O documento discute a necessidade de uma lei no Brasil para regular a posse de meteoritos, já que atualmente não existe legislação sobre o tema. Há diversos casos em outros países onde o direito de posse é do dono da terra, do governo ou de quem encontrar o meteorito. A lei proposta incentivaria a busca por meteoritos no Brasil com compensação justa, garantindo amostras para museus e pesquisa científica.
O documento discute a necessidade de uma lei no Brasil para regular a posse de meteoritos, já que atualmente não existe legislação sobre o tema. Há diversos casos em outros países onde o direito de posse é do dono da terra, do governo ou de quem encontrar o meteorito. A lei proposta incentivaria a busca por meteoritos no Brasil com compensação justa, garantindo amostras para museus e pesquisa científica.
O documento discute a necessidade de uma lei no Brasil para regular a posse de meteoritos, já que atualmente não existe legislação sobre o tema. Há diversos casos em outros países onde o direito de posse é do dono da terra, do governo ou de quem encontrar o meteorito. A lei proposta incentivaria a busca por meteoritos no Brasil com compensação justa, garantindo amostras para museus e pesquisa científica.
João Carlos Ferreira, Ariadne do Carmo Fonseca Apesar de cair toneladas de material cósmico sobre a Terra é muito raro a recuperação de meteoritos. Mas, logo que um meteorito é recuperado surge logo a questão,
A quem de direito pertence o meteorito?
Aqui no Brasil o meteorito de fato é de quem tiver com ele na mão. O aumento do comércio de meteoritos em todo o mundo tem levantado questões sobre o direito de posse destes objetos que caem aleatoriamente em todo o planeta. Por se tratarem de objetos extraterrestres não se enquadram nas leis existentes que regulamentam a extração mineral, embora possam ser considerados verdadeiros “fósseis” do sistema solar, também não se enquadram nas leis de fósseis. Alguns países possuem leis específicas para meteoritos, O direito de propriedade dos meteoritos não é padronizado: em alguns países, são dos donos das terras; em outros, de quem achar; e em alguns poucos do Estado. Colocar aqui o cara do British correndo com o meteorito Do dono da Terra: Em muitos países, como os Estados Unidos, Canadá e Países Britânicos, é previsto que os meteoritos são de propriedade do dono das terras, Se as terras forem federais pertencem ao governo. Não surpreendentemente, pouquíssimos meteoritos são achados em terras federais. Do dono da Terra com ressalva No Canadá no entanto sob as leis de Propriedade Cultural só pode ser exportado sob permissão federal que impõe um tempo de 6 meses de espera para que alguma instituição possa comprar o meteorito pelo preço que seria exportado. Do Governo: Índia, os meteoritos pertencem ao Serviço Geológico sem indenização. Argentina, em algumas províncias, os meteoritos pertencem ao governo, mas esta rigidez não impede que um dos meteoritos mais comercializados do mundo seja o Campo del Cielo que é argentino. O mesmo ocorre na Namíbia com o meteorito Gibeon.) Do governo com indenização Na Dinamarca e na Suiça apesar de pertencer ao governo o museu deve pagar o preço de mercado ao descobridor. Do primeiro que achar: No Japão quem acha é o dono, Nas Filipinas metade é de quem achar OUTROS SISTEMAS: Na Austrália em alguns estados deve ser entregue aos museus estatais, proibindo movimentação a não ser para os museus mas paga-se indenização a quem encontrar o meteorito. Antártida - só podem ser recuperados pela expedições ligadas ao governo, de suas respectivas partes. Convenção da UNESCO Existe uma convenção da UNESCO de Propriedade Cultural adotada em 1970 e ratificada em 1991, que protege e previne exportação, importação e transferência ilícita de bens culturais inclusive meteoritos: O impeto é arqueológico, mas alguns países incluiram meteoritos. Casos ocorridos Apesar de em alguns países existirem leis específicas, sempre tem espertinhos tentando burlar a lei. Por exemplo nos USA os meteoritos pertencem ao dono da terra, existem meteoritos até mesmo importantes como dois meteoritos marcianos Los Angeles 1 e Los Angeles 2 em que a pessoa que descobriu não se lembrava onde foi que achou Casos de justiça O meteorito de Willamette, hoje no Haden planetario foi descoberto por Ellis Hugues em 1902 no terreno ao lado, como não conseguiu dinheiro para comprar o terreno arrastou o meteorito de mais de 16 toneladas para seu terreno. Só que a Cia Oregon descobriu o feito e requisitou juridicamente a posse. Até hoje tribos indígenas também requerem a propriedade Old Woman Montain Em 1976 dois garimpeiros encontraram um meteorito de 3 ton. Dr Roy Clarke do Smithsonian foi ao local com helicópiteros dos Mariners conseguiu retirar o meteorito da encosta. Os descobridores tentaram defender seus interesses e deu-se uma disputa na justiça baseada em várias leis por fim o meteorito ficou no estado da California Se um meteorito atingir sua casa, ele é seu? Um meteorito do tamanho de uma bola de tênis atingiu o consultório de um médico em Washington em janeiro deste ano, o médico que alugava o consultório resolveu vender o meteorito para o Smithsonian Institute por US$5.000,00 mas o dono do imóvel requereu os direitos de posse. O litígio foi parar nos tribunais Caso Cunnamulla, Austrália Um meteorito de 27 kg foi achado em um padock e levado para ser parador de porta. Quando se descobriu que era um meteorito surgiu o litígio entre o dono da terra e o homem que a achou. A policia está com o meteorito até que a justiça decida de quem é o meteorito Campo del Cielo, Argentina Em 1992 o famoso comerciante de meteoritos Robert Haag foi preso na Argentina por comprar um meteorito de 37 toneladas. Em 2008 a interpol ajudou a repatriar o Berduc No Brasil No Brasil não existe ainda nenhuma lei que estabeleça a propriedade dos meteoritos. São muito poucos meteoritos brasileiros para que um projeto de lei possa interessar ao governo. Contudo com a globalização, qualquer matuto sabe que meteorito tem um valor de mercado, e facilmente entra em contato com os dealers mesmo antes de entrar em contato com os centros do Brasil com medo de perderem o direito da preciosidade encontrada. Casos Brasileiros atuais Campinorte, o meteorito foi descoberto pelo Sr Rogério, que retirou uma amostra e me enviou, mas o dono da fazenda assim que soube que tinha um meteorito o enterrou. No caso quem seria o dono do meteorito? Caso diferente também em GO, Vários meteoritos são encontrados em uma propriedade, o dono sabe que tem, mas outros invadem para procurar Varre-sai Existe uma necessidade de uma lei urgente
Contudo deve ser levado em conta
diversos fatores. Acredito que a lei tem que ser boa para todos Não deve ser radical Pontos a considerar Ninguém que tenha um meteorito vai querer doar nos dias de hoje para uma instituição científica, pois a informação digital já chegou em todos os cantos do Brasil e quem recupera um meteorito sempre procura se informar sobre seu valor comercial. Devemos considerar que existem questões legais e éticas que nós curadores enfrentamos tentando evitar sem recursos para compra que os meteoritos sejam desviados para o mercado. Temos diversos meteoritos no Brasil em que os donos querem vender, outros já estão sendo comercializados diretamente com os dealers de todo mundo sem que se saiba os procedimentos legais. EU MESMA SÓ SOUBE QUE ERA CONTRABANDO QUANDO O BOLIVIANO FOI PRESO O comércio de meteoritos, embora pareça algo que não deva ser estimulado por razões éticas, tem sido comprovadamente benéfico, principalmente quando os comerciantes vão em busca de novos meteoritos no campo. Para que um meteorito seja aprovado pelo comitê de nomenclatura do Meteoritical Society uma quantidade mínima de 20g ou 20% do meteorito, a que for menor, deve ficar em depósito numa instituição científica. Alguns países estão discutindo uma lei que garanta o direito o estudo pela ciência e que de retorno aos descobridores Gostaríamos que no Brasil fosse regulamentada uma lei referente à posse e comercialização dos meteoritos com os seguintes intuitos: (1) incentivar a busca de meteoritos pela população com incentivos razoáveis para os descobridores, mas que uma amostra maior que a obrigatória internacionalmente seja depositada em um museu brasileiro ( 2) que seja obrigatório que os meteoritos encontrados no Brasil sejam reconhecidos por instituições brasileiras com o devido depósito; (3) criar sistemas de licenciamento de exportação eficiente que permita o intercâmbio de amostras inclusive para pesquisa; (4) recuperar pelo menos uma amostra dos meteoritos brasileiros que foram totalmente exportados baseados na lei de propriedade cultural da convenção da UNESCO. Bem procuramos quem toque este projeto para frente