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CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL SENAI “MERCEDES-

BENZ”

MECÂNICA DE PRODUÇÃO VEICULAR

ALICE SALES BRYKCY

LÍVIA MENDES DE OLIVEIRA

OS ELEMENTOS DE MÁQUINA E SUA UTILIZAÇÃO NOS


DIVERSOS SETORES DA INDÚSTRIA

São Bernardo do Campo

2023
ALICE SALES BRYKCY

LÍVIA MENDES DE OLIVEIRA

OS ELEMENTOS DE MÁQUINA E SUA UTILIZAÇÃO NOS DIVERSOS SETORES


DA INDÚSTRIA

Trabalho de conclusão da disciplina de


Comunicação Oral e Escrita, lecionada pela
Prof. Laura M. B. Floriano, do Curso de
Aprendizagem Industrial em Mecânica de
Produção Veicular do Centro de Formação
Profissional Senai “Mercedes-Benz”

São Bernardo do Campo, 26 de maio de


2023.

EXAMINADORA

___________________________________________

Profª Laura M.B. Floriano


RESUMO

Este relatório tem a finalidade de informar sobre os elementos de máquina, que são
componentes essenciais responsáveis pela estrutura de uma máquina, permitindo a
transmissão de forças e movimentos entre as diferentes partes. Para melhor
compreensão de seu funcionamento, faz-se necessário ressaltar que eles podem ser
classificados em diversos tipos, de acordo com sua função e aplicação. Neste
relatório, serão abordados alguns dos elementos de máquina mais comuns, como
elementos elásticos, de fixação, de vedação e de transmissão.

Palavras-chave: Indústria, Elementos de Máquina, Elementos de Vedação,


Elementos de Fixação, Elementos de Transmissão, Elementos Elásticos.
ABSTRACT

This report aims to inform about machine elements, which are essential components
responsible for the structure of a machine, allowing the transmission of forces and
movements between different parts. For a better understanding of their operation, it is
necessary to emphasize that they can be classified into various types, according to
their function and application. In this report, some of the most common machine
elements will be addressed, such as elastic elements, fastening elements, sealing
elements, and transmission elements.

Keywords: Industry, Machine Elements, Sealing Elements, Fastening Elements,


Transmission Elements, Elastic Elements.
Sumário

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6

2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 7

2.1 Elementos elásticos ........................................................................................... 7

2.2 Elementos de fixação......................................................................................... 8

2.3 Elementos de vedação .................................................................................... 12

2.4 Elementos de transmissão............................................................................... 13

2.5 Experimentos ................................................................................................... 15

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 18

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 19


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1. INTRODUÇÃO

Ao pensar em indústria, é natural associar às linhas de produção e,

especialmente, às máquinas. Para o funcionamento delas, são necessárias diversas

partes vitais, que podem ser generalizadas para os mais diversos tipos de máquina

utilizados pelos mais diversos tipos de indústria. Estas estruturas podem ser

chamadas de elementos de máquinas.

O objetivo deste projeto é tratar dos elementos de máquinas, que, para o

funcionamento deste relatório, serão divididos em quatro principais categorias:

elementos elásticos, elementos de fixação, elementos de vedação e elementos de

transmissão.

Muitos desses elementos podem ser evidenciados em nosso dia-a-dia, fora da

indústria, em aplicações domésticas, por exemplo. Entretanto, para necessidades

industriais, são requeridos materiais mais específicos, mais resistentes e recebem um

orçamento financeiro muito maior, diferenciando significativamente os elementos

elásticos, de fixação, de vedação e de transmissão industriais dos domésticos. De

modo a provar o que é teorizado nas seguintes páginas, o grupo realizou um

experimento para cada aplicação cotidiana dos diferentes elementos adiante.

Para utilizar corretamente os elementos de máquina de uso industrial, será

evidenciada a necessidade de compreender as diversas opções de elementos para

as mais diversas utilizações, isso se faz através da leitura e interpretação de

catálogos, normas, entendimento de cálculos em relação ao tamanho do elemento

necessário, especificações quanto aos material mais adequado. Uma escolha errônea

de um elemento de máquina pode gerar prejuízos para uma indústria, sendo capaz

de danificar temporária ou permanentemente uma máquina ou parte dela, fazendo


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com que a linha de produção tenha que parar de modo a investigar e reavaliar as

necessidades de conserto e reaplicação do elemento, desta vez adequado, à situação

requente.

Ou seja, faz-se imprescindível o estudo aprofundado destes elementos e sua

escolha deve ser realizada por um técnico ou engenheiro da área, pessoa qualificada

para avaliar as situações, possibilidades e consequências ao se utilizar determinados

elementos de acordo com sua forma, com seu material, com a sua dureza etc. Assim,

resta claro que não se deve interferir na decisão dos corretos elementos de máquina

a não ser que esteja capacitado para tal, de forma a não comprometer os sistemas

industriais desnecessariamente.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Elementos elásticos

Os elementos elásticos desempenham um papel crucial na indústria,

fornecendo flexibilidade, absorção de choque e capacidade de deformação em vários

sistemas mecânicos. Eles são projetados para suportar cargas dinâmicas, compensar

o desalinhamento, reduzir a vibração e minimizar o desgaste dos componentes. Dessa

forma, entende-se que estes elementos desempenham um papel crucial na indústria.

Um exemplo comum de elemento elástico é a mola. As molas são amplamente

utilizadas na indústria para armazenar energia mecânica e liberá-la quando

necessário. Elas podem ser encontradas em uma variedade de aplicações, desde

sistemas de suspensão automotiva até dispositivos de travamento. Ademais, as molas


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podem ser planas, feitas de material plano ou em fita, subdivididas entre mola simples,

mola prato, feixe de mola e espiral.

Outro exemplo é o acoplamento elástico, que conecta e transmite torque entre

dois eixos rotativos. Esses acoplamentos são compostos por elementos elásticos,

como buchas de borracha ou discos metálicos flexíveis, que permitem absorção de

choque e compensação de desalinhamento entre eixos.

Quanto aos materiais mais utilizados para os elementos elásticos, eles podem

variar dependendo da aplicação, das características específicas da aplicação e dos

requisitos de desempenho. A borracha é um material elástico amplamente

utilizado devido à sua alta capacidade de deformação, resistência ao desgaste e

propriedades de isolamento de vibração; o aço mola é amplamente utilizado em molas

de compressão, tração e torção devido à sua alta resistência, durabilidade e

capacidade de suportar cargas pesadas; o poliuretano é um material versátil utilizado

em elementos elásticos como amortecedores e buchas, devido a sua excelente

resistência ao desgaste, alta capacidade de carga e amortecimento de vibrações; há

também as ligas metálicas especiais, pois algumas aplicações requerem elementos

elásticos com propriedades específicas, como alta resistência à temperatura, corrosão

ou fadiga. Nesses casos, podem ser utilizadas ligas metálicas especiais, como aço

inoxidável ou níquel-titânio.

2.2 Elementos de fixação

Na indústria, para o funcionamento adequado de máquinas e engrenagens, a

união de peças é necessária. Para isso servem os elementos fixadores de máquinas,


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responsáveis por juntar e fixar diferentes componentes e peças em máquinas e

equipamentos. Estes elementos podem compor desde pequenos equipamentos a

grandes sistemas mecânicos e são amplamente utilizados em diversos setores

industriais como automotivo, aeroespacial, eletroeletrônico, construção civil, entre

outros. Ademais, são projetados para garantir a estabilidade – evitando vibrações

excessivas, suportando sobrecargas, falta de lubrificação sujidades etc. -, segurança

e confiabilidade das montagens, bem como facilitar a manutenção e desmontagem

quando necessário. Nesse sentido, os elementos de fixação possuem duas

subdivisões: elementos de fixação móveis e elementos de fixação permanentes. Esta

diferença está relacionada à sua capacidade de desmontagem e reutilização.

Os elementos de fixação móveis são aqueles que projetados para permitir a

desmontagem e ajuste de componentes ou partes de uma máquina ou estrutura. Eles

oferecem flexibilidade para remover e substituir peças, realizar manutenção ou ajustar

o sistema conforme necessário. Alguns exemplos comuns de fixadores móveis

incluem parafusos, porcas, arruelas e braçadeiras. Esses elementos são projetados

para serem removidos com ferramentas simples, como chaves de fenda, chaves

inglesas ou alicates. Eles geralmente apresentam roscas que permitem a montagem

e desmontagem repetidas sem danificar as peças envolvidas.

Já os elementos fixadores permanentes são projetados para fornecer uma

conexão permanente entre as peças, sem intenção de desmontagem posterior. Uma

vez instalados esses elementos, sua remoção requer destruição significativa ou danos

às partes envolvidas. Os rebites são um exemplo comum de fixadores permanentes.

Eles são instalados por meio de um processo de deformação que envolve a expansão

do rebite para manter as peças juntas. Outros exemplos de fixadores permanentes


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incluem soldas, colagem estrutural e fixação por colas ou adesivos de alta resistência.

Esses métodos fornecem uma conexão extremamente forte e durável,

frequentemente usada em aplicações onde a desmontagem não é desejada ou

necessária.

Parafusos são os elementos de fixação mais comuns e se estruturam em

fixadores com uma cabeça e uma haste roscada. São amplamente utilizados para

fixar peças entre si, proporcionando uma conexão segura. Seus modelos diferem

entre corpo, rosca, diâmetro, cabeça, comprimento da parte roscada e resistência do

material. Existem diversos cálculos em relação aos tamanhos, ao passe da rosca, ao

tamanho do local que será fixado, à resistência à tração e ao limite de escoamento

para realizar a escolha correta do parafuso. Os materiais mais comuns para estes

elementos são aço carbono, aço inoxidável e ligas de alumínio.

As porcas são complementares aos parafusos e são usadas para prendê-los

no lugar. Eles são rosqueados na haste do parafuso e fornecem uma conexão firme.

As porcas também são fabricadas em aço carbono, aço inoxidável, latão e outros

materiais. Atuam em conjunto as arruelas, peças planas com um furo no centro. Elas

são colocadas entre a porca e a superfície do rolamento para distribuir a carga e evitar

danos à superfície. Possuem a função de proteger a superfície de diversos

equipamentos, evitar que a porca fique frouxa, distribuir a carga pelas superfícies das

peças, evitar deformações etc. As arruelas podem ser de metal, como aço ou latão,

ou materiais mais leves, como plástico.

Presilhas e grampos são usados para prender ou manter as peças juntas de

forma rápida e fácil. Eles são comumente usados em aplicações temporárias, como
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montagem em painel, instalação de cabos e fixação de tubos. Presilhas e grampos

podem ser feitos de aço, plástico ou outros materiais.

Os rebites são fixadores permanentes que unem duas ou mais peças através

de um processo de deformação. Eles são amplamente utilizados na indústria

aeroespacial, construção naval e estruturas metálicas. Os materiais comumente

usados para rebites incluem alumínio, aço inoxidável e cobre.

A soldagem é o processo de união de materiais para obter a coalescência

localizada de metais e não-metais, produzida por aquecimento até uma temperatura

adequada, com ou sem a utilização de pressão e/ou material de adição. Nesse caso,

a fixação é permanente e sua aplicação se dá principalmente pela sua versatilidade e

pelo baixo custo. A soldagem é muito utilizada para a fixação de tubulações, a cada

dia, incontáveis quilômetros de tubulações são instalados no mundo para os mais

variados usos civis e industriais. Para atender às especificações técnicas e atingir os

requisitos necessários de segurança, processos de soldagem e materiais especiais

para tais atividades têm sido desenvolvidos nos últimos anos.

Além desses exemplos, existem muitos outros elementos de fixação, como

pinos, chavetas, cavilhas, entre outros, cada um com sua função específica na

indústria. A escolha do material para os elementos de fixação, bem como a escolha

de outros elementos de máquina, depende das necessidades de resistência,

durabilidade, corrosão e outras propriedades requeridas para a aplicação específica

e deve ser realizada por um profissional qualificado. Em suma, os materiais mais

utilizados na composição de elementos de fixação incluem plásticos de engenharia,

aço carbono, aço inoxidável, alumínio, latão, cobre.


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2.3 Elementos de vedação

Elementos de vedação são componentes utilizados para impedir a passagem

de fluidos, sejam líquidos, gases ou mesmo partículas sólidas, entre duas superfícies

em contato. Eles desempenham um papel importante na indústria, engenharia e

muitas aplicações cotidianas. Os elementos de vedação são amplamente utilizados

em máquinas, motores, sistemas hidráulicos e pneumáticos, equipamentos de

processamento químico, encanamentos, automóveis e muito mais.

A aplicação dos elementos de vedação varia de acordo com a necessidade

específica de vedação e o tipo de fluido ou ambiente em que serão utilizados. Alguns

exemplos de aplicações comuns incluem os listados a seguir.

Os elementos de vedação são usados para evitar vazamentos de líquidos de

conexões como juntas de tubos, flanges, válvulas, bombas e cilindros hidráulicos. Isso

é importante para garantir a eficiência dos sistemas e evitar desperdícios. Em

sistemas que trabalham com gases, são utilizados elementos de vedação para evitar

vazamentos e garantir o correto direcionamento do gás. Exemplos disso são sistemas

de ar condicionado, sistemas de vácuo, motores a gás e sistemas de exaustão

automotivos. Em ambientes onde é necessário impedir a entrada de poeira, sujeira ou

outros detritos, como em motores, caixas de câmbio e aplicações industriais, são

utilizados elementos de vedação para impedir a entrada dessas partículas e proteger

os componentes internos.

Existem diversos materiais utilizados na fabricação de elementos de vedação,

cada um com suas propriedades específicas, como a borracha, que é um dos

materiais mais comuns para elementos de vedação. É flexível, tem boa resistência

química e pode ser moldado em várias formas. Borracha nitrílica (NBR), borracha de
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silicone, borracha de etileno-propileno-dieno (EPDM) e borracha de fluorcarbono

(FKM) são alguns exemplos de tipos de borracha usados em vedações.

Politetrafluoretileno (PTFE), - conhecido por sua marca registrada Teflon - é conhecido

por seu baixo atrito e excelente resistência química. É amplamente utilizado em

aplicações de vedação de alta temperatura e vedação química, como juntas, anéis de

vedação e fitas de vedação. Já o grafite é um material de alta temperatura com boa

resistência química, frequentemente usado em vedações de alta temperatura, como

juntas para flanges e válvulas. Em outros casos, elementos de vedação podem ser

feitos de metais como cobre, alumínio, aço inoxidável e ligas especiais. Esses

materiais metálicos são usados em vedações de alta pressão e alta temperatura,

como anéis de vedação metálicos, juntas metálicas.

2.4 Elementos de transmissão

Elementos de transmissão são componentes mecânicos usados para transmitir

energia, movimento ou força entre diferentes partes de uma máquina ou sistema. A

utilidade industrial dos elementos de transmissão é vasta, sendo empregados em

diversos equipamentos e máquinas, como motores, geradores, bombas,

compressores, máquinas operatrizes, transportadores e muitos outros sistemas

mecânicos. Permitem a transmissão de rotação, torque e velocidade entre eixos e

componentes, garantindo o bom funcionamento dessas máquinas e sistemas.

Um dos exemplos mais comuns de elementos de transmissão são as polias e

correias, que possuem vantagens como a capacidade de transmitir movimento de

forma suave, silenciosa e eficiente, a absorção de choques e a compensação de

pequenos desalinhamentos entre eixos. No entanto, é importante manter as correias


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tensionadas corretamente e monitorar seu desgaste ao longo do tempo para garantir

uma transmissão confiável e eficaz.

As polias são discos cilíndricos com superfície ranhurada ou acanalada,

enquanto as correias são bandas flexíveis feitas de materiais como borracha,

poliuretano ou tecido reforçado. Esta combinação é amplamente utilizada para

transmitir movimento rotativo entre eixos paralelos ou não paralelos. O funcionamento

é baseado no atrito e na adesão entre a superfície das polias e das correias. Quando

uma força de tração é aplicada à correia, ela se encaixa nas ranhuras da polia, criando

um contato firme. À medida que a polia motriz gira, ela transfere o movimento para a

correia, que por sua vez transmite o movimento para a polia acionada conectada ao

eixo de saída.

Existem diferentes tipos de arranjos de polias e correias, como a transmissão

por polias em V, em que as correias são projetadas para se encaixar nas ranhuras da

polia em forma de V. Esse arranjo é comumente utilizado em motores automotivos,

máquinas industriais e sistemas de climatização. Em outro tipo de arranjo, as polias

têm uma superfície plana e as correias também são planas. Essa configuração

geralmente é encontrada em máquinas-ferramentas, impressoras, eletrodomésticos e

outras aplicações leves. Na transmissão por correia dentada, as correias possuem

dentes que se encaixam em polias correspondentes com ranhuras dentadas. Essa

configuração serve para aplicações que exigem posicionamento preciso e movimento

sincronizado, como máquinas CNC, impressoras 3D e equipamentos de movimento

linear.
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2.5 Experimentos

2.5.1 Método

De modo a evidenciar que os elementos listados também possuem aplicações

diárias, o grupo decide experimentar elementos elásticos, de fixação, de transmissão

e de vedação fora do contexto industrial. Para tal, foram observadas utilizações

domésticas para cada um destes elementos.

Em primeiro lugar, para os elementos elásticos o grupo observou um pregador

de roupas, item doméstico utilizado para pregar roupas a um varal, ou para selar

parcialmente embalagens abertas. É composto por duas hastes plásticas ou de

madeira unidas por uma mola, geralmente feita de metal – como aço ou ferro,

materiais escolhidos devido à sua alta resistência e capacidade de retornar à sua

forma original após serem esticados - no meio. Esta mola faz o papel de um elemento

elástico, ao expandir e se comprimir. Quando o usuário aperta as hastes com força

suficiente para esticar a mola, o pregador é aberto, a mola se estica e, quando se

soltam as hastes, a mola retorna à sua forma original, a força de pressão aplicada nas

hastes do pregador, mantém-nas fechadas.

No segundo experimento, para evidenciar a usabilidade de elementos de

fixação, foi utilizado uma folha de papel sulfite e uma cola branca líquida. Ao aplicar a

cola na primeira metade da folha e dobrá-la ao meio, ocorre a união de ambas as

metades. Inicialmente, a cola permanece líquida, permitindo leves alterações no

posicionamento do papel. Alguns segundos depois, a cola seca, unindo

permanentemente as duas metades da folha de papel sulfite. Ao tentar separar as

metades do papel, ele se rasga.


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O terceiro experimento buscou provar a utilidade dos elementos de vedação.

Muitas pessoas quando viajam levam consigo itens como shampoos, cremes, ou

sabonetes líquidos. Estes itens são contidos, normalmente, em embalagens que não

possuem vedação suficiente para reter os líquidos. Porém, para guardá-los na mala,

sua vedação pode ser otimizada ao utilizar sacos plásticos ou pedaços de plástico

filme. No experimento, o grupo desrosqueou a tampa de uma embalagem de

shampoo, aplicou uma parte de uma sacola plástica comum de mercado, rosqueou

novamente a tampa à embalagem, por cima da sacola. Assim, o reforço na vedação

otimiza a retenção do shampoo dentro da embalagem.

O quarto e último experimento foi realizado somente por observação. O portão

automático basculante é comumente utilizado na garagem de casas. Seu

funcionamento depende de guias laterais e contrapesos, que são movidos por um

sistema de cabos e polias que movimentam o portão. Ao ser acionado, a folha do

portão se levanta, parte maior do portão fica para dentro da garagem, enquanto uma

pequena parte fica para fora da garagem. Cada lado do portão possui um contrapeso,

e quando bem balanceados, o portão sobe e desce sem vibração. O motor elétrico,

que fornece energia necessária para a abertura e o fechamento do portão possui um

eixo, que fica conectado à uma polia que gira durante o acionamento do portão. Uma

correia é colocada ao redor da polia do motor, formando uma conexão de transmissão.

A correia é feita de um material flexível, como borracha, e é projetada para transmitir

o movimento da polia do motor para outros componentes do sistema. No outro lado

do portão, há uma polia de transmissão que está conectada à correia. Quando a polia

do motor gira, a correia é tracionada e o movimento é transmitido para a polia de

transmissão, conectada a um eixo de rotação que é montado no portão. Quando a

polia de transmissão gira, ela transfere o movimento para o eixo, que, por sua vez, faz
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o portão bascular. Este eixo se conecta ao braço basculante, que é fixado ao portão

e, ao receber o movimento do eixo, sobe ou desce a folha do portão. Em suma, este

é o funcionamento prático do portão automático basculante.

2.5.2 Resultados e discussão

Quanto aos resultados obtidos pela fase de experimentação, cabe ressaltar:

Experimento 1 – Mola do pregador de roupas: Ficou claro que a mola do

pregador de roupas é um elemento elástico, dada sua flexibilidade e atuação ao abrir

e fechar, ou seja, expandir e tornar à forma original, a partir da força aplicada pelo

usuário nas hastes do pregador. A força exercida pela pressão da mola em sua forma

original às hastes laterais mantém o pregador fechado, permitindo ao usuário fixar

suas roupas ou embalagens abertas.

Experimento 2 – Cola branca líquida: Foi possível identificar a cola branca

líquida não só como um elemento de fixação, mas como um elemento de fixação

permanente, como foi visto anteriormente, pois seu desmonte é incapaz de evitar a

danificação ou destruição do papel e da cola, inutilizando-os para futuras fixações.

Essa conclusão se deu a partir da tentativa de desmontar o sistema, que resultou no

rasgo na folha de papel, além da óbvia inutilização posterior da cola líquida, uma vez

que ela não pode ser reaplicada após secar.

Experimento 3 – Sacola plástica: Ficou claro, a partir deste experimento, que a

sacola plástica, em certos contextos, pode adquirir um papel de elemento vedante. Ao


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virar, chacoalhar e pressionar o frasco do shampoo, nenhum líquido vazou, provando

a eficiência do plástico em reter líquidos, ou seja, de vedar a embalagem.

Experimento 4 – Polias e correias do portão automático basculante: Este

experimento de caráter observatório provou a utilização cotidiana de elementos de

transmissão. Ao atuarem em conjunto, as polias e correias são capazes de transmitir

força e movimento, utilizando-se da energia fornecida pelo motor do portão, para subir

e descer a folha do portão.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em suma, o trabalho em questão atinge seus objetivos ao demonstrar, de forma


clara e evidente, a importância dos elementos de máquina na indústria. Não somente,
os experimentos realizados aproximam o leitor das questões técnicas de elementos
elásticos, de transmissão, de vedação e de fixação. Dessa forma, além de expor os
quesitos teóricos quanto aos elementos de máquina, o leitor pode compreender suas
aplicações industriais a partir de aplicações domésticas, mais comuns ao
conhecimento geral.

Ademais, os exemplos de elementos de máquinas possibilitaram maior


visualização das necessidades industriais em relação ao seu funcionamento,
evidenciando a importância de saber discernir diferentes tipos de materiais, de acordo
com o que é requerido para cada situação em específico. Ficou reforçado, também,
quem são os agentes responsáveis pela tomada de decisões quanto aos elementos
que devem ser utilizados em uma linha de produção, evitando ao leitor cometer erros
quanto à interferência leiga em um processo tão delicado, que faz parte do trabalho
de técnicos e engenheiros e que impacta toda uma indústria.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Autor desconhecido. Aula 03 – Sensores de Pressão: Medidores por elementos elásticos.


Disponível em
https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/52/3/13#:~:text=Os%20elementos%20elá
sticos%20são%20aqueles,indicação%20do%20valor%20da%20pressão. Acesso em 19 mai
2023.

CANDAL, Ágatha Bernardes. Soldagem de Tubulações. 2018. Disponível em


https://docplayer.com.br/50868822-Soldagem-de-tubulacoes.html. Acesso em 12 mai 2023.

CORREA, Wagner Teodoro. Elementos de Máquina (Slides expostos durante a disciplina de


Fenômenos da Tecnologia Mecânica no C.F.P. Senai “Mercedes-Benz” em 2023).

DAUDT, Lourenço. 8 Principais Elementos de Fixação e sua importância. 2021. Disponível


em https://www.antaresacoplamentos.com.br/blog/elementos-de-fixacao/. Acesso em 12 mai.
2023.

NORTON, Robert L. Projeto de máquinas: uma abordagem integrada; [tradução: Konstantinos


Dimitriou Stavropoulos ... et al.]. – 4. ed. – Porto Alegre: Bookman, 2013.

OLIVIO, Amauri. Elementos de máquinas. ISBN 978-85-522-0170-0. Londrina: Editora e


Distribuidora Educacional S.A., 2017. 208 p.

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