ : 2k t , (2.11)
ρ L f
utilizando o número de Stefan, definido por
Ste = c p
(Tm − Tw ) , (2.12)
Lf
obtém-se que
δ : ( 2α t Ste )
1/ 2
, (2.13)
δ2
ou t: , (2.14)
2α Ste
k
com α= . (2.15)
ρ cp
Este resultado será posteriormente comparado com outras soluções,
mais complexas.
T ( x, 0) = Ti = Tm ( x > 0 , t = 0 ). (2.16)
Na interface material/molde considera-se temperatura prescrita
então tem-se
T (δ , t ) = Tm em x = δ (t ) e t > 0, (2.18)
∂T
=0 em x → ∞ e t > 0. (2.19)
∂x
Este problema clássico tem solução bem conhecida e facilmente
encontrada na literatura [Carslaw e Jaeger, 1959; Özisik, 1993; Vielmo,
1993].
A solução para distribuição de temperatura para a fase sólida é a
dada por
Ts ( x, t ) = Tw + (Tm − Tw )
(
erf x / 2 α s t ), (2.20)
erf ( λ )
k
com αs = . (2.21)
ρ s c ps
A posição da interface sólido-líquido com o tempo é dada pela
equação
δ (t ) = 2λ α s t , (2.22)
onde λ é um parâmetro constante. Para achar uma relação para a
avaliação deste parâmetro a equação de balanço de energia na interface é
usada. Para o problema Stefan o balanço de energia na interface resulta
∂Ts dδ
ks = ρ Lf . (2.23)
∂x x =δ dt
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2 1
λ eλ erf (λ ) − Ste = 0. (2.24)
π
Com a determinação do parâmetro λ solucionando a equação
( 2 . 2 4 ) , p o d e - s e d e t e r m i n a r δ (t ) p e l a e q u a ç ã o ( 2 . 2 2 ) e a d i s t r i b u i ç ã o d e
temperatura pela equação (2.20).
O valor do parâmetro λ que torna esta e as demais soluções que
serão apresentadas de acordo com a física do problema se encontra entre 0
e 1.
T ( x, 0) = Ti em ( t = 0 e x > 0 ). (2.25)
Na interface material-molde considera-se temperatura prescrita
conforme equação (2.17).
As condições de contorno são as mesmas do problema de Stefan
equações (2.18) e (2.19).
Na figura 2.4 esquematicamente a distribuição das temperaturas
para o modelo com as condições de contorno.
_______________________________________________________ P r o c e s s o d e S o l i d i f i c a ç ã o 12
Ts ( x, t ) = Tw + (Tm − Tw )
(
erf x / 2 α s t ), (2.26)
erf ( λ )
e Tl ( x, t ) = Ti + (Tm − Ti )
(
erfc x / 2 α l t ). (2.27)
erfc ( λ )
∂Ts ∂Tl dδ
ks − kl = ρ Lf . (2.28)
∂x x =δ ∂x x =δ dt
Novamente a determinação deste parâmetro é obtida a partir da
solução da equação transcendental para λ
2 2 2
e( − λ ) k c p Stel e( − λ Γ ) 1
−Γ l s −λ π = 0, (2.29)
erf (λ ) ks c pl Stes erfc(λΓ) Stes
onde Γ é a relação entre as difusividades térmicas,
αs
Γ= . (2.30)
αl
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Stes e Stel s ã o o n ú m e r o d e S t e f a n p a r a s ó l i d o e p a r a o l í q u i d o ,
respectivamente, dados por
Stes = c p s
(Tm − Tw ) , (2.31)
Lf
Stel = c p l
(Ti − Tm ) . (2.32)
Lf
Com a determinação do parâmetro λ solucionando a equação
(2.29), pode-se determinar também a distribuição de temperatura, tanto
para a região do sólido como para a região do líquido, a partir das
equações (2.26) e (2.27).
T ( x, 0) = Ti em ( t = 0 e x > 0 ). (2.33)
As condições de contorno são dadas conforme a Fig. 2.5
T (δ , t ) = Ts (δ , t ) = Tl (δ , t ) = Tm em ( x = δ (t ) e t > 0 ), (2.35)
∂T
( L, t ) = 0 em ( x = L e t > 0 ). (2.36)
∂x
_______________________________________________________ P r o c e s s o d e S o l i d i f i c a ç ã o 15
∂Tl
( x, t ) = 0 em ( ξ (t ) ≤ x < L e t > 0 ). (2.38)
∂x
Como o problema a ser resolvido é um problema de difusão pura a
equação da energia dada pela a equação (2.6) integrada em relação a x , de
δ (t ) a t é ξ (t ) , r e s u l t a e m
ξ (t ) ∂Tl ∂ 2Tl
ξ (t )
∫δ (t ) ∂t
dx = ∫ α l 2 dx .
δ (t ) ∂x
(2.39)
Da regra de Leibnitz
∂ ξ (t ) ξ (t ) ∂Tl dξ dδ
∫
∂t δ (t )
Tl dx = ∫
δ ( t ) ∂t
dx +
dt
Tl (ξ , t ) −
dt
Tl (δ , t ) . (2.40)
U s a n d o a c o n d i ç ã o d e c o n t o r n o Tl (ξ , t ) = Ti , e q . ( 2 . 3 7 ) , e Tl (δ , t ) = Tm ,
eq. (2.35) e substituindo na equação (2.40) tem-se
∂ ξ (t ) ξ (t ) ∂Tl dξ dδ
∫
∂t δ (t )
Tl dx = ∫
δ ( t ) ∂t
dx +
dt
Ti −
dt
Tm , (2.41)
rearranjando os termos
ξ (t ) ∂Tl ∂ ξ (t ) dξ dδ
∫δ (t ) ∂t
dx = ∫
∂t δ (t )
Tl dx −
dt
Ti +
dt
Tm . (2.42)
ξ (t ) ∂ 2Tl ∂T ∂Tl
∫δ (t ) αl
∂x 2
dx = α l l
∂x x =ξ ( t )
− αl
∂x x =δ ( t )
, (2.43)
_______________________________________________________ P r o c e s s o d e S o l i d i f i c a ç ã o 16
∂Tl
e utilizando a condição de contorno (ξ , t ) = 0 r e s u l t a
∂x
ξ (t ) ∂ 2Tl ∂Tl
∫δ (t ) αl ∂x 2 dx = −αl ∂x x =δ (t )
. (2.44)
∂ ξ (t ) dξ dδ ∂T
∫
∂t δ (t )
Tl dx −
dt
Ti +
dt
Tm = −α l l
∂x x =δ (t )
. (2.45)
∂ ξ (t ) ∂T dξ dδ
∫
∂t δ (t )
Tl dx = −α l l
∂x x =δ (t )
+
dt
Ti −
dt
Tm . (2.46)
2
ξ −x
Tl ( x, t ) = Ti + (Tm − Ti ) . (2.47)
ξ −δ
Assumindo também que
ξ (t ) = 2 β α s t , (2.48)
e substituindo a equação (2.47) na (2.46), utilizando as definições de δ e
ξ , resulta
3 4 αl
β = λ + −λ + λ 2 + . (2.49)
2 3 αs
Utilizando o balanço na interface para a determinação de λ tem-se
então a equação transcendental para λ ,
2
e( − λ ) kl c ps Stel π λ π
− − =0. (2.50)
erf (λ ) k s c pl Stes 3 2 4 α l Stes
−λ + λ +
2 3 αs
Ts ( x, t ) = Te ( x) + Th ( x, t ) . (2.51)
As soluções para as partes estacionária e homogênea são mostradas
em Özisik, 1993,
Te ( x ) =
(Tm − Tw ) x + T
w, (2.52)
δ
Ts ( x, t ) = Tw +
(Tm − Tw ) x + 2 T (Tm − Tw ) x
i − Tw −
δ δ δ
∞ α π 2 m 2t (2.54)
− s
sen π mx e δ 2 δ
− cos (π m ) + 1) .
∑ (
m=1 δ πm
Como a solução para o líquido é a mesma desenvolvida
anteriormente, emprega-se o mesmo balanço de calor na interface sólido-
líquido, eq. (2.28), que resulta na seguinte equação transcendental para λ
_______________________________________________________ P r o c e s s o d e S o l i d i f i c a ç ã o 18
∞ −
1 π 2m2
1
− S ∑ cos (π m ) e 4 λ2
( − cos (π m ) + 1)
2
m=1
(2.55)
Ste k c p λ λ2
− l l s − = 0,
Stes ks c pl 3 1 α Stes
− λ + 9λ 2 + 12 l
2 2 αs
Ti − Tm
S= . (2.56)
Tw − Tm
C o m n ú m e r o s d e Stes e Stel d e t e r m i n a d o s e n c o n t r a - s e , λ p o d e - s e
então determinar β e δ . A partir destes, tem-se ξ e as distribuições de
temperatura no sólido e no líquido.
Tm = 0 °C ; ρ s = ρl = 1 kg/m3 ;
c ps =c pl =2 MJ/kg °C ;
3.1 Introdução
Voller, Markatos e Cross, 1987; Voller e Prakash, 1987; Cao et al., 1989.
O degrau promovido pela formulação em entalpia, que é o calor latente de
mudança de fase, remove a necessidade de localizar a fronteira de
mudança de fase (em termos de energia, valor acima do calor latente
significa região de líquido, valor abaixo região de sólido) e assim
simplifica qualquer método numérico de solução.
Contudo, a discretização de Diferenças Finitas padrão para o
método da entalpia tem uma tendência a oscilações numéricas na
temperatura e na posição da frente de mudança de fase, conforme Voller,
Cross e Walton, 1979; Voller e Cross, 1981a e 1983; Crowley e
Ockendon, 1979. Especialmente para a frente de mudança de fase plana. A
precisão do cálculo da temperatura, comparada com um problema similar
sem mudança de fase, é consideravelmente reduzida, devido a este efeito.
Refinando a malha de cálculo reduzem-se as oscilações, mas aumenta as
exigências em termos de memória e tempo de computação.
Para superar este aspecto insatisfatório do método de entalpia,
Voller e Cross sugeriram dois algoritmos. A primeira técnica [Voller e
Cross, 1981a] evita as oscilações, mas produz só um número limitado de
valores calculados para a distribuição de temperatura, e da posição da
f r e n t e d e m u d a n ç a d e f a s e . I s t o é d e v i d o a o s v a l o r e s d e ∆x e ∆t , m a l h a
espacial e temporal, serem estipulados, e os resultados que são
aproveitados serem somente aqueles onde a frente de mudança de fase
coincide com um ponto do nó da malha de solução.
O segundo algoritmo de trabalho de Voller e Cross, 1983, propõe
uma malha dupla que envolve tempo de computador dobrado. Embora isto
tenha melhorado quanto à localização da frente de mudança de fase, não
afetou as oscilações de temperatura. Também neste trabalho foi
introduzido o conceito de fração de sólido, útil para determinar a posição
da frente de solidificação.
Tacke, 1985 constatou que as oscilações têm sua fonte no elemento
que contém a frente de mudança de fase. Então apresentou uma
discretização melhorada para a fração solidificada desenvolvida por
Voller e Cross, 1983. A técnica é baseada em um balanço de entalpia no
volume de controle que contém a frente de mudança de fase, em
______________________________________________________________ M o d e l o M a t e m á t i c o 24
∂ ( ρ h ) ∂ ∂T
= k . (3.1)
∂t ∂x ∂x
No problema, tem-se, ainda, duas variáveis dependentes, h e T . O
método numérico adotado no presente trabalho é o de Cao, Faghri, e
Chang, 1989.
O método consiste em transformar a equação da energia em uma
equação não linear com uma única variável dependente h . Assim, resolver
um problema de mudança de fase é equivalente a resolver uma equação
não linear em entalpia.
Na seção seguinte ele é mostrado.
dh
= c p (T ) , (3.2)
dT
e formulou-se a equação da energia em termos de temperatura.
Da eq. (3.2), tem-se uma relação entre entalpia e temperatura,
dh
= dT . (3.3)
cp
O problema proposto é de uma substância pura onde a mudança de
f a s e o c o r r e e m u m ú n i c a t e m p e r a t u r a Tm . P o r p r a t i c i d a d e s e e s t a b e l e c e
p a r a a r e g i ã o o n d e o m a t e r i a l s e e n c o n t r a s ó l i d o , n a t e m p e r a t u r a Tm , q u e
h=0.
A figura 3.10 mostra este e outros detalhes.
______________________________________________________________ M o d e l o M a t e m á t i c o 26
h
T = Tm + , (3.4)
cps
o n d e cps é o c a l o r e s p e c í f i c o p a r a a f a s e s ó l i d a .
T = Tm , (3.5)
e p a r a a r e g i ã o c o r r e s p o n d e n t e à f a s e l í q u i d a , o n d e h ≥ Lf t e m - s e
T = Tm +
(h − Lf ) , (3.6)
c pl
o n d e c pl é o c a l o r e s p e c í f i c o d o l í q u i d o .
T
Tk = ∫ k (η )dη , (3.7)
Tm
o n d e k (η ) é a c o n d u t i v i d a d e t é r m i c a .
C o n s i d e r a n d o k (η ) c o n s t a n t e s e o b t é m , p a r a a f a s e s ó l i d a
______________________________________________________________ M o d e l o M a t e m á t i c o 27
Tk = k s (T − Tm ) , (3.8)
Tk = 0 , (3.9)
e para a fase líquida
Tk = kl (T − Tm ) . (3.10)
ks h
Tk = (3.11)
c ps
e para fase líquida, substituindo a eq.(3.6) na eq.(3.10), obtém-se
kl ( h − L f )
Tk = . (3.12)
c pl
Pode-se ainda expressar, para a região do sólido,
Tk
T= + Tm (3.13)
ks
e para região do líquido
Tk
T= + Tm . (3.14)
kl
Sendo assim tem-se, de forma genérica, que
Tk
T= + Tm , (3.15)
k
então se pode substituir a eq.(3.15) na eq.(3.1), e obter
∂ ( ρh) ∂ 2Tk
= 2 . (3.16)
∂t ∂x
O p a s s o s e g u i n t e é i n t r o d u z i r u m a f u n ç ã o p a r a Tk q u e e x p r e s s e p a r a
cada região as definições já dadas pelas equações (3.9), (3.11) e (3.12). A
equação toma a forma de
ks
Γ ( h) = e S (h) = 0 para h ≤ 0 , (fase sólida) (3.18)
c ps
kl − kl L f
Γ ( h) = e S ( h) = para h ≥ 0 . (fase líquida) (3.20)
c pl c pl
Substituindo a eq.(3.17) na eq.(3.16), obtém-se
∂h ∂ ( Γh )
2
ρ = +P, (3.21)
∂t ∂x 2
com
∂2S
P = 2 , Γ = Γ ( h) , S = S ( h) . (3.22)
∂x
A equação da energia foi transformada numa equação, com uma
única variável dependente, h .
Tendo concluído a formulação, passa-se ao método numérico para a
solução do problema.
∂h ∂ 2 ∂2S
ρ = 2 ( Γh ) + 2 , Γ = Γ ( h) , S = S ( h) . (3.23)
∂t ∂x ∂x
Nos esquemas numéricos as equações diferenciais são aproximadas
por equações algébricas, e o domínio é discretizado.
Esta equação é discretizada pelo Método dos Volumes Finitos,
conforme apresentado em Patankar, 1980; Maliska, 1995; Versteeg e
Malalasekera, 1995 e Ferziger e Peric, 1997. Resultante desta
discretização surge um sistema de equações algébricas lineares a resolver.
O Método dos Volumes Finitos consiste em integrar as equações
diferenciais sobre volumes de controle, de tamanho finito, gerados na
discretização de um domínio, aplicando as leis de conservação. Uma vez
que as equações diferenciais são originalmente obtidas através de
______________________________________________________________ M o d e l o M a t e m á t i c o 29
∂h ∂2 ∂2S
∫∫∫ ρ ∂t dV = ∫∫∫ ∂x 2 ( Γh ) + ∂x 2 dV . (3.24)
∆V ∆V
A f i g u r a 3 . 2 a p r e s e n t a a m a l h a s o b r e o d o m í n i o d e s o l u ç ã o . O ∆x é
o t a m a n h o d o v o l u m e d e c o n t r o l e c e n t r a l i z a d o n o p o n t o “ P ” , δ xe e δ xw s ã o
as distâncias entre os centros dos volumes de controle vizinhos,
posicionados nos pontos “E” (leste) e “W” (oeste) respectivamente. As
letras “e” e “w” corresponde à posição das faces dos volumes de controle.
∂h h p − hop
∫∫∫ ρ ∂t
dV = ρ∆x
∆t
, (3.25)
∆V
∂2 ∂ ( Γh ) ∂ ( Γ h ) Γ E hE − Γ P hP Γ P hP − ΓW hW
∫∫∫ ∂x 2 ( Γh )dV = ∂x − ∂x = (δ x ) − (δ x ) , (3.26)
∆V e w e w
∂2S S E − S P S P − SW
∫∫∫ ∂x 2 dV = (δ x ) − (δ x ) , (3.27)
∆V e w
o n d e ∆t é p a s s o d e t e m p o e hPo é e n t a l p i a d a i n t e r a ç ã o a n t e r i o r .
A equação algébrica resultante pode ser escrita em forma genérica
como
______________________________________________________________ M o d e l o M a t e m á t i c o 30
aP hP = aE hE + aW hW + b , (3.28)
onde os coeficientes são dados por
ΓE
aE = , (3.29)
( δ x )e
ΓW
aW = , (3.30)
(δ x ) w
ρ∆xhop S E − S P S P − SW
b= + − , (3.31)
∆t ( δ x )e ( δ x ) w
ΓP ΓP ρ∆x
aP = + + . (3.32)
(δ x )e (δ x )w ∆t
Deve-se observar que contrariamente ao adotado em transferência
de calor sem mudança de fase, onde os coeficientes de difusão térmica Γ
são avaliados nas faces dos volumes de controle, no esquema em questão
estes coeficientes são avaliados no centro do volume e não na interface
para evitar o caso da interface, separando sólido e líquido.
Para exemplificar esta situação a figura 3.3 mostra a situação de
um domínio sendo no ponto “P” sólido e no ponto “E” líquido, com a
interface sólido-líquido sendo considerada em “e”. Sem mudança de fase
Γe ΓP
se tem , e em situação de mudança de fase .
( δ x )e ( δ x )e
hP − hPo
ε= (3.33)
hPo
h
anteriormente. Feito isso calcula-se a relação , multiplicando pelo
Lf
Tm = 22 °C ; Ti = 22,8 °C ;
kl = k s = 0,13683 W/m °C ; ρ s = ρl = 965 kg/m3 ;
4.1 Introdução
Fonte Tm ρ α cp k hsf
[°C] [kg/m3] [m2/s] [J/kgK] [W/mK] [J/kg]
1 23,9 965,0 0,62 10-7 2065,69 0,12359 17486,02
2 24,85 942,0 1.16 10-7 1250,22 0,13683
3 25,15 968,4 2020,966 16972,84
4 25,0 962,4 2078,674
5 23,20 1745,0 17500,0
6 23,0
7 25,15
Fontes:
1 Singh, et a., 1989;
2 Reid et al., 1987;
3 Riddick et al., 1986;
4 Lide, 1999-2000;
___________________________________________________________ A n á l i s e E x p e r i m e n t a l 52
5 Washburn, 1928;
6 Jackson e Hunt, 1965;
7 Livescu et al., 1987.
A c r e d i t a - s e o q u e o cp d a r e f e r ê n c i a 2 d e v e e s t a r c o m e r r o d e
edição, ou de unidades.
4.4.2 Temperatura
f a 100 Hz
i= = = 12 amostras / segundo (4.1)
n 8
No processo de filtragem foi utilizado o filtro média móvel
ponderada, com freqüência de corte 0,1Hz.
Com relação às incertezas utilizou-se como referência Zaro, 2000a
e b, Oliveski, 2000 e Schneider, 2000.
Para determinar a incerteza das medições se optou por verificar o
sistema como um todo: termopares, cabos de extensão, placa A/D. Foi
utilizado um sistema de banho isotérmico controlado por PID (Potencial
Integral Derivativo), a fim de controlar a temperatura desses durante as
calibrações. A verificação foi feita utilizando um termômetro de bulbo
calibrado, com precisão de ±0,1°C. O gráfico da figura 4.12 mostra as
curvas obtidas para cada termopar, sendo o gráfico composto pela
temperatura medida pelo termômetro de bulbo e a diferença ( T) entre o
padrão, o termômetro de bulbo, e a media do termopar.
Termopares
0,425 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0,375
0,325
0,275
∆T (°C)
0,225
0,175
0,125
0,075
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Temperatura Termômetro de Bulbo (°C)
Fig. 4.12 Curvas da incerteza dos termopares frente ao termômetro de
bulbo
___________________________________________________________ A n á l i s e E x p e r i m e n t a l 55
5.1 Conclusões