Você está na página 1de 2

Caso

As professoras do curso de Física solicitaram que os alunos imaginassem uma situação hipotética, que eles pegassem um
pedaço de pão e um pedaço de papel e começassem a partir em pedaços cada vez menores, buscando relacionar isso com
qualquer tipo de matéria, a indagação central era definir o que constituía toda a matéria e se chegariam a um ponto em que
essas partículas passariam a ser tidas como indivisíveis. A partir daí os alunos começaram a dialogar sobre o assunto sugerido:
Guilherme: - o menor pedaço de papel que obtemos será igual ao menor pedaço de pão?
Emerson: - Mas o que constitui cada um deles, com certeza são coisas diferentes, formadas por elementos diferentes, sendo
assim, apresentam diferentes fórmulas moleculares ou estruturas.
Guilherme: - O que é que diferencia um do outro? Nem sei se pode dizer que os dois são formados por moléculas.
Emerson: - Aí já tem que saber os elementos que tem em cada um. A posição que os elementos estão distribuídos na tabela
devem influenciar nisso, não devem ter sido colocados em cada lugar de forma aleatória.
Maria Isabel: - Mas para entender a tabela a gente tem que entender como cada elemento é formado, como a tabela foi
construída. Cada estudioso defende a sua teoria sobre o que constitui esses elementos, será que um deles está mais correto
que o outro?
Olímpio: - Geralmente são usados 3 modelos atômicos para explicar a existência das coisas, será que o último é o mais correto
e os outros não explicam mais nada?
Diego: - Deve ser assim mesmo, mas acho que é importante entender como cada um chegou a sua teoria, vai que um
influenciou no outro, vai que para cada um a matéria se transforma de um jeito diferente.
Emerson: - E são só três mesmo? Qual foi o percurso histórico? Definiram que átomo era átomo e pronto?
Diego: - E o que cada um era capaz de justificar? Como definiram suas teorias?
Maria Isabel: - E para cada um teve um estudo, um experimento, como fizeram esses experimentos a tantas décadas atrás,
sendo que não tinha nem tanta tecnologia?
Guilherme: - Tanta enrolação, o menor pedaço de cada um vai ser esse tal de átomo ou não?
Maria Isabel: - E o que nos garante que não há nada menor do que um átomo?
Emerson: - E considerando diferentes átomos, existem diferenças entre eles?
Diego: Mas é claro, dá para diferenciar de diferentes formas, uma dela é através dos espectros atômicos que podem ser
obtidos para os mais diversos elementos, no entanto, em átomos multieletrônicos, os espectros apresentavam-se de forma
muito complexa, com aparecimento de centenas de linhas, o que dificultava a interpretação do espectro e o desenvolvimento
de cálculos matemáticos que pudessem justificar o aparecimento dessas bandas. É por isso que encontramos mais
informações sobre o espectro de hidrogênio, pois ele é o átomo mais simples de ser compreendido e apresenta apenas
algumas bandas no seu espectro, como consequência disso passou a ser estudado de forma mais aprofundada por diversos
cientistas.
Guilherme: - Falando nesses átomos multieletrônicos, eles apresentam estruturas bastante peculiares, com a presença de
diversos elétrons, prótons e nêutrons na sua estrutura, hoje após fazer alguns desenhos e refletir sobre alguns conceitos, notei
algo interessante, pensem comigo, se no geral as interações ocorrem entre diferentes substâncias por conta da atração
eletrostática exercida pela presença de cargas, considerando que “os opostos se atraem e que os iguais se repelem”, porque
um átomo que apresenta vários prótons no seu núcleo não se repelem mutuamente, separando-se, ou até mesmo ocasionando
a “explosão” do átomo?
Maria Isabel: - Faz sentido. Os átomos no geral são muito pequenos e o núcleo é minúsculo com relação ao átomo, de que
forma pode ser formado um núcleo tão pequeno, que é carregado com diversas cargas negativas?
Emerson: - Eu dei uma olhada nos livros de física e pude notar que existem diversos estudos sobre o espectro atômico do
hidrogênio, mas não encontramos muitas coisas com relação aos demais elementos. Será que só existe espectros para esse
átomo?
Olimpio: - De fato são aspectos relevantes, mas focando agora nessa questão do espectro, haveria alguma forma simples de
se trabalhar com esses espectros? Por exemplo para usar com alunos do ensino médio?
Maria Isabel: - Acredito que sim, o arco-íris poderia ser um exemplo.
Guilherme: - Podemos ir além disso, pois no nosso cotidiano somos capazes de identificar espectros visíveis em diferentes
situações, e assim podemos identificar um belo padrão de cores bem intensas, que podem inclusive ser trabalhados com
alunos da educação básica. Inclusive, se tivéssemos a disposição um detector capaz de medir a intensidade de cada cor que é
dispensada em diferentes espectros que podem ser identificados, obteríamos um gráfico que apresentaria os comprimentos de
onda correspondentes as cores, correlacionados a intensidade de cada uma delas. Não daria para trabalhar de forma precisa,
mas já seria um começo.
Emerson: - E sobre a escolha de cores para pintar as casas? Será que tem relação? Será que dá para testar isso de alguma
forma?
Diego: - Nossa, são muitas possibilidades... Seria interessante se já desenvolvêssemos materiais que pudessem ser utilizados
na educação básica. Principalmente partindo ou chegando nessas questões de cotidiano.
A PARTIR DO CASO...
1. Identifique termos desconhecidos 2. Tempestade de ideias
3. Identifique as Palavras-Chaves 4. Elabore Perguntas, Objetivos e Hipóteses (no mínimo 3).
5. Crie um Mapa Conceitual 6. Desenvolva um Texto Síntese
7. Orientação para teorização:
HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALKER, J. Fundamentos de Física, vol. 4, 6ª ed., Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos Editora Ltda, 2003; ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012; SIAS, D. B. et al. Introdução à Física de Partículas. 2015.

Você também pode gostar