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3o ano, 1o semestre
Discentes: Docente:
Luís Roti Salvador Eng. Teófilo Zemaonge
Marcos Lima
Úlpio Ussene Maia Chicra
Pascoal Orlando
FACULDADE DE ENGENHARIA
3o ano, 1o semestre
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1.1. Objetivos
Geral
Específicos
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CAPÍTULO II
2. Fundamentação teórica
2.1.Aspectos Construtivos
O estator é composto de uma estrutura ferromagnética com pólos salientes aos quais são
enroladas as bobinas que formam o campo, ou de um ímã permanente. A figura 1 mostra o
desenho de um motor CC de 2 pólos com enrolamento de campo.
(a)
(b)
Figura 1: Desenho (a) e foto (b) de um motor CC de 2 pólos. (SIEMENS, 2006)
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Simulação computacional do circuito: apresenta a forma de entrada dos dados e os
resultados obtidos com a utilização do programa simulink na análise do caso específico;
Num motor de corrente contínua, existem dois circuitos eletricamente independentes, que
constituem o sistema de controle do funcionamento do motor: o circuito de armadura e o
circuito de campo.
𝐹⃗ = 𝑞(𝑉
⃗⃗ × 𝐵
⃗⃗ )
Como as cargas do motor (elétrons) estão confinadas aos condutores, é sobre estes que se
manifesta o efeito da força atuante sobre as cargas. Os circuitos, então, dividem entre si as
funções de gerar o campo magnético onde se dá o efeito (circuito de campo), e fornecer a
circulação de elétrons pelo enrolamento para que este gire (circuito de armadura), compondo
dessa forma o motor.
Para exercer-se controle sobre a velocidade do motor, pode-se, então, atuar no valor da tensão
aplicada ao circuito da armadura, na tensão aplicada ao circuito de campo, ou em ambas. O
presente trabalho pretende discutir o que se passa ao realizar-se o controle do movimento do
motor através da atuação sobre a tensão aplicada ao circuito da armadura, o que significa que
mantemos fixas as variáveis relacionadas ao circuito de campo.
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Figura 2: Modelo para análise de motor CC controlado pela armadura.
CAPÍTULO III
3. Metodologia
A metodologia adotada neste trabalho consistiu nas seguintes etapas:
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Análise dos resultados: Interpretação e análise dos resultados obtidos nas simulações
e experimentos. Comparação dos valores simulados com os dados reais para verificar
a precisão do modelo dinâmico. Identificação de padrões, tendências e possíveis
melhorias no desempenho do motor.
CAPÍTULO IV
4. Análise e apresentação dos resultados
Nesta figura podemos identificar diversos elementos constituintes do motor:
R- Resistência de armadura
Ke = Ke - Constante eletromotriz
J = Inércia do motor
w- Velocidade
L = Indutância de armadura
B = Coeficiente de fricção
Vg – Tensão da fonte de entrada
TL = Torque ligado da carga
Θ = ângulo (posição)
Ia = Corrente da armadura Figura 3: elementos constituintes do motor.
If = Corrente de Campo
𝑇𝐿 = 𝐾𝑡 ∗ 𝐼𝑇 ∗ 𝐾𝑒 ∗ 𝐼𝑎
Como interessa-nos o caso de ser o motor controlado pela armadura (𝑖𝑓 = 𝑐𝑡𝑒), essa
expressão é reescrita como
𝑇 = 𝐾 ∗ 𝐼𝑎
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𝑑𝑖
𝑉𝑔 = 𝑅𝑖 + 𝐿 + 𝐾𝑒
𝑑𝑡
𝑑𝜃
𝑒𝑒 = 𝐾𝑒 → 𝑒𝑒 = 𝐾𝑒 𝜔
𝑑𝑡
Das equações da mecânica, tiramos que o torque desenvolvido deve ser igual às forças
resistivas, que se manifestam através do atrito (proporcional à velocidade de rotação), e do
momento de inércia (proporcional à aceleração do movimento).
𝑑2𝜃 𝑑𝜃 𝑑2 𝜃 𝑑𝜃
𝑇=𝐽∙ + 𝐵 ∙ → 𝐾 ∙ 𝐼𝑎 = 𝐽 ∙ + 𝐵 ∙
𝑑𝑡 2 𝑑𝑡 𝑑𝑡 2 𝑑𝑡
𝑉𝑔 (𝑠) = 𝐾𝑒 ∙ 𝑠 ∙ 𝜃(𝑠)
Dando origem a:
𝑉𝑔 (𝑠) − 𝐸𝑒 (𝑠)
𝐼(𝑠) =
𝑅+𝑠∙𝐿
𝐼(𝑠) 𝑇(𝑠)
𝜃(𝑠) = ∙𝐾 =
𝑠2
𝐽∙ +𝐵∙𝑠 𝐽 ∙ 𝑠2 + 𝐵 ∙ 𝑠
Com estas equações pode-se construir o diagrama de blocos do circuito, que em seguida será
usado para realização da análise computacional do sistema.
Essa não é apresentação deste circuito mais adequada à análise que se está realizando, pois a
variável que se obtém de sua saída é a posição angular do eixo do motor, que tem pouco
ounenhum significado prático. Entretanto, com algumas poucas modificações em alguns
blocos do sistema, obtém-se como variável de saída a velocidade angular do eixo (velocidade
de rotação do motor) w , que é a grandeza que realmente se mede quando da operação de um
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motor. Esta modificação está representada na Figura 5, que mostra ainda a inserção da
variável Td, representando os ruídos ou distúrbios que podem afetar o funcionamento do
motor CC.
𝐾𝑇 𝐾𝑇
(𝑅 + 𝐿𝑠)(𝐵 + 𝐽𝑠) (𝑅 + 𝐿𝑠)(𝐵 + 𝐽𝑠)
𝐺(𝑠) = ⇒ 𝐺(𝑠) =
𝐾𝑇 (𝑅 + 𝐿𝑠)(𝐵 + 𝐽𝑠) + 𝐾𝑇 ∙ 𝐾𝑒
1+ ∙ 𝐾𝑒 1+
(𝑅 + 𝐿𝑠)(𝐵 + 𝐽𝑠) (𝑅 + 𝐿𝑠)(𝐵 + 𝐽𝑠)
𝐾𝑇 (𝑅 + 𝐿𝑠)(𝐵 + 𝐽𝑠)
𝐺(𝑠) = ∙
(𝑅 + 𝐿𝑠)(𝐵 + 𝐽𝑠) (𝑅 + 𝐿𝑠)(𝐵 + 𝐽𝑠) + 𝐾𝑇 ∙ 𝐾𝑒
(𝑅 + 𝐿𝑠)(𝐵 + 𝐽𝑠)
𝐺(𝑠) =
(𝑅 + 𝐿𝑠)(𝐵 + 𝐽𝑠) + 𝐾𝑇 ∙ 𝐾𝑒
𝜃(𝑆) 𝐾𝑇
𝐺1(𝑠) = =
𝑉(𝑠) (𝑠 ∙ 𝐿 + 𝑅) ∙ (𝑠 ∙ 𝐽 + 𝐵) + 𝐾𝑒 ∙ 𝐾𝑇
1
MultiplicandoG1(s) por , obtém-se a função de transferência tensão-posição, H1(s)
𝑠
𝜃(𝑆) 1 𝐾𝑇
𝐻1 (𝑠) = ∙ =
𝑉(𝑠) 𝑠 𝑠 ∙ (𝑠 ∙ 𝐿 + 𝑅) ∙ (𝑠 ∙ 𝐽 + 𝐵) + 𝐾𝑒 ∙ 𝐾𝑇
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1
𝜃(𝑠) −𝑠 ∙𝐽 +𝐵
𝐺2 (𝑠) = =
𝑇𝑚 (𝑠) + 𝑇𝑙 (𝑠) 𝐾𝑒 ∙ 𝐾𝑇
(𝑠 ∙ 𝐿 + 𝑅) ∙ (𝑠 ∙ 𝐽 + 𝐵)
1
MultiplicandoG2(s) por , obtém-se a função de transferência torque da carga-posição, H2(s)
𝑠
1
𝜃(𝑠) 1 −𝑠 ∙𝐽 +𝐵
𝐺2 (𝑠) = =
𝑇𝑚 (𝑠) + 𝑇𝑙 (𝑠) 𝑠 𝑠 + 𝑠 ∙ 𝐾𝑒 ∙ 𝐾𝑇
(𝑠 ∙ 𝐿 + 𝑅) ∙ (𝑠 ∙ 𝐽 + 𝐵)
O sistema pode ser representado também na forma de espaço de estados, usando como
variáveis de estado a velocidade angular e a corrente de armadura. A tensão de armadura é
tratada como entrada e a velocidade angular como saída.
𝑑𝑖
𝑖𝑅 + 𝐿 + 𝐾𝑒 𝑤 = 𝑉𝑔
𝑑𝑡
𝑑𝑤
𝐾𝑡 𝑖 = 𝐽 + 𝐵𝑤 + 𝑇𝐿
𝑑𝑡
−𝑅𝑖 − 𝐾𝑒 𝑤 + 𝑉𝑔
𝑖̇ =
𝐿
𝐾𝑡 𝑖 − 𝑇𝐿 − 𝐵𝑤
𝑤̇ =
{ 𝐽
𝐵 𝐾𝑡
𝑑 𝜃̇(𝑡) − 0
𝐽 𝐽 𝜃̇(𝑡)
[ ]= ∙[ ] + [1] ∙ 𝑣(𝑡)
̇
𝑑𝑡 𝑖(𝑡) 𝐾𝑒 𝑅 ̇
𝑖(𝑡) 𝐿
[− 𝐿 𝐿]
𝜃̇(𝑡)
𝑦(𝑡) = [1 0] ∙ [ ]
̇
𝑖(𝑡)
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Vg = 60 V, B = 6e − 6 (N. m) /(rad/s), J = 5.5e − 5 Kg. m2
O gráfico da figura 3 mostra que na partida do motor a velocidade é constante até um dado
tempo vai aumentando de forma variada devido aos parâmetros que usamos, como se pode
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observar pelo gráfico ascendente. Do ponto 0 até 9 o gráfico é constante, após 9 ele aumenta
de forma exponencial.
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Figura 7: Gráficos da tensão de armadura, torque da carga e tensão de campo. (Autores)
Comentários
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4.2.Seção de Perguntas Respostas de controlo
Os chamados sistemas de controle de malha aberta são aqueles em que o sinal de saída não
exerce nenhuma ação de controle no sistema. Isso quer dizer que, em um sistema de controle
de malha aberta, o sinal de saída não é medido nem realimentado para comparação com a
entrada. (ogata, engemharia de controle moderno 5 ed).
Dessa forma, o sistema de controle não sabe qual o valor do sinal de saída y(t) (variável
controlada ).
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2) Diga qual é a variável controlada e a variável de controlo?
R.%
Variável de controlo ou manipulada – qualquer variável do processo que causa uma variação
rápida na variável controlada e que seja fácil.
Onde:
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A função de transferência é uma ferramenta poderosa que permite analisar o comportamento
do sistema no domínio da frequência. Ela descreve as características do sistema, como sua
resposta em frequência, estabilidade, amortecimento, tempo de resposta, entre outros. Além
disso, a função de transferência também é utilizada para projetar controladores e ajustar os
parâmetros do sistema, a fim de atingir determinadas especificações de desempenho.
Um modelo não linear é um tipo de modelo matemático no qual a relação entre as variáveis
de entrada e saída não pode ser representada por uma função linear. Em outras palavras, se a
relação entre as variáveis não pode ser expressa de forma linear, o modelo é considerado não
linear.
Existem várias situações em que é necessário usar um modelo não linear para descrever
adequadamente o comportamento de um sistema. Alguns exemplos incluem:
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Essas interações podem ocorrer em sistemas físicos, sistemas de controle ou sistemas
sociais, por exemplo.
Modelos não lineares são mais complexos do que modelos lineares, pois requerem
equações diferenciais não lineares ou outras formas de representação matemática não
linear. A análise e o projeto de sistemas não lineares podem envolver métodos mais
avançados, como técnicas de simulação numérica, métodos de perturbação ou métodos
de otimização não linear.
1. Considerar cada entrada separadamente: Para analisar o efeito de uma entrada específica,
todas as outras entradas são definidas como zero, enquanto mantemos todas as outras
condições iniciais e parâmetros do sistema constantes.
2. Determinar a resposta para cada entrada: Usando técnicas de análise, como a transformada
de Laplace, função de transferência, equações diferenciais ou diagramas de blocos,
determinamos a resposta do sistema para cada entrada individualmente.
3. Combinação linear das respostas: Após obter as respostas individuais para cada entrada,
podemos combinar linearmente essas respostas para determinar a resposta total do sistema.
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Isso é feito somando ou subtraindo as respostas individuais, levando em conta as amplitudes
e os atrasos de cada entrada.
Vale ressaltar que o princípio da superposição só é válido para sistemas lineares. Em sistemas
não lineares, a superposição não se aplica, e técnicas diferentes, como simulação numérica
ou métodos não lineares, devem ser utilizadas para analisar o sistema.
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CAPÍTULO V
5.1.Conclusão
Em conclusão, este trabalho abordou o desenvolvimento de um modelo dinâmico para um
motor de corrente contínua (CC) e sua aplicabilidade no projeto e controle eficiente do motor.
Através da revisão bibliográfica e coleta de dados relevantes, foi possível compreender os
princípios de funcionamento dos motores CC e identificar os parâmetros-chave para a
modelagem dinâmica. Utilizando a metodologia proposta, foi desenvolvido um modelo de
circuito equivalente que descreveu o comportamento do motor CC em resposta a variações
nos sinais de entrada. Os parâmetros do modelo foram estimados experimentalmente ou
calculados com base nas especificações do motor. A validação experimental foi realizada,
comparando os resultados simulados com dados reais obtidos em testes práticos.
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6. Referências Bibliográficas
B.C. Kuo and J. Tal (eds.) DC Motors and Control Systems, SLR Publishing Co., Champaign,
Illinois, 1978.
DC Motors, Speed Controls, Servo Systems, 3rd ed., Engineering Handbook, Electro- Craft
Corporation, 1975.
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