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FACULDADE EVANGELICA DO MEIO NORTE – FAEME

Bacharelado em Enfermagem

ESTUDO DE CASO

Trabalho entregue a Prof. Ana Lúcia


para obtenção da 3º nota da
disciplina de Antropologia

COROATÁ- MA
2023
FACULDADE EVANGELICA DO MEIO NORTE – FAEME

GEOVANA BEZERRA SOARES


JULIANA LIMA DA SILVA
MORGANA AMORIM LOPES
SARA RADIELY VIEIRA LIMA
SELMA VITORIA DIAS VELOZO

ESTUDO DE CASO

COROATÁ-MA
2023
Dona Emilia, uma ativista dos direitos igualitários, vive em uma
comunidade do quilombo em Codó interior do maranhão, a casa que ela reside
tem boas condições de moradia, mas relatou que nem sempre foi assim para
conquistar toda essa qualidade de vida foi através de seus direitos, contou
também que veio como escrava para o Brasil, seu país de nascença é na
áfrica. Aprendeu e se adaptou com um país e uma cultura totalmente diferente
do que estava acostumada, soube lidar com as dificuldades e os preconceitos
com sua cor de pele, preconceito com suas raízes, sua cultura
Aos 61 anos ela é uma ativista conhecida em sua cidade, faz parte da
secretaria sobre a cultura e direitos, um departamento que a prefeitura tem
como forma de acolher e levar respeito a todos. Conta que ela busca por seus
direitos, como água potável, moradia, saneamento básico, educação da
alfabetização ao ensino superior, saúde adequada para sua comunidade e
ainda cita a seguinte frase “não pedimos para vim, fomos obrigados. O
mínimo que queremos é uma qualidade de vida”, com isso podemos
observar uma mulher preta, tem quatro filhos, solteira, longe de suas raízes,
escravizada, mas nenhum momento se fez de vitima, foi atrás de suas
conquistas pessoais para garantir estabilidade para seus filhos, criou sozinha e
hoje se senti ainda mais viva para brigar por respeito e um bem estar para
todos da sua comunidade.
Relatou que quando vai a um lugar público, ela ainda sente a diferença
que tratam ela, como tratam uma loira branca. O olhar de cima pra baixo é tão
constrangedor que a deixa sem jeito como se o seu cabelo crespo com alguns
detalhes brancos fosse errado, sua cor de pele preta com alguns marcas da
velhice chamasse atenção, a roupa mais humilde fosse um erro gravíssimo
para a moda. Contudo, se a analisarmos ela apenas está sendo uma mulher
com sua idade mais avançada. Buscando mais espaço em uma mundo tão
errado com sua falta de bom senso para com os outros, no entanto, dona
Emilia, nunca deixou de acreditar que Deus é sua maior esperança nessa vida.
Portanto, aprendemos assim que a cultura dela é o que dá a ela a força para
conquistar e viver a vida com boa qualidade, ela ainda afirma que “minha
cultura é minha maior riqueza, minha aliada pra enfrentar o mundo”.
ANAMNESE

Identificação – A.E.M. S, feminino, 61 anos, solteira, preta, não alfabetizada,


aposentada, mãe de 4 filhos, 15 netos, natural matriz da áfrica, vive atualmente
em Codó do Maranhão.

Queixas principais – Pressão oscilando e labirintite

História atual da doença – Paciente relata que é hipertensa, tem três hérnia
de disco, três esporões no calcâneo, labirintite, gastrite artrose e artrite.

Antecedentes pessoais – Hipertensa, já fumou, catapora, sarampo na


infância.
Faz uso do remédio de hipertensão três vezes ao dia.

Antecedentes familiares – Paciente relata que seus pais ainda vivos foram
diagnosticados com hipertensão, sua filha mais velha foi diagnosticada
recentemente com hipertensão e hérnia de disco.

Hábitos de vida - Atualmente ela reside em uma comunidade do quilombo,


com varias pessoas que vivem da sua cultura. Já fumou, hoje em dia não faz
mais uso do cigarro, apenas consome bebidas alcoólicas, na sua juventude
também participava da arte marciais capoeira, tocava os instrumentos como
macumba, roda no centro e dentre outras.
Esta sem relações sexuais a mais ou menos 10 anos, faz suas refeições
diariamente 3 vezes ao dia, usa seus medicamentos para hipertensão 3 vezes
ao dia, bebe mais ou menos 2l de água por dia, eliminações vesicais intestinais
preservada com condições e odor característicos. Não faz atividade física, vive
da sua cultura como uma forma de levar conhecimento e uma ativista para
causa dos pretos e quilombos.

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