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8.

Relatório sobre a Validação em Campo

Como já estabelecido até o presente momento, o presente projeto foi


desenvolvido para auxiliar, por meio da inovação e da tecnologia, os moradores
de rua que vivem em estado de necessidade. O aplicativo iHelp traz uma forma
mais prática e conveniente para o usuário – aquele que irá fornecer ajuda.

Podendo ser baixado nos principais sistemas operacionais existentes, o


app funcionará da seguinte forma: uma vez instalado no aparelho eletrônico, o
usuário deverá ativar sua localização para que o app rastreie o necessitado
mais próximo e notifique o usuário sobre como esse poderá ajudar. Otimiza,
portanto, o tempo daquele que quer ajudar de alguma forma – traz o conforto
de já apontar onde está a necessidade e como essa pode ser sanada.

Algumas hipóteses foram trazidas inicialmente para que a ideia do app


em questão fizesse sentido. Para que o iHelp de fato funcione, a princípio foi
observado que o app deve informar ao usuário do aplicativo a localização exata
do morador de rua que necessita de auxílio.

Além disso, o perfil do usuário seria de pessoas que possuem horários


muito corridos para voluntariar em causas específicas e pessoas que, apesar
de possuírem a vontade de auxiliar um morador de rua necessitado, não
possuem recursos financeiros e condições, naquele momento, para fornecer
qualquer ajuda.

Há a possibilidade, portanto, do usuário poder ajudar alguém com itens


que tenha consigo naquele momento. Ex. Roupas, calçados, comida, dinheiro.

No entanto, para que a ideia desse certo e fosse mais eficiente, alguns
pontos deveriam ser observados. Os produtos mais doados devem ser
identificados; parcerias com outros órgãos, empresas e restaurantes são de
extrema importância e; a existência de transferência de valores para o app
intermediar.

Observadas as hipóteses e o plano inicial do aplicativo, saltaram aos


olhos alguns riscos: e se não houvesse patrocinadores interessados? E quanto
ao intermédio dos valores dentro do app? Não foge do contexto inicial? É
possível e temos recursos para tal?

Ora, evidente que, para que a estratégia traçada inicialmente tivesse um


retorno positivo, algumas hipóteses e ideias deveriam ser validadas e
estudadas. Para isso, utilizamos de algumas ferramentas e formas de
validação.

Entre as principais formas, destaca-se a avaliação dos interesses de


possíveis patrocinadores, entrevistas pessoais com usuários em potencial,
análise geográfica dos locais de abrangência do app (para que seja possível ter
a localização exata do morador de rua), bem como consulta com profissionais
na área de intermédio de pagamento e instituições financeiras.

Pois bem. Quanto às possíveis parcerias com outros órgãos, empresas


e restaurante o resultado foi positivo e a ideia considerada válida. Isso porque,
60% dos possíveis parceiros deram um bom feedback, tornando viável tal
ação. Vale frisar que entendíamos que acima de 50% de feedback positivo
manteríamos a ideia, motivo pelo qual a hipótese resultou válida.

Para que a parceria dê certo, entendemos, em caráter de novo insight,


que é necessário criar parcerias com restaurantes e empresas que desejem
doar alimentos com prazo de validade próximo, que não poderiam ser
utilizados em suas atividades. Há, portanto, a permuta patrocínio x publicidade.

Quanto às opções de produtos que podem ser doados pelos usuários,


o resultado também foi positivo, sendo que 40% das pessoas entrevistas
entendem possuir um leque variado de opções de doação consigo – roupas,
comida, dinheiro. Frise-se que, para nós, se mais de 20% entendesse como
possível ter algumas opções de doação, o retorno seria possível e a hipótese
válida.

Para que seja real e efetivo o leque de opções do que doar, o app deve
enviar alertas aos usuários do aplicativo, lembrando-os de pegar itens que
possam ajudar outros durante as suas rotas semanais. O app deve, ainda,
atualizar a lista de produtos sugeridos para doação.
No mais, quanto à localização exata do morador, consideramos como
válida a hipótese citada. Isso porque a tecnologia evoluiu a um ponto que o
sistema de GPS e navegação é avançado, podendo haver a devida interação
geográfica entre moradores de rua e usuário.

Todavia, para que dê certo, o app deve contar com o auxílio manual dos
usuários para que ajustem a localização exata do necessitado.

Dentre as hipóteses que precisamos estudar para ter certeza da eficácia


do plano original, apenas uma teve resultado negativo e foi retirada de pauta: a
questão da transferência de valores para o app intermediar. Apenas 20% dos
profissionais contatados achou a ideia plausível, enquanto os 80% nos
convenceram da complexidade de envolver um app de auxílio a moradores de
rua num arranjo de pagamento.

Ficou evidente que, ao usar o iHelp como um intermediador, estaríamos


adentrando num ambiente complexo e separado que é o das instituições
financeiras. Dessa forma, a hipótese foi descartada.

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