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10/11/2020

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GRACILIANO RAMOS
Graciliano Ramos nasceu em Quebrangulo, nas Alagoas, em fins de outubro
de 1892. Lá, passou sua infância e parte da adolescência, repartindo-se, com
a família, entre as cidades de Buíque, Viçosa e Palmeira dos Índios. Primeiro

ANGÚSTIA
dos quinze filhos, Graciliano foi sempre visto pela família como um sujeito
difícil, taciturno e introspectivo. Fez os estudos secundários em Maceió, sem,
no entanto, cursar nenhuma faculdade. O pai vivia do comércio e o filho mais
velho foi aventurar-se: esteve, por breve período, no Rio de Janeiro, onde,
por volta de 1914, trabalhou como revisor e redator nos jornais Correio da
Manhã e A Tarde. Torna ao Nordeste e passa a ser jornalista, fazendo política
Graciliano Ramos também. Foi prefeito de Palmeira dos Índios entre os anos de 1928 e 1930. É
dessa época o seu primeiro romance (Caetés, 1933). De 1930 a 1936 vive em
Maceió, dirigindo a Imprensa e a Instrução do Estado de Alagoas. De março
de 1936 a janeiro de 1937, vive a época mais difícil de sua vida. Acusado de
subversivo e comunista, passa dez meses de prisão em prisão sem saber do
que o acusam, sem sequer ser ouvido em depoimentos ou processos.
HENRIQUE LANDIM / FUVEST 2021

OBRA: Angústia AS PRODUÇÕES DO ESCRITOR


AUTOR: Graciliano Ramos No ensaio “Os bichos do subterrâneo”, Antonio Candido traça um panorama do conjunto
das obras de Graciliano, subdividindo-a em três grupos: ROMANCES ESCRITOS EM
PRIMEIRA PESSOA – Caetés, São Bernardo, Angústia – que “constituem uma pesquisa
ANO DE PUBLICAÇÃO: 1936 progressiva da alma humana” a qual “tenta descobrir o homem subterrâneo, a nossa
parte reprimida, que opõe o irredutível, por tenebrosa singularidade ao equilíbrio
GÊNERO LITERÁRIO: Gênero Narrativo (classificado como um romance padronizado do ser social”. NARRATIVAS EM TERCEIRA PESSOA – Vidas Secas e Insônia –
psicológico) com uma visão mais realista, “estudando modos de ser e condições de existência”; e
OBRAS AUTOBIOGRÁFICAS – Infância, Memórias do Cárcere – nas quais o ficcionista se
MOVIMENTO LITERÁRIO: 2º Tempo Modernista, pois se trata de um texto de define como “problema e caso humano”, expressando suas questões subjetivas
tensão ideológica cujo fim é problematizar a sociedade brasileira por meio de (CANDIDO, 1992, p.71).
um olhar crítico.
FOCO NARRATIVO: Narração em 1ªpessoa (narrador Luís da Silva)
ESPAÇO: Maceió

O TÍTULO DO LIVRO: ASPECTOS IMPORTANTES:


Durante todo o percurso da narrativa de Angústia (1936), os acontecimentos que A noção de zigue-zague narrativa ocorre, pois Luís da Silva transita entre a memória da
compõem o cenário histórico permitem observar a interação entre indivíduo e sociedade infância, vivida junta aos avós paternos e a figura do pai, representantes de uma classe em
a partir das reflexões do narrador-personagem Luís da Silva sobre sua vida, apresentando extinção – pequenos senhores de terras e de escravos – em decorrência às mudanças
a história de uma angústia que tem como pano de fundo a análise da estrutura social estruturais da economia e das relações e regimes políticos, e o tempo presente,
brasileira diante de uma nova realidade após as transformações políticas, sociais e marcadamente incongruente. Carvalho (1998), ao estudar o romance Angústia, de
econômicas dos anos de 1920 e 1930. “Trata-se de um texto expressionista: a angústia Graciliano Ramos, conceitua a “narrativa parafuso” da seguinte forma: “É uma narrativa
não se define, ela se apresenta. O leitor é afetado por ela através do personagem. que circula sempre em torno do mesmo motivo, como um parafuso, onde a ação pouco
avança, ao contrário, se enovela sobre si mesma e multiplica-se em variantes, num
Etimologia (origem da palavra angústia). Do latim angustia, "misérias". Em termos de sistema complexo de repetição”. A narrativa gira em torno do seu próprio eixo,
dicionário, a palavra angústia pode ser lida como condição de quem está muito ansioso, acumulando-se de séries significantes entrecruzadas; fios que trançam a malha textual em
inquieto; aflição. Ansiedade física acompanhada de dor; sofrimento, tormento. superposições e deslizes de sentido e matizam o tecido de insuspeitada polissemia, o que,
em última instância, caracteriza a eficácia da construção em abismo (CARVALHO, L. H. A
ponta do novelo – uma interpretação de Angústia de Graciliano Ramos. São Paulo: Ática,
1983, p. 23 – 25).

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Contando 35 anos no momento que decide iniciar a narrativa, Luís da Silva vivencia,
Luís da Silva, atento e obediente à lógica da elaboração textual, como é de se
na infância, o momento de transição definidor para os rumos do país; a mudança de
esperar de um escritor, nos fornece, bem no início de seu relato, algo parecido regime político e todas suas implicações: o advento da República, com a deposição do
com uma teoria da narrativa ou o esboço de uma poética pessoal que dirige o Imperador, os reflexos da abolição (atrasada) da escravidão, o crescimento da
texto: urbanização, o aumento de mão de obra livre. Dessa maneira, o autor foca a
estrutura social do ambiente da Maceió dos anos de 1930 e define na figura de Luís
Lembro-me de um fato, de outro fato anterior ou posterior ao primeiro, mas os da Silva o narrador participante que o ambiente demanda. O intelectual, herdeiro
dois vêm juntos. E os tipos que evoco não têm relevo. Tudo empastado, confuso. de proprietários de terras falidos, se vê relegado à vida social na cidade, diminuída
Em seguida os dois acontecimentos se distanciam e entre eles nascem outros em status, trabalhando como funcionário público.
acontecimentos que vão crescendo até me darem sofrível noção de realidade. As
feições das pessoas ganham nitidez. De toda aquela vida havia no meu espírito
vagos indícios. Saíram do entorpecimento recordações que a imaginação
completou (RAMOS, Graciliano. Angústia. 71ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2019).

O arranjo técnico da narrativa de Luís da Silva, texto elaborado para suscitar a MARINA “OPERÁRIA”:
aparência de desorganização e desordem, mantém relação direta com o efeito
provocado pela apreensão da forma do romance. Por essa perspectiva, o que fora Ao engravidar é abandonada por Julião. Diante do fato, Luís constata que, “Marina não
avaliado como defeito torna-se componente estético indispensável à compreensão poderá ser dele, mas o outro também não a quer mais, já fez o uso necessário, comum à
global da estruturação do texto. classe dominante, que se utiliza dos trabalhadores e depois os abandona, como ele
próprio viu na fazenda do avô, quando a seca e a má administração do pai acabaram com
tudo” (MAGALHÃES, 2006). A revolta de Luís da Silva com o rompimento do noivado e a
Em Angústia, há muita expectativa que não se realiza. Luís da Silva não se torna o
ideia fixa de matar Julião Tavares não significam que o ato esteja relacionado com Marina.
descendente, com privilégios, de antigos senhores de terra. O relacionamento e o
O que se percebe é que a morte de Julião simboliza a destruição do que ele representava.
plano de casamento, a garantia da vida social estável entre Marina e o narrador não se
Luís identificava na figura de Julião Tavares uma contradição: o que ele desejaria ser e o
concretiza. O assassinato de Julião Tavares não dá cabo da angústia sentida por Luís da
que ele desprezava. Por isso, ele nutria a não aceitação de sua condição social, seu ódio à
Silva. O assassinato não concretiza nem mesmo o final da história, que se vê burguesia, sua indignação e o desejo de pertencimento à outra classe social. MAGALHÃES, B.;
direcionada para o começo da narrativa num círculo temporal asfixiante; o cárcere MOREIRA, L. (Orgs.). Estética e crítica literária – Reflexões acerca do pensamento estético em Lukács e Marx. São Paulo: Instituto Lukács, 2017, p.
pessoal do narrador. 74).

PENSAMENTO BURGUÊS: CASTRAÇÃO EXISTENCIAL:


Interessante notar que a castração, em termos simbólicos, é algo presente na narrativa, em
Coutinho faz uma análise da relação de Luís da Silva com Julião Tavares: "Julião Tavares relação aos estímulos sexuais represados de Luís e aos desejos reprimidos por Marina, bem
lhe aparece, numa contraditória dialética psicológica, como aquilo que no fundo ele como a referência da ausência da mãe no romance apontada por Meneses (1990) e Almeida
ambicionara ser e, ao mesmo tempo, como tudo o que ele despreza e repugna" Filho (2008). Esse aspecto do desejo que não se completa, da falta, do desamparo, da
(COUTINHO,1978, p. 97). Para Coutinho (1977): carência, vincula-se também ao seu sentimento de incompletude e da presença da morte
como presença constante na narrativa. Os estrangulamentos, as mortes violentas
Nesta sua atitude, Graciliano retrata magistralmente a psicologia típica do apresentadas a partir das memórias e o próprio homicídio ao final são exemplos de que a
pequeno-burguês: a luta por atingir a condição de grande burguês, por subir na reflexão quanto à finitude do ser é um assunto constante nesse romance. A angústia de
hierarquia social, e o profundo recalque que decorre da constatação de que é castração é decorrente do medo de ser separado de algo muito valioso para o indivíduo,
impossível esta ascensão (salvo em casos cada vez mais raros), o que conduz à como Marina torna-se, em certa medida, para Luís. Psicanaliticamente, a morte iminente
revolta e à frustração agressiva (COUTINHO, Carlos Nelson. Graciliano Ramos. In: BRAYNER, Sônia relaciona-se à castração, pois ela acaba com a possibilidade de vida. A morte seria a castração
(Org.). Graciliano Ramos. Brasília: Instituto Nacional do Livro, MEC, Civilização Brasileira, 1977. Vol. 2. Coleção por excelência, pois nada se pode fazer quanto a ela, não há possibilidade de fuga. Tudo
Fortuna Crítica, p. 97).
parece inútil, a vida não adquire plenitude. Dessa forma, sentimos a angústia de castração
relacionada à finitude do ser em todo o seu potencial a partir da linguagem estético-literária
no romance.

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A EXPERIÊNCIA DA CIDADE: A EXPERIÊNCIA DA CIDADE:


Na antiguidade, a terra e a religião estavam tão intimamente associadas que uma família não Uma postura do sujeito na cidade é a atitude blasé. Haja vista que as pessoas têm ao seu
podia renunciar a uma sem perder a outra. O exílio era o pior dos destinos, pois não apenas redor tudo o que pode ser pago, as coisas começam a aparecer como destituídas de sentido,
privava o homem de seus meios materiais de subsistência, como também da sua religião e da isto não significa que os objetos não sejam percebidos, mas antes que o significado e valores
proteção das leis garantidas pelos deuses locais. Na tragédia Hipólito, de Eurípedes, Teseu não diferenciais das coisas, e daí das próprias coisas, são experimentados como destituídos de
imporia a pena de morte a Hipólito porque a morte seria um castigo muito brando para punir substância. Elas aparecem à pessoa blasé num tom uniformemente plano e fosco; objeto
o seu abominável crime. Hipólito tinha que esgotar o resto amargo de sua vida como um nenhum merece preferência sobre o outro (SIMMEL, 1973, p.16). Na cidade, o dinheiro é um
exilado, em um solo estranho, por ser este o destino próprio para os ímpios (YI-FU TUAN, artifício nivelador de quase tudo, o que afeta o desinteresse pela individualidade alheia, por
2013, p. 170). O sujeito moderno, segundo Simmel (1973), em meio à multidão da metrópole, isso “o dinheiro torna-se o mais assustador dos niveladores. [...] arranca irreparavelmente a
adota algumas posturas e comportamentos a fim de defender-se nas relações no dia-a-dia, essência das coisas, sua individualidade, seu valor específico e sua incomparabilidade”
por exemplo, o distanciamento das relações afetivas. O homem moderno diariamente (SIMMEL, 1973, p.16). Que exprime completa indiferença pela novidade, pelo que deve
vivencia um embate entre o interior e o exterior, entre o individual e o supra individual. comover, choca.
Simmel expõe que os “problemas mais graves da vida moderna derivam da reivindicação que
faz o indivíduo de preservar a autonomia e individualidade de sua existência em face das
esmagadoras forças sociais, da herança histórica, da cultura externa e da técnica da vida”
(SIMMEL, 1973, p. 11).

ENREDO:  O narrador, enquanto transita no interior do bonde, resgata lembranças de 15 anos


atrás: avó Germana “passava xingando as escravas, que não existiam. Trajano Pereira
de Aquino Cavalcante e Silva tomava pileques tremendos” sendo socorrido pelo ex-
 No momento do enunciado, o narrador faz alusão a um fato ocorrido há 30 dias
(momento da enunciação): “Levantei-me há cerca de trinta dias, mas julgo que ainda
escravo Domingos (“Negro, tu não respeitas teu senhor não, negro!” - p. 12).
não me restabeleci completamente” (p. 5). O início do livro é aberto por meio de um  A avó morreu e o avô, antes da morte, apresentava sinais de insanidade mental.
sentimento angustiante relacionado ao universo da cidade chegando à materialização  O narrador e o pai mudaram para a vila. Luís da Silva entrou para o colégio (“...eu era
dos incômodos à figura do ratos remexendo latas e dos automóveis roncando na rua. um cavalo de dez anos e não conhecia a mão direita”, disse Camilo ao professor).
 Referência à escrita do livro: “Em duas horas escrevo uma palavra: Marina. Depois,  Luís da Silva diz: “Ponho-me a vagabundear em pensamento pela vila distante, entro
aproveitando letras deste nome, arranjo coisas absurdas: ar, mar, rima, arma, ira, amar na igreja, escuto os sermões e os desaforos que padre Inácio pregava aos matutos”
[...]traços rabiscos que apresentam uma espada, uma lira, uma cabeça de mulher e (p. 17)
outros disparates” (p. 6).  Camilo Pereira da Silva morreu. Luís da Silva estava com 14 anos. O restante dos bens
 Arma, ira e amar se relacionam à trama de forma invertida, pois deveria está assim: da família caíram nas mãos dos credores.
amar, ira, arma.  O narrador tinha aproximadamente uns 15 anos quando mudou-se para Maceió e
 Cabeça de mulher remete ao processo do recalque do narrador. A lira pode representar morou na rua (p. 26). Para sobreviver, trabalhou como professor de crianças. Em
o universo interior, passado relembrado de forma sofrida. A espada simboliza a seguida, se alista no exército. Ele, para sobreviver, exerceu outros ofícios (p. 31).
possiblidade de libertação.

 Adiante, Luís da Silva se torna funcionário público. Há uma importante relato acerca  Luís consegue um emprego para Marina numa loja da fazendas, porém ela não vai
da figura do avô morto (comparação entre duas gerações – p. 32-33). assumir o ofício (“Obrigação de aturar pilhérias e até descomposturas dos fregueses” –
 Apresentação cômica de Vitória, empregada surda de 50 anos de idade (p. 37). p. 79).
 O narrador deve valores ao Moisés e ao Dr. Gouveia.  Delírio sexual de Luís da Silva com Marina (p.75).
 Em Janeiro do ano passado, Luís viu a nova vizinha, Marina. Troca de olhares no  Marina e Luís se beijaram próximos à cerca (p. 79). Ambos se assustam muito ao ponto
quintal (p.40). Nessa parte, o narrador faz alusão à neta da dona Aurora, dona da de Luís tentar reparar a situação por meio do casamento.
pensão onde morou, e à Berta (alemã restituída). Tudo isso, para rebaixar a Marina.  Luís fez um empréstimo junto ao banco e passou-o à Marina. Os diálogos sobre o
 Encontro abrupto com Julião Tavares (literato e bacharel) no Instituto Histórico, casamento se deram por meio de muita objetividade.
depois disso, ele passou a frequentar a casa de Luís da Silva (p. 54).  Luís fez mais dois empréstimos e ficou bastante incomodado com as compras
 Julião Tavares passa a frequentar a casa de Luís da Silva, condição que instaura certo realizadas pela Marina.
constrangimento em todos (p. 61).  Certo dia, Julião Tavares estava próximo à janela de Marina, uma das maiores
 Luís conhece os pais de Marina, D. Adélia e Ramalho. A mãe pediu um emprego a decepções da vida do narrador (p. 96-97).
Luís para a filha. Nesta parte também, a mãe da jovem expressa as duras condições  Luís tomou cachaça e brigou com Marina. Em seguida, ele teve um encontro com uma
de vida dos pobres (p. 65). garota de programa (p.104).

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 O protagonista escuta as desculpas de Marina sobre o caso Julião na janela. O narrador  Embriagado, Luís xinga seu Ivo (p. 203).
compra tecidos do tio de Moises. O negocio é realiza por meio de prestações.  Às vezes, Luís encontrava com Julião (sugestão de perseguição) e segurava com força a
 Marina anda fria com Luís que não vê a moça com o relógio e anel dados de presente. corda no bolso (p.206-207).
 Luís sai do trabalho mais cedo e encontra Julião ao pé da janela de Marina.  Encontro com Marina à porta da casa de Albertina, a parteira, a fim de realizar um
 Luís, pouco-a-pouco, em um mês, se distanciou de Marina. “A princípio houve brigas, aborto. O narrador entrou em um bar com o intuito de esperar a saída de Marina. Por
reconciliações desajeitadas, conversas azedas com a D. Adélia” (p. 119). fim, ela saiu. Luís vai atrás dela ofendendo-a (p. 233). Ela, ofendida, pedi para Luís parar.
 Enquanto isso, Julião torna-se visita assídua da casa de Marina levando presentes às  Julião estava com uma namorada nova (p. 241).
mulheres da casa.  Luís encontra, à noite, com Julião e mata-o, prende o corpo numa árvore com a corda (p.
 Ramalho passou a ser um amigo de Luís (vivem falando das safadezas de Marina). 254-255). Ler final da página 255, 260 e 261. Luís esquece o seu chapéu no lugar do
 Luís retira o dinheiro do buraco, valor de Vitória, a fim de ir ao teatro. A devolução do assassinato.
dinheiro criou insegurança à empregada (“O céu de Vitória, miudinho, onde grilos e  Ao retornar à sua casa, Luís se encontra com um “maloqueiro” pedindo-lhe um cigarro
formigas moravam, tinha sido violado” – p. 169). (há uma diferença social entre o sujeito da rua e o narrador do livro) p. 269.
 Julião deixa de ir a casa de Marina. Dias depois, Marina estava grávida (p. 170). Um pouco  Em casa, luís elimina os vestígios do assassinato e procurou beber cachaça. No outro dia,
adiante, o narrador diz estar sentando no banheiro fumaça (p. 175). não trabalhou.
 Seu Ivo deu uma corda ao narrador (p. 191). Luís lembra-se do assassinato de Fabrício (p.  A última parte do romance é um grande parágrafo em que o narrador expressa uma
194), cangaceiro morto. Temos nessa parte, momentos de profunda violência no sertão espécie de autopunição pelo assassinato de Julião Tavares.
(p.195). Há também o suicídio de seu Evaristo (p. 202).

OS PERSONAGENS:
1. Trajano Pereira Aquino Cavalcante e Silva
2. Camilo Pereira da Silva
3. Luís da Silva
4. Marina
5. Ramalho
6. D. Adélia
7. Julião Tavares
8. Vitória
9. Ivo
10. D. Mercedes
11. Lobisomem
12. Albertina
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