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A RENDA DA TERRA
1. Introdução
Em sua obra, o autor discute acerca das diversas “rendas da terra” identificadas no
campo. De forma simplificada a renda da terra é uma fração da mais-valia produzida no
campo.
A localização das terras pode ser definida como a Renda diferencial obtida através da
localização das terras. Indo para a parte C da tabela, observa-se que além de possuir o melhor
solo, o dono do terreno A também tem sua propriedade localizada a pouca distância do
mercado. Graças a essa vantagem, não gasta tanto em fretes, preservando a alta renda
diferencial ao final da produção. O dono do terreno B tem sua propriedade localizada a uma
distância mediana, e o dono do terreno C enfrenta uma enorme distância para levar seu
produto ao mercado. Como resultado disso, paga um alto valor com fretes, afetando
intensamente sua renda da terra diferencial. A renda da terra diferencial I independe do
investimento de capitais na produção específica. É esta sua diferença em relação à Renda
diferencial II.
Quando se tem controle de algum produto com características especiais que o tornam
único, o seu produtor é considerado como tendo o monopólio dele. Ou seja, diferente de uma
produção de um bem de consumo necessário para a população, e que, portanto, teria pressão
social de precificação, a renda de uma terra de monopólio é determinada apenas pelo desejo e
pela capacidade de pagamento dos compradores, não dependendo, portanto, do valor dos
produtos (quantidade de trabalho necessário para ser produzida) ou mesmo do preço geral de
produção.
É a forma mais simples da renda da terra, pois o camponês, produtor direto com a
família e com os instrumentos de trabalho que lhes pertencem de fato ou de direito, durante
algum período, trabalha as terras de outrem recebendo em troca apenas o direito de lavrar
parte dessas terras para si próprio. É o caso dos dias de trabalho (corvéia) que os camponeses
servos, tinham que pagar ao senhor feudal no modo feudal de produção. Para que estas
relações ocorressem era necessário que existissem relações pessoais de dependência, de
subordinação pessoal, ou, como preferiu Karl MARX (1986), "servidão no verdadeiro sentido
da palavra". Ou seja, o senhor só lhes podia extrair o trabalho excedente mediante a coerção
extra econômica.
6.2. Renda da terra em produto