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Ética, Cidadania e Segurança Pública / Semana 2 - 19 a 25 de abril /


Atividade analítica de produção textual

Aluno: Rodrigo Fagnani Silveira

As práticas de linchamento no Brasil podem ser analisadas sob a ótica de diversos teóricos
modernistas. Dois deles são Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau.

Em seu livro Leviatã, Hobbes argumenta que a vida no estado de natureza é "solitária, pobre,
suja, brutal e curta", e que o Estado é responsável por garantir a segurança dos indivíduos. A
execução do linchamento, portanto, constitui uma violação da soberania de uma nação que tem o
monopólio legítimo do uso da força. Além disso, o linchamento é um ato de vingança que constitui
uma forma de justiça privada contrária ao ideal nacional de justiça pública e justa. Rousseau, por
outro lado, argumenta em seu O contrato social que a vontade geral é a única fonte legítima de
autoridade política. Nesse sentido, a prática do linchamento pode ser vista como expressão de
uma vontade específica contrária à vontade geral expressa em lei. Além disso, o linchamento é
um ato de violência que viola um dos valores fundamentais da República, o princípio da
fraternidade.

Dois fatores são destacados como obstáculos à implementação da Declaração Universal dos
Direitos Humanos no Brasil. O primeiro é a desigualdade social, que é um problema estrutural
nacional. As desigualdades afetam o acesso à justiça e tornam as pessoas, especialmente as
mais pobres, vulneráveis a violações de direitos humanos. A segunda é a impunidade, um
problema recorrente neste país. Muitas violações dos direitos humanos ficam impunes, levando a
ciclos de impunidade que contribuem para a perpetuação desses crimes. A falta de penalidades
mina a confiança na justiça e no estado de direito.

Em resumo, as práticas de linchamento no Brasil podem ser entendidas nos termos de Hobbes e
Rousseau, que enfatizaram a importância da soberania nacional e da vontade comum expressa
em lei. A implementação da Declaração Universal dos Direitos Humanos neste país enfrenta
obstáculos relacionados às desigualdades sociais e à impunidade, prejudicando a realização dos
direitos humanos.

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