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RESUMO
O objetivo desta pesquisa é avaliar os procedimentos adotados em processo lavagem
automotiva e o processo de descarte de água utilizada para essa atividade, em uma locadora
de veiculos localizada no municipio de Belém – PA. Por meio de pesquisas bibliográficas,
inspeçõs visuais e analise preliminar de riscos (APR) in loco, consegui-se realizar o
gerenciamento de riscos e apontar as principais falhas e possíveis riscos de acidentes que
possam acarretar prejuízos materiais, ambientais e principalmente humanos. Com o registro e
análise dos resultados obtidos apartir das duas visitas feitas no local e análises realizadas de
acordo com as NRs, verificou-se que as maiores falhas estão quanto a fiscalização diária em
utilização de EPI’s, estrutura física do local de trabalho e o descarte de água com produtos
para lavagem. Diante disso, faz-se necessessário um profissional qualificado, para fiscalizar o
tempo e estado de troca dos equipamentos de proteção individuais adotados, melhoreias na
estrutura do ambiente de trabalho e mediante a proposta, a implantação de um equipamento de
separação de fluidos (água e óleo) que miniminizemo lançamento de efluentes contaminados
na rede coletora de esgoto.
ABSTRACT
The present work discusses the procedures adopted in the automotive washing process and the
process of discarding the water used for this service, in a car rental company located in the city
of Belém - PA. Through bibliographic research, visual inspections and preliminary risk analysis
(APL) in loco, it was possible to carry out risk management and point out the main failures and
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possible risks of accidents that could cause material, environmental and mainly human damage.
With the verification of the results obtained from the inspections and analyzes carried out, it was
noticed that the biggest failures are related to daily inspection in the use of PPE, structure of the
workplace and the disposal of water with products for washing. In view of this, it is necessary to
have a trained professional in order to monitor the time and state of changing the individual
protection equipment adopted, improvements in the structure of the work environment and,
through the proposal, the implementation of equipment for separating fluids (water and oil) that
minimize the release of contaminated effluents into the sewage system.
Keywords: Mechanic workshop with vehicle washing, risk management, water reuse.
1. INTRODUÇÃO
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etapa de lavagem de carros sem o devido tratamento, que vem comprometendo o meio
ambiente.
Neste propósito LOPES, 2007, argumenta que a falta de um gerenciamento adequado
de resíduos, especialmente por parte das empresas, é um problema ambiental extremamente
grave em virtude dos diferentes compostos químicos oriundos deste meio.
Segundo TABOSA, 2003, a atividade de lavagem de veículos utiliza uma grande
quantidade de água que normalmente não é reaproveitada, sendo simplesmente descartada no
meio ambiente sem o devido tratamento.
O objetivo desta pesquisa é realizar uma análise de risco ocupacional que os
trabalhadores responsáveis pela lavagem dos automóveis de uma locadora com oficina
mecânica, estão expostos, desenvolver medidas de melhorias das condições de trabalho e
propor a implantação de um projeto de tratamento de reciclagem da água na lavagem de
veículos, com baixo custo operacional.
2. JUSTIFICATIVA
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3. INTRODUÇÃO.
É a existente em alguns postos de lavagem, onde para este serviço faz-se o uso de
máquinas automatizadas amparadas de escovas em formas cilíndricas que passam pelo
veículo, seguidamente de produtos e água que fazem a lavagem e por último o enxágue.
3.1.2. Lavagens convencionais
Esta é executada com o auxílio de uma máquina que utiliza uma determinada
quantidade de água em uma temperatura de aproximadamente 150° C, vaporizando esta água,
que elimina diversos tipos de sujeira, e também faz-se uso de um pano de microfibra
auxiliando na limpeza.
Diante dos tipos de lavagem expostos, para este trabalho será referenciado somente a
lavagem tradicional com aspiração e lavagem geral com desmontagem.
3.3. EPI
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4. DESCARTES DE EFLUENTES
Considerando o estudo realizado na área de lavagem dos veículos, foi verificado que
este setor descarta a água utilizada de forma irregular, onde é lançadadiretamente em um
canal próximo a oficina ocasionando possíveis impactos ambientais.
Segundo a resolução 358 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente),
utilizada como parâmetro federal para a temática, “os resíduos químicos são entendidos como
toda a substância ou material que não foi submetido a um processo de reciclagem ou de
reutilização e que contenha características explícitas de periculosidade de acordo com sua
composição”.
Conforme argumenta (COELHO, 2014), o reuso de efluentes de empreendimentos de
lava-jatos para usos não potáveis, como lavagem novamente de veículos, se configura como uma
das formas de utilizar a água de forma racional e sustentável. Implantar sistemas de tratamento e
reaproveitamento de efluentes nesses empreendimentos, que são expressivos consumidores de
água potável, torna-se uma estratégia importante para preservação dos recursos hídricos e para
priorização destes recursos para usos mais nobres, como o abastecimento humano.
Segundo (PHILIPPI, 2006), o reuso da água funciona como um importante instrumento
de gestão ambiental, devendo ser aplicados critérios e padrões de qualidade quando considerada a
questão de saúde pública, a aceitação da água pelo usuário, a preservação do ambiente, a
qualidade da fonte da água para reuso e a adequação da qualidade ao uso pretendido.
De acordo (LEITÃO, 1999), uma das formas de reuso de água que vem ganhando
destaque em muitos países é a destinada à lavagem de veículos. Não se pode negar que milhares
de litros de água potável são desperdiçados nesta prática atualmente. Nos Estados Unidos, Japão e
alguns países da Europa existem legislação própria para o assunto, regulamentando a instalação
dos sistemas de lavagem de veículos, de pequeno ou grande porte, obrigando à instalação de
dispositivos de tratamento dos efluentes proveniente destes processos e solicitando a implantação
de equipamentos que promovam a recirculação da água utilizada.
De acordo com COELHO (2014), o tratamento de efluentes e reuso de água tem que
seguir algumas premissas básicas, sendo capaz de não causar danos às pessoas que trabalham na
atividade, aos veículos, ao meio ambiente e ser capaz de economizar a água potável utilizada
propiciando economia financeira e ambiental.
As principais premissas do sistema de tratamento e reuso de efluentes de lava-jato são:
• Evitar danos aos veículos;
• Eliminar riscos à saúde dos usuários;
• Minimizar a necessidade de diluição dos efluentes com adição de água potável;
• Minimizar o lançamento de efluentes na rede coletora de esgoto, em águas superficiais,
em águas subterrâneas ou em fossas;
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• Economizar água e custos com água potável.
Considerando a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº
362/2005, o sistema de tratamento mais comumente utilizado em lava jatos, para evitar o descarte
de águas contaminadas, é a instalação de um sistema separador de água e óleo (SSAO).
Conforme (SECRON et al., 2010 apud LEPPA, 2015), o SSAO é um conjunto de
equipamentos aplicáveis para a remoção de óleo em estado livre. O princípio de funcionamento é
baseado na separação da fase oleosa e aquosa em virtude da diferença de densidade existente entre
elas.
Segundo (SECRON et al., 2010 apud LEPPA, 2015), o equipamento consiste
basicamente em uma câmara de sedimentação, onde é retida a borra oleosa, seguida de uma ou
mais câmaras providas de dispositivos de regulação de fluxo, no intuito de manter o escoamento
em condições de controle, além de dispositivos para coletar o óleo retido. O efluente oleoso escoa
através das câmaras, onde ocorre a separação, as remoções do óleo livres e possíveis sólidas
sedimentavam da fase líquida. As gotículas de óleo juntam-se intnsamente formando gotículas
maiores que ascendem até a superfície, enquanto que os sólidos em conjunto com o óleo
adsorvido sedimentam e depositam-se no fundo. Os sólidos sedimentados (borra oleosa) e camada
de óleo (óleo livre) são removidos no processo de limpeza do sistema.
O sistema como referência para as atividades automotivas é composto em linhas
gerais das seguintes etapas, conforme ilustrada na figura 02.
I - Caixa retentora de areia: a caixa de areia serve para reter os sólidos grosseiros e
materiais sedimentaveis (areia e lodo), provenientes dos chassis, rodas dos veículos e lavagem
de piso, que são conduzidos pela água. Essa caixa deve ter dimensões que proporcionem
velocidade baixa de fluxo, que produzam a deposição de areia e outras partículas no fundo da
caixa.
II - Caixa separadora de óleo: caixa separadora de óleo tem a função de reduzir a
velocidade do fluxo e reter a maior parte do óleo livre proveniente da área de geração de
efluentes, além de pequena parcela de óleo emulsionado, especialmente as emulsões instáveis.
O efluente final é drenando para a caixa separadora de óleo B por gravidade.
III - Caixa coletora de óleo: a caixa coletora de óleo serve para receber o óleo que
vem da caixa separadora. É um depósito que deve ser esvaziado periodicamente. O óleo deve
ser então, encaminhado para a reciclagem.
IV - Caixa de inspeção: a caixa de inspeção é onde a eficiência da remoção do óleo
pode ser verificada, e assim, finalmente, seguir para o sistema de drenagem urbana. O fundo
da caixa de inspeção deve ser feito com um enchimento de concreto e uma declividade
mínima de 1% (1 cm por metro) de modo a garantir um rápido escoamento e evitar a
formação de depósito.
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Figura 2 - Croqui esquemático do SSAO
5. MATERIAL E MÉTODOS.
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pulverizados nas lavagens dos veículos que se espalhavam em toda a oficina de manutenção.
E os trabalhadores do setor de lavagem faziam-se uso de EPI muito desgastados com
luvas e botas furadas, máscaras respiratórias com necessidade de troca, calça, camisa de
manga comprida de pano e falta de alguns EPI’s, principalmente por não se ter na empresa um
departamento da área de segurança no trabalho ou profissional capacitaddo que fiscalize o uso
correto dos EPI’s, bem como o levantando para o período de troca destes para cada
colaborador.
5.4 Indentificação do problema no 2° dia de visita
No dia 15/10/2022 fez-se uma nova visita junto à empresa, com a finalidade de
realizar-se uma APR, fazendo-se um melhor levantamento prévio mais detalhado sobre todos
os riscos ocupacionais que poderiam estar presentes nos processos de trabalho dos lavadores,
e diante disso propor ações preventivas que possam atenuá-los ou evitá-los. A APR posibilita
que possamos estabelecer procedimentos ocupacionais para que se possa elaborar um plano
de ação preventiva e assim reduzir acidentes.
Diversos são os contratos de locação atendidos pela empresa, por conta disso vários
veículos com processos de serviços para lavagem estão sujos com, lama, minérios, picher de
asfaltos, óleos, graxas e etc.
5.5 Principais produtos químicos utilizados pela empresa
Devido a isso, inúmeros são os produtos utilizados em lavagens simples de carros,
porém os mais utilizados disponibilizados pela empresa são:
Remocimplus - Detergente desincrustante de cimento ilustrado na Figura 03,
normalmente diluído em água e pulverizado junto ao veículo, produto bastante utilizado
em veículos que possuem sujeiras de minérios.
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Sandolsanicar - Detergente automotivodemonstrado na Figura 04, sendo esta adotada
juntocom uma determinada porção diluída em água, aplicada diretamente no veículo com
auxílio de pulverizador.
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Figura 06- Desincrustante Ácido
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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estado de nível grave. Para isto faz-se a necessidade da implementação de medidas de controle
como a utilização de máscaras respiratórias, luvas e macacão impermeável minimizando a ação
de risco.
A umidade do piso, pois o risco de quedas devido a deslizamento é muito grande,
principalmente por não se ter um escoamento correto da água com sabão, podendo provocar
traumas ou fraturas em nível muito provável e severidade grave, sendo que para este risco
deve-se adotar como medidas de controle o uso de EPI’s como botas de solados emborrachados
aderentes e piso antiderrapante com um nível de escoamento de água correto.
Um outro fator observado, foi a exposição dos trabalhadores em relação a
intempéries, isto é a exposição ao sol e a chuva dos trabalhadores, entende-se que é um dos
principais fatores de riscos que podem causar doenças ocupacionais aos trabalhadores, dentre
resfriados, febres, micoses e até mesmo câncer de pele, estando em nível muito provável e grau
de severidade grave.
Para isso indicou-se a empresa a adotar como medidas de controle uma construção de
áreas de lavagens com cobertura e ventilação ao qual o colaborador possa executar seus
serviços em exposição a temperaturas agradáveis mediante padrões de norma.
Diante do que foi pesquisado e observado dentro da empresa mediante a APR
realizada, faz-se o uso obrigatório dos principais EPI’S listados a baixo
Avental impermeável,
Luvas de segurança,
Botas emborrachadas,
Óculos de segurança,
Protetor auricular
protetor respiratório,
Uma observação importante a ser feita é a realização de fiscalização periódica por
parte dos trabalhadores no tempo de uso e de troca correta de cada EPI a ser utilizado.
Na Tabela 01 abaixo, estão as principais etapas da APR, realizada na empresa
Humidade Quedas devido a Traumas e fraturas Muito Grave Piso antiderrapante usa de
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Deslizamento provável EPI (botas com solados
emborrachados aderentes)
Exposição a sol e chuva Resfriados, câncer Muito provável Grave Construção de áreas de
de pele, micoses. Lavagens com coberturas
7. CONCLUSÃO
O presente artigo teve como propósito o estudo de caso dos serviços de lavagem
automotiva, executados em uma locadora de veículos localizada no município de Belém, a fim
de levantar dados e informações referente aos métodos e produtos empregados e propostas para
descarte regular da água utilizada nos serviços. Como principal direcionamento de estudo, fez-
se levantamento de dados através de inspeções visuais “in loco”, APR do ambiente de serviço,
EPI’s dos colaboradores e pesquisas bibliográficas com referências para o reuso ou descarte de
efluentes, com finalidade de propor métodos de proporções menos poluentes.
Com base nos dados obtidos na primeira inspeção visual realizada no ambiente de
trabalho dos lavadores, identificou-se a necessidade de uma melhor fiscalização aos EPI’s
utilizados por estes colaboradores, principalmente quanto ao tempo de troca e necessidade por
desgaste, sendo que para este faz-se necessário a presença de um profissional da área de
segurança do trabalho, capacitado que possa orientar quanto a melhorias em procedimentos de
serviço assim como a utilização de EPI’s.
E quanto aos dados obtidos na segunda visita com a realização de uma análise
preliminar de riscos, fica claro que a exposição à humidade do piso, sol, chuva e também a
produtos químicos, são os principais riscos diagnosticados, e para isso, deve-se ter um melhor
escoamento ou canalização da água com sabão utilizada a fim de se evitar quedas e traumas
através de deslizamentos, e também a utilização de um piso antiderrapante e botas
emborrachadas com melhor aderência ao solo. Quanto à exposição a sol e chuvas podendo
causar danos como resfriados e câncer de pele a saúde destes colaboradores, tem-se a
necessidade de construção de áreas cobertas, ventiladas e iluminadas que agregam e colaboram
em uma melhor eficiência nas condições de trabalho.
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Devido aos produtos químicos utilizados na lavagem, e com a construção de um
ambiente coberto exclusivo para estes serviços, faz-se a necessidade da utilização de EPI’s que
estejam em conformidades com a NR 6, como aventais, botas, luvas, óculos de segurança e
mascaras respiratórias, sempre atentando-se para a necessidade de troca por tempo ou por
desgaste.
Diante do que foi observado, considera-se que a proposta do sistema de reuso da água
o sistema separador de água e óleo (SSAO) vai ser satisfatório uma vez que é simples e de
baixo custo. Conforme o que foi proposto esse sistema de reuso da água vai adequar o efluente
utilizado para o reuso e posteriormente ser lançado no corpro receptor, objetivando a redução
da degradação ambiental como, minimizar a poluição do lençol freático, eliminar riscos à saúde
dos usuários, evitar danos aos veículos, minimizar a necessidade de diluição dos efluentes com
adição de água potável, economizar água e custos com água potável e outros.
REFERÊNCIAS
TERRA. <https://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/efluentes-industriais-o-
impacto-do-descarte-sem-tratamento correto#:~:text=Impactos%20do%20descarte%20ilegal,a
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SECRON, Marcelo B.; GANDHI G.; FILHO Olavo B. Controle da poluição hídrica gerada pelas
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https://blog.brkambiental.com.br/principais-impactos-ambientais/#:~:text=Polui
%C3%A7%C3%A3o%20de%20rios%20e%20mares,animais%20e%20comprometendo
%20ecossistemas%20inteiros.
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LISTA DE SIGLAS
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