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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA - UNIFOR


CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

JOSÉ ARIMATÉA MENDES NETTO


HENRIQUE ABALEN LAGE
ISMAEL FARIAS AGUIAR
LORENNA GUIMARÃES PINHO
RENAN DA SILVA PAULO
EDUARDO DE OLIVEIRA BEZERRA

APLICAÇÃO DE UM DINAMÔMETRO EM UM MOTOR DE COMBUSTÃO


INTERNA

FORTALEZA-CE
2023
APLICAÇÃO DE UM DINAMÔMETRO EM UM MOTOR DE COMBUSTÃO
INTERNA

Relatório técnico apresentado como


requisito parcial para obtenção da
aprovação na disciplina Motores de
Combustão Interna, no curso de
Engenharia Mecânica, na Universidade
de Fortaleza.
Professor: Me. Adroaldo José Silva de
Moura Filho

Fortaleza
2023
RESUMO

Um dinamômetro, é um dispositivo que mede força, torque ou potência. Para


aplicações de chassis ou motor, um dinamômetro é projetado para criar uma carga
para duplicar vários requisitos de velocidade (RPM) e torque (Nm ou lb-ft). A partir
desses dados, a potência (HP ou kW) pode ser contínua. Isso, por sua vez, fornece
uma foto do desempenho do chassi ou do motor para comparação com as
especificações do fabricante. Normalmente, um dinamômetro dá ao operador a
capacidade de variar a carga aplicada à unidade em teste para imitar requisitos
específicos.

Palavras-chaves: Dinamômetro, Velocidade, Torque, Força, Potência


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Dinamômetro Graham-Desaguliers............................................................. 9

Figura 2: Dinamômetro Regnier ................................................................................. 9

Figura 3: Freio de Prony........................................................................................... 10

Figura 4: Dinamômetro de Froude ........................................................................... 11

Figura 5:Dinamômetro Eddy Current........................................................................ 11

Figura 6: Dinamômetro de Foucault ......................................................................... 13

Figura 7: Dinamômetro Elétrico ................................................................................ 14

Figura 8: Dinamômetro de Inércia ............................................................................ 15

Figura 9: Dinamômetro Hidráulico ............................................................................ 16

Figura 10: Curvas Torque e Potência....................................................................... 17

Figura 11: Gráfico Consumo Específico ................................................................... 21


LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Valores Coletados na Prática .................................................................. 20


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Rpm Rotações por minuto

Kg Kilograma
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 7
1.1. Objetivos..................................................................................................... 8
1.1.1. Objetivo Geral ....................................................................................... 8
1.1.2. Objetivos específicos ............................................................................ 8
1.2. Estrutura do Trabalho ............................................................................... 8
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 9
2.1. História do Dinamômetro .......................................................................... 9
2.2. Funcionamento e Tipos de Dinamômetro.............................................. 12
2.2.1. Dinamômetro de Corrente de Foucault ............................................... 12
2.2.2. Dinamômetro Elétrico ......................................................................... 13
2.2.3. Dinamômetro de Inércia...................................................................... 15
2.2.4. Dinamômetro Hidráulico ..................................................................... 16
3. METODOLOGIA ............................................................................................... 17
4. RESULTADO .................................................................................................... 20
5. CONCLUSÃO ................................................................................................... 22
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................ 23
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1. INTRODUÇÃO

De acordo com Atkins (2009), para testar um motor, devemos ser capazes de
comparar o desempenho de diferentes estados de ajuste e diferentes tipos de
motores. Para isso, é necessário um complexo sistema de controle e aquisição de
dados. Tais requisitos para procedimentos de teste complexos estão cada vez mais
exigentes elevando o status do teste do motor ou veículo precisando de laboratório
cada vez mais sofisticado.

Tais laboratórios são fortemente dependentes de equipamentos e instrumentos


de teste avançados. Este aparelho requerem serviços de suporte e utilitários
igualmente sofisticados e, mais importante, confiáveis para manter sua
confiabilidade e entregar os desempenhos esperados. Da mesma forma,
procedimentos de teste novos e complicados requerem o controle estrito de vários
parâmetros, como temperatura, pressão, fluxo, umidade, velocidades e assim por
diante. (ATKINS, 2009)

Dentro os instrumentos de testes, o dinamômetro é tão fundamental dentro de


um laboratório quanto o próprio motor. Ao estabelecer as características e o
desempenho do motor em diferentes condições de uso, é necessário ser capaz de
replicar com segurança e eficácia as condições reais na estrada. Isso é
basicamente o que o dinamômetro permite fazer quando motores em funcionamento
são testados.

Assim, para Alves Filho e Nogueira (2015), o ensaio dinamométrico é avaliar o


comportamento e desempenho de um motor, extraindo dados que nos permitem
calcular o torque e potência gerados pelo seu funcionamento em função de sua
rotação.
8

1.1. Objetivos

1.1.1. Objetivo Geral


O objetivo deste relatório técnico é apresentar um gráfico de consumo
específico através dos dados coletados pelo Dinamômetro.

1.1.2. Objetivos específicos


Os objetivos específicos do trabalho são:

 Compreender o funcionamento do Dinamômetro

 Compreender os tipos de Dinamômetros existentes

 Apresentar as curvas de torque e potência com descrição dos pontos


críticos e ponto ótimo

 Apresentar o gráfico de consumo específico com base nos dados


coletado

1.2. Estrutura do Trabalho


Este relatório técnico está dividido em 5 capítulos.

No capítulo 1 foi apresentada a introdução e os objetivos do relatório.

O capítulo 2 apresenta a fundamentação teórica, onde os principais conceitos


são abordados a começar pelo o conceito do dinamômetro através da sua história e
os tipos de dinamômetros existentes.

O capítulo 3 apresenta a metodologia referindo-se as curvas de torque e


potência, descriminando os pontos críticos e o ponto ótimo.

O capítulo 4 apresenta o gráfico de consumo específico obtido através das


curvas de torque e potência.

Finalmente, no capítulo 5 são apresentadas as conclusões do relatório e


sugestões para relatórios futuros.
9

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo serão levantados os principais conceitos e teorias


fundamentais, para a construção deste relatório que visa esclarecer como surgiu e o
funcionamento do Dinamômetro e quais tipos existentes.

2.1. História do Dinamômetro


A história do dinamômetro começa com o dinamômetro Graham-Desaguliers,
no qual, foi inventado por George Graham e mencionado nos escritos de John
Desagulier em 1719. Com a modificação dos primeiros dinamômetro, Desaguliers
batizou os mesmos como dinamômetro Graham-Desaguliers, conforme Figura 1.
(PEARN, 2003)

Figura 1: Dinamômetro Graham-Desaguliers

Fonte: Gilai, 2002

Mais tarde, Edme Regnier, um engenheiro e fabricante de rifles francês,


inventou e divulgou em 1798 o dinamômetro Regnier, como mostra a Figura 2. O
instrumento foi usado para avaliar o desempenho muscular humano e determinar a
progressão clínica da fraqueza neuromuscular. Com este dinamômetro foram
medidos dois tipos de forças: força de pressão ao segurar e apertar o arco duplo de
aço e força de tração ao puxar um arco único. (HORNE E TALBOT, 1999)

Figura 2: Dinamômetro Regnier

Fonte: Gilai, 2002


10

Em 1821, Gaspard de Prony inventou o freio de Prony, um dos mais antigos


mecanismos utilizados para medir o torque de um motor. É constituído por um
volante circular e por uma cinta conectada a um braço, e este, por sua vez, está
ligado a uma balança. O volante é acionado pelo motor e o movimento do volante é
restringido pela pressão aplicada, assim a cinta transmite ao braço a força que o
motor está exercendo, esse braço associado à balança permite verificar a carga que
o motor está exercendo sobre esta. Com este valor torna-se possível calcular o
torque que o motor desempenha. (SACK, 2017)

Na Figura 3 ilustra o Freio de Prony

Figura 3: Freio de Prony

Fonte: Matthias, 2008

Formado pela Universidade de Oxford, William Froude começou sua


experiência na construção de ferrovias antes de voltar sua atenção para a
Engenharia Naval. Isambard Kingdom Brunel era um colega e amigo que
frequentemente consultava Froude sobre o projeto do návio Great Eastern. A partir
de sua extensa pesquisa sobre cascos de navios, Froude estabeleceu o Número de
Froude, que ainda hoje é usado no desenvolvimento de embarcações marítimas
como o equivalente hidrodinâmico do Número de Mach. Foi nessa época que ele
inventou o dinamômetro hidráulico (freio d'água), mostrado na Figura 4, para testar
motores de grandes navios de guerra. (WALTON, 2014)
11

Figura 4: Dinamômetro de Froude

Fonte: Yogi, 2022

O dinamômetro de Corrente de Foucault (Eddy Current), conforme Figura 5, foi


inventado por Martin e Anthony Winther por volta de 1931, mas, naquela época, os
dinamômetros de motor/gerador CC já estavam em uso há muitos anos. Neles é
requerido um núcleo, eixo ou disco eletricamente condutivo movendo-se através de
um campo magnético para produzir resistência ao movimento. (HOMETOWN, 2017)

Figura 5:Dinamômetro Eddy Current

Fonte: Chris, 2011


12

2.2. Funcionamento e Tipos de Dinamômetro


Segundo Alves Filho e Nogueira (2015), o objetivo de um ensaio
dinamométrico é avaliar o comportamento e desempenho de um motor, extraindo
dados que nos permitem calcular o torque e potência gerados pelo seu
funcionamento em função de sua rotação. O primeiro equipamento que propôs
mensurar tais grandezas de uma máquina rotativa foi o “Freio de Prony”.

Para entender melhor como funciona o dinamômetro, imagine ancorar uma


balança de mola no chão, com uma corda presa ao olhal superior e enrolada em um
tambor com um nó deslizante. O nó corrediço é apertado à medida que o tambor
gira, a corda então será tensionada e a balança se estenderá para indicar essa
tensão como um peso. O atrito entre a corda e o tambor reduzirá a velocidade do
tambor e de seu motor até que, por exemplo, a 2000 rpm, o balanço da mola indique
210 kg. Com efeito, o peso levantado é de 210 kg e a velocidade do tambor ou do
motor será usada em uma fórmula para calcular a potência. Em sua forma mais
simples, o motor é fixado em uma estrutura de bancada de teste e a saída do
volante do motor é conectada a um eixo de transmissão e, portanto, a um
dinamômetro. (ATKINS, 2009)

Muitos tipos de dinamômetros estão disponíveis para a indústria, cada um com


suas vantagens e desvantagens distintas em comparação com seus rivais. Este
capítulo se concentrará nos principais tipos encontrados na indústria.

2.2.1. Dinamômetro de Corrente de Foucault


Também conhecido como dinamômetro de correntes parasitas, o dinamômetro
de corrente de Foucault utiliza princípios eletromagnéticos para colocar uma
máquina a prova. Ao contrário dos dinamômetros por inércia estes são capazes de
aplicar uma elevada taxa de variação de carga de forma mais controlada, permitindo
a aplicação de um estado estacionário mais estável assim como imprimir uma
aceleração desejada. (ALVES FILHO E NOGUEIRA, 2015)
13

Basicamente esse tipo de dinamômetro é constituído por um rotor que é


acionado pela máquina em prova, o qual gira sob a ação de um campo magnético
gerado por um conjunto de bobinas. A intensidade do campo magnético pode ser
controlada através da corrente que passa pela bobina, consequentemente variando
a carga aplicada a máquina. Usualmente são utilizados discos de ferro fundido
solidários ao eixo motriz a fim de transmitir a carga para a máquina. Um sistema de
arrefecimento também é necessário para dissipar o calor gerado pelas correntes
parasitas que são criadas durante o processo. A reação das forças eletromagnéticas
sobre o eixo são medidas através de um braço de torque fixo à carcaça onde estão
montadas as bobinas. (ALVES FILHO E NOGUEIRA, 2015)

Na Figura 6 demonstra um Dinamômetro de Foucault.

Figura 6: Dinamômetro de Foucault

Fonte: Aliexpress, 2022

2.2.2. Dinamômetro Elétrico


Um dinamômetro elétrico nada mais é que um gerador elétrico acoplado
diretamente ao eixo da máquina que se deseja realizar os testes. Ao ser acionado
pela máquina, o gerador produz energia elétrica que é consumida por uma carga
variável, podendo ser uma célula eletrolítica ou resistores. A partir da medição da
diferença de potencial e da intensidade da corrente gerada, pode-se obter a
potência e torque da máquina. (ALVES FILHO E NOGUEIRA, 2015)
14

As medições dos instrumentos elétricos devem ser corrigidas para minimizar


os erros nos valores encontrados, isto porque o rendimento do gerador deve ser
levado em consideração. (ALVES FILHO E NOGUEIRA, 2015)

Na Figura 7 demonstra um Dinamômetro Elétrico.

Figura 7: Dinamômetro Elétrico

Fonte: LHF, 2019

Uma das vantagem que podem ser utilizados para a determinação da potência
de atrito das máquinas em prova, porém apresentam um custo elevado e são
utilizados apenas para casos especiais em que essas medidas são realmente
necessárias.
15

2.2.3. Dinamômetro de Inércia


Este tipo de dinamômetro é aplicado principalmente na indústria
automobilística. Seu sistema consiste no uso de roletes que permitem apenas o
movimento de rotação. A partir de conceitos da mecânica dos corpos em rotação, é
possível determinar o torque e potência de uma máquina sendo conhecidos o
momento de inércia dos roletes utilizados assim como a sua rotação. (ALVES
FILHO E NOGUEIRA, 2015)

Os dinamômetros de inércia medem a potência que é entregue na roda de um


automóvel, como nosso objetivo é medir a potência do motor nos deparamos com
um processo complicado com este tipo de dinamômetro, visto que seus resultados
apresentam os erros de todos os sistemas que estão entre o motor e as rodas da
máquina. Por este motivo não possuem grandes aplicações em bancadas de testes.
(ALVES FILHO E NOGUEIRA, 2015)

Na Figura 8 demonstra um Dinamômetro de Inércia

Figura 8: Dinamômetro de Inércia

Fonte: Chargernet, 2000


16

2.2.4. Dinamômetro Hidráulico


Os dinamômetros hidráulicos são caracterizados pelo acoplamento de um rotor
ao eixo de rotação do motor. Este rotor possui várias células nas quais um fluxo
contínuo de água é mantido através de seu invólucro. Uma intensiva circulação do
fluido é criada quando o rotor é acionado pela máquina em teste devido a força
centrífuga atuante. O objetivo é transferir momento do rotor para o invólucro,
consequentemente desenvolvendo um torque resistivo à rotação do eixo,
balanceado por um torque de reação com mesmo módulo, direção e sentido oposto
no invólucro. Alterando o fluxo de água no invólucro, o torque resistivo que atua no
sistema pode ser variado. A potência absorvida pelo rotor é dissipada em forma de
atrito pelo próprio fluido, resultando na elevação de sua temperatura. (ALVES
FILHO E NOGUEIRA, 2015)

Na Figura 9 demonstra um Dinamômetro Hidráulico

Figura 9: Dinamômetro Hidráulico

. Fonte: Máquina para retífica de motores, 2023


Assim como os dinamômetros de corrente de Foucault, esse tipo de
dinamômetro também é capaz de oferecer a aplicação de um estado estacionário
bastante estável bem como imprimir uma aceleração que se deseja à máquina em
teste, dependendo apenas de um controle preciso do fluxo de água nas células do
rotor e seu invólucro. Dinamômetros hidráulicos apresentam um baixo custo e
simples manutenção, sendo assim os mais utilizados em bancadas de pesquisa,
oficinas de reparos e na preparação de motores para competição. (ALVES FILHO E
NOGUEIRA, 2015)
17

3. METODOLOGIA

Neste capítulo serão levantados as curvas de torque e potência de um motor


de combustão interna através da utilização de um dinamômetro, assim como a
elaboração do gráfico de consumo específico.

3.1. Curvas de Torque e Potência


Durante a prática, para se obter os dados da curva de potência e torque, foram
realizados os seguintes procedimentos: acionar o comando para iniciar-se a ignição
do motor, em seguida é elevado a rotação do motor em 2500 rpm por meio de uma
alavanca na bancada, logo após é iniciado a entrada de água com o preenchimento
do espaço interno do freio do dinamômetro ocasionando a diminuição da rotação,
logo, o condutor começa a elevar continuamente a rotação ate 6200 rpm. Portanto,
após a medição está completa e a rotação do motor normalizada para rotações
menores, assim, a entrada de água no freio dinamométrico é cortada. Por fim,
através de software, são realizadas as curvas de potência e de torque geradas no
respectivo teste de dinamômetro, conforme a Figura 10.

Figura 10: Curvas Torque e Potência

Ponto ideal de
trabalho do
motor
Ponto de Torque Máximo

Fonte: Autor, 2023


18

Onde os gráficos se tocam encontra-se a situação ótima de trabalho para o


motor, é o ponto em que o mesmo faz menos esforço para gerar uma determinada
potência. Logo, antes do ponto ideal o motor não está trabalhando com a sua
eficiência máxima, depois desse ponto ideal temos o aumento da potência e a
diminuição do torque isso acontece com o aumento da rotação, pois não se tem
mais ar para por dentro do cilindro, no qual está diretamente ligado ao rendimento e
a capacidade volumétrica dentro do cilindro. Em carros 1.0L os torques são altos em
rotações baixas, em sua maioria são desenvolvidos em especial para circuito
urbano, pois em trechos de cidades não se eleva o veículo a rotações altas.
Ademais, vale ressaltar que se o motor estivesse continuando com plena carga a
sua potência irá ter um decaimento, juntamente com o torque.

3.2. Curva de Consumo Específico


A curva de consumo específico é uma representação gráfica que mostra o
consumo específico de um motor de combustão interna em relação à sua potência
ou carga. Ela é uma ferramenta importante para a análise e avaliação do
desempenho de um motor, fornecendo informações sobre a eficiência energética
em diferentes condições de operação.

A curva de consumo específico mostra como a eficiência do motor varia em


diferentes níveis de potência ou carga. Ela permite identificar os pontos
operacionais em que o motor é mais eficiente, ou seja, onde é capaz de produzir
mais trabalho útil com menor consumo de combustível. Isso é fundamental para
otimizar a eficiência energética e reduzir os custos operacionais.

Além disso, ela possibilita determinar as condições de operação em que o


motor oferece melhor desempenho. Isso inclui identificar a faixa de rotação em que
o consumo específico é mais baixo ou a carga em que o motor atinge a maior
eficiência. Essas informações são úteis para selecionar a melhor combinação de
rotação e carga em diferentes situações de uso do motor.
19

Essa análise também pode ajudar a identificar problemas operacionais ou de


eficiência do motor. Por exemplo, se houver um aumento repentino no consumo
específico em um determinado ponto da curva, isso pode indicar um problema de
combustão, como uma mistura ar-combustível inadequada. Isso pode sinalizar a
necessidade de ajustes ou manutenção no sistema de combustível ou em outros
componentes relacionados.
20

4. RESULTADO

Neste capítulo através dos dados coletados através das faixas de rotação
estabelicidas e os níveis de combustível inicial e final do período será explicado e
eleborado o gráfico de consumo específico.
4.1. Ensaio
Durante a prática de laboratório efetuada no Laboratório de Motores de
Combustão Interna, da Universidade de Fortaleza, foram realizados testes no motor
afim de coletar dados a respeito do consumo específico do motor em questão.

O procedimento realizado ocorreu da seguinte forma: um dos alunos opera o


dinamômetro, fixando a rotação em faixas pré determinadas (1400, 2030, 3000 e
3500 rpm). Essas rotações, uma vez atingidas, devem ser mantidas por dez
segundos, afim de comparar o nível de combustível inicial e final do período. Isso
possibilita a coleta da vazão (AV) de combustível em cada faixa de rotação.

Após esse procedimento, os dados coletados através do dinamômetro foram: a


vazão; a potência do motor em cada faixa de rotação, dada em HP; e as faixas de
rotação reais, uma vez que o motor varia um pouco a rotação durante o processo. A
densidade da gasolina, outro dado necessário, foi pesquisada, com o valor teórico
de 715 g/L.

O Quadro 1 indica os valores coletados na prática.

Quadro 1: Valores Coletados na Prática

Nível Inicial Nível Final AV (L/s) p (g/L) m (g/s) N (HP) Ce (kg/kWh) RPM
1940 1920 0,002 715 1,43 17,1 1,869065553 1400
1800 1780 0,002 715 1,43 27,8 1,149677013 2030
1630 1600 0,003 715 2,145 44,6 1,07492223 3000
1400 1360 0,004 715 2,86 50,4 1,268294483 3500
Fonte: Autor, 2023

Ao utilizar as equações (01) e (02), pôde-se calcular o consumo específico


para cada faixa de rotação, verificando o seu comportamento e desempenho. Desse
modo, a análise foi realizada e foi gerado um gráfico que serpa comentado nos
resultados da deste trabalho.
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Equação 01 – Cálculo da Massa Específica


𝑚 = 𝐴𝑉 ∙ 𝜌

Equação 02 – Cálculo do Consumo Específico


𝑚
𝐶𝑒 =
𝑁

A Figura 11 indica gráfico de consumo específico gerado.

Figura 11: Gráfico Consumo Específico

Consumo Específico
3
Consumo Específico (kg/kWh)

2,8
2,6
2,4
2,2
2
1,8
1,6
1,4
1,2
1
0,8
0,6
1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000

Rotação (RPM)

Fonte: Autor, 2023


22

5. CONCLUSÃO

Visando desenvolver veículos que proporcionem máxima economia de


combustível, mínima emissão de poluentes, apresentarem satisfatórias
características de dirigibilidade, e se adequar as rígidas restrições quanto aos
custos de produção, a indústria automotiva se ver necessário conduzir o
desenvolvimentos na área de ensaio de motores. Sendo assim se faz o uso do
dinamômetro.

Com isso, a partir desta prática de ensaio de um dinamômetro em um motor de


combustão interna é possível observar que, o ponto de maior desempenho do motor
apresentado é quando sua rotação está em volta de 5600 RPM, onde temos a
situação ideal de toque e potência.

E o consumo especifico desse motor, possui seu menor valor quando a


rotação está em 3000 RPM, com tendência a aumentar até sua potência diminuir.
23

6. REFERÊNCIAS

ATKINS, R. An Introduction to Engine Testing and Development. [s.l: s.n.].


Disponível em: <https://library.poltekpel-
sby.ac.id/apps/uploaded_files/temporary/DigitalCollection/ODIyNjEyYmUyZWIyODR
mY2ZhYmZiN2I0NTQxMWEyMGM0YjY3NjdmMA==.pdf>. Acesso em: 2 jun. 2023.

POR, H.; RIBEIRO, A.; FILHO. PROJETO DE GRADUAÇÃO 2 SISTEMA DE


AQUISIÇÃO DE DADOS PARA BANCADA DE ENSAIOS DINAMOMÉTRICOS DE
MOTORES A COMBUSTÃO INTERNA UNIVERSIDADE DE BRASILIA. [s.l: s.n.].
Disponível em:
<https://bdm.unb.br/bitstream/10483/13135/1/2015_HenriqueJoseRibeiroAlvesFilho_
DaniloBorgesNogueira.pdf>. Acesso em: 2 jun. 2023.

PEARN, J. Two early dynamometers. Journal of the Neurological Sciences, v. 37,


n. 1-2, p. 127–134, jun. 1978.

Early Dynamometry and Dynamometers - Gilai Collectibles. Disponível em:


<https://www.gilai.com/article_26/Early-Dynamometry-and-Dynamometers>. Acesso
em: 2 jun. 2023.

The History of the Régnier Dynamometer - Gilai Collectibles. Disponível em:


<https://www.gilai.com/article_31/The-History-of-the-Regnier-Dynamometer>.
Acesso em: 2 jun. 2023.

SACK, H. Gaspard de Prony and the Prony Brake | SciHi Blog. Disponível em:
<http://scihi.org/gaspard-de-prony-prony-brake/>. Acesso em: 2 jun. 2023.

Froude Engineering Ltd., Dynamometer Specialists. Disponível em:


<https://www.motorsportmagazine.com/archive/article/december-1978/58/froude-
engineering-ltd-dynamometer-specialists/>. Acesso em: 2 jun. 2023.

The eddy-current dyno. Disponível em:


<https://www.highpowermedia.com/Archive/the-eddy-current-dyno>. Acesso em: 2
jun. 2023.

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