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Segundo ele:
“Os modernistas brasileiros, confundindo o ambiente literário do país com a Academia,
traçaram linhas divisórias rígidas (mas arbitrárias) entre o bom e o mau. E, querendo
destruir tudo o que ficara para trás, condenaram, por ignorância ou safadeza, muita coisa
que merecia ser salva.”
Biografia
Graciliano Ramos (1892-1953) foi um escritor brasileiro. O
romance "Vidas Secas" foi sua obra de maior destaque. É
considerado o melhor ficcionista do Modernismo e o
prosador mais importante da Segunda Fase do Modernismo.
Infância e Juventude
Em 1904 publicou no jornal da escola seu primeiro conto, O Pequeno Pedinte. Em 1905
mudou-se para Maceió, onde fez seus estudos secundários no Colégio Interno Quinze de
Março, quando desenvolveu maior interesse pela língua e pela literatura.
Em 1910 foi com a família morar em Palmeira dos Índios, Alagoas, onde seu pai abriu um
pequeno comércio. Em 1914 foi para o Rio de Janeiro, quando trabalhou como revisor dos
jornais: Correio da Manhã, A Tarde e O Século.
Voltou para a cidade de Palmeira dos Índios, onde duas irmãs haviam falecido de peste
bubônica, em 1915. Trabalhou com o pai no comércio. No ano seguinte casou-se com Maria
Augusta Barros, com quem teve quatro filhos.
Cargos Públicos
Em 1928, Graciliano Ramos foi eleito prefeito da cidade de Palmeira dos Índios. Nesse
mesmo ano, já viúvo, casou-se com Heloísa de Medeiros com quem teve quatro filhos.
Em 1930 deixou a prefeitura e mudou-se para Maceió, quando assumiu a direção da Imprensa
Oficial e da Instrução Pública do Estado.
Obras éditas
1933 – Caetés (romance)
1942 – Brandão entre o mar e o amor(romance em parceria com Rachel de Queiroz, José Lins
Obras póstumas
realista, cujo projeto ideológico propunha uma denúncia dos contrastes sociais do
Brasil.
constrói suas personagens de modo que esse mal social não se encontra em um
vida tal como ela é, com base em uma postura crítica da sociedade. Privilegia os
enfrentados pelo ser humano em sua relação ao meio hostil, cujas condições sociais
Graciliano comenta:
ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da
Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais
uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra
limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só
gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na
corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma
coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como falso; a palavra foi feita
para dizer.