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6) Determine em que energia, em elétrons-volt, a expressão não relativística para o


comprimento de onda de de Broglie estará com um erro de 1% para:
a) Elétron.

Primeiramente, temos a expressão relativista:

1
ℎ 𝐾 −2
λ= (1 + 2 )
2𝑚𝐾 2𝑚𝑐

E a não relativística:


λ𝑛𝑟 = ,
2𝑚𝐾

A diferença entre elas é o fator de correção, então para a correção de 1%, deve-se
ter o seguinte:

𝐾
(1 + 2 ) = 1, 01
2𝑚𝑐

Para que desta forma:

𝐾 2 𝐾
1 + 2 = (1, 01) = 1, 0201 → 2 = 1, 0201 − 1,
2𝑚𝑐 2𝑚𝑐

Sabendo que a energia e repouso mc² do elétron é 511 keV, temos:

𝐾
2 = 0, 201, portanto:
2𝑚𝑐

𝐾 = 0, 0201 × 2 × 511 = 20, 5 𝑘𝑒𝑉


E a energia total do elétron é dada por:

2
𝐸𝑡𝑒 = 𝐾 + 𝑚𝑐 → 𝐸𝑡𝑒 = 20, 5 + 511 = 531, 5 𝑘𝑒𝑉.

b) Nêutron.
mc² do nêutron é 940 MeV, então:

𝐾 = 0, 0201 × 2 × 940 = 37, 8 𝑀𝑒𝑉

𝐸𝑡𝑛 = 37, 8 + 940 → 𝐸𝑡𝑛 = 977, 8 𝑀𝑒𝑉

Para igualar as unidades de medidas temos para o elétron:

𝐸𝑡𝑒 = 0, 511 𝑀𝑒𝑉;


Para o nêutron:
𝐸𝑡𝑛 = 977, 8 𝑀𝑒𝑉.

14) A resolução máxima atingida por um microscópio é limitada apenas pelo


comprimento de onda usado, isto é, o menor detalhe que pode ser distinguido é
aproximadamente igual ao comprimento de onda. Suponhamos que queiramos “ver”
o interior de um átomo. Supondo que o seu diâmetro é de 1 Å isto significa que
queremos ter uma resolução de cerca de 0,1 Å

a) Se usamos um microscópio eletrônico, qual é a energia mínima necessária para os


elétrons?

Usando a relação abaixo:


λ= , isolando o K, temos:
2𝑚𝐾

1 ℎ 2
𝐾 = 2𝑚
× (λ) ,
Com isso, substituindo:
A constante de Planck (h) possui unidades de energia vezes tempo (J·s), enquanto
a velocidade da luz (c) tem unidades de distância sobre tempo (m/s). Multiplicando
essas duas grandezas, obtemos a unidade de energia vezes distância (J·m).

Para converter hc para eV·nm, utilizamos as seguintes relações de conversão: 1 eV


= 1.602176634 × 10^(-19) J e 1 nm = 10^(-9) m.

Assim, a conversão é realizada da seguinte maneira:

hc em J·m * (1 eV / 1.602176634 × 10^(-19) J) * (1 x 10^9 nm / 1 m).

Para que tenhamos o valor de mc² multiplicamos em baixo e em cima por c.


Portanto,
1 ℎ𝑐 2
𝐾 = 2𝑚𝑐²
× ( λ
),
Com isso, substituindo:

𝑚𝑐²𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑜𝑛 = 511 𝑒𝑉

0, 1Å = 0, 01𝑛𝑚
ℎ𝑐 ≈ 1, 2398 𝑒𝑉𝑛𝑚

1 1,2398 𝑒𝑉 𝑛𝑚
𝐾𝑒 = 2×511 𝑘𝑒𝑉
×( 0,01 𝑛𝑚

ℎ𝑐/λ ≈ (123, 98 𝑘𝑒𝑉)²

1 2
𝐾𝑒 = 1022
× (123, 98 𝑘𝑒𝑉) = 15, 04 𝑘𝑒𝑉

b) Se usamos um microscópio de fótons, qual é a energia necessária para os


fótons? Em que região do espaço eletromagnético estão esses fótons?
Para os fótons pode-se usar E = h.𝑣. Como o fóton não possui massa, apenas
ℎ𝑐
energia, pode-se dizer que que K = h.𝑣, como 𝑣 = c/𝜆, então 𝐾𝑓ó𝑡𝑜𝑛 = 𝜆
, como

ℎ𝑐
visto no exercício A,
𝜆
= 123, 98 𝑘𝑒𝑉 → região dos raios X

c) Qual dos microscópios parece mais prático para esse objetivo? Explique.

Comparando os dados dos resultados dos resultados obtidos acima, percebe-se


que é mais prático usar o microscópio eletrônico uma vez que o custo energético
para acelerar o fóton, neste caso, é bem maior do que o custo energético para
acelerar o elétron.

19) Mostre que se a incerteza na posição de uma partícula for aproximadamente


igual a seu comprimento de onda de de Broglie, então a incerteza em sua
velocidade é aproximadamente igual a sua velocidade.

Princípio da incerteza

∆𝑝∆𝑥 = 4π
,

Se a incerteza for igual aproximadamente o comprimento de onda, então:

ℎ 𝑝
∆𝑥 = λ = 𝑝
→ ∆𝑝 ≥ 4π
,

Como 𝑝 = 𝑚𝑣, então ∆𝑝 = 𝑚∆𝑣

Portanto:
𝑚𝑣 𝑣
𝑚∆𝑣 ≥ 4π
→ ∆𝑣 = 4π
Com v = 1:

1
∆𝑣 ≈ 4π
≈ 0, 08 × 𝑣.

Então, fica claro que, o princípio da incerteza da velocidade é de, aproximadamente,


1 décimo da velocidade e não igual como é falado no enunciado.

𝐸 = ℎν

Como o fóton não tem massa, sua energia é puramente cinética, isto é:

𝐸=𝐾
𝑐
Como ν = λ
, temos:

*Lembrando que ℎ𝑐 = 1240 𝑒𝑉 𝑛𝑚,

1240 𝑒𝑉 𝑛𝑚
𝐾𝑓ó𝑡𝑜𝑛 = 0,01 𝑛𝑚
= 124000 𝑒𝑉 = 124 𝑘𝑒𝑉

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