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Manipulador Industrial para Operação de

Politriz Aplicável à Fabricação de Vidros


Planos

Alunos:
Breno Amarante Santana da Silva
Isaías Francisco da Silva
José Arnaldo dos Santos de Oliveira
Lucas Ribeiro do Nascimento
Matheus Mendes Leandro
SENAI. Departamento Regional do Rio de Janeiro
Firjan SENAI Barra Mansa.

Manipulador Industrial para Operação de Politriz Aplicável à Fabricação de


Vidros Planos

Curso:
Mecânica

Modalidade:
Técnico

Turma:
2023.2215-3

Instrutor(es)-orientador(es):
Leandro de Moura, Renato Afonso Neves.

Alunos:
Breno Amarante Santana da Silva
Isaías Francisco da Silva
José Arnaldo dos Santos de Oliveira
Lucas Ribeiro do Nascimento
Matheus Mendes Leandro

Rio de Janeiro
Janeiro 2024

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SUMÁRIO

RESUMO....................................................................................4
INTRODUÇÃO..............................................................................5
PROBLEMA.................................................................................7
OBJETIVO GERAL.........................................................................8
OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................8
JUSTIFICATIVA............................................................................9
METODOLOGIA..........................................................................10
SUBCONJUNTO COLUNA DE SUSTENTAÇÃO.......................................11
SUBCONJUNTO DO PIVÔ DE GIRO...................................................14
SUBCONJUNTO DO BRAÇO DE ELEVAÇÃO..........................................21
SUBCONJUNTO DO BRAÇO DO MANIPULADOR....................................25
CONCLUSÃO.............................................................................29
REFERÊNCIAS............................................................................30
PITCH.....................................................................................31
BM CANVAS..............................................................................13

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RESUMO
A TTR vidros é uma empresa que vem apresentando problemas na
melhora de ergonomia no processo de lixamento de vidros, que está gerando
desgaste na saúde dos trabalhadores e baixa qualidade no acabamento das
peças. O Suporte para Operação de Politriz Aplicável à Fabricação de Vidros
Planos, visa a eliminação desses problemas por meio de um suporte para
operação da politriz, que além de proporcionar maior ergonomia, irá otimizar
o tempo de trabalho e uniformizar o acabamento das peças. O Suporte para
Operação de Politriz Aplicável à Fabricação de Vidros Planos garante a
melhora no desempenho dos trabalhadores e da produtividade da empresa na
parte de lixamento e polimento de vidros. Sua estrutura oferece vários graus
de liberdade para movimentação da politriz, assemelhando-se a um braço
mecânico. Por isso, o dispositivo elimina os riscos de visão turva, perda de
equilíbrio e falta de concentração, assim como o surgimento de problemas
físicos, como escoliose e hérnia de disco. Enfim, o Suporte para Operação de
Politriz Aplicável à Fabricação de Vidros Planos é um equipamento de fácil
manuseio, trazendo maior eficiência e economia à empresa. O valor
econômico não se encontra apenas no preço, como também na otimização do
tempo e aumento da produtividade.

Palavras-chave:
Manipulador. Segurança. Ergonomia. Lixamento. Polimento.

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INTRODUÇÃO

Manipuladores industriais são dispositivos mecânicos, elétricos ou


robóticos projetados para realizar tarefas de manipulação de materiais ou
objetos em ambientes industriais. Eles são usados para automatizar processos
de montagem, manuseio, carga e descarga de materiais, soldagem, pintura,
embalagem e uma variedade de outras aplicações industriais.
Esses manipuladores podem variar em tamanho e complexidade, desde
sistemas simples controlados por operadores humanos até robôs industriais
avançados com graus de liberdade e capacidades sofisticadas de programação.
Eles desempenham um papel fundamental na melhoria da eficiência,
qualidade e segurança em muitas indústrias, incluindo manufatura, logística,
automotiva e muitas outras.
O manipulador industrial é usado nas seguintes situações, quando um
produto é muito pesado para uma pessoa mover manualmente, quando um
material ou produto deve ser movido para um local que não seja fácil ou
rapidamente acessível para uma pessoa alcançar, quando um trabalhador será
colocado em risco de ferimento se mover um produto manualmente, quando o
trabalhador ficar cansado de mover produtos manualmente e repetidamente.
Pode ser utilizado em perfuração, soldagem, pintura e movimentação de
carga pesadas.
O objetivo é criar um dispositivo ou manipulador mecânico que possa
ser equipado com uma politriz, a fim de ser empregado na indústria de vidros
planos durante o processo de acabamento e polimento.
O manipulador supramencionado pretende proporcionar uma sensação
de leveza no manuseio do equipamento, permitindo a execução de tarefas
repetitivas, pesadas e complexas, resultando no aumento da produtividade,
da qualidade e na redução de acidentes de trabalho.
Nessa perspectiva, o manipulador é projetado para se adaptar de forma
flexível às diferentes aplicações de trabalho, priorizando o conforto e a
segurança do operador conforme os princípios estabelecidos na NR-17. A
utilização do manipulador mecânico não só aumenta a segurança operacional,

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mas também minimiza os erros humanos, uma vez que o processo de
lixamento se torna mais preciso devido à ergonomia. A Figura 1 e 2, indica o
arranjo básico do manipulador.

Figuras 1 e 2 – Exemplos de manipulador.


Fonte Figura 1: Dalmec (https://www.dalmec.com/pt-br/manipulador-com-
dispositivo-garfos-para-bobinas/).
Fonte Figura 2: MTZ Brasil (https://www.mtzbrasil.com.br/#PLANS).

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PROBLEMA

Este estudo fundamenta-se no projeto de um manipulador com uma


politriz acoplada para ser utilizado durante a etapa de lixamento e polimento
em uma empresa que atua com o beneficiamento de vidro planos para o setor
de construção civil.
Atualmente, os operadores realizam o polimento dos vidros de forma
manual com o auxílio de uma politriz de multivelocidades elétrica, o que
acaba gerando riscos ergonômicos no operador e queda na qualidade do
serviço, uma vez que esta é uma atividade repetitiva e realizada em uma
posição desfavorável.
Entre os malefícios causados pelos riscos ergonômicos ao operador,
pode-se citar principalmente lesões por esforços repetitivos (LER), distúrbios
muscoesqueléticos e má postura, que podem causar: lesões nos músculos,
tendões e articulações, dor lombar, tendinite, bursite, entre outras doenças.
Já para a empresa, os riscos ergonômicos prejudicam diretamente a
saúde financeira, pois provoca queda na produtividade, gastos com saúde dos
funcionários, afastamento por poucos dias (licença), afastamento por auxílio-
doença e absenteísmo (falta).
Adicionalmente, em consonância aos riscos ergonômicos, o cansaço
acumulado no operador devido à movimentação repetitiva para realizar o
polimento e a postura incorreta para poder enxergar o acabamento da
superfície inferem na qualidade final do vidro. Quando os processos de
lixamento e polimento são realizados incorretamente, o vidro pode apresentar
rugosidade excessiva, rebarbas, ofuscamento e trincas.

7
OBJETIVO GERAL

Objetiva-se realizar o processo de polimento e acabamento de peças de


vidro, cortados manualmente, de forma a proporcionar melhores condições
para os colaboradores, atendendo a NR 17 e aumentando a produtividade e
competitividade da empresa.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Elaborar o desenho inicial do dispositivo com auxílio do programa de CAD;


 Especificar materiais construtivos a serem utilizados no projeto;
 Realizar um protótipo que auxilie o profissional na operação de lixamento e
polimento de vidros na empresa TTR, que atenda as demandas da empresa
de uma forma funcional no intuito de promover segurança e otimização no
processo de produção.
 Testes e comissionamento do dispositivo que tem as mesmas funções de um
grande manipulador industrial que se movimenta de forma longitudinal,
transversal e vertical (X, Y e Z).

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JUSTIFICATIVA

Atualmente, dentro do mercado de máquinas pesadas, já existem


equipamentos e manipuladores industriais seguros e de características
indispensáveis na produção e operação de transporte. O manuseio de
equipamentos dentro da indústria é realizado com frequência de turno após
turno e entre esses equipamentos, destacam-se os manipuladores industriais,
que são operados por profissionais capacitados, facilitando o trabalho e
otimizando recursos dentro da empresa.
A empresa TTR vidros está com dificuldades no polimento do vidro
realizado no corte manual, onde o colaborador realiza as atividades por meio
de movimentos repetitivos e em posição desconfortável para o trabalho,
gerando riscos ergonômicos e prejudicando o acabamento das peças.
Com base nisso, o Suporte para Operação de Politriz Aplicável à
Fabricação de Vidros Planos veio para facilitar e melhorar as condições de
trabalho, prezando pela saúde do colaborador e beneficiando as empresas por
motivos que vão além da segurança, tornando-se possível a execução das
tarefas com mais eficiência e confiabilidade.

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METODOLOGIA

Por meio deste projeto, tem-se a realização de um estudo que propõe


abordar um desafio específico e essencial para eficiência e segurança nessas
movimentações: o desenvolvimento de um suporte para operação de politriz
aplicável à fabricação de vidros planos. Este dispositivo de movimentação,
projetado e construído com precisão, visa otimizar o manuseio da máquina
ferramenta politriz, utilizada para fabricação de vidros planos.
Aprimorar a mobilidade, e as condições ergonômicas é um passo
fundamental para o ganho de qualidade e eficiência, buscando alcançar
resultados que beneficiem a indústria, proporcionem melhores condições de
trabalho e apresentem um avanço na busca pela excelência. O arranjo de
conjunto do suporte para operação de politriz aplicável à fabricação de vidros
planos, é indicado conforme a Figura 3.

Subconjunto do
braço de
elevação Subconjunto do
pivô de giro

Subconjunto do
braço do Subconjunto da
manipulado coluna de
sustentação

Figura 3 – O arranjo de conjunto do suporte para operação de politriz


aplicável à fabricação de vidros planos. Fonte: Os autores.

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SUBCONJUNTO COLUNA DE SUSTENTAÇÃO

Estão apresentados abaixo os elementos de máquina presentes no


Subconjunto Coluna de Sustentação, sendo composto por quatro componentes
básico, entre eles: flange de giro, coluna, base da coluna, nervuras, conforme
indicado na Figura 4.

Flange de giro
Chapa ½”
Coluna
Tubo mecânico
DN 4” SCH.40

Base da coluna
Chapa de ¾” Nervuras
Chapa ½”

Figura 4 – Coluna de sustentação do suporte para operação de politriz


aplicável à fabricação de vidros planos. Fonte: Os autores.

 Base da Coluna
A base da coluna tem por função realizar a ancoragem do conjunto no
piso, a mesma é composta por chapa de ¾” em aço ASTM-A36 com limite de
escoamento de 250 MPa. Ela receberá tratamento superficial de jateamento
abrasivo para a limpeza de superfícies, garantindo uma remoção completa de
sujeira e resíduos de forma ágil e eficiente. Posteriormente será aplicado uma
base de primer epóxi com pintura com tinta de alto teor de zinco.

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Os dimensionais da base da coluna serão de 800 mm x 800 mm, com
espessura ¾” e com massa de 100 kg. A mesma será soldada em toda volta
com formação de garganta de 10 mm.

 Nervura
A nervura é uma peça triangular que faz parte do equilíbrio para tubo
composta de 6 chapas de ½” em aço ASTM-A36, com limite de escoamento de
250 MPa. Os dimensionamentos da nervura serão de 5,91 mm (base) x 3,54
mm (base) com a espessura de ½”. Cada uma das nervuras tem o peso total
de 0,532kg e estão apresentadas nas Figuras 5 e 6 abaixo.

Nervuras
Nervuras Chapa ½”
Chapa ½”

Figuras 5 e 6 – Vistas das nervuras. Fonte: Os autores.

 Tubo
O material do tubo será aço ASTM-A36, que apresenta limite de
escoamento de 250 Mpa. Em relação às dimensões, ele terá 139,7 mm (5,5”)
de diâmetro, 1500 mm de comprimento e massa de 20,10 kg. O tubo está
apresentado nas Figuras 7 e 8 abaixo.

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Figuras 7 e 8 – Vistas do tubo. Fonte: Os autores.

 Flange
O flange é uma peça utilizada como elemento de ligação entre tubos,
montados normalmente em pares. O material utilizado será aço ASTM-A36,
com limite de escoamento de 250 Mpa. Em relação às suas dimensões, ele
apresentará diâmetro externo de 220 mm, diâmetro interno de 110 mm,
espessura de 20mm e 12 furos dispostos circularmente com 13,00 mm de
diâmetro cada. A massa deste componente será 4,23 kg. O flange está
apresentado nas Figuras 9 e 10 abaixo.

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Figuras 9 e 10 – Flange. Fonte: Os autores.

SUBCONJUNTO DO PIVÔ DE GIRO

Estão apresentados abaixo os elementos de máquina presentes no


subconjunto do pivô de giro, sendo composto por quatro componentes
básicos, entre eles: base de apoio, eixo flangeado, bucha flangeada e suporte
quadrado. Também apresenta rolamentos de rolos cônicos, arruela lisa,

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porca, contraporca, trava aranha e eixo. O subconjunto pode ser visualizado
na Figura 11 abaixo.

Suporte
quadrado
Bucha
flangeada

Base de apoio Eixo flangeado

Figuras 11 – Subconjunto do pivô de giro. Fonte: Os autores.

 Base de apoio
Para a base apoio do pivô de giro, será utilizado aço ASTM-A36 com
diâmetro interno de 100 mm, diâmetro externo de 320mm, 10 mm de
espessura e massa de 5,70 kg. A base de apoio está apresentada na Figura 12
abaixo.

Figura 12 – Base de apoio do pivô de giro. Fonte: Os autores.

 Eixo flangeado

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O eixo terá diâmetro de 95,00 mm e um rasgo para o travamento do
rolamento superior com porcas e trava aranha, enquanto o flange terá 12
furos e diâmetro externo de 220 mm. Em relação ao material utilizado para a
fabricação deste componente, será utilizado o aço ASTM-A36 e a massa total
será 27,02 kg. Destaca-se, ainda, que no eixo serão acoplados dois rolamentos
de rolos cônicos e uma bucha flangeada. O eixo flangeado pode ser
visualizado na Figura 13 abaixo.

Batente para o
rolamento Eixo
inferior

Flange

Chanfro

Figura 13 – Eixo flangeado. Fonte: Os autores.

 Bucha flangeada
A bucha terá diâmetro de 185,00 mm, enquanto o flange terá 12 furos e
diâmetro externo de 270 mm. Em relação ao material utilizado para a
fabricação deste componente, será utilizado o aço ASTM-A36 e a massa total
será 37,94 kg. Destaca-se, ainda, que esta ficará sobre o eixo flangeado,
realizando a proteção do eixo e dos elementos acoplados. A bucha flangeada
está apresentada na Figura 14 abaixo.

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Figura 14 – Bucha flangeada. Fonte: Os autores.

 Rolamentos de rolos cônicos


Conforme mencionado acima, no eixo flangeado serão acoplados dois
rolamentos de rolos cônicos de designação 32219 J2, os quais suportarão
simultaneamente cargas radiais e axiais. Um deles será posicionado na parte
inferior do eixo flangeado, enquanto o outro será posicionado na parte
superior. Eles serão fabricados em aço SAE 52100 e serão dimensionados de
acordo com a norma ISO (diâmetro interno = 95 mm, diâmetro externo 170
mm e largura = 45,5 mm). A massa de cada rolamento será aproximidamente
4,36 kg. Os rolamentos estão apresentados na Figura 15 abaixo.

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Figura 15 – Rolamentos de rolos cônicos. Fonte: Os autores.

 Arruela lisa
Para fixar o rolamento superior e evitar que este se desloque no eixo,
será utilizada uma combinação dos seguintes componentes: arruela, porca,
trava aranha e contra porca.
O primeiro elemento que será acoplado no eixo após o rolamento será a
arruela e esta auxilia em sua fixação. No geral, sua função é evitar o
afrouxamento imprevisto no aperto do parafuso, além de evitar desgastes e
deformações das peças que estão sendo fixadas. A arruela lisa pode ser
visualizada na Figura 16 abaixo.

Figura 16 – Arruela lisa. Fonte: Os autores.

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 Porca, trava aranha e contraporca
Após a arruela, será acoplada uma porca, uma trava aranha e por fim,
uma contraporca. A primeira porca auxiliará na fixação do rolamento,
enquanto trava aranha será acoplada em seguida para travá-la. A contraporca
realizará o travamento final dos componentes. A porca e contraporca podem
ser visualizadas na Figura 17, enquanto a trava aranha está indicada na Figura
18.

Figura 17 – Porca e contraporca. Fonte: Os autores.

Figura 18 – Trava aranha. Fonte: Os autores.

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 Suporte quadrado do atuador pneumático
Sua principal função será manter o atuador pneumático em sua
posição de trabalho e suportar o braço de elevação, além de conter o furo no
qual será acoplado o eixo mencionado no tópico abaixo. O seu material de
fabricação será aço ASTM-A36, que apresenta 250 Mpa de limite de
escoamento. O comprimento do suporte será de 1019,76 mm, com 150 mm de
largura. A massa será de aproximadamente 50,15 kg. O suporte quadrado está
indicado na Figura 19 abaixo.

Figura 19 – Suporte quadrado do atuador pneumático. Fonte: Os autores.

 Eixo com dois corpos com furo passante e rasgo de chaveta


O eixo abaixo será acoplado em um furo no suporte quadrado e é um
componente cilíndrico com dois corpos, rasgo de chaveta e um furo passante
localizado no centro. O material da peça é aço SAE 1045 com limite de
escoamento de 450 MPa.
Em relação às suas dimensões, o corpo 1 possui de 190 mm de
comprimento e diâmetro de 35 mm, enquanto o corpo 2 possui 104 mm de

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comprimento e diâmetro de 45 mm. Já o furo passante, apresenta 15 mm de
diâmetro. O eixo está apresentado na Figura 20 abaixo.

Corpo 1 Corpo 1
Corpo 2

Figura 20 – Eixo com dois corpos com furo passante e rasgo de chaveta.
Fonte: Os autores.

SUBCONJUNTO DO BRAÇO DE ELEVAÇÃO

Abaixo apresenta-se os elementos de máquina presentes no


subconjunto do braço de elevação, sendo composto por sete componentes
básicos, sendo eles: atuador pneumático, contrapeso, eixos, braço de
elevação, haste de sustentação e cubo de ligação, conforme a Figura 21.

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Atuador
pneumático
Haste de sustentação

Contrapeso

Cubo de ligação
Eixo

Eixo

Braço de elevação

Figura 21 – Subconjunto do braço de elevação. Fonte: Os autores.


 Atuador pneumático
O atuador pneumático transformará energia pneumática em energia
cinética e por isso, sua função no manipulador será reduzir o esforço humano.
Ele apresenta um curso de 250 mm e apresenta pressão nominal de trabalho
de até 8 bar. O atuador pneumático pode ser conferido na Figura 21 abaixo.

Figura 21 – Atuador pneumático. Fonte: Os autores.

 Contrapeso

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É um peso equivalente que equilibrará a carga, fazendo com que o
peso do objeto e o do contrapeso, se anulem. Em relação às suas dimensões, o
diâmetro externo de cada um será 200 mm, o diâmetro interno será 28 mm e
a espessura será 18 mm. O componente está apresentado na Figura 22 abaixo.

Figura 22 – Contrapeso. Fonte: Os autores.

 Eixo
O subconjunto contará com dois eixos idênticos de 28 mm de diâmetro
e 138 mm de comprimento. Um deles irá acoplar o atuador pneumático e o
braço de elevação, enquanto o outro irá acoplar o contrapeso e o braço de
elevação. O eixo está apresentado na Figura 23 abaixo.

Figura 23 – Eixo. Fonte: Os autores.

 Braço de elevação
Em suma, a função do subconjunto do braço de elevação será
proporcionar o movimento vertical ascendente e vertical descendente da
politriz, a partir do ponto de articulação. O braço de elevação apresentará
1760,04 mm de comprimento e será fabricado em aço ASTM A-36, que tem

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limite de escoamento de 250 MPa. A massa do componente será 20,19 kg. O
braço de elevação pode ser visualizado na Figura 24 abaixo.

Figura 24 – Braço de elevação. Fonte: Os autores.


 Haste de sustentação
A haste funcionará como um tirante de sustentação onde uma das suas
extremidades está acoplada em um eixo no suporte quadrado e a outra está
acoplada em um eixo do cubo de ligação. Em relação às suas dimensões, este
apresenta 1261 mm de comprimento e 33,7 mm de diâmetro. A haste será
fabricada em aço ASTM-A36 com limite de escoamento de 250 Mpa. Sua massa
será aproximadamente 6,37 kg. O componente pode ser visualizado na Figura
25 abaixo.

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Figura 25 – Haste de sustentação. Fonte: Os autores.

 Cubo de ligação
O cubo de ligação é responsável por conectar a haste, o braço e o eixo
flangeado. Além disso, ele comportará 4 rolamentos de rolos cilíndricos,
inclusive o rolamento que permitirá o movimento em 360 graus do braço em
L. O cubo será fabricado em aço ASTM-A36 com limite de escoamento de 250
e sua massa será aproximadamente 12,58 kg. O componente em questão pode
ser visualizado na Figura 26 abaixo.

Figura 26 – Cubo de ligação. Fonte: Os autores.

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SUBCONJUNTO DO BRAÇO DO MANIPULADOR

Abaixo apresenta-se os elementos de máquina presentes no


subconjunto do braço de manipulador, sendo composto por três componentes
básico, entre eles: braço em L, mancal de giro da politriz e a politriz,
conforme a Figura 27 abaixo.

Braço em L
Mancal de giro
da politriz

Politriz

Figura 27 – Subconjunto braço do manipulador. Fonte: Os autores.

 Braço em L
O braço em L foi projetado para proporcionar maior ergonomia e
comodidade para o operador devido ao seu perfil em formato de L. Para sua
construção, serão soldados dois tubos ocos de seção quadrada no formato de
L. O tubo vertical terá 574,59 mm de comprimento, enquanto o horizontal
terá 1036,04 mm de comprimento. O braço em L será fabricado em aço ASTM-
A36, com limite de escoamento de 250 e sua massa será aproximadamente
18,96 kg.
O componente supramencionado pode ser conferido na Figura 28
abaixo.

26
Figura 28 – Braço em L. Fonte: Os autores.

 Mancal de giro da politriz


O mancal de giro é o componente que comportará o rolamento de
esferas responsável pelo movimento de rotação da politriz em torno dela
mesma. Isso possibilitará que o operador tenha liberdade para realizar o
polimento em diferentes angulações.
O mancal de giro está apresentado na Figura 29 abaixo.

27
Figura 29 – Mancal de giro da politriz. Fonte: Os autores.

 Politriz
A politriz é uma ferramenta elétrica que serve basicamente para dar
polimento à alguma superfície e seu uso mais comum é na linha
automobilística. Na indústria em questão, a ferramenta será utilizada para
lixamento e polimento de vidros planos, devido à possibilidade de troca do
disco de desbaste.
A politriz modelo utilizada no CAD está apresentada na Figura 30
abaixo.

28
Figura 29 – Politriz. Fonte: Os autores.

OBSERVAÇÃO: Apesar de não estarem ilustrados no CAD, o protótipo utilizará


44 parafusos, sendo 38 parafusos sextavados M10 x 1,5 x 45 com porca auto
travante e 6 parafusos allen M10 x 1,5 x 20. Estes estarão acoplados nos furos
dos flanges presentes no manipulador.

29
CONCLUSÃO

Com os problemas demandados pela empresa TTR Vidros, como falta


ergonomia, falta de padronização das peças e acabamento ruim, foi pensado
em um produto que atendesse da melhor forma estas necessidades e
agradasse aos operadores.
E, o desenvolvimento do Suporte para Operação de Politriz Aplicável à
Fabricação de Vidros Planos, proporcionaria diversas melhorias no processos
de lixamento e polimento e atenderia as expectativas propostas, eliminando
em 100% os problemas aqui citados.
A empresa TTR optou para que não fosse automatizado, mas caso
houvesse este pedido de automatização, seria um ponto a se pensar, mas que
se adequaria facilmente ao item, pois devido à sua facilidade em manuseio e
manutenção, o Suporte para Operação de Politriz aplicável à Fabricação de
Vidros Planos é adaptável à tais mudanças.
O Suporte para Operação de Politriz aplicável à Fabricação de Vidros
Planos é um grande avanço para a área em que se usina vidros,
especificamente na parte que ocorre o lixamento e polimento, trazendo mais
conforto, maior produtividade para o trabalhador e otimização do tempo de
trabalho. Ademais, permitirá um ambiente de trabalho mais calmo e
tranquilo, sem a possibilidade de problemas futuros pela falta de ergonomia,
como escoliose e hérnia de disco.
Por fim, o Suporte para Operação de Politriz Aplicável à Fabricação de
Vidros Planos, contribuirá tanto com o trabalhador quanto com a empresa,
pois elevará o desempenho e a ergonomia dos operadores, a qualidade das
peças usinadas e a velocidade de trabalho.

30
REFERÊNCIAS
MANIPULADOR com dispositivos de garfos para bobina. Dalmec. Disponível em: <
https://www.dalmec.com/pt-br/manipulador-com-dispositivo-garfos-para-bobinas/>.
Acesso em: 26 de out. de 2023.

MANIPULADORES para ergonomia. Platafer. Disponível em: <


https://platafer.com.br/manipuladores-para-ergonomia/>. Acesso em: 26 out. de
2023.

MANIPULADORES industriais. Palamatic. Disponível em: <


https://www.palamaticprocess.com.br/maquinas-industriais/manipulador>. Acesso
em 19 out. de 2023.

O que é Politriz? Dutra Máquinas, 2013. Disponível em: <


https://www.dutramaquinas.blog.br/o-que-e-politriz/>. Acesso em 9 nov. de 2023.

31
PITCH

32
BM CANVAS

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