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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

UFRJ CAMPUS MACAÉ - PROF. ALOISIO TEIXEIRA


Máquinas de Fluxo - Prof. Rudineli
Curso de Engenharia Mecânica

Aplicações de Bombas com Acionamento Magnético

Jorge Mateus de Freitas da Silveira


Júlia Silva Oliveira

Macaé - RJ
2023
SUMÁRIO

1. Introdução.............................................................................................................................2
2. Bomba Magnética.................................................................................................................3
2.1. Principais características............................................................................................... 3
2.2. Funcionamento.............................................................................................................. 5
2.3. Setores que mais utilizam..............................................................................................6
3. Vantagens x desvantagens....................................................................................................7
4. Considerações Ambientais, de Saúde e Segurança........................................................... 7
5. Por que as bombas falham?...............................................................................................10
5.1. Bombas equipadas com selos mecânicos.................................................................... 10
5.2. Bombas de acionamento magnético............................................................................ 11
5.3. Proteção da bomba...................................................................................................... 13
6. Confiabilidade.....................................................................................................................14
7. Fatores que determinam a escolha adequada das bombas de acionamento magnético..
15
7.1. Características do fluido..............................................................................................15
7.2. NPSH Disponível........................................................................................................ 16
7.3. Faixa de Segurança entre vazão mínima e máxima.................................................... 17
7.4. Mecanismo de contenção ou controle secundário.......................................................18
8. Estudos de Casos................................................................................................................ 19
8.1. BP Grangemouth......................................................................................................... 19
8.2. Huntsman Group......................................................................................................... 20
8.3. Shell – Reino Unido.................................................................................................... 20
8.4. Spallation.....................................................................................................................20
8.5. Experiência com bomba centrífuga magnética em pacientes com choque cardiogênico
21
8.6. Bombeamento de Tricloroetano (TCS)....................................................................... 22
9. Conclusão............................................................................................................................ 23
10. Referências Bibliográficas............................................................................................... 24

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1.Introdução

As máquinas de fluxo têm desempenhado um papel fundamental em uma ampla gama


de aplicações industriais, fornecendo o movimento e transporte de fluidos de forma eficiente.
Entre as diversas tecnologias desenvolvidas nesse campo, as bombas magnéticas surgem
como uma abordagem revolucionária, promovendo avanços significativos em termos de
eficiência, confiabilidade e segurança.
Uma bomba magnética é um dispositivo inovador que utiliza o princípio da força
magnética para transferir energia do motor para o fluido, eliminando a necessidade de
acoplamentos mecânicos tradicionais. Ao contrário das bombas convencionais, as bombas
magnéticas não possuem eixos mecânicos ou selos dinâmicos, o que evita vazamentos e
reduz a manutenção necessária. Essa tecnologia é baseada no uso de acoplamentos
magnéticos, nos quais um conjunto de ímãs permanentes cria um campo magnético rotativo,
transmitindo o torque através de uma parede não magnética para o rotor da bomba. Essa
abordagem inovadora garante um alto nível de segurança, pois elimina o risco de vazamentos
e contaminação do fluido bombeado, o que a torna particularmente adequada para aplicações
químicas, farmacêuticas e em sistemas críticos.
As primeiras menções às bombas magnéticas remontam ao início do século XX, com
os primeiros desenvolvimentos significativos ocorrendo na década de 1940. No entanto, foi
apenas na década de 1960 que a tecnologia começou a ser amplamente adotada em diversas
indústrias. Com o avanço da tecnologia de materiais magnéticos, aprimoramentos no projeto
dos rotores e melhorias na eficiência energética, as bombas magnéticas se estabeleceram
como uma alternativa viável e atraente às bombas convencionais. Desde então, tem havido
um crescimento constante na pesquisa e no desenvolvimento dessas máquinas, impulsionado
pela demanda por soluções mais eficientes, confiáveis e ecologicamente corretas.
Portanto, o objetivo deste trabalho é investigar a aplicação das bombas magnéticas e
sua importância na engenharia de máquinas de fluxo. Serão abordados aspectos relacionados
à eficiência energética, segurança operacional, redução de custos de manutenção e suas
implicações nas indústrias modernas, suas vantagens e desvantagens em comparação às
bombas convencionais, e como são opções efetivas no quesito minimizar os danos
ambientais.

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2.Bomba Magnética

As bombas magnéticas são aquelas sem qualquer tipo de selo, ao invés disso, há a
presença de um imã acoplado ao eixo do motor que transmite o torque para o imã acoplado
ou embutido no rotor. Portanto, vamos ver ao longo da apresentação que a estratégia utilizada
para separar o líquido do ambiente e evitar vazamentos é a completa eliminação dos selos
mecânicos.
Destina-se a aplicações onde o risco de vazamento de fluido pela bomba é inaceitável,
seja pela necessidade de impedir a todo custo desperdício de produto caro, como sais de prata
ou partículas de ouro, ou seja pela proteção do operador e do ambiente do bombeamento,
como fluidos voláteis, tóxicos ou ácidos agressivos, como o clorídrico ou sulfúrico.

2.1.Principais características

As bombas magnéticas representam uma inovação significativa no campo das


máquinas de fluxo, oferecendo diversas vantagens e características distintas em comparação
com as bombas convencionais. Ao analisar sua concepção básica, podemos observar que
essas bombas são compostas por três partes principais: a parte hidráulica, o eixo de apoio
com o sistema de rolamento e o acionamento magnético, observe a Figura 1.
A parte hidráulica desempenha um papel fundamental, sendo semelhante à de uma
bomba centrífuga convencional, responsável por transmitir energia ao líquido bombeado. No
entanto, o diferencial das bombas magnéticas está na presença de uma camisa de contenção
não-magnética localizada na parte traseira da carcaça. Essa camisa retém completamente o
líquido bombeado e é projetada nas mesmas condições da carcaça da bomba. No interior da
camisa de retenção, encontra-se o rotor, montado em um eixo e apoiado por mancais radiais
lubrificados pelo próprio líquido bombeado.
O rotor é constituído por um anel de ímãs permanentes ou, em alguns casos, por um
anel de torque semelhante ao rotor de um motor elétrico. Esse anel magnético interno está
alinhado externamente à camisa de retenção, onde um anel magnético externo é acionado por
um motor elétrico padrão. O princípio de funcionamento é que, à medida que o anel
magnético externo é acionado pelo motor elétrico, o fluxo magnético é transferido através da
camisa de contenção para o anel magnético interno ou para o anel de torque, resultando na
rotação do eixo e do rotor.

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Uma das principais características dessas bombas é a simplicidade de seu projeto. Ao
eliminar completamente a necessidade de dispositivos de vedação dinâmica, reduz-se o
número de possíveis caminhos de vazamento e a complexidade dos sistemas auxiliares
associados às bombas convencionais com selos mecânicos. Isso resulta em menos peças em
operação e manutenção simplificada, proporcionando uma maior confiabilidade operacional.
Um aspecto fundamental é que as bombas magnéticas garantem um vazamento zero.
Embora isso não signifique que não haja perda do produto para a atmosfera, é possível
alcançar uma vedação estática confinada por meio de uma guarnição especialmente projetada,
que evita o rompimento e a emissão de odores ou vazamentos indesejados. Esse sistema
confinado e de compressão controlada contribui para a segurança ao bombear produtos
perigosos.
Além disso, as bombas magnéticas oferecem um tempo médio entre falhas (MTBF -
Mean Time Between Failures) significativamente maior do que as bombas convencionais.
Sua construção robusta e a ausência de selo mecânico, que é a principal causa de falhas em
bombas, permitem que operem por longos períodos sem necessidade de manutenção. Isso
resulta em uma redução das paradas para manutenção e, consequentemente, dos custos
operacionais, além de minimizar as interrupções na produção.

Figura 1 - Diagrama de uma bomba magnética

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2.2. Funcionamento

As bombas magnéticas possuem como princípio a separação completa da parte


hidráulica da carcaça e do rotor. Para isso, o eixo da bomba é cortado e a carcaça é dividida
em um carcaça interna e externa. A carcaça externa é ligada ao motor e nele ficam acoplados
os imãs externos, que conforme o motor gira ao ser acionado, também transfere seu
movimento rotativo aos imãs.
Entre a carcaça externa e a interna é comum a presença de uma camisa de selamento,
providenciando ainda mais proteção contra vazamentos mesmo em casos onde ocorra dano à
câmara líquida.
Já na carcaça interna, um outro conjunto de imãs se apresenta ligado ao eixo interno
da bomba. Conforme o motor rotaciona os imãs externos, a força magnética entre o conjunto
externo e interno de imãs faz com ambos rotacionam sem nenhum elemento físico fazendo a
transferência de energia cinética. A Figura 2 abaixo ilustra a transmissão de energia de um
eixo para o outro.

Figura 2 - Diagrama com conjunto de ímãs

A força é transmitida através do eixo interno para o impelidor que passa a movimentar
o fluido. O exemplo utilizado acima se trata de uma bomba centrífuga por acoplamento
magnético, no entanto vale salientar que o mesmo princípio se apresenta para outros tipos de
bombas como as de deslocamento positivo. Na Figura 3 abaixo, pode-se observar um corte
transversal de uma bomba centrífuga com acoplamento magnético real.

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Figura 3 - Corte transversal de uma bomba real

2.3.Setores que mais utilizam

As bombas magnéticas em geral são utilizadas em situações em que o fluido sendo


transportado não pode sob hipótese alguma entrar em contato com o ambiente externo. Um
dos mais clássicos exemplos disso se trata de fluidos corrosivos ou que reagem com o
material utilizado nos selos mecânicos, porém isso também pode se estender a fluidos que
reagem com oxigênio, atmosferas explosivas, fluidos que dão origem a gases tóxicos, ou até
mesmo casos em que a pureza e o estado do fluido precisam ser cuidadosamente preservados.
Dado este fato, uma das indústrias que mais utilizam estas bombas é a indústria
petroquímica. Em grande parte por questões de atmosferas explosivas tipicamente presentes
neste locais, porém também por conta de certos químicos utilizados no processo de refino
como ácidos, carcinogênicos como benzeno e inflamáveis como Metanol e Isobutano.
Em função de suas características construtivas, essas bombas são consideradas livres
de vazamento, tornando-as ideais para lidar com estes tipos de fluidos. Para além da indústria
do Petróleo seu uso também é estendido para:
● Certas áreas de estudo científico envolvendo fluidos;
● Indústrias cuja matéria prima ou rejeitos envolvam o transporte de substâncias
tóxicas, com altas pressões de vapor, fluidos de emissão regulada na atmosfera entre
outros.

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É importante salientar que com as regulações ambientais cada vez mais apertadas, a
tolerância a vazamentos e perdas se torna cada vez melhor, causando um ampliando nas áreas
de atuação destas bombas. Este tópico é abordado mais a fundo na parte de Considerações
Ambientais.

3.Vantagens x desvantagens

É possível identificar determinadas vantagens e desvantagens das bombas com


acionamento magnético. Dentre as vantagens tem-se a ausência de selos mecânicos, tempo
médio entre falhas é alto, logo, as manutenções preventivas são menos frequentes do que as
bombas convencionais. Além disso, o dano é limitado mesmo em caso de falhas, ficando
contidos em geral a parte hidráulica, sem vazar para o motor ou ambiente externo e possuem
padrões ambientais, de segurança e saúde adequados.
Já entre as suas desvantagens, se destaca o custo de aquisição elevado, um dos fatores
que mais assusta nesse tipo de bombas. Ainda sim, devido a baixa frequência de
manutenções, esse custo tende a se pagar. Outro ponto fraco desta bomba é a não tolerância a
um grau de partículas sólidas muito elevado no fluido. Também pode se acrescentar a esse
fato, uma das consequências da quantidade de partículas do fluido, que é o aumento da
temperatura da bomba devido ao atrito. Esse atrito leva a um aumento da temperatura, o que
acaba por desmagnetizar os ímãs permanentes presentes na bomba.

4.Considerações Ambientais, de Saúde e Segurança

No contexto atual, em que a legislação ambiental está se tornando cada vez mais
rigorosa e as preocupações com questões ambientais ganham destaque, é fundamental
abordar as considerações ambientais relacionadas às bombas magnéticas. Esses equipamentos
têm se mostrado uma opção promissora para minimizar os impactos ambientais causados
pelas emissões fugitivas e vazamentos associados às bombas convencionais com selos
mecânicos.
A Agência do Meio-Ambiente do Reino Unido desempenha um papel importante na
prevenção e controle da poluição. Ela promove o uso das "Melhores Técnicas" para evitar
vazamentos e emissões de poluentes. No âmbito de equipamentos de bombeamento, diversas
soluções têm sido propostas para atender às diretrizes ambientais, como a redução das
emissões fugitivas de compostos orgânicos voláteis (VOCs) no ar, fontes pontuais de emissão

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de VOCs no ar, emissões para água, odor, eficiência energética e análise química e
monitoramento de emissões.
No que diz respeito às indústrias de óleo, gás, química e farmacêutica, a Agência do
Meio-Ambiente estabelece regras básicas, as quais incluem a minimização segura de
vazamentos de materiais líquidos e gasosos durante a fase de projeto. Prioriza-se a proteção
do meio ambiente e a implementação de programas de manutenção preventiva para a
detecção de vazamentos. No entanto, é importante ressaltar que o monitoramento dessas
emissões ainda não é realizado de forma consistente, sendo necessária uma fiscalização mais
rigorosa nesse sentido. Além disso, são disponibilizadas orientações de conduta interna e
novas diretrizes estão em desenvolvimento.
Estima-se que aproximadamente 10% das emissões fugitivas em refinarias e
instalações químicas sejam provenientes de bombas equipadas com selos mecânicos. Nesse
contexto, as bombas de acionamento magnético surgem como uma solução viável, uma vez
que eliminam completamente as emissões fugitivas e os odores devido ao seu projeto que
proporciona vazamento zero. Isso implica que o monitoramento das emissões se torna
desnecessário, representando um benefício significativo em termos ambientais.
Contudo, discute-se que as bombas de acionamento magnético possam ser menos
eficientes do que as bombas equivalentes com selo mecânico, devido às perdas por
turbilhonamento na carcaça de contenção metálica. Todavia, é importante destacar que os
selos mecânicos requerem energia para operar e podem gerar altas pressões nas vedações, o
que pode resultar em temperaturas elevadas, na qual significa que é preciso de mais energia
para movimentar uma bomba magnética do que uma com selo mecânico. O nível de perdas
sentidas em um reservatório de contenção metálico é em função da resistividade elétrica do
material da carcaça, da espessura da carcaça, da variação de peso e volume do acoplamento
magnético e da velocidade do acoplamento. Normalmente, para altas tensões e materiais de
alta resistência química são utilizados materiais como o Hastelloy (liga projetada para ter
excelente resistência à corrosão em uma ampla gama de ambientes severos, na qual é
amplamente utilizada nos ambientes mais severos, como processamento químico, produção
de celulose, tratamento de resíduos industriais). As perdas podem variar de 5 a 15% para
aplicações típicas.
Para contornar essas questões, é possível utilizar bombas magnéticas revestidas com
materiais plásticos e não-metálicos. Esse tipo de configuração reduzirá significativamente as
correntes de turbilhonamento, que estão associadas a reservatórios de contenção metálicos.
Dessa forma, as eficiências das bombas magnéticas revestidas com plástico serão
comparáveis às bombas com selo mecânico.

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Uma restrição a ser considerada na utilização de materiais não-metálicos é que eles
possuem limitações de temperatura e pressão em comparação às bombas metálicas. No
entanto, os avanços tecnológicos têm possibilitado o desenvolvimento de polímeros de alta
densidade e outros materiais que estão gradualmente ganhando aceitação no mercado. É
provável que, com o tempo, esses materiais sejam capazes de trabalhar com pressões e
temperaturas mais elevadas, ampliando ainda mais as opções para o uso de bombas
magnéticas em aplicações de alta exigência.
Ao optar por bombas magnéticas, além de eliminar as emissões fugitivas e
vazamentos, é importante ressaltar que esses equipamentos possuem uma vida útil
prolongada e exigem menos manutenção em comparação às bombas com selo mecânico. Isso
resulta em uma redução do consumo de recursos naturais, bem como dos resíduos gerados
durante a substituição e descarte desses equipamentos.
No âmbito das considerações ambientais, a escolha de bombas magnéticas também
contribui para a redução do consumo energético. Embora seja necessário mais energia para
acionar essas bombas, é importante considerar a eficiência global do sistema. Ao eliminar as
perdas associadas aos vazamentos e às emissões fugitivas, bem como reduzir a necessidade
de monitoramento contínuo, as bombas magnéticas apresentam uma vantagem ambiental
significativa, proporcionando um uso mais eficiente dos recursos energéticos.
Em suma, essas bombas representam uma solução promissora do ponto de vista
ambiental, contribuindo para a redução das emissões fugitivas, minimização de vazamentos e
prevenção da contaminação de ar e água. Embora possam apresentar desafios relacionados à
eficiência energética e às limitações de materiais não-metálicos, os avanços tecnológicos
continuam a impulsionar o desenvolvimento desses equipamentos, aumentando suas
capacidades e expandindo suas aplicações em setores industriais diversos. Dessa forma, as
bombas magnéticas se consolidam como uma alternativa ambientalmente consciente e
sustentável para a movimentação de fluidos em processos industriais, alinhadas às exigências
crescentes da legislação ambiental e à busca por práticas mais eficientes ecologicamente.
Outrossim, tais bombas magnéticas são livres de vazamento e, consequentemente,
impedem a passagem de odores, diminuindo a exposição dos operadores ao processo
químico. Os produtos ficam retidos dentro da mesma, os quais possuem uma pressão de
projeto nominal igual ou superior à da tubulação, aos dos vasos de pressão e de outros
equipamentos auxiliares. Deve ser considerado também o Tempo Médio entre Falhas
(“MTBF”, em inglês) que significa menos reparos, ou seja, menos paradas para manutenções
e eliminação de requisitos para descontaminação. Por fim, as bombas de acionamento
magnético contribuem para um ambiente mais limpo e seguro.

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5.Por que as bombas falham?

É importante compreender as possíveis causas que podem levar à falha de


determinados tipos de bombas. Embora as bombas magnéticas apresentem diversas vantagens
em termos de eliminação de vazamentos e redução de emissões fugitivas, como discutido
anteriormente, é fundamental estar ciente dos desafios e pontos de atenção das mesmas.

5.1.Bombas equipadas com selos mecânicos

Cerca de 80% das bombas quebram devido às falhas em selos mecânicos, o que
resulta em vazamentos do líquido bombeado para a atmosfera ou para o sistema de vedação
no caso de selo mecânico duplo. As falhas também podem ocorrer devido a problemas nos
mancais ou vazamento pelas gaxetas (anéis de vedação).
Os selos mecânicos podem falhar devido à operação a seco, perda de fluido barreira
em selos duplos, eixo desalinhado ou curvado, deflexão do eixo causada por baixas ou altas
vazões, desgastes das faces dos selos, falha dos elastômeros devido ao calor ou
incompatibilidade com o fluido, falha das guarnições, falhas na instalação dos selos, falha nos
mancais, vibração excessiva, NPSH baixo ou emperramento causado pela cristalização do
fluido.
A Figura 4 abaixo ilustra a consequência de uma bomba após bombear um ácido
clorídrico, como resultado obteve a corrosão e destruição da mesma, haja visto que ela não é
apropriada para esse tipo de fluido. Nesse caso, a bomba com acionamento magnético seria
mais adequada.

Figura 4 - Falha em uma bomba com selo mecânico

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5.2.Bombas de acionamento magnético

Nas bombas de acionamento magnético, as falhas ocorrem de maneira distinta em


comparação às bombas convencionais que utilizam selo mecânico. Nesse tipo de bomba, as
falhas nas guarnições são praticamente desconhecidas, proporcionando maior confiabilidade
operacional. Além disso, as falhas nos mancais não são catastróficas como nas bombas com
selo mecânico.
Um recurso importante presente em muitas bombas de acionamento magnético é o
anel de retenção anti-choque, feito de bronze fosfórico não centelhante. Esse anel é ajustado
de forma a evitar danos significativos em caso de falha do mancal. Quando ocorre uma falha,
o anel magnético externo entra em contato com o anel anti-choque, impedindo que atinja a
parede fina do reservatório de contenção, protegendo-o de danos graves.
Diferentemente das bombas com selo mecânico, a deformação do eixo não é um
problema frequente nas bombas de acionamento magnético. Isso se deve ao fato de a
distância entre o eixo e o mancal de apoio ser curta. Pequenas deflexões do eixo não causam
danos ao rotor, resultando em uma menor necessidade de substituição dos anéis magnéticos.
Embora as bombas de acionamento magnético apresentem um tempo médio entre
falhas (MTBF) maior em comparação a outros tipos de bombas, ainda é possível ocorrer
falhas em determinadas situações. Algumas das causas de quebras incluem a operação da
bomba a seco, o funcionamento com válvulas de sucção ou descarga fechadas, a presença de
cavitação ou vapor nas bombas e sobrecargas devido a altas vazões. A extensão dos danos
pode variar, desde danos nos anéis magnéticos decorrentes de falhas nos mancais até
rachaduras no reservatório de contenção.

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Figura 5 - Falha em bomba magnética ocasionada por atrito

Ademais, pode ocorrer a questão do escorregamento magnético, na qual os ímãs vão


sofrer um pequeno deslocamento que os desalinha e proporciona um desacoplamento entre os
imãs, conforme é mostrado na Figura 6. Este tipo de problema pode ser catastrófico devido
ao aumento da temperatura que ela causa, e por vibrações que em rotações elevadas podem
levar a bomba a parar de funcionar.

Figura 6 - Escorregamento magnético

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Portanto, elas oferecem uma maior resistência a falhas nas guarnições e nos mancais
em comparação às bombas com selo mecânico. A presença do anel de retenção anti-choque e
a menor deformação do eixo contribuem para a redução de falhas e danos. Porém, é
importante tomar precauções para evitar situações de operação inadequadas que possam levar
a falhas nas bombas de acionamento magnético.

5.3.Proteção da bomba

Em diversas situações, é possível proteger a bomba magnética por meio da utilização


de um painel de controle de potência simples. Esse dispositivo é responsável por monitorar a
potência real absorvida e interromper o funcionamento da bomba caso a potência consumida
ultrapasse ou fique abaixo de um valor pré-determinado. Dispositivos como soft starts e
inversores frequentemente possuem essa funcionalidade integrada. Essa abordagem tem sido
eficaz na eliminação da maioria das falhas graves relatadas por alguns usuários no passado.
Outro método, que pode ser aplicado como alternativa ou complementar para proteção
da bomba magnética metálica, consiste no uso de um dispositivo de medição de temperatura
localizado na parte externa do reservatório de contenção. Esse dispositivo monitora o
aumento de temperatura, o qual indica uma redução no resfriamento da parte magnética da
bomba e na lubrificação dos mancais. Essa mudança de temperatura é um sinal de
importantes implicações para a operação da bomba.
Na Figura 7 abaixo, é possível analisar um exemplo do dispositivo soft starts ligado
aos interruptores e uma bomba.

Figura 7 - Dispositivo Soft Starts

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Com a implementação desses métodos de proteção, é possível prevenir falhas
significativas e garantir a operação segura e confiável das bombas magnéticas. A
monitoração da potência consumida e o acompanhamento da temperatura fornecem
indicadores cruciais para a saúde e o desempenho do sistema, permitindo intervenções
adequadas quando necessário. Dessa forma, os usuários podem evitar danos desnecessários e
maximizar a vida útil das bombas magnéticas, proporcionando maior eficiência e
confiabilidade em suas aplicações.

6.Confiabilidade

É plausível supor que uma bomba sem selo mecânico seja mais confiável, e uma
bomba de acionamento magnético certamente exigiria menos manutenção, estimando-se uma
redução de 2 a 3 vezes em comparação com uma bomba equivalente com selo mecânico.
Obter dados consistentes sobre a confiabilidade das bombas é uma tarefa difícil, pois
cada situação é única para ambos os tipos de bomba. No entanto, pesquisas realizadas na
internet e informações fornecidas por usuários indicam que o Tempo Médio entre Falhas
(MTBF, em inglês) para bombas com selos não balanceados, conforme as especificações das
normas ANSI ou ISO, é de aproximadamente 2 anos, enquanto para bombas com selos
balanceados, conforme a norma API, pode chegar a até 5 anos.
De acordo com a norma API 682, os selos mecânicos devem ter uma alta
probabilidade de atingir pelo menos 3 anos de serviço contínuo, cumprindo as
regulamentações de emissões. No entanto, é importante ressaltar que o Tempo Médio entre
Falhas (MTBF, em inglês) pode variar consideravelmente dependendo do tipo de produto
sendo bombeado.
É possível realizar o cálculo do MTBF teórico para uma bomba de acionamento
magnético. Essa metodologia é utilizada para analisar o histórico de vida dos componentes da
bomba e identificar quais apresentam maiores incidências de falhas ou problemas. Os dados
de vários históricos de vida são então aplicados à fórmula geral do MTBF para bombas:

1
𝑀𝑇𝐵𝐹
=⎡
⎣ ( )² + ( )² + ( )² + ( )²⎤⎦ . 0, 5
1
𝐿1
1
𝐿2
1
𝐿3
1
𝐿4

onde,
L1 = Mancais internos (SiC estimado em 25 anos)
L2 = Mancais anti-fricção (SiC estimado em 15 anos)

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L3 = Anéis de desgaste (estimado em 25 anos)
L4 = Eixo (estimado em 30 anos)

Para líquidos limpos, o rotor da bomba de acionamento magnético não é considerado


uma peça sujeita a desgaste natural, e o acoplamento magnético, quando aplicado
corretamente, não deveria falhar. Isso é baseado na operação adequada, instalação adequada e
manutenção adequada da bomba. Atualmente, os usuários de bombas de acionamento
magnético podem esperar um período de 8 a 10 anos, tanto para as bombas ANSI quanto para
as bombas API, sem a necessidade de manutenção preventiva.
Isso significa que, ao adiar as manutenções, os Custos de Ciclo de Vida se tornam
mais confiáveis e, em muitos casos, resultam em custos mais baixos para as bombas de
acionamento magnético, além de aumento da produção, menos necessidade de manutenção e
menos interrupções.

7.Fatores que determinam a escolha adequada das bombas de acionamento


magnético

Com base nas informações prévias, observou-se que esse tipo de bomba é adequada
para diversos tipos de aplicações, no entanto, ainda há equívocos em relação ao seu uso.
Além de serem apropriadas para manusear substâncias tóxicas, também são adequadas para
uma ampla variedade de outros produtos. Sendo assim, pode-se estabelecer alguns
parâmetros que determinem a melhor escolha considerando seu desempenho e eficiência, a
fim de garantir um trabalho eficaz e seguro, como características do fluido, NPSH
Disponível, faixa de segurança entre vazão mínima e máxima, mecanismo de contenção ou
controle secundário.

7.1.Características do fluido

Um dos primeiros fatores a ser analisado é a característica do fluido a ser bombeado.


É importante observar a presença de sólidos no fluido, que podem variar até 5% do peso total,
com tamanho máximo de 150 microns. Caso seja necessário bombear fluidos com sólidos
maiores, pode-se instalar um filtro de limpeza no flange de descarga, aumentando o limite
para 250 microns. Esses parâmetros estão dentro dos limites das bombas de rotor fechado
convencionais. No entanto, é fundamental levar em consideração a natureza abrasiva dos
sólidos, pois bombas com rotor fechado não devem ser utilizadas para bombear sedimentos

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ou areia com mais de 5% de conteúdo, mas em casos de sólidos cristalinos mais maleáveis,
como os encontrados na indústria farmacêutica, porcentagens maiores podem ser aplicáveis.

7.2.NPSH Disponível

O NPSH (Net Positive Suction Head) disponível também precisa ser levado em
consideração, visto que se refere à energia disponível no líquido na entrada da bomba para
evitar a cavitação. A cavitação ocorre quando a pressão no líquido fica abaixo da pressão de
vapor do fluido, formando bolhas de vapor que podem causar danos à bomba. É crucial
garantir uma margem de tolerância adequada entre o NPSH disponível e o NPSH requerido
pela bomba. Não há regras rígidas para definir essa margem, mas é recomendável estabelecer
uma faixa entre 0,5 m para serviços não críticos e 1,0 m para serviços mais severos, a fim de
evitar danos e problemas de lubrificação nos mancais internos da bomba.
De maneira geral, a parte hidráulica das bombas magnéticas retêm o seu
funcionamento inalterado. O método de acoplamento visa não alterar as características de
operação da bomba, mas sim oferecer uma camada extra de proteção. Desta forma, as curvas
de carga, vazão, potência e eficiência se mantêm compatíveis com os modelos tradicionais.
Na Figura 8 é apresentada uma bomba centrífuga magnética e suas curvas características,
onde pode-se observar que o comportamento típico destas bombas é mantido.

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Figura 8 - Bomba centrífuga magnética e suas curvas características

7.3.Faixa de Segurança entre vazão mínima e máxima

Cada fabricante possui procedimentos diferentes para essa faixa de segurança, o que
significa que não há um padrão a ser seguido. Portanto, os padrões geralmente são baseados
em experiência prática, análise e procedimentos próprios. Dois fatores de capacidade
determinam uma vazão mínima de segurança para as bombas. Primeiro, os efeitos mecânicos
que aumentam a vibração em baixas vazões. Segundo, em bombas de maior capacidade, a
redução da vazão pode levar a outros fatores hidráulicos mais determinantes, como
recirculação na sucção e na descarga, o que pode resultar em altas vibrações e reduzir a vida
útil da bomba.

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Para bombear líquidos voláteis e de baixo calor específico com segurança, é
necessário ajustar as condições térmicas mínimas para garantir que o líquido bombeado não
mude de estado e se torne gás. Ao escolher uma bomba de acionamento magnético, também é
importante considerar opções de proteção da bomba, como mencionado anteriormente. Uma
recomendação importante é incorporar um painel de controle no motor da bomba, conforme
mencionado acima. Além disso, o uso de um sensor de temperatura para medir a temperatura
no reservatório de contenção deve ser levado em consideração, pois um aumento na
temperatura de operação pode resultar em um bloqueio parcial que pode não ser detectado
pelo painel de controle.

7.4.Mecanismo de contenção ou controle secundário

Também é importante considerar algumas formas de contenção ou controle


secundário, especialmente ao lidar com produtos perigosos. O controle secundário refere-se a
situações improváveis em que o reservatório de contenção principal se rompe e o produto
bombeado entra em contato com o sistema secundário. Esse "sistema secundário" de retenção
do líquido é estabelecido por meio da instalação de algum tipo de dispositivo de vedação na
caixa de mancais. Diferentes fabricantes oferecem várias opções, desde retentores tipo lip
seal até vedações para evitar a passagem de gás.
O objetivo do Sistema de Contenção Secundário é controlar qualquer vazamento que
possa ocorrer no caso de falha do reservatório de contenção principal. O sistema de
contenção secundário é projetado para conter vazamentos potenciais. Uma vez contido com
segurança, o produto pode ser drenado da área de contenção secundária para uma área segura
de forma controlada.

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8.Estudos de Casos

Nessa seção será abordada a respeito de algumas aplicações reais da bomba de


acionamento magnético, desde setores industriais até áreas de saúde.

8.1.BP Grangemouth

Figura 9 - Bombas da BP Grangemouth em operação desde 1994

Na unidade de bombeamento de propano e butano, foram instaladas dezesseis bombas


sem selo de acordo com a norma API 610 em 1994, conforme é ilustrado na Figura 9. Cada
bomba operou por um período de 4 meses. Até a data da inspeção realizada em 2006, não
ocorreram falhas mecânicas significativas. Foi observado um leve desgaste nos mancais,
porém dentro das tolerâncias aceitáveis.

8.2.Huntsman Group

A Huntsman Corporation adotou o uso de bombas de acionamento magnético em


meados dos anos 90, como parte de um extenso programa de investimentos. Na unidade de
produção da Huntsman em Wilton, no Reino Unido, as bombas sem selo são amplamente
utilizadas, sendo a preferência desta unidade para o bombeamento de produtos
potencialmente tóxicos e explosivos. Entre os produtos bombeados estão a Anilina, Benzeno,
Nitrobenzeno, Aminas e Fenóis, entre outros. O uso do acionamento magnético nessas
aplicações garante a segurança e a estabilidade do sistema, mantendo os líquidos contidos de
maneira confiável em todas as fases de operação.

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8.3.Shell – Reino Unido

Empresas fabricantes de equipamentos originais (OEM), como a Jiskoot Auto Control


sediada no Reino Unido, têm desenvolvido e fornecido Skids de Densitômetro para a
indústria de fornecimento de petróleo. Seus clientes incluem grandes corporações como a
Shell Oil no Reino Unido, além de diversas outras ao redor do mundo.
Os Skids de Densitômetro desempenham um papel fundamental ao fornecer
informações precisas sobre a qualidade e as características do petróleo bruto que está sendo
extraído. Essas informações são coletadas pelas autoridades reguladoras. O processo envolve
as bombas de acionamento magnético, que são responsáveis por captar o petróleo do
gasoduto e conduzi-lo até o densitômetro. Em seguida, o petróleo é devolvido ao gasoduto
pela mesma bomba. As pressões de trabalho nesse sistema podem alcançar até 185 bar.

8.4.Spallation

Nos Estados Unidos, o Spallation Neutron Source está desenvolvendo métodos para
controlar a temperatura em equipamentos de feixe de nêutrons. O meio mais comumente
utilizado para esse fim é a água deionizada completamente pura em sistemas de resfriamento
fechados. No entanto, durante a operação, essa água se torna radioativa, exigindo o uso de
bombas altamente seguras e de grande integridade.
Para atender a esses requisitos, foram selecionadas as bombas de acionamento
magnético. Essas bombas foram escolhidas devido à sua capacidade de operação livre de
vazamentos e à alta confiabilidade que oferecem. Dessa forma, elas garantem um
desempenho seguro e eficiente no controle da temperatura nos equipamentos do Spallation
Neutron Source.

Figura 10 - Bombas da Spallation

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8.5.Experiência com bomba centrífuga magnética em pacientes com choque
cardiogênico

O choque cardiogênico é uma condição grave em que o coração não é capaz de


bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo. Nesses casos, uma
intervenção rápida é necessária para fornecer suporte circulatório e garantir a função
adequada do órgão.
Uma opção de tratamento para pacientes com choque cardiogênico é o uso de
bombas centrífugas magnéticas, também conhecidas como bombas de assistência ventricular.
Essas bombas são dispositivos implantáveis ​que ajudam o coração a bombear sangue,
proporcionando suporte temporário ao sistema circulatório.
As bombas centrífugas magnéticas vão funcionar com o torque transmitido do
acoplamento de ímã no motor para o acoplamento do ímã no rotor. Sendo assim, quando o
rotor gira, o sangue é aspirado do ventrículo esquerdo do coração e é então impulsionado para
a aorta, fornecendo um fluxo sanguíneo adequado para o corpo.
Essas bombas são projetadas para fornecer suporte circulatório temporário enquanto
o coração se recupera ou enquanto se aguarda um transplante cardíaco. Elas podem ser uma
opção terapêutica eficaz para pacientes em estado crítico com choque cardiogênico,
permitindo a estabilização hemodinâmica e melhorando a sobrevida. Na Figura 11 é
apresentada a configuração da bomba.

Figura 11- Aplicação de uma bomba centrífuga magnética

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8.6.Bombeamento de Tricloroetano (TCS)

O bombeamento de TCS é especialmente complicado devido a suas características. Além


de vaporizar a temperatura ambiente, possui baixo ponto de queima, muda quimicamente
com a diferença de pressão, é tóxico e reage violentamente com a água. Por conta disto
bombas magnéticas foram empregadas, porém devido às condições de funcionamento a seco,
foi necessário revisar o projeto e utilizar um encapsulamento de compósito para assegurar o
bom funcionamento e longevidade das bombas. Na figura 12 abaixo pode-se notar os danos
presentes na bomba antes da revisão desaparecer quando o encapsulamento é substituído pelo
novo material.

Figura 12 - Bomba desmontada antes e após a substituição pelo compósito

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9.Conclusão

Conforme previamente demonstrado, o crescimento destas bombas no mercado está


diretamente relacionado às exigências ambientais e de segurança no ambiente de trabalho e
esta tendência tende a continuar conforme os esforços para atingir processos produtivos
100% sustentáveis se intensificam.
Além disso a crescente demanda também fomenta pesquisas e avanços nas
características construtivas e de funcionamento destas bombas visando lidar com seus
problemas e limitações, como por exemplo o surgimento de bombas capazes de trabalhar a
seco por mais tempo e outras inovações para mitigar o efeito da temperatura e os problemas
de escorregamento.
O uso de materiais compósitos tem sido uma área que vem gerando bons resultados.
Novos compósitos tem se mostrado robustos como as principais ligas metálicas porém mais
leves que as mesmas, aumentando a eficiência das bombas magnéticas.

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10.Referências Bibliográficas

StackPath. Disponível em:


<https://www.processingmagazine.com/pumps-motors-drives/article/21276864/advantages-of
-magneticdrive-pd-pumps-in-chemical-processing>. Acesso em: 26 jun. 2023.

Aplicação das bombas de acionamento magnético - Vibropac | Portal TA. Disponível em:
<https://tratamentodeagua.com.br/artigo/aplicacao-das-bombas-de-acionamento-magnetico/>.
Acesso em: 26 jun. 2023.

Bomba centrífuga Magnética – MBMAG. Disponível em:


<https://bombasmb.com/bomba-magnetica-mbmag/>. Acesso em: 26 jun. 2023.

Bombas Magnéticas Industriais | Tetralon. Disponível em:


<https://tetralon.com.br/processos-industriais/bombas-magneticas/>. Acesso em: 26 jun.
2023.

THOMPSON, K. What the future holds for magnetic drive pumps. World Pumps, v. 2007, n.
495, p. 28–29, dez. 2007.

BERTOLOTTI, A. M. et al. Experiencia con bomba centrífuga magnética en pacientes con


shock cardiogénico (INTERMACS 1). Revista argentina de cardiologia, v. 82, n. 3, p.
205–210, 2014.

Bomba Magnetica Revestida, Bomba Centrifuga Magnetica. Disponível em:


<https://www.flowex.com.br/Manuten%C3%A7%C3%A3o-Bomba-Magn%C3%A9tica.php
>. Acesso em: 26 jun. 2023.

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