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Geografia 7º Ano-6
Geografia 7º Ano-6
Disciplina: Geografia
Série: 7º ano
Segmento: Ensino Fundamental
Semestre: 1°/2005
Elaborador(a): Renata Constantino Lara
INTRODUÇÃO
“Os desafios podem ser degraus ou obstáculos. É só uma questão de como enfrenta-los”.
Prezado(a) Professor(a),
As questões do Banco 1º semestre 2005 foram elaboradas de forma a abranger os aspectos do conhecimento,
compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação. Cabe a você, profissional da educação, selecionar as
questões que melhor se adequarem ao seu processo de ensino-aprendizagem.
Bom trabalho!
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SUGESTÕES DE QUESTÕES
I) QUESTÕES OBJETIVAS
“Às vezes existem desentendimentos entre a gente, por ter dentro da nossa área um número muito grande de
povos diferentes, que seria os Pataxó, Pataxó-Hãhãhãe, Baenã, Kariri-Sapuyá, Tupimambá, Camacã...
Diferente de povo, diferente de língua, diferente de cultura, diferente de tradição. Mas a gente sabe que todos
os grupos lutam para defender a terra. Então, quando é pela luta da terra, nós estamos aí aceitando qualquer
tipo de atitude que qualquer grupo tome em relação à ocupação das terras. Por isso é que a gente está hoje
numa situação já bem avançada, mas temos a maior parte da nossa terra, aproximadamente 39 mil hectares de
terra, que ainda falta a gente recuperar.
Estamos atravessando momentos muito difíceis, muito constrangedor, que seria o momento de terra ser
“reintegrada”. Fazendeiro ganha liminar de reintegração de posse, e nessa hora de ser “re-entregada” essa
posse, o índio sofre muito, porque esse é o momento mais triste que pode acontecer na vida do índio, é a partir
do momento que ta se “re-entregando” terra para o fazendeiro. Mas isso não faz a gente desmorecer da luta.
Também não estamos sozinho, temos os nossos aliados, apoio de outras comunidades, apoio de entidades de
apoio, e baseado nesse apoio que a gente tem, a gente passa a considerar que há momentos que temos que
recuar, porque tudo isso faz parte da luta.”
Nailton Pataxó
(www.indioonline.gov.br)
a) que as tribos indígenas enfrentam lutas para manter em as suas terras que, na maioria das vezes, são
devolvidas para os fazendeiros.
b) que os índios estão tentando recuperar terras que não lhes pertence, por isso eles estão lutando tanto e
não estão conseguindo nenhum resultado.
c) que as tribos indígenas não conseguem apoio de nenhuma entidade, por este motivo sua luta se torna
cada vez mais difícil.
d) que as tribos indígenas têm desentendimentos em suas terras porque possuem uma mesma cultura e
isso os faz brigar pelos mesmos interesses, seja de terras, seja de manter os costumes dos
antepassados.
“Nossa religião é indígena. Nós passamos de pais para filhos, nós seguimos nossos costumes. Nós temos
nossa cultura, nosso tratamento através de ervas, de guias, nós curamos com os Praiá, com o Toré, com Deus.
Eu fiz meu ‘segundo grau’ no Rio de Janeiro, onde meu professor de filosofia falou: "O índio é considerado de
menor porque é incapaz, tem a mente de uma criança de sete anos, tem a mente fechada". Nós temos índios
advogados, engenheiro agrônomo, com pós-graduação, tem estudante de medicina. Como antigamente os
índios foram muito rebaixados, ficaram reprimidos de ensinar nosso idioma, hoje muita coisa está perdida.
Antigamente o índio era mais tolo, acreditava nas autoridades. Éramos chamados de feiticeiros, de
macumbeiros, de comedores de lagartas, de bicho, de coisa podre.
Eu sou enfermeiro e cuido deste terreiro, tenho talento, recebo mensagens, faço minhas obrigações e aprendo.
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Tinha uma menina na Tapera que estava doidinha, ia ser internada. Eu falei com a doutora e pedi a ela 15 dias
para eu cuidar da menina, dei minha palavra que se não desse certo eu mesmo a levaria. Três dias depois a
menina estava curada...
De outra vez chegou um homem que há três anos visitava médicos e gastava milhões. Diziam que era uma
coceira incurável. Ele estava flechado e eu desmanchei, hoje ele é dono de um açougue e está bem.”
José Alto – Tribo Pankararu
(www.indiosonline.org.br)
Após ler o depoimento do índio José Alto, da tribo Pankararu, podemos concluir que, exceto:
a) A cultura indígena tem também seu valor, não podemos inferiorizar um povo somente porque ele não
possui os nossos costumes.
b) O fato do índio ter sido “inocente” no início da colonização, ou seja, ter acreditado nas coisas que eram
ditas, não significa que ele não é um ser inteligente.
c) A declaração do professor de filosofia do índio José Alto: "O índio é considerado de menor porque é
incapaz, tem a mente de uma criança de sete anos, tem a mente fechada", é preconceituosa, porque
está desconsiderando os conhecimentos que os índios possuem.
d) Atualmente, o índio continua acreditando nas promessas das autoridades e, esperando que suas
reinvidicações sejam atendidas.
Hospedaria de Imigrantes
Ao longo da segunda metade do século XIX o comércio internacional do café experimentava um enorme
crescimento. À medida que se avolumavam os movimentos abolicionistas, cresciam as preocupações com a
expansão da lavoura. As discussões sobre o incentivo à vinda de imigrantes permeavam toda a sociedade
brasileira.
A partir da década de 1870 a introdução do trabalho assalariado, até então uma alternativa à mão–de–obra
escrava, passa a ser uma necessidade. O processo de abolição era irreversível. Começam a chegar
sistematicamente grandes levas de imigrantes.
Para recebê–los, em 1882 foi instalada uma hospedaria no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. Pequeno e
com constantes problemas de epidemias, o local mostrou–se inadequado para os fins a que fora designado.
Decidiu–se, então, pela construção de instalações que atendessem às necessidades de recepção do grande
número de estrangeiros que para cá afluía.
Começava a funcionar a Hospedaria de Imigrantes. Quase três milhões de pessoas passariam por estas
dependências nos seus 91 anos de existência.
www.memorialdoimigrante.com.br
As afirmativas abaixo sobre a vinda de imigrantes para o Brasil estão incorretas, exceto:
a) Os escravos estavam se recusando a trabalhar nas lavouras de café, este fato preocupou os
fazendeiros que estimularam a vinda de imigrantes.
b) Os imigrantes começaram a vir para o Brasil após a abolição da escravatura, em 1888.
c) A hospedaria, um dos locais preparados para receber os imigrantes, era arejada e em boas condições
de higiene.
d) Os movimentos abolicionistas preocuparam os senhores de terra, que começaram a articular a vinda de
imigrantes para o Brasil, a partir da segunda metade do século XIX.
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Apesar dos dados sobre a imigração serem dispersos, estudo recente apresenta o seguinte quadro
para o período de 1884 a 1939 .
Concentrados nas principais cidades brasileiras - principalmente Rio de Janeiro e São Paulo - esses imigrantes
contribuíram direta ou indiretamente para a disseminação dos esportes em geral e para fundação de clubes
esportivos, em especial de futebol.
Portanto, a inserção desses imigrantes e da prática futebolística no Brasil, coincide com o movimento de
expansão do capital internacional - liderado principalmente pela Inglaterra - pela rápida modernização da
economia e da sociedade brasileira. Compõem esse quadro de reestruturação, o fim do trabalho escravo
(1888) - que era justamente substituído pelo trabalho livre do imigrante - e a instauração do regime republicano
(1889).
É dessa época a formação dos primeiros clubes, quase todos tendo sua origem entre as elites, tais como o São
Paulo Futebol Clube (1888), Fluminense (1902), Grêmio Porto Alegrense (1903), Botafogo (1904), Internacional
(1909), Flamengo (1911), Corinthians (1913) e Palmeiras (1914). Contudo, é preciso destacar que um número
muito grande de clubes foi criado em todo o território brasileiro, mas não conseguiu sobreviver devido as
dificuldades financeiras de manutenção. Afinal, a maioria dos europeus que havia se transferido para o Brasil
era composta de homens pobres, socialmente excluídos de seus países originais.
De qualquer modo, para as elites brasileiras a imigração era um aspecto da modernização civilizadora pela
qual passava o país, sendo a fundação de clubes de futebol também reconhecida como parte desse processo.
(www.fdeportes.com)
a) A maior parte de imigrantes que vieram para o Brasil eram de origem italiana.
b) A cultura do futebol foi introduzida no Brasil a partir de 1888, quando ocorreu a maior entrada de
imigrantes no país.
c) O avanço econômico e social do Brasil aconteceu juntamente com a entrada do futebol no país.
d) A elite brasileira considerava um atraso a entrada de imigrantes no país, devido a fundação de clubes
de futebol.
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Observe a charge acima e marque a opção que melhor a interpreta:
a) O aumento salarial no Brasil foi tão pequeno que pode se comparar com a catástrofe que foi a guerra do
Iraque.
b) O aumento do salário foi ruim, mas a guerra no Iraque foi um acontecimento bem pior, pois muitos
inocentes foram sacrificados.
c) A alegria dos brasileiros devido ao aumento do salário podia causar outra guerra no Iraque.
d) O povo brasileiro não tem paciência para esperar um aumento significativo de salário, por isso fica
enfurecido quando o aumento é pequeno.
Fonte: IBGE
Utilizando seus conhecimentos sobre urbanização brasileira, analise os itens que se seguem.
I. A taxa de urbanização brasileira que em 1940 era de 40% quadruplicou no ano 2000.
II. A população urbana cresceu mais que a população rural na 2ª metade do século XX.
III. A população rural teve um aumento significativo na década de 70, caindo um pouco na década de 80 e
voltando a aumentar nos anos 90.
a) I e III.
b) II e III.
c) I e II.
d) I e III.
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QUESTÃO 07(Descritor: interpretar mapa de densidade demográfica)
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: População e Sociedade
Hab/km²
Fonte: IBGE
QUESTÃO 08 (Descritor: estabelecer uma relação entre a cultura do povo brasileiro e dos outros povos)
Nível de dificuldade: Fácil
Assunto: População e Sociedade
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O Brasil tem que aprender com o mundo
E o Brasil vai ensinar ao mundo
O mundo vai aprender com o Brasil
O Brasil tem que aprender com o mundo
A ser menos preguiçoso
A respeitar as leis
Eles têm que aprender a ser alegres
E a conversar mais com Deus...
Após analisar a letra da música “O BRASIL VAI ENSINAR AO MUNDO”, de Cazuza, podemos concluir que
a) o Brasil é um país onde há muita violência, mas o “jeitinho” brasileiro resolve todos os problemas.
b) o Brasil é um país miscigenado e esta mistura de etnias e culturas faz deste um país diferente, especial.
c) o mundo vai aprender com o Brasil a ter mais preconceito e a não respeitar as leis.
d) o Brasil vai aprender com o mundo a ser menos tolerante e a resolver com a guerra os problemas
sociais.
Em 1967, o geógrafo Pedro Pinchas Geiger, propôs a divisão regional do Brasil, utilizando como critérios
características históricas e econômicas. Desta forma, o Brasil poderia ser dividido em três regiões
geoeconômicas: Centro-Sul, Nordeste e Amazônia. Como podemos observar, a demarcação destas regiões
geoeconômicas não obedece às fronteiras administrativas dos estados.
I - A REGIÃO CENTRO-SUL
É a região de maior concentração populacional e é a mais desenvolvida economicamente. É a região brasileira
que oferece, em média, as melhores condições de vida a seus habitantes.
II - A REGIÃO AMAZÔNICA
É o conjunto espacial de ocupação mais antigo do Brasil. Seu principal elemento caracterizador, que lhe confere
homogeneidade, é o quadro socioeconômico.
a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) I, II e III.
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A produção total do País pode ser medida de várias maneiras, seja pela soma dos bens e serviços, seja pelo
resultado dos setores - primário, secundário e terciário -, seja pela renda auferida pelos trabalhadores
(salários), empresários, proprietários (lucros, aluguéis, juros) e governo (tributos).
O padrão de distribuição da Renda Nacional entre esses três setores básicos é que caracteriza a justiça social
de um País. Tradicionalmente, o Brasil é um dos países que ostentam os piores índices de distribuição de
renda, uma distorção que vem desde os tempos das sesmarias, em que imensas regiões do País foram
entregues à plutocracia familiar e aos amigos do rei. Do outro lado, a escravidão e os salários baixos. Essa
estrutura ancestral ainda hoje deita suas sombras sobre a sociedade brasileira, em que pobreza nacional ocupa
a maior parte dos estratos sociais. Ser pobre, no Brasil, é ser prisioneiro de um perverso círculo vicioso, em que
o indivíduo ganha um salário baixo porque não tem nível intelectual e não tem nível porque não teve educação
escolar, que lhe faltou porque tinha que optar entre o trabalho e a escola ou lhe faltavam recursos para custear
os estudos. Pobre é pobre porque é pobre.
É evidente que há exceções, muitas exceções, em um mundo de oportunidades, em que os indivíduos
capacitados desenvolvem suas habilidades e conquistam seu lugar ao sol. Há muitos exemplos desses no
Brasil.
Adap.(Publicado no Jornal do Comércio de 30/01/2003, Caderno Opinião, pág.A-18)
www.chargeonline.com.br
Tendo como referência seus conhecimentos sobre a distribuição de renda no Brasil, assinale a opção que
melhor interpreta a charge acima:
a) As formigas representam o povo brasileiro lutando pela conquista do pão de cada dia.
b) As formigas representam o governo que está distribuindo o alimento de forma igualitária para todos.
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c) A bandeira do Brasil representa a vitória do povo brasileiro, que está se alimentando melhor e com
melhores salários.
d) O povo não desiste da luta e o pão que aparece na charge significa o aumento dos alimentos na cesta
básica do brasileiro.
(www.ufop.br)
a) A cooperação no país é muito grande; o povo brasileiro se comove com a situação da maioria da
população e cria organizações e projetos não-governamentais para tentar resolver os problemas
sociais.
b) O desemprego e a pobreza no país apresentam os maiores índices de problemas, pois se a população
não possui preparação profissional, não consegue emprego, gerando uma exclusão social dos
indivíduos.
c) A justiça aparece em alta no gráfico porque não existe no Brasil, se existisse, sua avaliação seria baixa.
d) A questão da habitação no Brasil está em baixa porque a maioria dos brasileiros não possui casa
própria, gastando muito em moradia e deixando faltar em alimentação.
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QUESTÃO 13 (Descritor: analisar a questão da exclusão social no país)
Nível de dificuldade: Fácil
Assunto: População e Sociedade
EXCLUSÃO SOCIAL
Observe o gráfico acima sobre exclusão social. As afirmativas abaixo interpretam corretamente o gráfico,
exceto:
a) O consumo de drogas é um dos itens que caracterizam a exclusão social porque incapacita as pessoas
a se prepararem adequadamente para o mercado de trabalho e para o convívio em sociedade.
b) A miséria e a falta de empregos configuram um dos itens de exclusão social por gerarem o aumento de
violência e criminalidade.
c) A imigração é um dos fatores de exclusão social porque os imigrantes não foram aceitos pelo governo e
pelo povo brasileiros à época da imigração.
d) A falta de perspectiva de vida faz com que jovens partam para a prostituição, tornando-se este um dos
fatores da exclusão social.
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Fabiana: Antes dos portugueses invadirem, nós índios tínhamos nossos costumes. Os índios não adoeciam,
mas foram tirando nossas riquezas e deixando doenças, troca que nos trouxe muitas mortes. Eu já ouvi muita
gente dizer que o índio não tem direito a nada, outros dizem que o índio é preguiçoso, mas onde é que vamos
trabalhar se não temos nossa terra?
Jaguriçá: Índio significa ser puro, ter suas qualidades espirituais. Nós não buscamos fazer o mal a ninguém,
temos dentro de nós a beleza da própria natureza.
O índio respeita desde o menor ser até o maior. Não tem preconceito com ninguém, sabe que somos todos
iguais. Nós queremos valorizar nossa cultura e também aprender das outras.
Fabiana: Se o índio não mantém sua própria cultura não vai ser considerado índio. Saber plantar, caçar para se
alimentar, não como outros que matam por esporte, por diversão. Antes nós vivíamos assim: plantando,
caçando... antes os rios não eram poluídos... antes não tinha posseiros para tirar nossas árvores. As mentes
também estão muito poluídas, gente matando e roubando...
Hoje, aqui na escola, não se fala da nossa realidade, eu gostaria que ensinassem sobre nossa cultura, eu já
estudei em quatro escolas da aldeia e só se fala de índio no dia 19 de abril. Não se conta nossa história, não se
ensina artesanato, não se fala de nossos costumes...
Jaguriçá: Seria bom que o próprio Pajé chegasse para dar aula dentro da escola, o cacique, um artesão, um
idoso, eles podem ensinar muitas coisas. De alguma forma não só os índios têm que respeitar a cultura
indígena, mas também os brancos. O Pajé, por exemplo, pode visitar uma escola de não-índios, uma forma de
começar a sermos mais respeitados. As lideranças têm que incentivar o seu povo a pesquisar sua própria
cultura e ensinar a se autovalorizar, entregar-se cada vez mais a seu conhecimento e também respeitar o
vizinho, branco ou negro, para que no futuro todos saibam se respeitar.
(www.indiosonline.org.br)
Os índios respeitam a cultura dos brancos; mas os brancos, respeitam a cultura dos índios? Tendo como base
seus estudos sobre o nativo(índio), marque V, para as afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas falsas:
I. A menina Fabiana é uma índia que preserva a cultura indígena e que entende a importância de todos
os povos se respeitarem. ( )
II. homem branco e o índio deveriam deixar de lado as “brigas” entre as culturas e trocarem entre si as
experiências porque, juntos, podemos aprender através da troca de informações culturais. ( )
III. Conhecer a própria cultura e valoriza-la é incentivar o reconhecimento da identidade nacional de um
povo ( )
IV. índio para ser realmente “índio”, não pode negar a sua cultura e aceitar a cultura imposta por outros
povos, como aconteceu à época da colonização – aculturação. ( )
a) F F F F.
b) V F V F.
c) V V V V.
d) F F V V.
NEGRO TIPO A
Nelson Maca Gonçalves
"A mídia transforma um Preto Tipo A num neguinho. A adoção de traços polêmicos no rap torna pública a
transformação ocorrida na postura do negro. O negro jovem constrói seu próprio estereótipo; e sua música
assume a tensão como alternativa discursiva, negando duplamente a cordialidade construída pelo mito da
democracia racial. ". Privilegia a busca da africanidade, destacando a importância da experiência da conquista
de independência dos países africanos. Era tarefa dos negros lutar por uma adequação material e reconstruir
sua identidade. A discussão das questões raciais alcançaram um alto grau de elaboração em nosso país,
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porém restrita a militantes ou à intelectualidade. Enquanto população, o negro continua situado no hall da
miséria. Poucos ascenderam socialmente; destes, a mínima parte discute ou pratica a Negritude."
a) o negro nega sua raça por não aceitar sua herança histórica: a escravidão.
b) a forma como a mídia coloca a questão do negro na sociedade, dá a falsa ideia de que este está
inserido socialmente, é o chamado “mito da democracia racial”.
c) os negros inseridos socialmente, são maioria e estes, discutem e lutam pela causa da africanidade no
Brasil.
d) os jovens negros admiram a chamada “mãe-África”, mas se envergonham do ‘trabalho forçado’ vivido
por seus antepassados.
Observe e analise a faixa acima. Em relação à questão da formação do povo brasileiro, marque a opção
correta:
a) Vários povos formaram o Brasil, e todos eles tinham características comuns em seu modo de vida, daí
o país ter muitas influências culturais.
b) A faixa em preto “todos diferentes” podemos aferir aos povos que formaram o país; e a faixa em branco
”todos iguais” podemos aferir à miscigenação étnica que aconteceu no Brasil.
c) Os povos que chegaram ao Brasil impuseram os seus costumes aos nativos e negros e nada
absorveram de suas culturas.
d) Africanos, europeus e nativos foram os povos que construíram o Brasil; mas os europeus foram os que
trabalharam arduamente nas lavouras dos senhores de terra, trazendo desenvolvimento para o país.
07/03/2003 - 04h13
Pobres têm taxa de fecundidade "africana"
ANTÔNIO GOIS
SABRINA PETRY
da Folha de S.Paulo, no Rio
A taxa de fecundidade das brasileiras que vivem em famílias com rendimento per capita inferior a um quarto de
salário mínimo (R$ 50) é 3,8 vezes maior do que a das mulheres de famílias com rendimento superior a cinco
salários mínimos per capita (R$ 1.000).
Dados tabulados a pedido da Folha pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que,
enquanto as brasileiras de maior renda têm, em média, 1,11 filho, entre as de menor renda essa taxa é de 5,30.
A análise do número médio de filhos por mulher nos dois extremos de renda pesquisados mostra que a
sociedade convive com dois padrões distintos de fecundidade.
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Enquanto as mulheres de maior renda têm um número médio de filhos inferior até mesmo ao de países
europeus, que têm as menores taxas de fecundidade do mundo, as brasileiras mais pobres têm uma taxa média
semelhante à de algumas nações africanas.
(...) A diferença é encontrada também quando se analisa a taxa de fecundidade de acordo com os anos de
estudo. As brasileiras sem instrução ou que não completaram nem sequer a primeira série do ensino
fundamental têm, em média, 4,12 filhos. Entre as que completaram pelo menos o ensino médio, essa taxa cai
para 1,48.
(...)"O rendimento familiar per capita, sem dúvida, atua no sentido de estabelecer grandes diferenças. Mas é
com o aumento da escolaridade feminina que são observados os maiores declínios relativos nas taxas", afirma
Juarez Castro Oliveira, técnico do IBGE especializado em fecundidade.
Para Oliveira, tanto nos estratos de rendimento mais elevado quanto nas categorias mais altas de anos de
estudo as taxas de fecundidade já se encontram em patamares muito baixos, seguindo o padrão europeu, ou
seja, abaixo do nível de reposição das gerações. Esse nível é de 2,1 filhos por mulher, número que já leva em
conta os efeitos da mortalidade na população.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, taxas muito altas de fecundidade têm efeitos preocupantes, como a
tendência de aumento da mortalidade infantil e de piora nas condições de vida de famílias com poucos
recursos.
Para Ignez Helena Oliva Perpétuo, professora de demografia da UFMG (Universidade Federal de Minas
Gerais), há falhas na aplicação dos programas de planejamento familiar no país. "O Brasil tem um dos melhores
programas de planejamento familiar e de saúde da mulher do mundo, mas existem falhas na sua aplicação. A
informação não chega da maneira como deveria à população mais carente", diz Perpétuo.
Ela diz que isso pode ser percebido nas pesquisas de opinião. "A última pesquisa de planejamento familiar feita
pela Abep (Associação Brasileira de Estudos Educacionais), em 2000, mostrou que 88,4% das pessoas que
ganhavam até um salário mínimo não queriam ter mais filhos e que, se pudessem voltar atrás, teriam tido no
máximo dois filhos."
Apesar da necessidade de dar mais informação para a população mais pobre fazer seu planejamento familiar,
Ana Amélia Camarano, coordenadora da área de População e Família do Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada), diz ter dúvidas se, no caso brasileiro, ainda se deve falar em campanhas.
Ela afirma que taxas de fecundidade muito baixas, como a das mulheres mais ricas no Brasil, são motivo de
preocupação. "Alguns governos europeus estão gastando fortunas em campanhas pró-natalistas porque estão
com a reposição populacional ameaçada."
Para a pesquisadora do Ipea, não faz sentido falar em taxa de fecundidade boa ou ruim. "A taxa de fecundidade
alta ou baixa não é boa nem ruim. Isso depende de como a sociedade lida com isso. Uma taxa muito alta pode
pressionar os recursos públicos, mas uma fecundidade muito baixa compromete a reprodução da sociedade. O
meio-termo depende de cada sociedade", afirma.
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QUESTÃO 18 (Descritor: analisar gráfico de fecundidade)
Nível de dificuldade: Fácil
Assunto: População e Sociedade
a) nono país.
b) sétimo país.
c) quinto país.
d) décimo país.
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Sobre a mortalidade no Brasil nos últimos anos do século XX é correto afirmar, exceto:
a) A taxa de mortalidade está aumentando devido ao agravamento das condições de vida nas grandes
cidades e interior do país.
b) A taxa de mortalidade no Brasil apresentou um grande declínio de 1950 a 1970, e desde então, vem
caindo em pequenas proporções.
c) A taxa de mortalidade infantil durante os últimos dez anos do século XX apresentou uma tendência de
queda em todas as regiões.
d) A condição de vida da população brasileira veio melhorando ao longo dos anos, apesar de ainda
persistirem problemas de ordem social e econômica no país.
QUESTÃO 20 (Descritor: analisar a postura dos EUA em relação aos países periféricos)
Nível de dificuldade: Difícil
Assunto: Globalização
www.noolhar.com/charges
Observe a charge acima. Utilizando seus conhecimentos sobre o Brasil e o mundo, marque a opção que melhor
a interpreta:
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a) Bush é o presidente norte-americano que trata o mundo como se fosse seu brinquedo: manda e desmanda
nos demais países, principalmente nos países europeus, apontados pela seta.
b) O mundo está sob domínio norte-americano que utiliza seu poder econômico e político para interferir nas
decisões governamentais, principalmente nos governos dos países periféricos.
c) O terrorismo tomou conta do mundo, e a charge mostra que G. Bush está controlando as invasões
terroristas.
d) O presidente norte-americano ao impor determinadas ordens aos demais países do mundo, está apenas
tentando manter a ordem e a paz entre os povos.
No terreiro um cruzeiro e uma casa ao lado.Os índios vão chegando, uns a pé e outros de bicicleta. Um banco
na frente do cruzeiro. Os índios começam a se ajeitarem colocando pujá na cabeça, vestindo Kataioba,
balançando os maracás, assobio de apito do pajé chamando os encantos. O pajé caminhando pelo terreiro com
o kaoki na boca defumando o terreiro espantando os maus espíritos, o cacique se preparando para cantar e
guiar os índios. O Capitão antes do começo do toré prepara o anjuka feito da raiz da jurema e seus segredos.
Os maracás chiando nas mãos, o pajé se sentando no banco de frente para o cruzeiro, junto aos mais velhos
que já não aguentam dançar o toré, os índios se ajeitando em filas nas laterais deixando um vazio entre o
banco e o cruzeiro de frente uns para os outros. O pajé começa a cantar e os índios os acompanham. Os
maracás no ritmo de cada uma linha, marcando com o seu chiado, os pés compassando e o cantorio das linhas,
no indo e vindo do cruzeiro para o banco, do banco para o cruzeiro, fazendo curvas. Homens, mulheres,
crianças, jovens e idosos, todos assim, cantando e descalços, pisando do chão com força e marcando o ritmo
da dança.
Os mais velhos, sem força, sentados no banco, cantando e assistindo. Beber anjuká. A força da natureza
mostrando os encantos, arrodeando, se aproximando, o zumbido do apito do pajé chamando os encantos de
luz.
Uma linha, outra linha...indo assim até a ultima linha da despedida até o dia amanhecer.
Baltumbalalá [23anos]
jutumba [18anos]
(www.indiosonline.org.br)
Aquarela do Brasil
Ary Barroso
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Brasil, meu Brasil brasileiro / Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil samba que dá / Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor / Terra de Nosso Senhor
Brasil / Brasil / Pra mim / Pra mim
Ô ô ô ô abre a cortina do passado / Tira a mãe preta do serrado
Bota o rei congo no congado / Brasil Brasil Pra mim Pra mim
Deixa.....cantar de novo o trovador / À merencória luz da lua
Toda a canção do meu amor / Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando / O seu vestido rendado
Brasil.......Brasil / Pra mim....pra mim
Brasil / Terra boa e gostosa / Da morena sestrosa
De olhar indiscreto / O Brasil samba que dá
Bamboleio que faz gingar / O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor / Brasil....Brasil...pra mim...pra mim
Ooooh esse coqueiro que dá côco / Onde eu amarro a minha rede
Nas noites claras de luar / Brasil...... Brasil
Oooh ouve essas fontes murmurantes/ Onde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar / Oh esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro / Terra de samba e de pandeiro
Brasil....Brasil / Pra mim......pra mim.....
CONSCIÊNCIA NEGRA
“Ter consciência negra, significa compreender que somos diferentes, pois temos mais melanina na pele, cabelo
pixaim, lábios carnudos e nariz achatado, mas que essas diferenças não significam inferioridade.
Ter consciência negra, significa que ser negro não significa defeito, significa apenas pertencer a uma raça que
não é pior e nem melhor que outra, e sim, igual.
Ter consciência negra, significa compreender que somos discriminados duas vezes: uma, porque somos
negros, outra, porque somos pobres, e, quando mulheres, ainda mais uma vez, por sermos mulheres negras,
sujeitas a todas as humilhações da sociedade.
Ter consciência negra, significa compreender que não se trata de passar da posição de explorados a
exploradores e sim lutar, junto com os demais oprimidos, para fundar uma sociedade sem explorados nem
exploradores. Uma sociedade onde todos tenhamos, na prática, iguais direitos e iguais deveres.
Ter consciência negra, significa sobretudo, sentir a emoção indescritível, que vem do choque, em nosso peito,
da tristeza de tanto sofrer, com o desejo férreo de alcançar a igualdade, para que se faça justiça ao nosso
Povo, à nossa Raça.
Ter consciência negra significa compreender que para ter consciência negra não basta ser negro e até se achar
bonito, e sim que, além disso, sinta necessidade de lutar contra as discriminações raciais, sociais e sexuais,
onde quer que se manifestem. "
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O Brasil é um país miscigenado e, portanto, é uma contradição existir racismo, pois todos os brasileiros, sem
exceção, são originários de uma “mistura” étnica (raças + culturas). Você leu o depoimento da Raimunda Nilma
de Melo Bentes, um dos membros da consciência negra.
Após ter analisado o que ela disse, escreva um texto abordando a questão do racismo no Brasil.
Certa manhã, lá foi Chapeuzinho Vermelho levar disquetes para sua avó. Sua mãe sempre dizia:
- Menina, não vá pela floresta de computadores, vá pela cidade.
Mas Chapeuzinho, sempre desobediente, pegou seu skate voador e lá foi com os disquetes pela floresta afora.
No meio do caminho um lobo - mau - vírus, chamou-lhe:
- Ei menina, o que você tem aí nesta maleta? - indagou o lobo
- Disquetes para levar para minha avó - disse Chapeuzinho
O lobo, então, teve a ideia de ir até a casa da vovó e devorá-la. Para isso usou um atalho.
Quando chegou à casa da vovó ela estava surfando na internet, procurando o site do Leonardo Di Caprio
O lobo aproveitou que a velha (quer dizer a vovó) estava dando sopa e zás, devorou-lhe rapidinho.
Quando a Chapeuzinho chegou à casa da vovó (o lobo disfarçado) foi logo lhe dando os disquetes, mas
estranhou, quando viu que a vovó (lobo) estava num site de lobas e não de homens.
E foi logo dizendo:
- Ei vovó, por que a senhora está nesse site? E como a senhora ‘tá’ feia hoje, o seu creme anti - rugas está
vencido? - disse Chapeuzinho com uma cara estranha.
O lobo nem pensou duas vezes, já foi pulando em chapeuzinho que saiu correndo e gritando:
- Socorro, um lobo! Chamem a polícia, o FBI, a CIA, a guarda florestal, os bombeiros, os médicos e um
decorador pra casa da vovó, ela tá bem feinha.
Depois disso, eles chamaram os médicos que operaram o lobo, com intenção de tirar a vovó de lá.
Só que eles não conseguiram tirá - la, pois ela tinha ficado presa.
Tiveram que transferir o lobo para um centro cirúrgico de última geração, com equipamentos mega modernos.
Eles passaram a noite tentando tirar a vovó. E não é que conseguiram!!
A vovó agradeceu a todos os médicos, mas um, chamou-lhe a atenção. Alguns meses mais tarde, a vovó se
casou com esse médico, que gostava muito dela.
Chapeuzinho aprendeu que desobedecer, sempre acaba em lobo devorando avó.
Os avanços tecnológicos fazem parte da evolução da sociedade. O aluno Tiago escolheu a história do
Chapeuzinho Vermelho e a adaptou para a atualidade. Vamos fazer como o Tiago?
Utilizando o que você aprendeu sobre os avanços tecnológicos, escolha uma outra história da carochinha e a
reescreva adaptando-a à atualidade. Seja bastante criativo!
A exclusão racial é uma realidade no Brasil. Precisamos assumir a nossa miscigenação e valorizarmos a nossa
identidade nacional.
Observe a foto e escreva um texto abordando a questão da identidade nacional e do racismo na formação do
povo brasileiro.
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www.lasegunda.com
Meu nome é Atchua-dã Mirong, tenho 17 anos. Sou tyhy Pataxó-Hãhãhãe, vivo na aldeia Caramuru. Tenho
muito orgulho de quem sou. Gosto da minha cultura, vivo da minha cultura e jamais vou esquecê-la.
Tohé (Toré)
Ele é a forma de expressão em dança, nos momentos de tristeza, alegria, luta e agradecimento.
Quando vamos fazer ritual temos que nos preparar. Temos que nos sentar, colocar nossos Koká e vestir nossas
tangas, não deixamos de usar nossos massaka, pois no uso do tyhy traz muita sorte, porque a semente tem
energia do mikahab. O que não pode faltar no ritual é o maraka, pois ele é sagrado e tem grande poder.
Como se dança o Tohé (Toré)
Nos reunimos em um círculo, como uma aliança. Fazemos nossa oração para agradecer e pedir Sinatã cada
dia mais coragem e sabedoria para agirmos dentro do nosso direito. Logo após dançamos em círculo em sinal
de união, cantando as músicas que nos dá força e afirma cada dia nossa cultura e costumes. Encerramos com
a oração.
A religião do índio não tem maldades.
(www.indiosonline.org.br)
Você já estudou que cada povo tem a sua cultura, e a cultura brasileira é formada por um pouquinho da cultura
de cada povo que se “misturou” e formou a “etnia” brasileira. A religião dos colonizadores foi imposta aos
nativos e aos africanos que foram trazidos para o “novo mundo” com o interesse de dominar esses povos.
Tendo como referência seus conhecimentos sobre a ocupação do território brasileiro, comente a seguinte frase
de Atchua-dã Mirong: “A religião do índio não tem maldades”.
O legado da escravidão.
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O ato de comprar gente tinha suas manhas. Havia a prova do suor, por exemplo. O comprador passava o dedo
no escravo exposto no mercado e lambia para ver se o suor era verdadeiro ou efeito de algum óleo para que a
pele parecesse brilhante e viçosa. Examinavam-se os dentes do escravo. Apertava-se a barriga para verificar
se ele não tinha dor, escutava-se o peito, pedia-se para ele correr e pular. Que significa para o Brasil, hoje, ter
tido escravos?
O historiador baiano João José Reis responde: "Não acho que todos os problemas brasileiros, inclusive de
relações entre as classes, tenham a ver com a escravidão. Mas o fato é que tivemos quase 400 anos de
História em que os mais afortunados se acostumaram à noção de que os outros podem ser torturados. Isso
pesa".
O historiador Manolo Garcia Florentino responde: "A escravidão foi a base a partir da qual se fundou uma
civilização, para retomar Sérgio Buarque de Holanda, para quem o Brasil, por sua complexidade e diversidade,
era uma civilização. Ela fundou a civilização brasileira. E ao fazê-lo viabilizou um projeto excludente, em que o
objetivo das elites é manter a diferença com relação ao restante da população".
O historiador Flávio dos Santos Gomes: "É problemático pensar em continuidades. Se há no Brasil um sistema
racial opressivo, não é necessariamente porque aqui houve escravidão. A explicação do racismo também se
encontra no que ocorreu depois da abolição. É comum ouvir falar hoje em relações escravistas ou
semiescravistas no campo. Quando se diz isso, pensa-se num modelo que não é generalizante. Houve vários
tipos de relação com escravos no Brasil.
Houve, por exemplo, escravos a quem era permitido manter pequenas roças, fazer um pequeno comércio ou
receber por dia. Ora, relações que hoje são tachadas de escravistas podem na verdade ser piores do que
certos modelos que vigoraram na escravidão".
Hoje, a maioria não se lembra da escravidão no Brasil senão esporadicamente, vagamente. E em termos
esquemáticos: Zumbi, o herói, ou o negro acomodado, o senhor desalmado ou a sinhazinha boazinha com o
pessoal da senzala. A realidade foi mais complexa. Os historiadores, hoje, revelam um escravo que podia reunir
na mesma pessoa o acomodado e o insubmisso. E um senhor que, embora na condução de um projeto arcaico
e arcaizante, soube levá-lo avante. Manolo Florentino lembra que a escravidão foi o modelo de relações
econômicas e sociais mais estável que o Brasil já teve.
Não é uma originalidade brasileira esquecer a História. Outros povos também a esquecem, especialmente seus
pedaços ruins.
Ao Brasil, os últimos negros chegaram em 1850, ano em que terminou o tráfico.
(adap: in Revista VEJA, ed. Abril, ed. 1.444, de 15.05.1996)
Após a leitura e análise do texto acima que trata da questão da escravidão no Brasil, responda com suas
palavras: Quais foram as heranças deixadas pela sociedade escravocrata, no Brasil?
A sociedade brasileira precisa de dar mais atenção às crianças, principalmente àquelas de classe social mais
baixa, que precisam trabalhar para ajudar nas despesas da casa, violando com isso o “direito da criança”.
Tendo como referência seus conhecimentos sobre a desigualdade social, justifique a seguinte afirmativa:
“A criança de qualquer raça, cor, sexo, origem social, religião ou etnia, é um ser humano íntegro, com a
peculiaridade de se encontrar numa fase de desenvolvimento que precisa de proteção especial em todas as
áreas de sua vivência (física, familiar, moral, educacional, psicológica e social).”
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Observe as gravuras acima. Utilizando seus conhecimentos em relação ao trabalho infantil, escreva um texto ou
um poema sobre esse tema.
QUESTÃO 30 (Descritor: analisar e avaliar as atrocidades que eram cometidas com os africanos à época da
escravidão)
Nível de dificuldade: Difícil
Assunto: População e Sociedade
IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
(...)
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São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
(...)
Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
(...)
VI
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
O poema Navio Negreiro, de Castro Alves, um poeta português, conta a saga dos africanos sendo
transportados da África para a América.
Utilizando seus conhecimentos sobre a vinda dos africanos para o Brasil, escreva qual mensagem o poeta quis
nos transmitir com seu poema.
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QUESTÃO 31(Descritor: identificar as características das regiões geoeconômicas)
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Regional
Fonte: IBGE
Observe a foto acima e escreva um texto com o seguinte título: “Brasil, terra de vários povos e muitas culturas
numa só cultura”.
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QUESTÃO 33 (Descritor: compreender o que vem a ser o IDH)
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: População e Sociedade
O que é IDH?
IDH é o Índice de Desenvolvimento Humano.
A noção de desenvolvimento humano é sempre relativa às condições sociais em que as pessoas vivem, à sua
classe social, ao padrão de consumo da sua sociedade e muitos outros fatores. Isso dificulta qualquer tentativa
de estabelecer um limite mínimo que seja, válido e igual para todos os lugares, em todos os países. Apesar
disso, desde 1990, a organização das Nações Unidas (ONU) divulga um relatório que as permite realizar
algumas comparações entre os diversos países e mesmo entre regiões e lugares do planeta. Naquele ano foi
criado o Índice de desenvolvimento humano (IDH), um número que reflete as condições de três variáveis
básicas para uma qualidade de vida digna, a expectativa de vida ao nascer, a escolaridade e o produto interno
bruto per capita. Vamos entender o que significam essas variáveis.
*Expectativa de vida ao nascer-Se a população possui uma média de anos de vida elevada, pode-se concluir
que, de forma geral, as passas levam uma vida saudável. Para ter uma vida longa é necessário que haja boas
condições de saneamento básico, alimentação, assistência médico-hospitalar, moradia e um meio ambiente
saudável.
*Escolaridade-Numa sociedade em que a população tem acesso à escola as pessoas podem exercer melhor
seu papel de cidadãs. Assim, quanto mais escolarizada a população, melhor o nível de desenvolvimento. No
cálculo da escolaridade, a taxa de alfabetização dos adultos entra com peso de dois terços, a taxa combinadas
de matrícula nos níveis primário, secundário e superior entra com peso de um terço.
*Produto Interno Bruto PER CAPITA - O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de tudo o que foi produzido
pela economia de um país no período de um ano. Geralmente, esse valor é expresso em dólares, para permitir
a comparação entre os países. O PIB de um país, dividido por sua população, resulta no PIB PER CAPITA,
também chamado renda PER CAPITA, que é o valor que caberia, em média, a cada pessoa. Apesar de
indicado em dólares, no cálculo do IDH o PIB é ajustado ao poder de compra da moeda local. Isso porque os
gastos com alimentação, saúde e moradia variam de um país para outro. Por exemplo: com a quantidade de
dólares necessários para alimentar-se no Japão é possível adquirir muito mais produtos e serviços em Uganda
ou qualquer outro país pobre.
Esses três componentes das condições de vida da população são expressos em uma escala que varia de 0,0 a
1,0:quanto mais baixo o índice, piores são as condições de vida; da população em geral.
Nessa classificação, os países são divididos em três categorias:
Após a análise do texto acima e tendo como referência seus conhecimentos sobre IDH, responda:
Se um país ou mesmo uma cidade, tem um IDH elevado, significa que todos os cidadãos desfrutam de boas
condições de vida? Justifique sua resposta.
A charge está fazendo uma crítica sobre a distribuição de renda no Brasil. Após analisar, faça um comentário
sobre ela.
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Henfil
Henfil
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A situação política e econômica do Brasil parece não ter mudado muito nos últimos dois anos. Observe e
analise a charge acima e utilizando seus conhecimentos sobre a política brasileira, escreva um comentário
sobre o que ela está criticando.
www.chargeonline.com.br
O Brasil é um país de muitas desigualdades sociais. Observe a charge acima e escreva um comentário sobre o
que ela quer nos alertar.
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A charge acima faz uma crítica à questão da violência no Brasil. Analisando a charge, a qual conclusão
podemos chegar?
O Índio Guarani era muito supersticioso, para eles havia o deus do bem e o deus do mal. O deus do bem era o
sol, a lua e outros. Todos os dias de manhã quando o sol nascia eles o adoravam, pois o sol era o deus
supremo para eles. O deus do mal era o relâmpago, a trovoada e outros, geralmente fenômenos naturais que
os assustavam.
Observe a gravura acima e o que ela significa e usando a criatividade, elabore um poema ou uma história
contando sobre a importância do nativo e sua cultura para a formação da cultura brasileira.
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O Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas calculou quanto cada cidadão que esteja acima da
linha da pobreza teria de desembolsar mensalmente para girar uma utópica engrenagem de justiça social. A
FGV usou dados do Censo 2000, que apontou 50 milhões de pessoas (29,3% da população) com renda mensal
inferior a 80 reais. Veja o exemplo abaixo, de um grupo com cinco pessoas, e suas respectivas rendas:
Se a linha de pobreza for de 154 reais e a de indigência, de 76 reais, Luiz e Antônio seriam pobres, mas apenas
Antônio, miserável. Para atingir a linha de pobreza faltam 12 reais para Luiz e 142 reais para Antônio. Portanto,
redistribuir a renda e erradicar a pobreza nessa "sociedade" custaria 154 reais. Segundo o relatório do Ipea, a
erradicação da miséria exigiria a transferência de 10,49 reais por brasileiro situado acima da linha de pobreza a
cada mês.
Um trabalho eficiente de redistribuição de renda, porém, é obra política, e de longo prazo. "Se ficarmos na
questão meramente monetária, não atacamos as razões da concentração de renda", alerta Pedro Demo, da
UnB (Universidade de Brasília).
(www.novaescola.abril.com.br)
Utilizando o que você aprendeu sobre justiça social no Brasil, escreva um pequeno texto dando a sua opinião
sobre como gerar renda para que Luiz e Antônio não precisem receber ajuda em dinheiro.
“Bem nós aqui tínhamos muito endereçava um aparelho desses porque é um aparelho que justamente
nós necessitávamos aqui. Após dele temos a força e a presença de nós adquiriu algum conhecimento lá fora
para pedir às autoridades que nós ajudamos nós dermos um meio de nós fazer qualquer coisa para melhorar
nossa vida. Nós vivíamos aqui nós vivia desprezado. E a vista desse aparelho nós damos muitas graças a
“DEUS” e a quem troce ele pra nós justamente para nós fazer um projeto dar um conhecimento uma mostra que
nos somos trabalhador porque aqui dizem que o índios é preguiçoso. Só pode ser porque nunca tivemos uma
mão para nos ajudar. A FUNAI é a protetora diz que é a titular do índio, mas não dá meios não dá cobertura
para nós trabalhar, não faz projeto não temos nada aqui pelo motivo de não ter conhecimento e nem quem nos
der conhecimento hoje nós estamos aqui com a graça de DEUS e de quem troce esse aparelho para nós
procurar aonde está a verdade e a mentira.
TANAWY: Que tipo de projeto o computador poder trazer para aqui?
PAI ZÈ: Eu acho um projeto de nós fazer nossa vida, mas feliz arrumar o pão com, mas facilidade, como
bem: hoje nós nuca tivemos quem fizesse um projeto para nós, porque sempre apareceu gente dizendo que ia
fazer e ia chegar mas nunca chegou para nus ajudar na colheita , no plantio, no preparo da terra, no criatório de
peixe era a grande coisa temos água para isso enfim porque temos essa lagoa que viver ai desprezada posso
dizer porque não tem uma pessoa que amostre um técnico que chegue aqui e diga: olhe, vocês vão fazer
assim, assim, assim, assim e nós seguir o que ele justamente nós ensinar, porque sou um velho, tenho 87 anos
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completei dia 11 desse mês de agosto, e nunca tive uma mão de nada, porque nunca achei quem ajudasse
nem a mim nem minha comunidade. Promete em tempo de política e só é quando eles enxerga nós é tempo de
política para nós dar um voto a eles depois eles se esquece.Na outra política com quatro ano é que vão
chegando estamos com esse aparelho sentado aqui dentro de um cômodo pequeno se chegar 5 pessoas não
tem onde se sentar tem que ficar em pé de tão grande que é. Não é por falta de vontade nem por falta de
coragem é porque nós não acha quem nos ajude e quem nos mostre lá fora. E essas coisas meus senhores é o
que eu sinto, é isso, vivemos largados .
TANAWY: Com o computador dentro da área ele pode trazer um prédio para ele?
PAI ZÉ: Pode. Eu acredito que pode. Não estamos pedindo comida por que a comida não falta pra nós
com muito sacrifício, vivemos dentro de uma comunidade e justamente nessa comunidade todos são
necessitado eu mesmo sou um dos tais, sou um aposentado da FUNAI, aliás da época do SPI que eu fui
funcionário durante 32anos, hoje eu vivo com um salário de morrer de fome pelo ministério da agricultura. Tem
mais de 20anos que eu sou aposentado e nunca tive um aumento desde do dia que entrei.
TANAWY: Com esse meio de sobrevivência do senhor como é que senhor se encontra?
POI ZÉ: Feliz porque ainda tenho um pouquinho de saúde e então a alegria que eu tenho é que hoje eu
não estou mais pedindo mais pra mim estou pedindo pra você meu neto e é pra vocês que estão no começo da
vida e eu já estou no fim da batalha sinto não poder ir até o fim por que sei que idade não dar mais, mas
enquanto eu tiver força no pulmão para pedir eu peço.”
a) O que é aculturação?
b) Por que o computador representou uma forma de “progresso” entre os índios?
c) Retire do texto a passagem que mais te chamou a atenção e explique o motivo.
d) Justifique a seguinte frase que foi o tema da Semana Nacional de Geografia, na Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC), em 2000: “Os outros 500 na formação do território brasileiro”.
e) Faça um desenho mostrando a influência que a tecnologia exerce em todas as culturas.
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QUESTÃO 01: A QUESTÃO 11: A
QUESTÃO 02: D QUESTÃO 12: C
QUESTÃO 03: D QUESTÃO 13: C
QUESTÃO 04: D QUESTÃO 14: C
QUESTÃO 05: A QUESTÃO 15: B
QUESTÃO 06: C QUESTÃO 16: D
QUESTÃO 07: C QUESTÃO 17: D
QUESTÃO 08: B QUESTÃO 18: A
QUESTÃO 09: B QUESTÃO 19: A
QUESTÃO 10: A QUESTÃO 20: B
QUESTÃO 21
a) Toré
b) “Os índios vão chegando a pé e outros de bicicleta.”
QUESTÃO 22
a) Devido à miscigenação dos povos e a “malandragem”, o jeito alegre e descontraído de ser do brasileiro.
b) Resposta pessoal. Ele deve abordar a questão da valorização dos povos africanos que para cá foram
trazidos e formaram uma das bases da cultura brasileira.
c) Resposta Pessoal do aluno. Ele deve usar a criatividade.
QUESTÃO 23
Resposta Pessoal. O aluno deve abordar que aprendeu sobre os povos formadores do povo brasileiro e
expressar em seu texto que o racismo, seja qual for, é preconceito social e racial.
QUESTÃO 24
Resposta pessoal. O aluno deve abordar a questão da tecnologia e da ética em relação à formação do povo
brasileiro – conceito e preconceito.
QUESTÃO 25
Resposta pessoal. O aluno deve abordar a questão da miscigenação e do respeito que devemos ter com todos
os povos – ética.
QUESTÃO 26
30
O índio quis dizer em sua frase que a religião que praticam é sagrada e eles não a utilizam para subjugar outros
povos como fizeram os europeus à época da colonização.
QUESTÃO 27
Resposta pessoal. O aluno deve abordar a questão da herança da escravidão que trouxe o conceito de trabalho
como “vergonha”, sendo esse “cargo” obrigação somente de “pobre”. É importante o aluno ter apreendido a
noção de valorização da identidade nacional, que é de um povo miscigenado, mas, nem por isso, pior que os
outros povos.
QUESTÃO 28
QUESTÃO 29
QUESTÃO 30
Resposta pessoal. O aluno pode abordar em sua resposta a indignação do poeta Castro Alves em relação à
desumanidade da escravidão à época da colonização do Brasil.
QUESTÃO 31
a) Amazônia
b) Nordeste
c) Centro-sul
QUESTÃO 32
Resposta pessoal. O aluno deve abordar a questão da miscigenação entre os povos. Ética – respeito.
QUESTÃO 33
Não. O IDH é apenas uma média. Se um país, ou mesmo uma cidade tem um IDH elevado, isso não significa
que todos os cidadãos desfrutem de boas condições de vida. Sempre existem pessoas acima ou abaixo da
média e sempre há pessoas que estão excluídas, ou que sofrem com preconceitos, ou que tiveram a dor de ter
um parente próximo morto em uma guerra ou como vítima de criminalidade.
QUESTÃO 34
Resposta pessoal. O aluno pode abordar que a renda está concentrada nas mãos dos poderosos e o Brasil
continua com uma péssima distribuição de renda: “muito para poucos e pouco para muitos”.
QUESTÃO 35
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Resposta pessoal. O aluno deve abordar a questão da impunidade política no Brasil. Cadeia existe para os
pobres e os políticos abusam de seu poder por saber que têm imunidade (impunidade?!) parlamentar.
QUESTÃO 36
Resposta pessoal. A charge transmite a ideia da desigualdade social. Enquanto alguns têm direito à educação,
lazer, conforto, enfim, aos direitos que todo ser humano deveria ter, outros estão à margem da sociedade
entregando-se às drogas e à violência.
QUESTÃO 37
Resposta pessoal. O aluno pode abordar a questão da banalização da criminalidade e da falta de ética e
respeito perante os indivíduos.
QUESTÃO 38
QUESTÃO 39
QUESTÃO 40
a) Aculturação: a imposição da cultura de um povo sobre outro, provocando a “quase anulação” da cultura
dos povos subjugados.
b) Porque os índios passaram a ter mais contato com as informações que ocorrem no mundo.
c) Resposta estritamente pessoal.
d) Resposta pessoal. O aluno deve abordar a questão da tecnologia interferindo na vida das tribos
indígenas.
e) Resposta pessoal do aluno.
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