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Vidas Secas retrata a vida de pessoas que vivem no sertão brasileiro e o sacrifício
delas para sobreviver. Tendo como tema a luta pela sobrevivência diante do flagelo
da estiagem, Graciliano Ramos traz em seus personagens muito da existência
nordestina. Os principais personagens são: Fabiano, Sinhá Vitória, Menino mais
Velho, Menino mais Novo, a cachorra Baleia e o papagaio, que serve de alimento
providencial que a família come para aliviar a fome. O soldado amarelo, o fiscal da
prefeitura e o dono da fazenda antagonizam com Fabiano e representam a opressão do
poder oligárquico institucional. Seu Tomás da Bolandeira é mencionado e lembrado
como rico exemplo oposto aos retirantes, mas não aparece.
O romance aborda fundamentalmente a problemática da seca e da opressão social no
Nordeste do Brasil. A dura andança justifica a inutilidade da comunicação entre os
membros da família, o fato dos meninos não terem nome próprio, as dificuldades de
fala de Fabiano e a inquietação constante.[2] Ao contrário dos romances anteriores,
é uma narrativa em terceira pessoa, com o discurso indireto livre predominante para
a finalidade de penetrar no mundo introspectivo dos personagens, já que esses não
têm o domínio da linguagem necessária para estabelecer a comunicação.