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0 20 Propriedades da matéria
Competências Habilidades
1, 2 e 8 4, 7, 29 e 30
C N
QUÍMICA
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
co-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Estados físicos da matéria
Estados físicos da matéria, estados de agregação ou fases são as diferentes formas como a matéria
pode se apresentar. Forma e volume são alguns fatores que distinguem cada um dos estados físicos. O estado
sólido apresenta forma e volume constante, o líquido tem forma variável e volume constante e o gasoso, forma e
volume variáveis.
No estado sólido, as partículas que formam a matéria não apresentam liberdade de movimento, sendo
possível apenas movimentos vibracionais, além de a matéria ter maior densidade. No estado líquido, as partículas
apresentam liberdade de movimento, porém não estão completamente livres. Por fim, na fase gasosa, as partículas
apresentam ampla liberdade de movimento, além de a matéria ter menor densidade.
As substâncias podem sofrer alterações em seu estado físico quando se alteram alguns fatores, como tem-
peratura e pressão.
Sólido
Nesse estado, as partículas da matéria estão em agitação térmica mí-
nima. É o estado com mais átomos concentrados em um mesmo espaço físico
(volume). A sua forma e volume são fixos.
Uma bola de boliche, por exemplo, pode ser colocada em qualquer tipo
de recipiente e não tomará a forma do recipiente. Seu volume também não
sofrerá alteração.
Líquido
No estado líquido, as partículas apresentam maior agitação térmica e
estão um pouco mais dispersas, quando comparadas ao estado sólido. Nesse
estado, as substâncias têm volume fixo, porém a sua forma pode variar.
Por exemplo, a água líquida tem volume fixo, mas toma a forma do
recipiente que a contém.
Gasoso
É o estado de maior agitação térmica. Nele, as partículas estão muito
afastadas, dispersas no espaço. Substâncias no estado gasoso possuem forma
e volume variável.
O ar atmosférico, por exemplo, não possui forma e nem volume fixos,
adaptando-se ao recipiente (ou espaço) que o contém.
71
A vaporização pode ocorrer de três formas, re-
Plasma cebendo nomes específicos:
É o quarto estado da matéria e ocorre somen-
Ocorre naturalmente num líquido a
te em condições de altíssimas temperaturas, como no temperaturas inferiores ao ponto de
Evaporação ebulição.
Sol. Lá, os átomos de hélio ficam a uma temperatura e É lenta, praticamente imperceptível
pressão muito altas, fazendo com que os seus elétrons e superficial.
sejam desprendidos de seus átomos.
Ocorre na temperatura de ebuli-
ção, característica da substância. É
Ebulição rápida, visível, turbulenta e, normal-
Não se esqueça! mente, demanda o aquecimento do
líquido.
O que caracteriza e define um estado físico da
Ocorre quando o líquido entra em
matéria são as forças atuantes em seu interior: a
contato com superfícies muito quen-
coesão, a qual tende a aproximar as partículas, e Calefação tes, a temperaturas acima do seu
repulsão, a qual tende a afastá-las. Quando a for- ponto de ebulição. É instantânea e
violenta.
ça de coesão supera a de repulsão, a substância se
apresentará na fase de agregação chamada de sóli- As mudanças de estado podem ser descritas por
do, quando as forças apresentarem a mesma inten-
equações químicas.
sidade, teremos um líquido, quando a de repulsão
superar a de coesão, teremos então um gás.
Exemplos
Chumbo sólido passando para o
Pb(s) → Pb() estado líquido – fusão.
Temperaturas de
mudança de estado
72
essa água pura passa do estado líquido para o estado §§ Substância C: abaixo de –12 ºC é sólida. Aci-
gasoso, sob a mesma pressão, à temperatura de ma de 48 ºC ela é gasosa. Assim, a 20 ºC, ela é
100 ºC. Diz-se que o ponto de ebulição da água líquida.
pura é 100 ºC.
§§ Substância D: abaixo de –100 ºC é sólida.
O fator característico para uma substância ser
Acima de 16 ºC é gasosa. Assim, a 20 ºC, ela é
pura é, à determinada pressão, ter o ponto de fusão
gasosa.
constante. Por isso, sua determinação constitui um dos
métodos pelo qual se pode calcular o grau de pureza §§ Substância E: abaixo de 25 ºC é sólida. Acima
dessa substância. A partir daí, se forem identificadas de 55 ºC é gasosa. Assim, a 20 ºC, ela é sólida.
variações de temperatura superiores a 1 ºC, essa subs-
tância não é mais considerada pura.
O ponto de ebulição não tem a mesma importân- Densidade ou massa específica
cia para determinar a pureza de uma substância. Mas, do
mesmo modo que no ponto de fusão, quando se deter- Devido às consequências do dia a dia e de al-
mina o ponto de ebulição de uma substância pura, não gumas necessidades da ciência, novas medições foram
é admissível que surjam variações superiores a 1 °C na criadas ao longo do tempo. É comum dizermos, por
temperatura. Caso ocorra, concluiremos que se trata de exemplo, que o chumbo “pesa” mais do que a madeira.
uma mistura. No entanto, ao colocarmos na água 1 kg de chumbo e
1 kg de madeira, percebemos que o chumbo afunda,
Previsão do estado físico enquanto a madeira flutua. É fácil perceber, porém, que
tal comparação só se torna justa e racional quando feita
de um material entre volumes iguais.
As medições são tão importantes na ciência que
Considere uma tabela com cinco substâncias o cientista William Thomson – Lord Kelvin (1824-1907)
desconhecidas. disse: “Afirmo muitas vezes que, se você medir aquilo de
Ponto de Ponto de que está falando e expressar em números, você conhece
Substância
fusão (ºC) ebulição (ºC) alguma coisa sobre o assunto; mas, quando você não o
A –16 80
pode exprimir em números, seu conhecimento é pobre
B 50 80 e insatisfatório.”
C –12 48 Surge dessa comparação o conceito de densi-
D –100 16 dade, entendida como a massa dos “pedaços” iguais
E 25 55 (volumes iguais) de vários materiais. Matematicamente:
Ponto de Ponto de
fusão ebulição Essa definição é expressa pela seguinte fórmula:
temperatura (ºC)
sólido líquido gasoso
massa
d = ______ ⇒ d = m
__
volume v
Analisando cada substância:
§§ Substância A: abaixo de –16 ºC é sólida. Acima
Para sólidos e líquidos, a densidade geralmen-
de 80 ºC é gasosa. Assim, a 20 ºC, ela é líquida.
te é expressa em grama por centímetro cúbico
§§ Substância B: abaixo de 50 ºC é sólida. Aci- (g/cm3 ou g · cm–3) ou grama por mililitro (g/mL ou
ma de 80 ºC ela é gasosa. Assim, a 20 ºC, ela g · mL–1). Para gases, costuma ser expressa em gramas
é sólida. por litro (g/L ou g · L–1).
73
Cálculo do volume do sólido:
V = Vf – Vi = (65,5 – 50,0) = 15,5 mL (esse foi
o volume de água deslocado).
175,9 g
m ⇒ d = _______
Então, d = __
v ⇒ d = 11,3 g/mL
15,5 mL
2. A tabela abaixo apresenta os valores de algumas
propriedades físicas de 3 substâncias:
Temperatura Temperatura
Densidade
Substância de Fusão de Ebulição
(g/cm3)
O gelo flutua sobre a água do mar porque a (ºC) (ºC)
Álcool –114,5 78,4 0,789
densidade do gelo (0,92 g/cm3) é menor que a densida- Acetona –94,8 56,2 0,791
de da água do mar (1,03 g/cm3). Naftalina 80,2 218,5 1,145
75
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
Fonte: Youtube
ACESSAR
phet.colorado.edu/sims/density-and-buoyancy/density_en.htm
76
LER
tt
Livros
Peter W. Atkins e Loretta Jones -
Princípios de Química – Questionando a Vida Moderna
e o Meio Ambiente
77
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
O combustível adulterado é, infelizmente, uma prática muito utilizada por muitos postos de combustíveis, para
que se tenha menos gastos, mas é uma prática danosa para os motoristas. Esses componentes adicionados podem ser
etanol à gasolina e água ao álcool acima do permitido. Para se ter uma ideia, segundo a Portaria 678 de 31/08/2011,
do Ministério de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a quantidade adicionada de álcool deve estar
entre 20% e 25% em volume.
Se esse limite for ultrapassado, o resultado será que no motor de explosão interna haverá uma mistura “pobre”
de ar/combustível, levando a uma dirigibilidade menor, falhas de funcionamento do motor, diminuição do poder calorí-
fico da gasolina e perda de desempenho.
Além de etanol, pode-se adicionar também querosene, aguarrás, benzina industrial e até óleo diesel, por serem
mais baratos e perfeitamente miscíveis com a gasolina. Tais adições podem ser prejudiciais aos motoristas, levando a
grandes prejuízos.
Para saber se a gasolina está, com boa qualidade, pode ser feito um simples teste de densidade. Basta colocar
50 mL de gasolina em uma proveta e adicionar 50 mL de solução de cloreto de sódio e misturar os dois sem agitar,
apenas misturando por inversão e deixar em repouso por 15 minutos. A água irá retirar o álcool que estava misturado
na gasolina, pois o etanol possui uma parte polar e outra apolar, sendo que sua parte apolar é atraída pelas moléculas
da gasolina, que também são apolares, pela força de dipolo induzido. Mas a sua parte polar, caracterizada pela presença
do grupo OH, é atraída pelas moléculas de água, que também são polares, realizando ligações de hidrogênio, que são
bem mais fortes que as ligações do tipo dipolo induzido. Como a água é mais densa, ela ficará na parte inferior, e a
gasolina, na parte superior.
Para sabermos então se a quantidade de etanol que tinha na gasolina estava dentro dos parâmetros estabeleci-
dos por lei, basta ver quanto de álcool foi retirado dela e ver quanto em porcentagem isso corresponde à amostra inicial.
INTERDISCIPLINARIDADE
78
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Muitas vezes é necessário fazer a fiscalização de postos de gasolina para conferir se não há adul-
teração do combustível. Essa adulteração é feita através da adição de muita água.
Para verificar se a adulteração procede, é realizado teste de densidade, propriedade físico-quími-
ca importantíssima para análises laboratoriais.
Modelo
(Enem) Ainda hoje, é muito comum as pessoas utilizarem vasilhames de barro (moringas ou potes
de cerâmica não esmaltada) para conservar água a uma temperatura menor do que a do ambiente.
Isso ocorre porque
a) o barro isola a água do ambiente, mantendo-a sempre a uma temperatura menor que a dele, como se
fosse isopor.
b) o barro tem poder de “gelar” a água pela sua composição química. Na reação, a água perde calor.
c) o barro é poroso, permitindo que a água passe através dele. Parte dessa água evapora, tomando calor
da moringa e do restante da água, que são assim resfriadas.
d) o barro é poroso, permitindo que a água se deposite na parte de fora da moringa. A água de fora
sempre está a uma temperatura maior que a de dentro.
e) a moringa é uma espécie de geladeira natural, liberando substâncias higroscópicas que diminuem
naturalmente a temperatura da água.
Análise Expositiva
Habilidade 7
Nesta questão é necessário o domínio das mudanças de estado da matéria, correlacionando-os
com o cotidiano, uma ferramenta muito utilizada pelo Enem durante os últimos vestibulares.
O barro é poroso, permitindo que a água passe através dele. Parte dessa água evapora
(H20(ℓ) + calor → H20(v)), absorvendo calor da moringa e do restante da água, que são assim
resfriadas.
Alternativa C
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Estrutura Conceitual
Processo
Endotérmico
Energia cinética
Temperatura
das moléculas
Energia cinética
das moléculas
Temperatura Processo
Exotérmico
Sublimação
Fusão Evaporação
Solidificação Condensação
80
3
0 40 Diagramas de
mudança de estado
Competências Habilidades
1, 4 e 7 3, 15 e 27
C N
QUÍMICA
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológi-
H11
cos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
co-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
co-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Diagramas de mudança de estado
As mudanças de estado podem ser representadas por gráficos, conhecidos como diagramas de mudança
de estado ou curvas de aquecimento e/ou resfriamento. Esses gráficos mostram a variação de temperatura de um
material quando aquecido ou resfriado, incluindo-se as mudanças de estado físico.
Ao aquecer uma amostra, podemos medir a sua temperatura e o tempo transcorrido durante o experimento.
A partir desses dados, pode-se elaborar o gráfico de temperatura da amostra × tempo transcorrido no aquecimento.
Observe alguns exemplos:
Com uma amostra de água sólida a –40 ºC, podemos chegar até o estado gasoso (a 120 °C), registrando,
ao longo do experimento, a temperatura e o tempo transcorrido desde o início.
Com esses dados, elaboramos um gráfico de temperatura da amostra de água em função do tempo trans-
corrido no aquecimento. Esse gráfico é conhecido como curva de aquecimento da água e é representado por:
Note que durante o aquecimento, a água sofre fusão a 0 ºC e entra em ebulição a 100 ºC.
Outra experiência que pode ser realizada em um laboratório equipado é acompanhar a temperatura e o
tempo transcorrido durante o resfriamento de uma amostra de água partindo do estado gasoso (a 120 °C) até o
estado sólido (a –40 °C). O gráfico que relaciona a temperatura dessa amostra em função do tempo no resfriamen-
to é chamado de curva de resfriamento da água e aparece esboçado no gráfico abaixo:
Importante!
A temperatura na qual uma substância pura sofre solidificação (ponto de congelamento) é igual à temperatura na qual ela sofre fusão.
A temperatura na qual uma substância pura sofre condensação/liquefação é igual à temperatura na qual ela sofre ebulição.
83
Percebe-se que a curva de resfriamento é inver-
Substância pura × mistura sa à curva de aquecimento.
Substâncias puras
Apresentam dois patamares: trechos horizontais
que correspondem ao ponto de fusão e ao ponto de
ebulição constantes.
Vamos exemplificar com a água (PF = 0 °C e
PE = 100 °C ao nível do mar, onde a pressão atmosfé-
rica é igual a 1 atm).
Misturas especiais
Existem misturas com comportamento bastante
particular no que se refere às temperaturas de mudança
Lembre-se: somente substâncias puras apre- de estado. São as misturas eutética e azeotrópica.
sentam PF e PE definidos (constantes).
§§ Mistura eutética comporta-se como se fosse
Outra experiência que pode ser realizada é uma substância pura somente durante a fusão.
acompanhar a temperatura e o tempo transcorrido du- Portanto, possui ponto de fusão constante, mas
rante o resfriamento de uma amostra. Obtemos, assim, a sua temperatura de ebulição varia.
a curva de resfriamento do material:
84
§§ Mistura azeotrópica comporta-se como uma Resolução:
substância pura somente durante a ebulição. As- a) Correta. O tempo que permaneceu constante
sim, apresenta ponto de ebulição constante, mas (mudou de estado) foi de 10 minutos.
a sua temperatura de fusão é variável. b) Correta. O processo de resfriamento ocorre
Exemplo: Mistura de álcool etílico (96%) e com liberação de calor.
água (4%), que sofre ebulição (ferve) a 78,1 ºC. c) Correta. A temperatura que permaneceu
constante (mudou de estado) foi de 35 °C.
d) Incorreta. A média de decaimento da tempe-
ratura foi de 50 – 35/5 – 0 = 3 ºC/min.
e) Correta. Durante a mudança de estado físi-
co, estão presentes os dois estados físicos
PE = 78,1 (sólido + líquido ou líquido + gás).
Alternativa D
2. O quadro abaixo apresenta a variação de tempe-
ratura durante a fusão e a ebulição dos materiais
X, Y, Z e T.
Material PF PE
X Constante Constante
Teoria na prática Y Varia Varia
1. Uma substância foi resfriada no ar atmosféri- Z Constante Varia
co. Durante o processo foram feitas medidas de T Varia Constante
tempo e temperatura que permitiram construir Analisando o quadro, pode-se afirmar que X, Y, Z
este gráfico: e T são, respectivamente:
a) substância pura, mistura homogênea, mistu-
ra eutética, mistura azeotrópica.
b) mistura homogênea, substância pura, mistu-
ra eutética, mistura azeotrópica.
c) mistura homogênea, substância pura, mistu-
ra azeotrópica, mistura eutética.
d) substância pura, mistura homogênea, mistu-
ra azeotrópica, mistura eutética.
e) mistura eutética, mistura azeotrópica, mistu-
ra homogênea, substância pura.
A análise desse gráfico permite concluir que to- Resolução:
das as alternativas estão corretas, EXCETO:
De acordo com o quadro, podemos classificar o
a) A mudança de estado ocorreu durante 10 mi-
nutos. material em substância pura ou mistura:
X – Substância pura.
b) O sistema libera calor durante o resfriamento.
Y – Mistura homogênea.
c) A temperatura em que ocorre a mudança do
Z – Mistura eutética.
estado da substância é 35 °C.
T – Mistura azeotrópica.
d) A temperatura da substância caiu 5 °C/min
até o início da mudança de estado físico. Alternativa A
e) A substância se apresentava nos dois estados
físicos entre 5 e 15 minutos
85
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
Vídeo See the Extreme Ice Changes Near the Antarctic Peninsula ...
ACESSAR
manualdaquimica.uol.com.br/quimica-geral/mudancas-estado-fisico.htm
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APLICAÇÃO NO COTIDIANO
É muito comum ver em praias e em festas pessoas colocando gelo e sal às bebidas em seus coolers. Mas
você sabe por que as pessoas fazem isso?
A água tem uma temperatura de fusão em aproximadamente 0 °C, e a temperatura da água só começa
a baixar a partir do momento em que toda água vira sólido, caso contrário ela ficará em 0 °C sempre. Porém, ao
adicionarmos sal na água, seu ponto de fusão e de ebulição mudam. A sua temperatura de fusão baixa. Assim, se
você colocar suas bebidas num recipiente onde a temperatura está abaixo de zero, será muito mais eficiente.
A mistura água + sal permite que as bebidas sejam resfriadas mais rapidamente, pois seu diagrama de
fase agora não é uma temperatura constante nos pontos de ebulição e de fusão, e sim podendo variar conforme
o tempo.
INTERDISCIPLINARIDADE
A fase na qual uma substância se apresenta Podemos observar no diagrama que quando a
depende de suas condições de pressão e temperatura. pressão é 1 atmosfera, a fusão do gelo se dá a uma
Desta forma, para cada substância dizemos que há pa- temperatura de 0 ºC. Entretanto, quando a pressão
res de valores dessas duas variáveis que correspondem exercida é de 8 atmosferas, o gelo se funde a uma tem-
à fase sólida, pares que correspondem à fase líquida e peratura mais baixa, cerca de –0,06 ºC.
pares que correspondem à fase gasosa. Se você observar o diagrama da água e compa-
Algumas substâncias ditas anômalas fogem da rá-lo com o de outra substância, perceberá que a linha
regra que quanto mais alta for a pressão exercida sobre delimitadora entre as fases sólida e líquida apresenta
uma substância, maior será a temperatura de mudança uma inclinação para a esquerda.
de fase, sendo ela fusão, solidificação ou sublimação. A inclinação quer dizer que é possível fundir a
Para essas substâncias tal regra não se aplica, pois água por meio de um simples aumento de pressão.
quanto maior for a pressão sobre elas, mais baixa passa Segundo a física, pressão nada mais é do que a
a ser a temperatura de fusão. Sendo assim, o diagrama força aplica dividida pela superfície da área de conta-
de fases da água é representado da seguinte maneira: to. Patinadores de gelo são os exemplos mais claros de
como a física e química trabalham juntas. Como os pa-
tins são muito finos e sua superfície é muito pequena, o
seu peso é grande e, quando os patins deslizam sobre o
gelo, a pressão exercida pela lâmina na superfície faz o
gelo derreter. Portanto, na realidade, os patins deslizam
sobre uma fina película de água líquida, e não sobre a
água sólida.
87
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Modelo
(Enem) Em nosso cotidiano, utilizamos as palavras “calor” e “temperatura” de forma diferente de
como elas são usadas no meio científico. Na linguagem corrente, calor é identificado como “algo
quente” e temperatura mede a “quantidade de calor de um corpo”. Esses significados, no entanto,
não conseguem explicar diversas situações que podem ser verificadas na prática.
Do ponto de vista científico, que situação prática mostra a limitação dos conceitos corriqueiros de
calor e temperatura?
a) A temperatura da água pode ficar constante durante o tempo em que estiver fervendo.
b) Uma mãe coloca a mão na água da banheira do bebê para verificar a temperatura da água.
c) A chama de um fogão pode ser usada para aumentar a temperatura da água em uma panela.
d) A água quente que está em uma caneca é passada para outra caneca a fim de diminuir sua tempera-
tura.
e) Um forno pode fornecer calor para uma vasilha de água que está em seu interior com menor tempera-
tura do que a dele.
88
Análise Expositiva
Habilidade 3
As referencias teóricas das mudanças de fase das substâncias é essencial para a resolução
desta questão. É de extrema importância a padronização de experimentos e resultados para
que se tenha uma noção do que acontece com as substâncias durante as mudanças de fases.
Quando se aquece uma substância pura inicialmente no estado sólido, a temperatura aumen-
ta até atingir o ponto de fusão (PF), onde começa a “derreter”; neste ponto, a temperatura
é constante.
Quando chega na temperatura de ebulição ou ponto de ebulição (PE), acontece o mesmo:
a temperatura permanece constante. Isto ocorre com qualquer substância pura. Observe a
figura a seguir:
Alternativa A
Estrutura Conceitual
Substâncias PE e PF constantes
Puras
Azeotrópica PE constante
Misturas
Eutética PF constante
89
5
0 60 Sistemas
Competências Habilidades
1, 2 e 8 4, 7, 29 e 30
C N
QUÍMICA
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológi-
H11
cos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
co-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
co-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Matéria
Matéria é tudo o que tem massa e ocupa espaço. Qualquer coisa que tenha existência física ou real é
matéria. Tudo o que existe no universo conhecido manifesta-se como matéria ou energia.
A matéria pode ser líquida, sólida ou gasosa. São exemplos de matéria: papel, madeira, ar, água, pedra, ferro etc.
A primeira ideia sobre a estrutura da matéria surgiu na Grécia, cerca de 450 a.C., com os filósofos Demócrito
e Leucipo. Eles sugeriram que, dividindo-se sucessivamente um material, chegaríamos a uma unidade indivisível, o
átomo (do grego, não divisível).
Conceitos fundamentais
Átomo e elemento químico
Átomos são as partículas que formam a matéria. Elemento, por sua vez, é um conjunto de átomos iguais.
Mais rigorosamente, é um conjunto de átomos com o mesmo número atômico (Z).
Cada elemento químico recebe um nome e um símbolo, que é formado pela letra inicial (de forma e
maiúscula) de seu nome em latim ou grego. No caso de elementos com a mesma inicial, acrescenta-se uma segun-
da letra, minúscula. O símbolo é usado universalmente.
Existem atualmente mais de 100 elementos químicos diferentes que, combinados entre si, são responsáveis
pela grande variedade de materiais encontrados.
93
Veja alguns exemplos a seguir: 2. Quanto ao aspecto visual (nem sempre confi-
ável, se usarmos apenas a visão humana para
Elemento Símbolo análise) – homogêneo ou heterogêneo.
Esses dois critérios não são mutuamente exclu-
Carbono C
dentes; muito pelo contrário, podemos ter:
Hidrogênio H
§§ Substância pura com aspecto homogêneo
Sódio (Natrium) Na (exemplo, água pura líquida);
Prata (Argentum) Ag §§ Substância pura com aspecto heterogêneo
Chumbo (Plumbum) Pb (exemplo, água e gelo);
Potássio (Kalium) K
§§ Mistura homogênea (exemplo, água e sal de
cozinha);
§§ Mistura heterogênea (água e óleo).
Molécula
Um agrupamento de átomos de um mesmo ele-
Substância pura
mento ou de elementos diferentes é chamado molé- (ou simplesmente substância)
cula (“átomo composto”, de Dalton), caracterizando,
assim, uma substância. Essa pode ser representada É a espécie de matéria constituída por moléculas
graficamente por uma fórmula molecular, que indi- quimicamente iguais.
ca o número de átomos de cada elemento existente na Exemplos: substância pura água, H2O; substân-
molécula da substância. cia pura gás oxigênio, O2.
Substância Fórmula
água H2O
álcool C2H6O
94
Mistura Fases de um sistema
É a espécie de matéria formada, literalmente,
Fase é cada uma das porções homogêneas
pela mistura de duas ou mais substâncias puras.
que compõem um sistema heterogêneo. A fase pode ser
As misturas têm composição química variável,
contínua ou fragmentada.
ou seja, a proporção de cada uma das espécies que as
compõem é variável. Exemplos
Algumas misturas são tão importantes que têm
§§ A mistura de água e óleo apresenta duas fases:
nome próprio.
uma porção homogênea constituída pela água e
§§ gasolina – mistura de hidrocarbonetos, que são
outra constituída pelo óleo.
substâncias formadas somente por hidrogênio e
carbono. §§ A mistura de água, sal e areia apresenta duas
§§ ar atmosférico – mistura de 78% de nitrogê- fases: uma porção homogênea formada pela
nio, 21% de oxigênio, 1% de argônio e outros água contendo o sal dissolvido e uma fase sólida
gases, como o gás carbônico. constituída pela areia.
§§ álcool hidratado – mistura de 96% de álcool §§ O granito, pedra muito utilizada em construção,
etílico e 4% de água. tem três fases sólidas (quartzo, mica e feldspato).
§§ Quanto ao número de fases, os sistemas são
Matéria
95
Alotropia
É a característica que alguns elementos químicos possuem de formar várias substâncias simples diferentes
(formas ou variedades alotrópicas ou, ainda, alótropos).
Exemplos
Elemento químico Nome da substância simples Fórmula Atomicidade Figura no espaço
O ozônio é uma forma alotrópica do elemento oxigênio, e possui propriedades muito diferentes das do
oxigênio. Enquanto que o gás oxigênio é inodoro e incolor, o gás ozônio tem coloração azul e odor característico.
Elemento Nome da
Fórmula Atomicidade Figura no espaço
químico substância simples
Fósforo
O fósforo branco é bastante tóxico e forma cristais que se fundem a 44 °C, e queima espontaneamente
em contato com o ar ou em atmosfera de oxigênio. O fósforo vermelho (também chamado de fósforo amarelo), não
é tóxico e apresenta-se como um pó inodoro que se funde a 72 ºC e queima em atmosfera de oxigênio somente
por aquecimento.
Nome da
Elemento
substância Fórmula Atomicidade Figura no espaço
químico
simples
grafite Cn ou C macromolécula
diamante Cn ou C macromolécula
Carbono
96
Em 1985, foi divulgada em uma publicação científica a descoberta de uma molécula tridimensional de
carbono, na qual 60 átomos formam uma esfera com 12 pentágonos e 20 hexágonos, como uma bola de futebol.
Em homenagem ao arquiteto e pensador norte-americano Buckminster Fuller, a molécula foi denominada buck-
-minsterfulereno ou simplesmente “bucky-ball” ou fulereno.
Além do C60, outras formas de fulereno também são encontradas como C70, C76, C84, C92 e C540.
Enxofre
Ambas as estruturas são ciclos, mas as moléculas se apresentam em arranjos diferentes, que resultam
em cristais de formatos diferentes e com propriedades diferentes. O monoclínico se apresenta na forma de
cristais opacos e em formato de agulhas, enquanto o rômbico (mais comum) se apresenta na forma de cristais
mais trans-parentes e maiores.
fenôMenos
Para a ciência, fenômeno é qualquer acontecimento/fato/ocorrência da natureza. Quando ocorre um fenô-
meno, uma transformação, há alteração no sistema que se está estudando, ou seja, os estados inicial e final são
diferentes.
Consideramos como sistema um conjunto de materiais isolados para fins de estudo.
Costumam-se classificar os fenômenos em dois tipos:
1. Físico: quaisquer transformações sofridas por um material sem que haja alteração na sua composição.
Exemplo: Suponha que você tenha uma tábua (madeira) e a corte em partes para fazer, por exemplo, uma
estante. Essa fragmentação da tábua é um fenômeno físico, pois a constituição íntima da tábua inicial e a
das partes obtidas são exatamente as mesmas.
Outros exemplos: a laminação de metais, o amassar do papel, a queda de uma pedra, qualquer mudança
de estado físico.
2. Químico: quaisquer transformações sofridas por um material de modo que haja alteração na sua compo-
sição.
Exemplo: Se aproximarmos um fósforo aceso em um pires com álcool, esse começa a queimar. Essa queima
é um fenômeno químico, pois há alteração da constituição íntima do álcool, que, ao interagir com o oxigênio
do ar, se converte em gás carbônico e água, além de liberar energia.
97
Resolução:
Teoria na prática
1. Observando-se o comportamento das substân- a) Correto. Oxigênio (O2) e ozônio (O3) são
cias nos sistemas a seguir, é INCORRETO afirmar substâncias simples.
que: b) Correto. Um sistema monofásico pode ser
substância pura (ex.: água pura) quanto uma
solução (ex.: água com açúcar).
água
c) Correto. Solução é uma mistura de duas ou
água
mais substâncias, formando um aspecto ho-
óleo +
+
+ sacarose
mogêneo. Existem soluções gasosas (ex.: ar,
Tetracloreto
água de carbono que é uma mistura de gases como N2, O2,
CO2, Ar etc.), soluções líquidas (ex.: álcool
I II III
+ água) e soluções sólidas (ex.: bronze, uma
a) o óleo deve ser solúvel em tetracloreto de mistura de Cu e Sn).
carbono. d) Incorreto. A definição de substância pura
b) a água e o óleo não são miscíveis, por serem é espécie de matéria que é constituída por
ambos apolares. moléculas quimicamente iguais, podendo ou
c) juntando-se os conteúdos dos sistemas I, II e não ser decomposta em outras mais simples.
III, obtém-se uma mistura heterogênea. Ex.: o gás hélio (He) é monoatômico e não
d) a sacarose é um composto polar. pode ser decomposto em algo mais simples,
e) o óleo é menos denso que a água. enquanto a molécula de água (H2O) pode ser
Resolução: decomposta em algo mais simples, como H2
e O2.
a) Correto. Tanto óleo quanto tetracloreto de
e) Correto. No ar encontramos tanto substân-
carbono são apolares, misturando-se entre si.
cia simples (ex.: Ar, N2, O2) como substância
b) Incorreto. Água e óleo não se misturam por
composta (ex.: CO2, H2O(v)).
serem polar e apolar, respectivamente.
c) Correto. A mistura terá parte polar (água + Alternativa D
sacarose) e apolar (óleo + tetracloreto de
carbono). 4. (Mackenzie) Dadas as afirmações, à vista desar-
d) Correto. Sacarose se dissolve em água, sendo mada:
um composto polar. I. Toda mistura heterogênea é um sistema poli-
e) Correto. No sistema I, óleo fica acima de fásico
água, logo, óleo é menos denso que água. II. Todo sistema polifásico é uma mistura hete-
rogênea
Alternativa B
III. Todo sistema monofásico é uma mistura ho-
3. Assinale a alternativa ERRADA. mogênea
a) Tanto oxigênio gasoso como ozônio gasoso IV. Toda mistura homogênea é um sistema mo-
são exemplos de substâncias simples. nofásico
b) Um sistema monofásico tanto pode ser subs-
São verdadeiras as afirmações:
tância pura quanto uma solução.
a) I e II.
c) Existem tanto soluções gasosas, como líqui-
b) I e III.
das, como ainda soluções sólidas.
c) II e IV.
d) Substância pura é aquela que não pode ser
d) II e III.
decomposta em outras mais simples.
e) I e IV.
e) No ar atmosférico, encontramos substâncias
simples e substâncias compostas.
98
Resolução:
I. Verdadeiro. Misturas heterogêneas possuem,
necessariamente, mais de uma fase. Logo, é
um sistema polifásico.
II. Falso. A maioria dos sistemas polifásicos é
uma mistura heterogênea, mas um sistema
que contém água com gelo é polifásico, mas
não é uma mistura heterogênea.
III. Falso. Sangue é um exemplo de um sistema
monofásico (a olho nu) e é uma mistura he-
terogênea. Outro exemplo é o leite.
IV. Verdadeiro. Toda mistura homogênea tem
aparência uniforme a olho nu; portanto, um
sistema homogêneo.
Alternativa E
Vapor d’água
Gelo
Água líquida
Ferro sólido
99
INTERATIVI
A DADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
ACESSAR
Sites Alotropia
www.soq.com.br/conteudos/ef/substancias/p3.php
LER
tt
Livros
Peter W. Atkins e Loretta Jones -
Princípios de Química – Questionando a Vida Moderna
e o Meio Ambiente
100
INTERDISCIPLINARIDADE
Misturas são sistemas formados por duas ou mais substâncias puras e podem se classificar em homogêneas
ou heterogêneas.
Mistura homogênea possui as mesmas propriedades ao longo de toda a sua extensão, independente da
resolução óptica usada para examiná-la. Já nas misturas heterogêneas, as propriedades de uma região ou amostra
são diferentes daquelas para outra região ou amostra.
A distinção entre os componentes das misturas heterogêneas pode ser vista a olho nu, mas em alguns casos
são necessários aparelhos microscópicos, como é o caso do sangue. As diferentes porções constituintes do sangue
podem ser observadas ao microscópio.
O sangue é composto por glóbulos vermelhos (hemácias), que contêm hemoglobina, cuja função primária
é o armazenamento e transporte do oxigênio para os tecidos; glóbulos brancos, cujo principal papel é identificar,
destruir e remover qualquer produto estranho que tenha penetrado no organismo; e plaquetas, que atuam princi-
palmente no mecanismo de coagulação sanguínea.
101
Estrutura Conceitual
Simples
(1 elemento)
Substância
Pura
Composta
(2 ou + elementos)
Amostra de
matéria
Homogênea
(1 fase)
Mistura
Heterogênea
(2 ou + fases)
102
7
0 80 Análise imediata
Competências Habilidades
1, 2 e 8 4, 7, 29 e 30
C N
QUÍMICA
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológi-
H11
cos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
co-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
co-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Métodos de separação de misturas
Na natureza, raramente encontramos substâncias puras. Por isso, fazemos uso de métodos de separação se
quisermos obter uma determinada substância pura.
Para a separação dos componentes de uma mistura, ou seja, para a obtenção separada de cada uma das
substâncias puras que deram origem à mistura, utilizamos um conjunto de processos físicos denominados análise
imediata. Esses processos não alteram a composição química das substâncias que formam uma dada mistura,
portanto tratam-se de fenômenos físicos.
A escolha do melhor método para a separação de misturas exige o conhecimento prévio de algumas das
propriedades das substâncias presentes. Se tivermos uma mistura de açúcar e areia, por exemplo, devemos saber
que o açúcar se dissolve na água, ao contrário da areia.
Muitas vezes, dependendo da complexidade da mistura, é necessário usar vários processos diferentes, numa
sequência que se baseia nas propriedades das substâncias presentes na mistura.
Alguns dos métodos de separação são tão comuns que nem pensamos neles como tais. A“escolha” dos
grãos de feijão (catação) e a separação de amendoim torrado das suas cascas (ventilação) são alguns exemplos
de separações que utilizamos no dia a dia.
Vamos estudar alguns desses principais processos de separação.
Misturas heterogêneas
Como já vimos anteriormente, misturas heterogêneas são sistemas formados por pelo menos dois compo-
nentes, formando pelo menos duas fases distintas.
105
§§ Dissolução fracionada: um dos componentes
Misturas heterogêneas
sólidos da mistura é dissolvido em um líquido.
Exemplo: mistura de sal e areia. Colocando-se [sólido-líquido]
a mistura em um recipiente com água, o sal irá
§§ Decantação: a fase sólida, por ser mais densa,
se dissolver e a areia se depositar no fundo do sedimenta-se, ou seja, deposita-se no fundo do
recipiente. Na sequência, uma filtração separa a recipiente.
areia (fase sólida) da água salgada (fase líquida); A separação das duas fases pode ser feita de
evaporando-se a água obteremos o sal. duas maneiras:
§§ Vira-se lentamente a mistura em um outro
Divulgação
frasco;
§§ Com o auxílio de um sifão, transfere-se a fase
líquida para um outro frasco (sifonação).
106
§§ Filtração a vácuo: o processo de filtração pode ferior do funil e é escoada abrindo-se a tornei-
ser acelerado pelo uso de uma trompa de vácuo ra de modo controlado. A decantação também
que “suga” o ar existente na parte interior do pode ser feita de uma maneira mais rudimentar,
kitassato, o que permite um escoamento mais utilizando-se um sifão (sifonação).
rápido do líquido.
107
Misturas homogêneas
Misturas homogêneas [líquido-líquido]
§§ Destilação fracionada: são separados líqui-
Misturas homogêneas dos miscíveis cujas temperaturas de ebulição são
[sólido-líquido] diferentes. Durante o aquecimento da mistura, é
separado, inicialmente, o líquido de menor tem-
peratura de ebulição (o menos volátil); depois,
Nas misturas homogêneas sólido-líquido (solu-
o líquido com temperatura de ebulição interme-
ções), o componente sólido encontra-se totalmente dis-
diária e assim sucessivamente, até o líquido de
solvido no líquido, o que impede a sua separação por maior temperatura de ebulição (o menos volátil).
filtração. À aparelhagem de destilação simples, é acopla-
Os métodos mais usuais de separar os compo- da uma coluna de fracionamento. Conhe-
nentes desse tipo de mistura baseiam-se nas diferenças cendo-se a temperatura de ebulição de cada lí-
nas suas temperaturas de ebulição (pontos de ebulição): quido, pode-se saber, pela temperatura indicada
no termômetro, qual deles está sendo destilado
§§ Evaporação: a mistura é deixada em repouso (eliminado do sistema).
ou é aquecida até o líquido (componente mais
volátil) sofrer evaporação. Esse processo apre- Termômetro
senta um inconveniente: a perda do componente
líquido.
§§ Destilação simples: a mistura é aquecida em
uma aparelhagem apropriada, de tal maneira
Coluna Saída da água
que o componente líquido inicialmente vapori- de
za-se e, a seguir, sofre condensação, sendo reco- Fracionamento
Condensador
lhido em outro frasco. Em laboratório, utiliza-se
a seguinte aparelhagem: Balão
Entrada da água
108
O esquema mostra o tradicional alambique usado para preparar bebidas alcoólicas provenientes da fermentação de açúcares ou cereais.
Existem casos de misturas homogêneas de líquidos que não podem ser separadas por processos físicos
como, por exemplo, a destilação. Isso porque tais misturas destilam em proporções fixas e constantes, como se
fossem uma substância pura. Essas misturas são denominadas misturas azeotrópicas. Assim, por exemplo, o álcool
etílico forma com a água uma mistura azeotrópica (95,5% de álcool e 4,5% de água) que destila à temperatura
de 78,1 °C.
Então, para obter o álcool anidro ou álcool absoluto (álcool puro) utilizam-se processos químicos: adicio-
na-se à mistura azeotrópica (água e álcool) óxido de cálcio (CaO), que reage com a água, produzindo hidróxido
de cálcio Ca(OH)2. A seguir, submetemos a mistura a uma destilação, pois agora somente o álcool destila, sendo,
portanto, recolhido puro.
Observe na tabela abaixo alguns exemplos de misturas azeotrópicas:
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Misturas [gás-gás]
Análise cromatográfica
Lembrando que misturas de gases sempre são ou cromatografia
homogêneas (soluções gasosas), temos:
§§ Liquefação fracionada: a mistura de gases Esse método, utilizado para a separação e iden-
passa por um processo de liquefação e, poste- tificação dos componentes de uma mistura, é relativa-
riormente, pela destilação fracionada. mente recente. A palavra cromatografia vem do grego
chroma (cor) porque os primeiros compostos separados
Importante! por este método apresentavam colorações diferentes. A
cromatografia tem a vantagem de permitir até mesmo
A liquefação fracionada é utilizada na sepa-
a separação de componentes em quantidades muito
ração dos componentes do ar atmosférico: N2, O2 e
pequenas.
outros gases. Após a liquefação do ar, a mistura lí-
quida é destilada e o primeiro componente a ser
obtido é o N2, pois apresenta menor PE (–196 °C); Teoria na prática
posteriormente, obtém-se o O2, que possui maior PE 1. Uma maneira rápida e correta de separar uma
(–183 °C). mistura com ferro, sal de cozinha e arroz, é, na
sequência:
a) filtrar, aproximar um ímã, adicionar água e
destilar.
b) adicionar água e destilar.
gás nitrogênio, N2
TE = -196 ºC c) aproximar um ímã, adicionar água, filtrar e
destilar.
d) destilar, adicionar água, aproximar um ímã.
e) impossível de separá-la.
ar líquido
[-200 ºC] gás argônio, Ar Resolução:
TE = -186 ºC
Uma das formas de separar a mistura é:
1. Passar um ímã, separando o ferro do sal e
arroz (imantação);
2. Adicionar água, para dissolver o sal (dissolu-
Oxigênio líquido,O2
ção fracionada);
TE = -183 ºC
3. Filtrar a solução para separar o arroz da solu-
Placas perfuradas permitem a ascenção de gases ção de água + sal (filtração);
e a queda de líquidos 4. Destilar a solução para obter o sal (destila-
ção).
§§ Adsorção: consiste na retenção superficial de
gases. Algumas substâncias, tais como o carvão Alternativa C
ativado, têm a propriedade de reter, na sua su-
2. Um copo contém uma mistura de água, acetona,
perfície, substâncias no estado gasoso. Uma das
cloreto de sódio e cloreto de prata. A água, a
principais aplicações da adsorção são as másca-
acetona e o cloreto de sódio estão numa mesma
ras contra gases venenosos.
fase líquida, enquanto que o cloreto de prata se
encontra numa fase sólida. Descreva como po-
demos realizar, em um laboratório de química, a
separação dos componentes desta mistura.
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Resolução:
Primeira etapa: Filtração para separar o cloreto
de prata (fase sólida) dos outros componentes;
Segunda etapa: Destilação fracionada para a
obtenção da acetona a partir da coluna de fracio-
namento e do condensador;
Terceira etapa: Destilação simples para separar
água do cloreto de sódio que restará no balão de
destilação.
Resolução:
Quando a água quente entra em contato com
o pó do café, é feita uma extração, porque são
dissolvidos somente os compostos solúveis em
água, deixando o pó, que é insolúvel, no filtro.
Em seguida, é feita uma filtração.
Alternativa D
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